sábado, 28 de abril de 2012

A PATRULHA DO PT
Não é de hoje que o PT não gosta da imprensa livre. Tem tentado por      diversas vezes interferir na liberdade de expressão, mas ainda não conseguiu. Preparemo-nos, nós jornalistas, pois com a aproximação das eleições seremos bombardeados por xiitas do PT, os únicos seres "imaculados", onde a ética e probidade reinam sem igual. Sendo assim quem ousar dizer o contrário será perseguido e exposto a execração pública. Essa é a tática petista. Entre os grandes colunistas deste País, Gilberto Dimenstein, da Folha de São Paulo, destemido, criador de muitos furos sobre as barbaridades cometidas no governo petista acaba de noticiar que há um debate pelo partido dos "joazinhos do passo certo", contra a revista "Veja" que coloca em ameaça não apenas a liberdade de expressão, mas a capacidade de investigação contra mazelas cometidas pelos governos. Segundo o competente jornalista, estão apontando como um fato grave e um indício de conivência criminosa o registro de ligações telefônicas entre o delinquente Carlinhos Cachoeira e um jornalista da revista "Veja", autor de vários furos que incomodaram o governo. Há um tom de linchamento nessa acusação. Se todos os jornalistas investigativos fossem proibidos de conversar com fontes de biografia suspeita para obter informações valiosas, provavelmente não haveria descobertas de falcatruas no governo brasileiro inchado de corruptos.  Afinal, muitas vezes somos obrigados a descer na lama para obter segredos.
Vivi em Brasília o tempo suficiente para enxergar de perto muita podridão. E o engraçado é que eles não ficam nem corados de vergonha e muito menos se constrangem. Naquele ambiente putrefato, há ainda alguns que se salvam, mas são muito poucos. Quem é que não sabe que a polícia tem fontes no submundo, e muitas vezes é obrigada a se infiltrar. Isso não a faz necessariamente conivente com o crime. Imagine, o governo com tantos poderes, o congresso cooptado, o STF com ministros na sua maioria nomeados. Se calar a imprensa, resta o que ?
O grande problema da patrulha que o PT insiste em manter contra a imprensa livre é mais ou menos parecido com a história do monge que pretendia quebrar as tábuas de Moisés, onde se inscrevem os 10 mandamentos, porque o tal monge não tem a fé necessária para cumprir sua missão. O PT tem medo da liberdade de imprensa, porque está eivado de "malfeitos", desde o mensalão, e quer sempre posar de inocente. Como se pudesse enganar aos não-filiados! É preciso ir ao lamaçal para descobrir o porco. O que a sociedade brasileira espera é que a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que desarticulou a máfia que explorava máquinas de caça-níqueis no Estado de Goiás, não fique no chove-não-molha como  o mensalão iniciado em 2005, através de  reportagem da revista Veja sobre o esquema de corrupção nos Correios. Alguém se lembra? Num vídeo gravado secretamente, o chefe do departamento de contratação e administração de material dos Correios, Maurício Marinho, relata a roubalheira generalizada. Diz que atuava em nome do PTB e do deputado Roberto Jefferson. No fim da conversa, embolsou um maço com R$ 3 mil, a título de adiantamento de propina. No dia seguinte Marinho foi afastado do cargo. Vinte e quatro hora depois caiu o diretor de administração dos Correios, Antônio Osório Batista  e seu assessor imediato. Criou-se a CPI. O governo por sua vez tentou impedir a criação da CPI liberando R$ 12 milhões em emendas parlamentares para a base aliada. Mesmo assim a CPI foi aprovada. No dia 6 de junho o deputado Roberto Jefferson dá entrevista explosiva ao jornal Folha de São Paulo, na qual lança as acusações que cresceram como uma bola de neve. Fala pela primeira vez sobre a existência do suborno mensal de R$ 30 mil feitos a deputados da base aliada, em especial ao PP e PL. Nomeia seu principal operador Delúbio Soares, tesoureiro do PT. O resto você deve se lembrar. 

CONEXÃO AWALA
Este é o nome do esquema clandestino que o bicheiro Carlinhos Cachoeira utilizava para lavar milhões de dólares do seu grupo criminoso. O método é usado por grupos terroristas como a Al-Qaeda de Bin Laden. O artigo é da revista Istoé. Saiba como ele funciona.
Nos próximos dias, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso que investiga as relações do bicheiro Carlinhos Cachoeira com políticos e empresários receberá do Supremo Tribunal Federal (STF) os dados da Operação Monte Carlo, desencadeada pela Polícia Federal, que apurou a jogatina no Brasil e seus tentáculos com o poder. Os parlamentares terão acesso a informações que revelam como o contraventor operava para lavar o dinheiro sujo do jogo do bicho e da corrupção. Segundo o inquérito da PF, Cachoeira utiliza um dos mais sofisticados e eficientes modelos de lavagem de dinheiro do mundo, conhecido como Operação Hawala. Trata-se, segundo a PF, do mesmo esquema utilizado pela rede terrorista Al-Qaeda, criada por Osama bin Laden para financiar atentados. Documentos que fazem parte do inquérito mostram que, a partir da Operação Hawala, o grupo de Cachoeira conseguiu movimentar mais de US$ 400 milhões em três continentes e oito países – Argentina, Uruguai, Estados Unidos, Antilhas Holandesas, China, Coreia do Sul, Irlanda e Reino Unido.
A grande artimanha do sistema adotado por Cachoeira e terroristas internacionais é que ele não envolve remessas físicas de capital, tampouco documentos escritos. O que existem são trocas de créditos lastreadas na palavra – no estilo “eu confio em você”, o popular “fio do bigode”. O objetivo é não deixar rastros. Por isso ele é considerado um inferno para quem investiga crimes de lavagem e evasão de divisas. Com base nos preceitos da Hawala, que em árabe significa “transferência de significados”, o esquema de Cachoeira de lavagem de dinheiro, segundo as interceptações da PF, funcionava da seguinte maneira: os operadores do bicheiro, incluindo um doleiro, pediam verbalmente para outro doleiro no Exterior que determinado pagamento fosse efetuado. No Exterior, o doleiro pagava o receptor. Para receber o dinheiro, no entanto, o receptor era obrigado a dizer uma senha, previamente combinada com o grupo de Cachoeira. O operador Hawala no Exterior ficava com o crédito no Brasil que poderia ser pago não só em espécie, mas em imóveis, carros, entre outros bens (ver quadro).
Inimigos na trincheira
Metade dos parlamentares indicados para a CPI do Cachoeira está interessada em salvar a própria pele ou em proteger aliados.
Logo que saiu o acordo no Congresso para a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar a rede de relações do bicheiro Carlinhos Cachoeira, uma guerra foi travada por políticos de diferentes partidos por uma vaga no colegiado. Ao contrário do que possa parecer, o movimento não foi motivado apenas pela disposição dos parlamentares de apurar denúncias e vencer a queda-de-braço entre governo e oposição. Teve origem também nos interesses pessoais e nas relações umbilicais que esses políticos e seus aliados mantêm com a empresa Delta e com o próprio contraventor. ISTOÉ mapeou as ligações dos parlamentares que compõem a CPI com quem deve ser alvo das investigações. Descobriu que quase a metade dos 32 membros da CPI está interessada em salvar a própria pele ou interferir nas apurações para distanciar aliados dos escândalos.
Um dos parlamentares que vai usar a comissão para se proteger das suspeitas que recaem sobre ele é o deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP). Apesar de se dizer disposto a colaborar com as investigações, o delegado tem motivos para se preocupar com os rumos da CPI. Protógenes aparece em gravações telefônicas feitas em 2009 por Carlos Cachoeira em que o então delegado da PF combinava um encontro com o então diretor da Delta Claudio Abreu, preso na quarta-feira 25. Em outra ligação, Protógenes conversava com o araponga Adalberto Matias, o Dadá, sobre estratégias para atrapalhar o processo aberto na corregedoria contra ele por suspeitas de irregularidades durante as investigações da Operação Satiagraha.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

A DEGRADAÇÃO DA FAMÍLIA
De algumas décadas para cá a família vem sendo vítima de constante desagregação. Pais e filhos, filhos e pais estão convivendo cada vez mais de maneira distante; as drogas e a falta de educação estão tomando conta do ambiente familiar.
E o que se observa é que são poucos os organismos e instituições preocupados com os rumos da família brasileira. As Igrejas, de maneira geral, estão fazendo a sua parte. Mas, o governo o grande responsável por todos nós, realiza muito pouco.
No Livro do Gênesis 1:26-31 está escrito: No ultimo dia da criação, Deus fez a sua obra mais importante: Adão e Eva criados a imagem e semelhança do próprio criador. E foi assim que formou a primeira família. A família, portanto, é um presente de Deus, planejada para amar e se ajudar mutuamente. Mas, não é o que se presencia nos dias atuais.
São pais que matam seus filhos, filhos que matam seus pais e irmãos entre si. Está havendo uma verdadeira desestruturação da família. Quando não é por motivo fútil, é pela ganância ou inveja.
Eu lembro que na minha adolescência quando sentávamos à mesa, antes mesmo de iniciar a refeição rezávamos, agradecendo a Deus pelo alimento que iríamos comer e só os pais falavam durante o almoço, a não ser quando éramos perguntado sobre algo. Ao se levantar pedia-se “com licença”; antes de dormir “benção pai, benção mãe”, em fim, era uma época de muito respeito e educação para com os pais e  ás pessoas mais idosas também. O tratamento era “sim senhor”, “sim senhora”, “muito obrigado”, "queira desculpar", sem falar no cumprimento “bom dia”, “boa tarde”, “boa noite”, era  a educação que se aprendia na família.
Hoje, já não se reza mais antes das refeições,  os nossos filhos nos chamam de velhos coroas, velhos chatos, e acrescentam que os tempos mudaram. E tem mais, tudo tem que estar ao seu alcance, exigem muitas vezes o que não se pode dar, sem falar na completa dependência, desde arrumar a cama, deixar a roupa que vai vestir para ir ao colégio ao seu alcance, e até servir o seu prato na hora das refeições. Na maioria das famílias é assim que funciona.
A modernidade dos dias de hoje, (televisão, com suas novelas que incentivam a bigamia, homossexualismo e o amantismo; a internet que alicia menores á pedofilia, o telefone celular, etc.), são ferramentas que cada vez mais contribuem para dissolução da família,  sem falar na droga e no álcool.
Precisamos urgentemente avaliar melhor a nossa vida familiar e descobrir onde precisamos melhorar para que vivamos conforme os propósitos de Deus o grande arquiteto que criou a família.
O Bispo Auxiliar de Braga, Portugal, D. Antonino Dias, afirma, e eu estou de acordo, que a "degradação da família causa instabilidade social e se reflete no aumento da criminalidade". E é verdade! Se não se apostar na família, na sua estabilidade e nos seus valores, jamais serão resolvidos os problemas que atormentam a nossa sociedade. Se não se atacarem as causas, iremos passar a vida inteira a remediar os efeitos que só causarão insônias e mais dores de cabeça.
A família é, foi e será o núcleo fundamental da sociedade. É a família que tem papel determinante na transmissão de valores, na recepção gradual de regras de comportamento e de respeito mútuo. Há vozes que se levantam, e bem, contra a precariedade e a instabilidade do emprego, contra a falta de condições existenciais na diversidade das suas dimensões e que também perturbam a família. Mas salvo raras e boas exceções, não se ouvem vozes a falar, com igual veemência, em defesa da família, protestando contra aquelas leis que persistem numa política que elege a irresponsabilidade, a precariedade e a insegurança.
O que falta à sociedade?
Se fala muito da criminalidade impune, da corrupção, da insegurança em que vivemos, da falta de respeito pela vida, pelas pessoas e seus bens. Querem convencer-nos que tais chagas sociais se vão resolver com mais polícias na rua, com melhores armas para matar, com novas leis e reforma do Código  de Processo Penal, com mais isto e mais aquilo. O que é certo, porém, é que a sociedade vive apreensiva, amedrontada e sem perspectivas. E tudo parece já pertencer à normalidade do quotidiano. Um noticiário que não passe grande parte do seu tempo a falar de assaltos, roubos, tiros e mortes… já começa a não ser noticiário que preste. O que falta à sociedade atual é a presença de homens que façam cumprir a lei doa a quem doer. Hoje é muito mais interessante ser fora da lei do que viver de acordo com a lei.  

quarta-feira, 25 de abril de 2012


CPI DE CORRUPTOS PARA INVESTIGAR CORRUPTOS

Como você poderá dar crédito a uma CPI se um quarto dos 32 parlamentares indicados para investigar o esquema de exploração do jogo ilegal comandado pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira, instalada nesta quarta-feira, tem problemas com a Justiça? Oito senadores e deputados que integram a CPI respondem, no total, a oito inquéritos e cinco ações penais que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF), a maioria originada de problemas ocorridos na função de cargos públicos que os parlamentares já exerceram. Seis desses oito congressistas pertencem à base aliada do governo. Os dados fazem parte de levantamento feito no site do STF.
Os parlamentares enrolados com a Justiça são (em ordem alfabética): Cássio Cunha Lima (PSDB-PB); Delegado Protógenes (PCdoB-SP); Fernando Collor (PTB-AL); Jayme Campos (DEM-MT); Luiz Pitiman (PMDB-DF); Maurício Quintella Lessa (PR-AL); Silvio Costa (PTB-PE), e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).
São cinco tipos diferentes de ação penal, que são uma evolução dos inquéritos instaurados na corte, quando os ministros já concluíram que há indícios de cometimento de crime. Campeão de processos entre os integrantes da CPI, Jayme Campos responde a uma ação penal por crimes contra a fé pública e a três inquéritos diferentes (crimes praticados por funcionários públicos contra a administração em geral, crime de responsabilidade e crime contra a Lei de Licitações). Já o ex-presidente da República Fernando Collor é alvo de duas ações penais – corrupção passiva e peculato e crimes contra a ordem tributária. Cássio Cunha Lima, por sua vez, responde a dois inquéritos (fase preliminar de investigação que pode resultar ou não na abertura de ação penal), um por crimes da Lei de Licitações e outro por crimes eleitorais.
Já o delegado licenciado da Polícia Federal Protógenes Queiroz responde a uma ação penal por quebra de sigilo funcional e fraude. O processo contra Protógenes refere-se a ações cometidas por ele como o responsável pela Operação Satiagraha, que investigou o banqueiro Daniel Dantas. Vanessa Grazziotin responde a um inquérito por crimes eleitorais. Maurício Quintella, a um inquérito por peculato. Luiz Pitiman responde a inquérito por crimes eleitorais, enquanto Silvio Costa responde a uma ação penal por crimes contra a honra – o deputado foi processado pelo ex-colega Raul Jungmann (PPS-PE), em 2009, por injúria, crime de menor gravidade. Em programa de rádio veiculado naquele ano, Silvio chamou Jungmann de corrupto, e a maioria dos ministros do STF aceitou a abertura de ação penal.
A comissão reúne deputados e senadores com o pretenso objetivo de investigar a relação de Carlinhos Cachoeira com políticos como o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), os governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT) e deputados de partidos diversos, além de membros do Judiciário e do Ministério Público goianos. Também está prevista a investigação de agentes privados. Em especial, a construtora Delta, uma das maiores do país, e que teria relações com o bicheiro. Outro alvo da CPMI será a “grampolândia” articulada por Cachoeira, uma ampla rede de espionagem especialmente de políticos em Brasília e outras cidades.
Raciocina comigo prezado leitor, se até hoje os corruptos do mensalão andam belos e faceiros pela "ilha da fantasia" sem serem molestados, você acredita que essa camarilha comandada por Cachoeira e Demóstenes, mais o empresário diretor da Delta serão punidos? Essa eu quero ver!


A CORRUPÇÃO E OS CORRUPTOS
Eu sou fã incondicional de Arnaldo Jabor. Quem lê os jornais para os quais ele escreve não precisa ler mais nada a respeito da corrupção em dos corruptos no Brasil. Leia o que ele escreve hoje sobre a crise que se estabeleceu no país com com a explendorosa atuação do bicheiro Cachoeira em conluio commo senador Demóstenes Torres. É uma preciosidade:
"Os corruptos ajudam-nos a descobrir o País. Há sete anos, Roberto Jefferson nos abriu a cortina do mensalão. Agora, com a dupla personalidade de Demóstenes Torres, descortinamos rios e florestas e a imensa paisagem de Cachoeira. Jefferson teve uma importância ideológica.
Cachoeira é uma inovação sociológica. Cachoeira é uma aula magna de ciência política sobre o Sistema do País. Vamos aprender muito com essa crise. É um esplendoroso universo de fatos, de gestos, de caras, de palavras que eclodiram diante de nossos olhos nas últimas semanas. Meu Deus, que riqueza, que profusão de cores e ritmos em nossa consciência política! Que fartura de novidades da sordidez social, tão fecunda quanto a beleza de nossas matas, cachoeiras, várzeas e flores.
Roberto Jefferson denunciou os bolchevistas no poder, os corruptos que roubavam por “bons motivos”, pelo “bem do povo”, na base dos “fins que justificam os meios”. E, assim, defenestrou a gangue de netinhos de Lenin que cercavam o Lula que, com sua imensa sorte, se livrou dos mandachuvas que o dominavam. Cachoeira é uma alegoria viva do patrimonialismo, a desgraça secular que devasta a história de nosso País. Sarney também seria ‘didático’, mas nada gruda nele, em seu terno de ‘teflon’; no entanto, quem estudasse sua vida entenderia o retrato perfeito do atraso brasileiro dos últimos 50 anos.
Cachoeira é a verdade brasileira explícita, é o retrato do adultério permanente entre a coisa pública e privada, aperfeiçoado nos últimos dez anos, graças à maior invenção de Lula: a ‘ingovernabilidade’.
Cachoeira é um acidente que rompeu a lisa aparência da ‘normalidade’ oficial do País. Sempre soubemos que os negócios entre governo e iniciativa privada vêm envenenados pelas eternas malandragens: invenção de despesas inúteis (como as lanchas do Ministério da Pesca), superfaturamento de compras, divisão de propinas, enfrentamento descarado de flagrantes, porque perder a dignidade vale a pena, se a grana for boa, cabeça erguida negando tudo, uns meses de humilhações ignoradas pelo cinismo e pela confiança de que a Justiça cega, surda e muda vai salvá-los. De resto, com a grana na ‘cumbuca’, as feridas cicatrizam logo.
O governo do PT desmoralizou o escândalo e Cachoeira é o monumento que Lula esculpiu. Lula inventou a ingovernabilidade em seu proveito pessoal. Não foi nem por estratégia política por um fim ‘maior’ – foi só para ele.
Achávamos a corrupção uma exceção, um pecado, mas hoje vemos que o PT transformou a corrupção em uma forma de governo, em um instrumento de trabalho. A corrupção pública e a privada é muito mais grave e lesiva que o tráfico de drogas.
Lula teve a esperteza de usar nossa anomalia secular em projeto de governo. Essa foi a realização mais profunda do governo Lula: o escancaramento didático do patrimonialismo burguês e o desenho de um novo e ‘peronista’ patrimonialismo de Estado.
Quando o paladino da moralidade Demóstenes ficou nu, foi uma mão na roda para dezenas de ladrões que moram no Congresso: “Se ele também rouba, vamos usá-lo como um Omo, um sabão em pó para nos lavar, vamos nos esconder atrás dele, vamos expor nosso escândalo por seu comportamento e, assim, seremos esquecidos!”
Os maiores assaltantes se horrorizaram, com boquinha de nojo e olhos em alvo: “Meu Deus… como ele pôde fazer isso?…”
Usam-no como um oportuno bode expiatório, mas ele é mais um ‘boi de piranha’ tardio, que vai na frente para a boiada se lavar atrás.
Demóstenes foi uma isca. O PT inventou a isca e foi o primeiro a mordê-la. “Otimo!” – berrou o famoso estalinista Rui Falcão – “Agora vamos revelar a farsa do mensalão!” – no mesmo tom em que o assassino iraniano disse que não houve holocausto. “Não houve o mensalão; foi a mídia que inventou, porque está comprada pela oposição!” Os neototalitários não desistem da repressão à imprensa democrática…
E foi o Lula que estimulou a CPI, mesmo prejudicando o governo de Dilma, que ele usa como faxineira também das performances midiáticas que cometeu em seu governo. Dilma está aborrecida. Ela não concorda que as investigações possam servir para que o Partido se vingue dos meios de comunicação e não quer paralisar o Congresso. Mas Lula não liga. “Ela que se vire…” – ele pensa em seu egoísmo, secretamente, até querendo que ela se dane, para ele voltar em 14. Agora, todo mundo está com medo, além da presidente. O PT está receoso – talvez vagamente arrependido. Pode voltar tudo: aloprados, caixas 2 falsas, a volta de Jefferson, Celso Daniel, tantas coisinhas miúdas… A CPI é um poço sem fundo. O PMDB, liderado pelo comandante do atraso Sarney, também está com medo. A velha raposa foi contra, pois sabe que merda não tem bússola e pode espirrar neles. Vejam o pânico de presidir o Conselho de Ética, conselho que tem membros com graves problema na Justiça. Se bem que é maravilhoso o povo saber que Renan, Juca, Humberto Alves, Gim Argello, Collor serão os ‘catões’, os puros defensores da decência… Não é sublime tudo isso? Nunca antes, em nossa história, alianças tão espúrias tiveram o condão de nos ensinar tanto sobre o Brasil. A cada dia nos tornamos mais sábios, mais cultos sobre essa grande chácara de oligarquias. E eu estou otimista. Acho que tudo que ocorre vai nos ensinar muito. Há qualquer coisa de novo nessa imundície. O mundo atual demanda um pouco mais de decência política. Cachoeira, Jefferson, Durval Barbosa nos ensinam muito. Estamos progredindo, pois aparece mais a secular engrenagem latrinária que funciona abaixo dos esgotos da pátria. A verdade está nos intestinos da política.
Mas, o País é tão frágil, tão dependente de acasos, que vivemos com o suspense do julgamento do mensalão pelo STF.
Se o ministro Ricardo Lewandowski não terminar sua lenta leitura do processo, nada acontecerá e a Justiça estará desmoralizada para sempre.

terça-feira, 24 de abril de 2012


CAPITAL DA AMIZADE
Outro dia me perguntaram se sabia de onde teria surgido o cognome "Capital da Amizade" dado a cidade de Erechim. Eu lembro perfeitamente que surgiu espontaneamente durante as comemorações do cinquentenário de Erechim em 1968, na gestão do prefeito Dr. Eduardo Pinto. Foi uma das festas mais bonitas do dia do município. A Praça da Bandeira foi transformada em território de "Nações Unidas".
Erechim é uma cidade que concentra o maior número de famílias originárias do continente europeu, seus descendentes construíram na praça estandes de acordo com a originalidade de cada país. Havia a casa dos Italianos, dos poloneses,  dos alemães, israelitas, franceses (representada pela torre Eiffel em miniatura) e outras, todas  com seus restaurantes e comidas típicas. Como é até hoje, shows e apresentações artísticas constavam do programa. Seu apresentador era Rubens Safro, localmente conhecido como (Buja) nomeado (sem salário) relações públicas da Prefeitura naquela época.
Pois foi em uma noite durante a animação de um dos shows, que Buja, empolgado com a presença de grande público, ao fazer alusão a amizade e a solidariedade que sempre existiu entre as diferentes etnias residentes no município, usou pela primeira vez a expressão "Capital da Amizade". Desde então, em todas as publicações publicitárias, citações do nome de Erechim, passou-se a denominar "Capital da Amizade". O título cai bem para a cidade, pois o seu povo que vive harmoniosa e coletivamente, também é solidário, afetivo e hospitaleiro para com aqueles que nos visitam.
Existe até uma lenda que diz: quem bebe uma vez a água de Erechim, volta sempre. Há, inclusive,  inúmeros exemplos de pessoas que passaram por aqui sem maiores pretensões e acabaram retornando, casaram e constituíram família, gente do nordeste, do centro e de outros estados brasileiros.
Como nos aproximamos da data de 30 de abril em que se relembram tantos fatos históricos que culminaram com a assinatura do Decreto assinado pelo presidente do Estado, Antônio Augusto Borges de Medeiros, oficializando a criação do município de Erechim em 18.04.1918, nada mais justo que relembrar entre outros, este fato.

Outra lembrança que vale recordar é a história do Bairro das Três Vendas, o primeiro a ser criado após a emancipação. Segundo Chico Tasso, pseudônimo do Padre Benjamim Busato, Três Vendas originou-se dos dizeres pintados na parede da frente de uma velha casa de negócios, pertencente ao falecido Abrahão Litvin. Este comerciante, nos anos de 1919 a 1925 esteve estabelecido em Floresta e mudou-se para o bairro no final de 1925. a referida casa ficava nas imediações do Frigorífico Boavistense, e segundo ainda Chico Tasso, a única moradia em toda a vizinhança pertencia a Sante Carraro, pai de Estevam carraro, fundador de A Voz da Serra.
De acordo com o que narra antônio Ducatti Neto em seu livro "Grande Erechim e Sua História", Sante Carraro oriundo do norte da Itália é fundador do bairro Três Vendas.
O autor lembra, ainda, que Sante Carraro era grande admirador de Cavour, Massini e Garibaldi, quase um Canabarro. De idéias avançadas chegava a distribuir literatura carbonara entre seus patrícios. De homem cético após adoecer dedicou-se à religião e as causas cristãs. Cumprindo uma promessa, ergueu por conta um oratório em terreno de sua propriedade, próximo onde hoje está a igreja das Três Vendas e dedicou-a a Nª. Sª. da Salete. Era nesse oratório que Sante Carraro ensinava o catecismo ás crianças. De outra parte o progresso e desenvolvimento de Três Vendas muito se deve também aos padres da Consolata que até um seminário construíram no progressista bairro. Sante Carraro, portanto, foi um pioneiro a quem devem ser dedicadas homenagens durante as comemorações nos 94 anos de Erechim.

domingo, 22 de abril de 2012

CACOETE  VERBAL
Você já reparou como as pessoas se tornam insuportáveis, quando possuem cacoetes? Dá um nervoso na gente. E o que mais irrita é ouvir um locutor, ou um apresentador por exemplo, que usa o cacoete “ta”, “ta legal”, “né”, “viu?”, “entende”, “sabe?” ou “veja bem”.
Sábado, por acaso, estava ouvindo uma emissora local quando um deputado usou durante seu programa semanal 75 vezes a palavra "não é". Até este número resisti, depois mudei de estação. Outra palavra usada em excesso foi "evidentemente". O cacoete verbal torna o locutor chato, cansativo e prolixo. Ninguém aguenta! Do ponto de vista publicitário, que é o maior interesse provavelmente do parlamentar, acaba tornando sua apresentação negativa e desinteressante. Pensa que está agradando, mas, na verdade, está lhe prejudicando.
Isto me faz lembrar quando um certo candidato a deputado estadual pelo PFL na época, ele possuía o mesmo defeito verbal. A organização da campanha era tão exigente que obrigava o candidato a fazer seus pronunciamentos, preliminarmente, a uma comissão especialmente formada, para observar o conteúdo, a postura e os seus gestos. E coincidentemente esse candidato tinha, e tem, até hoje, o mesmo cacoete do "não é". Volta e meia quando é entrevistado escorrega no cacoete verbal.
Estes vícios lingüísticos falantes que (in)conscientemente repetem ad nauseam, considero um desleixo de quem tem a obrigação de, ao se comunicar, não exagerar nos termos.
Na verdade, devemos falar em linguagem adequada, porém, de forma a não causar mal-estar a quem estiver ouvindo.
Cacoetes verbais, portanto, são vícios no falar que precisam ser corrigidos. Exemplos de cacoetes verbais são expressões obsessivamente repetidas a cada pausa, como “hahn”; “quer dizer”; “praticamente”; “verdade”; “né”; “então”; “daí”; etc.
Como corrigi-los? Primeiramente, ficando consciente do problema; a seguir tomando a decisão de substituir por um sinônimo aquela palavra ou expressão do nosso banco geral de vocábulos; depois fixando essa decisão na memória; e por fim, permanecendo atento para perceber quando você incide novamente no erro, para corrigi-lo – pelo menos mentalmente - tão logo o pronuncie.
Este procedimento vai conseguir que sempre que viermos a pronunciar aquela expressão ou palavra, ela retorne à nossa consciência, como um alerta, como se sua pronúncia houvesse sido feita em voz muito mais alta.
Consciente pela ação da memória, a correção se fará instantaneamente. A repetição desse processo vai no mínimo deixar-nos mais alertas para o problema, e, na maioria dos casos vai evitar a repetição obsessiva daquela expressão ou palavra da nossa linguagem. Um outro tipo de cacoete verbal que prejudica o discurso, ou a fala, e pode criar uma situação de ridículo, é o “cacófato. Cacófatos são rimas que decorrem da fusão entre o fim de uma palavra e o início de outra, que se estabelecem ao falar, resultando em uma terceira palavra imprópria para o discurso, quando não grosseira, vulgar e até mesmo obscena. Outro tipo ainda é o abuso do “lugar comum”.
Chamamos de “abuso do lugar comum” a utilização de palavras e expressões, cujo uso abusivo decorre de sua capacidade de resumir idéias e de não comprometer quem as usa com qualquer posição controvertida e que, por essas razões, são usadas habitualmente nos discursos.
São expressões que, de tão previsíveis, podem ser adivinhadas pelo ouvinte, conforme a sequência da frase. Embora não impliquem incorreção de linguagem, são também vícios que retiram do discurso, sua atração, originalidade e surpresa.
Exemplos de lugar comum na linguagem política são, entre muitos outros, o uso exagerado de termos como: “bem comum”; “inserido no contexto”; “os aspectos político, econômico e social”; “a lei maior”; “como dizia ‘fulano de tal’”; etc. Deputado! Vê se corrige o "não é".

quarta-feira, 18 de abril de 2012


OS 44 CARAS DE PAU EX-DEFENSORES DE DEMÓSTENES TORRES NO SENADO
Após ler o que abaixo transcrevo quero saber se você ainda confia nos nossos políticos!!!!!    
Há exatamente um mês, parlamentares de todos os partidos se revezavam na tribuna para defender o senador goiano, hoje isolado e sem partido. Veja o que cada um deles disse:                     
Nos últimos 30 dias, Demóstenes perdeu apoio e envelheceu o discurso dos 44 colegas que o defenderam no plenário.  
Bem que o presidente do DEM e hoje líder do partido no Senado advertiu na ocasião: “A cautela recomendava que as pessoas não fizessem qualquer tipo de aparte”. Porém, ele próprio se traiu. E na companhia de outros 43 colegas. “Mas este Plenário, sábio como é, pela voz dos seus líderes, dos seus integrantes, reduziu o fato à sua real dimensão. [...] Vossa Excelência não cometeu nenhuma afronta à ética!”, emendou José Agripino (RN).
 A sessão de 6 de março do plenário do Senado passará à história pelo desagravo coletivo ao senador Demóstenes Torres (então DEM-GO), acusado de envolvimento com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Será lembrada também pelo corporativismo explícito de boa parte dos 44 aparteantes e pelo derradeiro voto de confiança de um diminuto grupo de parlamentares que, a exemplo de Demóstenes, também empunha a bandeira da ética e do combate à corrupção. 
Um mês depois da encenação, Demóstenes está sem partido e só. Esses mesmos senadores que o apoiaram agora convivem com o constrangimento e a decepção. Muitos se dizem traídos pelo colega após o desdobramento das investigações, que jogaram por terra a retórica desfilada naquele dia, quando o senador usou o aparato de comunicação do Senado para mentir que mantinha apenas relação de amizade com o contraventor. 
Confira abaixo trechos das loas proferidas em plenário por cada um dos aparteantes, por ordem de registro*:
Eduardo Suplicy (PT-SP) – “Aprendemos a respeitá-lo como um dos membros do Senado que, sobretudo na área jurídica, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, que Vossa Excelência presidiu, e como membro do Ministério Público, sempre demonstrou um conhecimento em profundidade da Constituição e das leis brasileiras.” 
Luiz Henrique (PMDB-SC) – “Nobre senador Demóstenes, quero saudar Vossa Excelência como um verdadeiro homem público, de primeira qualidade. A minha solidariedade e a minha confiança.” 
Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) – “Levantei o microfone de aparte, porque, embora tivesse sido feito um entendimento para não se apartear, já que apartearam, eu não poderia ficar de fora. Vossa Excelência foi uma das coisas boas que conheci no Senado desde que aqui cheguei. [...] pela sua correção, pela sua coragem cívica, pela sua determinação e pela sua grandeza. Vossa Excelência é uma pessoa com imensa grandeza.” 
Pedro Simon (PMDB-RS) – “Em todos os momentos, quer nas questões internas do Senado, quer nas questões mais graves, mais difíceis e mais escandalosas que apareceram nesta Casa, Vossa Excelência sempre esteve firme, com argumentos, com conteúdos e com absoluta firmeza. Sinceramente, não me passa pela cabeça a imagem que querem fazer de Vossa Excelência.” 
Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) – “Minha palavra é de confiança de que a sua atuação aqui no Senado, e fora do Senado, é uma atuação que não compromete a sua honra, a sua dignidade e o seu passado.” 
Eduardo Braga (PMDB-AM) – “Vossa Excelência é daqueles que, quando erra [sic], sabe reconhecer o erro e, com o espírito humano, chega até a pedir desculpas. Agora, quando fazem uma acusação a esse ponto, vem à tribuna e diz: ‘Não, não apenas quero refutar as acusações, como me coloco para ser investigado pelo Supremo Tribunal Federal’. Só assim agem aqueles que têm valores éticos e humanos elevados, e um comportamento e uma conduta, na função pública, elevados.” 
Waldemir Moka (PMDB-MS) – “Conheço a sua trajetória, a sua luta e a sua postura. [...] Tenho certeza absoluta de que sairá desse episódio exatamente da mesma forma que fez em sua vida inteira.” 
Vital do Rêgo (PMDB-PB) – “Cheguei a esta Casa nutrindo muito respeito por Vossa Excelência, uma admiração a distância. A convivência com Vossa Excelência neste plenário, na Comissão de Justiça, vendo a sua grandeza, a sua coragem cívica, o seu espírito republicano, fez-me aumentar esse conceito, esse respeito e essa admiração.” 
Cristovam Buarque (PDT-DF): “Senador Demóstenes, feliz aquele que, quando é criticado, acusado, pode subir à tribuna e dizer que não tem nada a esconder, que não precisa usar subterfúgios, que não precisa dizer nem que o que está sendo dito é ou não verdade. [...] mesmo aqueles que divergem sabem que o senhor é o homem não apenas do DEM, mas do bem.”
Alfredo Nascimento (PR-AM) – “Estamos diante de um companheiro, de um colega do Senado, de um homem que tem passado e presente de retidão, de comportamento ilibado, e que, com todas as forças, tem defendido os interesses do Brasil e do Estado que representa.”
Romero Jucá (PMDB-RR) – “Todos nós sabemos da sua seriedade, do seu compromisso, da sua honestidade. Mas, sem dúvida nenhuma, essa palavra é uma palavra para toda a sociedade brasileira, tranquiliza a Casa, a sociedade brasileira [...] Vossa Excelência deu as explicações necessárias, e todos nós estamos tranquilos, satisfeitos.”
Lobão Filho (PMDB-MA) – “Quero demonstrar minha absoluta, inamovível confiança na figura do senador Demóstenes, na sua probidade, na sua moral inatacável. [...] Não acredito que alguém nesta Casa seja medíocre, até porque eu acredito que o momento espetacular vivido pelo Brasil de hoje [...] é consequência dos políticos que estão vivendo agora, do seu Executivo e do Legislativo. Mas, entre todos nós, Vossa Excelência é uma figura que realmente merece ser destacada.”
Cyro Miranda (PSDB-GO) – “Conheço a sua probidade como promotor, como secretário da Justiça, quando ficou conhecido como ‘o grande justiceiro’, sempre aliado à lei. Melhor do que ser seu colega é ser seu amigo. Obrigado.”
Lúcia Vânia (PSDB-GO) – “Todos nós, de Goiás, esperávamos de Vossa Excelência uma conduta como essa. [...] faz as explicações com seriedade e responsabilidade. Vossa Excelência sabe da admiração que o povo brasileiro, especialmente o goiano, tem por sua trajetória. Receba os meus cumprimentos e a minha solidariedade.”
Alvaro Dias (PSDB-PR) – “Queremos manifestar, em nome do PSDB, nossa confiança absoluta em Vossa Excelência, nossa crença no seu comportamento e dizer, sobretudo, da importância de Vossa Excelência para o país na oposição. Somos limitados numericamente na oposição e sua presença tem oferecido grandeza à tarefa de se opor. Infeliz do país que não tem uma oposição responsável e competente.”
Jayme Campos (DEM-MT) – “Vossa Excelência tem todo o nosso apoio. Essa conversa é aquela velha história de ‘chover no molhado’. Ninguém acredita nela; todo mundo sabe que Vossa Excelência é um homem de retidão, de caráter invejável – não só como promotor, mas, certamente, como senador da República, que é exemplo para todos nós.”
Blairo Maggi (PR-MT) – “Disse-lhe ontem, por telefone, quando conversamos, que não se abata com isso, porque todos nós, homens públicos, estamos sujeitos a esse tipo de situação. Portanto, é um período de turbulência, mas nenhum período de turbulência permanece para sempre. Ele passará e o senhor sairá vitorioso.”
Pedro Taques (PDT-MT) – “Eu o conheço desde 1996, nas barrancas do rio Araguaia, do rio Tocantins. Nós defendendo a parte lindeira dos nossos estados. Nós dois fomos forjados na luta contra a criminalidade.”
Inácio Arruda (PCdoB-CE) – “Quase todos nós somos alvo desse tipo de meia chantagem, que é como vejo isso às vezes, para a gente entender do ponto de vista político, para a gente não perceber isso apenas do ponto de vista também moral. [...] Falei para Vossa Excelência que tinha a minha solidariedade, e posso dizer que também tem a solidariedade do meu partido, o Partido Comunista do Brasil.”
Vicentinho Alves (PR-TO) – “Vim aqui dizer que lhe sou grato e um amigo leal. Portanto, confio em Vossa Excelência. Essa sua conduta de abrir ao Ministério Público, ao Supremo, não tenho nenhuma dúvida e tenho segurança de que não vão encontrar nenhum deslize da parte de Vossa Excelência.”
Aécio Neves (PSDB-MG) – “Vossa Excelência é um homem digno, sempre agiu dessa forma em todos os cargos públicos que ocupou. E digo mais, Vossa Excelência, senador Demóstenes, é dos mais preparados e destemidos homens públicos deste país. E, por isso mesmo, dos mais respeitados.”
Roberto Requião (PMDB-PR) – “As insinuações de que Vossa Excelência foi vítima [...], não se compatibilizam com a sua história de vida e com as suas atitudes. Neste plenário múltiplo, que funciona como uma espécie de júri, todas as insinuações foram rejeitadas. Portanto, recomendo-lhe tranquilidade.”
Mário Couto (PSDB-PA) – “Quero pedir licença ao nobre presidente para apartear o nobre Senador Demóstenes Torres de pé. [...] Quem dera, senador Demóstenes Torres, todos os políticos fossem iguais a Vossa Excelência!”
Eunício Oliveira (PMDB-CE) – “Acompanho a trajetória política de Vossa Excelência há vários anos por ter negócios e uma propriedade no estado de Goiás. Portanto, há vários anos, acompanho a trajetória de Vossa Excelência como seu admirador.”
Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) – “Admiro Vossa Excelência pela luta que desempenha. Vossa Excelência é uma referência inclusive no respeito à lei. [...] Saiba que tem a nossa confiança.”
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) – “Acredito que todos os oradores que me antecederam já foram pródigos na manifestação de confiança a Vossa Excelência por toda uma trajetória de vida ilibada, honrada, digna, transparente, corajosa. [...] receba não apenas o meu abraço, minha solidariedade, mas o reconhecimento de que o senhor é um dos melhores exemplos de que é possível, sim, se fazer política com honra e com dignidade no nosso país.”
João Ribeiro (PR-TO) – “Sucesso, senador Demóstenes! Tenho certeza de que não existe nada contra Vossa Excelência. Então, minha compreensão de que Vossa Excelência é um homem limpo, um homem público dos mais corretos que eu conheço.”
Benedito de Lira (PP-AL) – “O exercício da democracia é exatamente isso aí… O homem público tem de estar altamente preparado para todas e quaisquer demandas, e nós, homens públicos, temos uma missão nobre: representar o povo dos nossos estados no Senado Federal com absoluta dignidade.”
Casildo Maldaner (PMDB-SC) – “Não podia ficar calado neste instante sem dizer que por onde ando no meu estado, Santa Catarina, as pessoas me perguntam como que eles podem conseguir que Vossa Excelência vá lá fazer uma palestra. [...] Perguntam-me: que homem é esse? De onde vem, Maldaner, esse homem? Esse é o clamor, isso é o que a gente sente. [...] Santa Catarina acompanha de pé a maneira, a coragem, a hombridade, o destemor, as linhas que tem adotado aqui no Senado e neste país.”
Randolfe Rodrigues (Psol-AP) – “Vossa Excelência sabe muito bem que um dos princípios fundantes do Estado como nós o conhecemos, do pacto civilizatório que nos rege, é aquele da presunção da inocência. Todos são presumidamente inocentes até que se prove o contrário. [...] aqui é lógico que estabelecemos relações. Em particular, tenho a honra de estabelecer relação pessoal com Vossa Excelência, com o querido senador Pedro Taques.”
Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) – “Geralmente um político, quando é acusado, a primeira coisa que faz é declarar que isso é armação dos seus inimigos políticos, ou que é uma conspiração da imprensa, ou que, por fim, está sendo caluniado. Vossa Excelência, ao contrário, disse que quer ser investigado e, em nenhum momento, se disse vítima de algum tipo de conspiração.”
Flexa Ribeiro (PSDB-PA) – “O que nós vimos aqui [...], de reconhecimento pelo seu trabalho e pela sua conduta, é suficiente para que a nação brasileira o tenha como uma das reservas morais do nosso país.”
Francisco Dornelles (PP-RJ) – “Eu queria reiterar a Vossa Excelência o meu maior respeito e a minha maior admiração, e manifestar a minha confiança ampla, geral e irrestrita na conduta e nos procedimentos de Vossa Excelência. Muito obrigado.”
Ana Amélia (PP-RS) – “Confesso que, no final de semana, ao ler o noticiário sobre a divulgação das gravações de escutas telefônicas das conversas de Vossa Excelência, fiquei perplexa [...]. E, num momento de perplexidade, fico mais tranquila agora com os esclarecimentos [...] aos seus colegas que, aqui como eu, aprenderam a admirar essa firmeza e esse compromisso com a legalidade, com a responsabilidade e com o trabalho comprometido com a ética na política.”
Paulo Paim (PT-RS) – “Convivo com Vossa Excelência há praticamente dez anos. Nem sempre defendemos as mesmas posições. Mas eu aprendi a respeitar Vossa Excelência pela transparência.”
Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) – “Ilustre senador Demóstenes Torres, não é por acaso que a Casa hoje verifica esta interminável sucessão de apartes ao pronunciamento de Vossa Excelência. É que todos nós aqui o conhecemos. [...] Então, para quem o conhece, evidentemente, não carecia nenhuma explicação.”
Jorge Viana (PT-AC) – “Certamente, Vossa Excelência vai ajudar-nos a fazer com que este país fique um pouco melhor do ponto de vista do manuseio de processos inconclusos, de acusações sem provas e, especialmente, de ilações. [...] Há questões absolutamente pessoais, que não se podem confundir com a postura pública de Vossa Excelência.”
Marta Suplicy (PT-SP) – “Quero dizer que sua atitude de vir aqui e de se posicionar levou toda esta Casa, pela sua trajetória pública e também pela maneira como está lidando com essas insinuações, a ter uma postura uníssona de situação e de oposição, o que é muito raro. [...] A seriedade de acusações desse tipo, vazamentos, insinuações fazem com que o cidadão, no caso um senador brilhante de oposição, passe por uma situação absolutamente constrangedora.”
Kátia Abreu (PSD-TO) – “Tenho a convicção de que tudo isso não vai passar de um grande dissabor, e de que Vossa Excelência vai provar sua inocência, como já está fazendo neste momento. Com muita dignidade, sobe à tribuna, pede o apoio dos colegas, fala sua versão, trabalhando com transparência, como sempre fez no Senado Federal.”
Ricardo Ferraço (PMDB-ES) – “A obra de Vossa Excelência como promotor e como secretário de Segurança Pública, com o combate destemido ao crime organizado em Goiás, e a trajetória de Vossa Excelência no Senado da República já me faziam ser seu admirador ainda a distância – quando, do meu estado, eu admirava a forma destemida, com o coração aberto, com o peito aberto, com que Vossa Excelência sempre exerceu suas convicções.”
Armando Monteiro (PTB-PE) – “A proximidade do convívio me permitiu ser testemunha de sua atuação, do zelo e da seriedade no desempenho de seu mandato. [...] Receba, portanto, o testemunho do meu apreço e a manifestação da minha confiança.”
Antonio Russo (PR-MS) – “Professor Demóstenes, eu queria agradecer-lhe os ensinamentos que nos oferece neste momento. [...] E, com altivez, dando um ensinamento, o senhor dá um exemplo do que é a classe política, do quanto ela paga, de qual o preço que ela paga, injustamente às vezes.”
José Agripino (DEM-RN) – “A cautela recomendava que as pessoas não fizessem qualquer tipo de aparte. Para surpresa do plenário, quando Vossa Excelência ia descer da tribuna, o senador Suplicy pediu um aparte. [...] Mas este Plenário, sábio como é, pela voz dos seus líderes, dos seus integrantes, reduziu o fato à sua real dimensão. [...] Vossa Excelência não cometeu nenhuma afronta à ética!”
Ivo Cassol (PP-RO) – “De repente, alguém de dentro da família, infelizmente, no meio da caminhada, pode seguir um caminho torto, e o restante da família não se pode sacrificar. Portanto, sou solidário ao senhor.”

* Declarações registradas em plenário pelo serviço de taquigrafia do Senado.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

LEIA O QUE A REVISTA VEJA ESTÁ PUBLICANDO HOJE

Corrupção

Mensalão: o preço do voto

Infográfico de VEJA.com aponta os beneficiários da propina, as datas dos pagamentos, os valores e sua correspondência com votações no Congresso

O empresário Marcos Valério, operador do mensalão, em frente ao Congresso Nacional O empresário Marcos Valério, operador do mensalão, em frente ao Congresso Nacional (Alan Marques/Folha Imagem)
"Trata-se da mais grave agressão aos valores democráticos que se possa conceber." É assim que a Procuradoria-Geral da República (PGR) qualifica o mensalão, nas alegações finais do processo. E a explicação da PGR é cristalina: "No momento em que a consciência do representante eleito pelo povo é corrompida (...), a base do regime democrático é irremediavelmente ameaçada". Para chegar a esta síntese do maior escândalo de corrupção da história do país, agora prestes a ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal, o Ministério Público reuniu as mais variadas evidências de recebimento de propina — testemunhos, recibos, livros contábeis, laudos, TEDs, DOCs, entre outros — e, a exemplo das CPIs que se debruçaram sobre o assunto, mostrou sua correspondência com a votação de matérias caras ao governo. Infográfico de VEJA.com aponta os beneficiários do esquema, as datas, os valores, os intermediários e as votações citadas na denúncia.


Sete anos de escândalo

Para entender o mensalãoSérie de ferramentas e infográficos de VEJA.com recapitula questões centrais do mensalão, o maior escândalo político da história do país. 'A hora da sentença', que abriu a série, revisa o desenrolar do caso no Supremo. Outros destrincham os crimes apontados, o papel de cada mensaleiro na quadrilha, os saques do valerioduto, as provas apontadas pela Procuradoria-Geral da República, a defesa dos réus e o esquema do julgamento.
O conjunto de provas é suficiente para afastar as principais teses da defesa dos mensaleiros. A recorrência dos saques em dinheiro e do uso de laranjas — motoristas, assessores, a mulher, o irmão, o contínuo — evidencia que os beneficiários do valerioduto não ignoravam a origem ilícita do dinheiro. E a correspondência entre votações e os saques desautoriza a versão de que se tratava de pagamentos desinteressados ou casuais. Quanto a isso, a PGR cita na acusação trecho do relatório final da CPI dos Correios que apontou, como exemplo, que nos dez dias anteriores ou posteriores à votação da Reforma Tributária ocorreram 18 visitas à agência do Banco Rural em Brasília e foram retirados R$ 2.020.000 do valerioduto.
O julgamento do mensalão está previsto para o mês que vem — só falta o ministro Ricardo Lewandowski concluir a revisão do processo. Em suas alegações finais, a PGR "espera sinceramente que a atuação do Supremo Tribunal Federal (...) servirá de exemplo, verdadeiro paradigma, para o Poder Judiciário brasileiro e, principalmente, para toda a sociedade a fim de que os atos de corrupção, mazela endêmica no Brasil, sejam tratados com o rigor necessário".

domingo, 15 de abril de 2012

A PATRULHA DO PT
Não é de hoje que o PT não gosta da imprensa livre. Tem tentado por diversas vezes interferir na liberdade de expressão, mas ainda não conseguiu. Preparemo-nos, nós jornalistas, pois com a aproximação das eleições seremos bombardeados por xiitas do PT, os únicos seres "imaculados", onde a ética e probidade reinam sem igual. Sendo assim quem ousar dizer o contrário será perseguido e exposto a execração pública. Essa é a tática petista.
Não sei se vocês leram o último artigo do Gilberto Dimenstein, da Folha de São Paulo. Está genial!
Aliás, entre os grandes colunistas deste país (inchado de corruptos), Dimenstein é um deles. Destemido, criador de muitos furos sobre as barbaridades cometidas no governo petista acaba de noticiar que há um debate pelo partido dos "joazinhos do passo certo", contra a revista "Veja" que coloca em ameaça não apenas a liberdade de expressão, mas a capacidade de investigação contra mazelas cometidas pelos governos. Segundo o competente jornalista, estão apontando como um fato grave e um indício de conivência criminosa o registro de ligações telefônicas entre o delinquente Carlinhos Cachoeira e um jornalista da revista "Veja", autor de vários furos que incomodaram o governo. Há um tom de linchamento nessa acusação.
Se todos os jornalistas investigativos fossem proibidos de conversar com fontes de biografia suspeita para obter informações valiosas, provavelmente não haveria descobertas de falcatruas. Afinal, muitas vezes --quase sempre-- somos obrigados a descer na lama para obter segredos.
Vivi em Brasília por 4 anos, e enxerguei de perto muita podridão. E o engraçado é que eles não ficam corados de vergonha e muito menos se constrangem. Naquele ambiente putrefato, há ainda alguns que se salvam, mas são muito poucos.
Quem é que não sabe que a polícia tem fontes no submundo, e muitas vezes é obrigada a se infiltrar. Isso não a faz necessariamente conivente com o crime.
Imagine, o governo com tantos poderes, o congresso cooptado, o STF com ministros na sua maioria nomeados. Se calar a imprensa, resta o que ?
O grande problema da patrulha que o PT insiste em manter contra a imprensa livre é mais ou menos parecido com a história do monge que pretende quebrar as tábuas de Moisés, onde se inscrevem os 10 mandamentos, porque o tal monge não tem a fé necessária para cumprir sua missão. O PT tem medo da liberdade de imprensa, porque está eivado de "malfeitos", desde antes do mensalão, e quer sempre posar de inocente. Como se pudesse enganar aos não-filiados! É preciso ir ao lamaçal para descobrir o porco.
O que a sociedade brasileira espera é que a Operação Monte Carlos, da Polícia Federal, que desarticulou a organização que explorava máquinas de caça-níqueis no Estado de Goiás, não fique no chove-não-molha como mensalão.