segunda-feira, 8 de outubro de 2012

PÓLIS E ANA REELEITOS

Mesmo tendo sofrido ferrenha campanha contra sua reeleição, o prefeito Paulo Pólis (PT) e Ana de Oliveira (PMDB) venceram o pleito municipal em Erechim com 64,83% dos votos consolidando a primeira fase da eleição. Resta agora esperar pela decisão da Justiça Eleitoral a quem cabe decidir a ação movida pelo Ministério Público Eleitoral contra a candidatura do atual prefeito, por ter feito propaganda eleitoral no período proibido pela Legislação.
As primeiras palavras de Pólis após o resultado das urnas foram de agradecimento a população. “Mesmo com todos os problemas que tentaram nos causar durante a campanha – e não foram poucos – pessoais, inclusive, atingindo um nível nunca visto, a população deu o resultado nas urnas. O povo de Erechim não quer mais saber de chute nas canelas e coisas negativas”, afirmou o prefeito eleito.
“Jamais vou esquecer esta resposta que o povo deu”. Polis também se referiu a cassação do registro de seu nome a quatro dias da eleição. Para o prefeito o que interessa é ter ganhado nas urnas e “nós vamos ganhar, também em Porto Alegre”, ressaltou.
Uma resposta mais dura foi para os agressores de plantão, segundo Pólis: e agora quem são os bons e os maus?
A festa da vitória foi realizada na Praça Jayme Lago, onde ocorreram discursos dos reeleitos e outras manifestações de regozijo.   

Em Porto alegre venceu Fotunati no primeiro turno como apontavam as pesquisas. Em outros municípios do interior como Caxias a vitória foi de Alceu Barbosa Velho (PDT) apoiado pelo PMDB. Em Santa Maria deu Cesar Schirmer (PMDB) de novo, em Canoas, Jairo Jorge; na cidade de Vacaria o ex-deputado Francisco Appio (PP) foi derrotado pelo atual prefeito do PT, Elói Poltronieri que fez 58,05% dos votos.

Amanhã, quarta-feira, 10 de outubro, o ministro Joaquim Barbosa será eleito novo presidente do Supremo Tribunal Federal. O presidente Ayres Britto está se aposentando. Se a tradição da casa não for rompida, ela manda eleger o ministro mais antigo e que ainda não tenha ocupado o cargo. Então será ele.
Durante as várias semanas desde que foi iniciado o julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal, já se somaram 23 sessões e 200 horas, e foi definida muita coisa sobre o maior escândalo político da história do Brasil.
Com os votos proferidos até agora, os ministros do STF mostraram que o esquema de corrupção foi mesmo abastecido com dinheiro público e que uma “sofisticada organização criminosa” se valeu de empréstimos fictícios no Banco Rural e recorreu a esquemas de lavagem de dinheiro para esconder seus delitos.
A partir desta semana, chegou a vez de mirar o chamado “núcleo político” do mensalão. Ou seja, é a hora H para uma turma de homens públicos liderados, pelo ex-todo-poderoso ministro da Casa Civil do governo Lula José Dirceu. Depois de descrever como funcionava o conluio do mensalão, os ministros do Supremo vão mostrar quem mandava nele.
Já deu para perceber que a sistemática que vem sendo adotada no julgamento e o conteúdo dos votos dos ministros do STF não favorecem José Dirceu. Pelo contrário. Seguindo a eficiente estratégia de “fatiar” o julgamento, proposta pelo relator, ministro Joaquim Barbosa, o Supremo aceitou os principais pontos da tese da denúncia.
Com o processo analisado por capítulos, cada condenação acabou dando lógica e suporte ao julgamento do item seguinte.
Por isso, na semana passada, pela primeira vez, Barbosa já vinculou Dirceu ao repasse de dinheiro do esquema, influenciando também os demais ministros. Como se vê seu futuro não parece nada alvissareiro.

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