terça-feira, 30 de dezembro de 2014

2014, UM ANO DIFÍCIL PARA A LIBERDADE DE EXPRESSÃO

Alexandre Fidalgo, colunista do JusBrasil, divulgou matéria abaixo que reproduzo para conhecimento dos leitores deste Blog, por considerá-lo atual e muito esclarecedor.
E termina 2014. Um ano bastante difícil para a liberdade de expressão. Ano passado, ao escrever a retrospectiva 2013, já previa essa realidade para a área de comunicação no Brasil, especialmente por conta das eleições, mas não imaginava as inúmeras violações democráticas que nos aguardava.
Tivemos inúmeros vilões neste ano, mas sem dúvida alguma o Estado foi quem mais cometeu ilegalidades contra a palavra, a expressão e o direito que tem a impressa de exercer o que lhe foi garantido pela constituição.
Não podemos esquecer que, para o exercício da liberdade de expressão, o Brasil acolheu a teoria libertária, que pressupõe a não intervenção estatal na produção de conteúdo jornalístico, ou seja, é defeso ao Estado ditar o que deve e o que não deve ser dito pelos veículos de comunicação.
No entanto, o ano de 2014 foi bastante pródigo nas intervenções estatais, seja pela atuação política dos governos, seja ainda pela compreensão equivocada que a Justiça brasileira tem feito do exercício jornalístico desenvolvido pelos veículos de comunicação, especialmente em períodos de eleição.
Não obstante uma disputa eleitoral que há muito o Brasil não presenciava, a imprensa teve contra si toda sorte de violação. Primeiro pelo fato de a Justiça eleitoral brasileira ainda defender que material jornalístico constitui propaganda eleitoral e, por conta disso, determinar a edição de texto, a retirada de circulação ou veiculação de conteúdo ou mesmo determinar a publicação de resposta para texto jornalístico absolutamente crítico ou revelador de fatos de interesse da sociedade. Assistimos a isso atônitos no período eleitoral. Alguns dos mais renomados veículos de comunicação do Brasil tiveram contra si decisões que determinavam edições e retiradas de texto, bem como a imediata publicação de resposta, sob o argumento de que constituíam propaganda eleitoral.
Além de conteúdo jornalístico nem mesmo se assemelhar a propaganda eleitoral, impossível de essa Justiça Especializada, que necessariamente emprega um procedimento célere, sem a possibilidade de uma fase instrutória, avaliar se um material jornalístico falseia a verdade e, a partir daí, condenar como propaganda todo trabalho de campo e de redação jornalísticos.
Também a merecer destaque negativo em 2014, tivemos o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral que impediu a publicidade de importante revista nacional, simplesmente pelo fato de esse periódico ter estampado na capa a imagem de um candidato que era objeto de reportagem pertinente, confundindo mais uma vez propaganda com material jornalístico; publicidade de um produto com publicidade eleitoral.
O ano foi marcado, mais uma vez, pelas liminares contra a liberdade de expressão. E não foram poucas. Para não citar todas, lembremos de que esta revista eletrônica foi objeto de uma canetada contra esse valor constitucional (4ª Vara Cível de Santana, São Paulo, processo nº 0007919.86.2013.8.26.00010). Ao comentar que havia uma disputa judicial que estava a impedir a apresentação da peça Edifício London, uma ficção que tinha como estímulo inicial o crime cometido contra a criança Isabella, teve contra si o comando legal da censura, tendo sido obrigada a imediatamente retirar de veiculação a matéria jornalística que publicara.
Também outro ato de censura durante o ano de 2014 teve como alvo a publicação IstoÉ, que pouco antes do início das eleições veiculou material jornalístico a respeito da operação lava-jato e dos nomes que eram citados pelo delator Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras. A revista noticiou que o governador do Ceará, Cid Gomes, teria sido citado pelo delator em depoimento prestado nos autos da operação Lava-Jato. Isso foi o suficiente para que determinada juíza, em plantão judicial, determinasse o recolhimento imediato de todos os exemplares da revista IstoÉ, sem antes determinar que os autos estavam em segredo de justiça (2ª Vara Cível de Fortaleza, CE, processo nº 0785847-93.2014.8.06.0001).
Como esquecer que um dos brilhantes jogador de futebol nacional e internacional buscou censurar a revista Playboy simplesmente porque estava estampado na capa o nome Neymar, tendo sido acolhido seu pedido no juízo singular e logo reformado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (1058064-89.2014.8.26.0100, 3ª V. C. Central, SP).
Para terminar os exemplos de verdadeira censura contra a imprensa cometidos em 2014, citamos que tem sido recorrente decisões que determinam a alteração, a supressão ou mesmo o acréscimo de palavras, orações, frases a conteúdo jornalístico veiculado na mídia digital. Trata-se de verdadeira edição do conteúdo jornalístico, como se o Estado pudesse ser coautor de texto e escolhesse o assunto e a forma de sua apresentação. Isso é tão grave quanto a retirada de conteúdo impresso das bancas de jornais ou mesmo a retirada de material jornalístico da radiodifusão. A facilidade de alteração, de supressão e de acréscimos que a mídia digital proporciona em hipótese alguma modifica o direito constitucional de liberdade e o impedimento de intervenção do Estado. Se há erro no texto jornalístico digital, as tutelas jurídicas e seus procedimentos estão presentes para serem utilizados pelos que se sentirem atingidos, e nenhum dos provimentos jurisdicionais permite a edição pelo Estado de material jornalístico, como uma agência reguladora ou um órgão censor.
Em todos os casos acima, tivemos no Supremo Tribunal Federal a correção da direção do direito, com decisões que revelam a correta interpretação normativa a ser seguida em instância inferiores, constituindo profundos magistérios a respeito do valor democrático que é a liberdade de expressão, podendo ser citados dois excertos retirados de duas grandes decisões da Corte Suprema:
“As liberdades de expressão, informação e imprensa são pressupostos para o funcionamento dos regimes democráticos, que dependem da existência de um mercado de livre circulação de fatos, ideias e opiniões. Existe interesse público no seu exercício, independentemente da qualidade do conteúdo que esteja sendo veiculado” (Luís Roberto Barroso, RCL 18.638).
“Preocupa-me o fato de o exercício, por alguns juízes e tribunais, do poder geral de cautela tenha culminado por transformar-se em inadmissível instrumento de censura estatal, com grave comprometimento da liberdade de expressão. (...) o poder geral de cautela tende, hoje, perigosamente, a traduzir o novo nome da censura!” (Celso de Mello, RCL 18.836)
Mas como dito, o ano foi pródigo nas violações democráticas e, nos estertores de 2014, acabamos de presenciar outra violação à democracia do país. A justiça federal de São Paulo determinou a quebra do sigilo telefônico do jornalista Allan de Abreu e do Diário da Região, publicação da cidade de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. A determinação da quebra se deu pelo fato de o jornalista, em depoimento à procuradoria federal, não ter revelado o nome de suas fontes. Esqueceram, procuradores e juízes, que uma imprensa livre é condição imanente de um Estado Democrático e que uma imprensa livre tem como condição manter em segredo suas fontes. Não há liberdade de expressão sem a garantia, como valor fundamental de um Estado Democrático, de preservação das fontes. O que o Poder Judiciário Federal está a fazer é, não só ignorar a Constituição Federal brasileira, mas desconsiderar o Estado brasileiro como um Estado que optou em seu regime político pela democracia.
Também a radiodifusão, por força de uma má interpretação da lei eleitoral, acabou sendo tolhida em seu direito de criticar assunto de interesse e emitir opinião de interesse da sociedade, simplesmente pelo fato de estarmos num ano de eleição. Há um contrassenso de valores, pois quando mais a sociedade necessita de uma imprensa livre (escrita, digital e radiodifusão), mais caminhamos para um controle das palavras. No Paraná e na Bahia, por exemplo, a imprensa, em determinado momento, por determinação judicial, ficou impedida de abordar alguns assuntos que eram públicos inclusive.
Ora, seria de bom tom revisitar a legislação brasileira eleitoral e permitir a atividade de comunicação plena, sobretudo nesse período em que a sociedade clama por informação crítica. Tratamos os direitos constitucionais nesse período como se a nação passasse por um período de sítio, em que o Estado tem a permissão de sobrestar direitos fundamentais.
Ainda sobre esse assunto, vi com bons olhos as empresas de radiodifusão buscando inovar, dentro das possibilidades que a lei permite, os debates eleitorais entre os candidatos. A Rede Bandeirantes, a Globo e o SBT buscaram alternativas para tornar os debates mais dinâmicos. A Band em diversas praças buscou um confronto de ideias diretas entre os candidatos, permitindo que durante todo o debate fossem feitas perguntas entre os candidatos, bem como que pudesse haver alguns candidatos respondendo mais do que outros.
A Globo por sua vez inovou no palco e contribuiu para que candidatos estivessem efetivamente frente a frente quando, por exemplo, os que perguntavam e respondiam tinham de ocupar bancadas posicionadas uma para a outra. O SBT trouxe uma boa mudança nos horários de apresentação dos debates, talvez democratizando o acesso do público a esse momento jornalístico.
No campo legislativo há projetos que tiveram andamento no Congresso e cujo conteúdo interferirá sobremaneira na liberdade de expressão. O primeiro, tramitando nas casas legislativas há muito tempo, teve sua redação aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e aguarda votação no plenário desde abril de 2014. Trata-se do PL 6446/2013 – originalmente PL 141/2006 – que busca disciplinar o Direito de Resposta em material jornalístico divulgado por qualquer veículo de comunicação social. Em artigo próprio já tivemos a oportunidade de descer a detalhes desse instituto, inclusive trazendo o que é praticado nas democracias de outros países.
Para efeito dessa retrospectiva, fica o registro de que a boa intenção do Senador Aloysio Nunes em restringir a causa de pedir do direito de resposta aos fatos objetivos de uma matéria jornalística, ratificado pela Comissão de Comunicação Social do Congresso Nacional, exatamente igual ao que aqui por mim foi defendido em artigo publicado em 16.04.2013, não teve aprovação no CCJ. O Congresso aprovou requerimento de tramitação urgentíssima na Câmara dos Deputados, aguardando, portanto, votação do plenário desta Casa.
Não cabe nesse espaço retornar ao debate, mas há de se fazer a advertência de que a amplitude que o projeto de lei confere ao direito de resposta, além de absolutamente incoerente, acaba por propiciar uma espécie de sufocamento dos debates públicos. O instituto do direito de resposta que tem por objetivo enriquecer o confronto de ideias, com o projeto acaba por restringi-lo, tornando-se mais um limitador da liberdade de expressão no país.
Outro projeto que tramita na Casa Legislativa e que também constitui em mais um freio à liberdade de expressão no Brasil é o de nº 7881/14, que torna obrigatória a remoção de links dos mecanismos de busca da internet que façam referência a dados irrelevantes ou defasados. Entraremos na discussão subjetiva do que é irrelevante e defasado, para aí censurarmos os veículos de comunicação social que cumpriram seu dever legal de noticiar fatos. O tempo, como já tive a oportunidade de escrever, não transforma o legal no ilegal, tampouco pode ser reescrito. A memória dos fatos, com todas as circunstâncias dele, deve ser preservada. Não é só o ambiente da internet que pereniza informações honoráveis e aviltantes.
A propósito do tema do direito ao esquecimento, o Supremo Tribunal Federal declarou a existência de repercussão geral no Recurso Extraordinário 833248, que discute a possibilidade de se impedir a divulgação de material jornalístico de fatos passados, bem como discutirá se cabe uma compensação material a título de dano moral na hipótese de considerar legal o direito ao esquecimento.
Por fim, na vontade de a cada ano se pretender ter uma imprensa mais previsível, fica o registro da existência de outro projeto, na verdade um desejo de projeto. Trata-se da ideia da Regulação de Mídia no Brasil, bandeira defendida pelo Governo Federal e, sobretudo, pela sigla partidária que ocupa o cargo. Segundo a presidente eleita, Dilma Rousseff, em seus discursos de campanha e imediatamente posterior à eleição, a ideia defendida é de regulamentar o artigo 220§ 5º, da CF, que veda a possibilidade de oligopólio e monopólio dos veículos de comunicação social. Também se discute a proibição de propriedade cruzada dos meios de comunicação (por exemplo, impedir que um mesmo grupo de comunicação explore mais de um serviço de comunicação no mesmo local).
Até o presente momento tem-se descartada a ideia de controle de conteúdo, mas em se tratando de inúmeras violações à liberdade de expressão cometidas pelo Estado, bem como do histórico recente das incontáveis tentativas de controle de conteúdo deste governo federal, não seria improvável que se buscasse, também dessa forma, cercear esse valor democrático.
A FNDC (Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação), entidade que congrega militantes por uma mudança na regulação do setor, formulou um projeto de lei de iniciativa popular e está a arrecadar assinaturas. Pelo que foi revelado no site da BBC, o projeto é flagrantemente inconstitucional.
Ainda sobre o assunto, mas já no campo do poder executivo, temos a notícia de que o sucessor de Paulo Bernardo no ministério das Comunicações acumulará também a pasta da Secretaria de Comunicação e terá como missão a regulamentação da “mídia” brasileira, ficando também com a atribuição de direcionamento das verbas publicitárias aos veículos de comunicação, evidentemente um artifício para, de alguma forma, tentar conter as críticas ao governo.
Parece-nos que o ano de 2014 nos revelou um apetite desmensurado de se controlar a palavra, o conteúdo jornalístico, na tentativa de manter os fatos de interesse da sociedade escondidos, a fim de que não ganhassem publicidade, permitindo-se assim manipular as informações oficiais de renda, de desmatamento, de crise hídrica, de crise energética, de desmandos, de corrupção, tal como em países vizinhos tem acontecido.
E nesse fim, de texto e de ano, face a tudo o que aconteceu em 2014 e as propostas declaradas do governo, fiquemos com o pensamento de Rui Barbosa como uma espécie de luz celestial a iluminar a perspectiva do ano de 2015:
Não há justiça sem imprensa. A publicidade é o princípio, que preserva a justiça de corromper-se. Todo o poder, que se oculta, perverte-se.


sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

NOVO GOVERNO, MUITA EXPECTATIVA

Faltam poucas horas para o Rio Grande do Sul ter um novo governo eleito para o próximo quatriênio, comandando pelo ex-prefeito de Caxias do Sul, José Ivo Sartori. Mesmo sabendo que os próximos quatro anos será de muito sacrifício, Sartori promete, com criatividade, superar os obstáculos que terá pela frente.
Os professores, por exemplo, esperam que ele aplique definitivamente a  Lei do Piso, sancionada em 16 de julho de 2008, que instituiu o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica, regulamentando disposição constitucional (alínea ‘e’ do inciso III do caput do artigo 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias).
A sociedade, por sua vez, pede ao novo Governo que ele olhe para o setor de saúde, permitindo o retorno do funcionamento do Laboratório Farmacêutico do Rio Grande do Sul (Lafergs) há oito anos em total  inoperância na produção de medicamentos para ajudar os carentes do estado. Também aguarda melhoria na segurança pública. Para a pasta assume um gaúcho de muita experiência, delegado federal aposentado, Wantuir Jacini, ocupante até há poucos dias do cargo de Secretário de Segurança Pública no Estado do Mato Grosso do Sul desde 2007. É, portanto, um técnico experiente e o que é importante, não tem se envolvido em polêmicas, denúncias ou mesmo ações judiciais.
Para a Polícia Civil, continua o delegado Guilherme Wondracek.
Aliás o delegado Wondracek conheci-o pessoalmente quando juntos fizemos parte da Sub-Comissão dos Caminhoneiros Desaparecidos, da Assembléia Legislativa. Eu secretário dessa sub-comissão, na época, e ele responsável pela Delegacia de Roubo de Cargas. É outro profissional correto, competente e dedicado.
O Governador José Ivo Sartori, numa entrevista a imprensa antes do Natal, disse que não esperava encontrar o  governo Rio Grande do Sul no estado em que está. Daí se deduz que mesmo reduzindo o número de secretarias e cargos de confiança, haverá, sim, poucos recursos para investimento no tripé de qualquer administração pública: educação, saúde e segurança. Este depoimento serve de alerta para os gaúchos que alimentavam radicais mudanças na política administrativa do Estado. Sem dinheiro, com uma dívida para pagar infindável e problemas como o sucateamento do IPE - Instituto de Previdência do Estado; problemas no DAER; problemas de falta de efetivo maior na Brigada Militar, Polícia Civil, Bombeiros, afora a falta de equipamento para estes setores, tirarão muitas noites de sono do novo governador.
Claro que todos nós gaúchos, de maneira geral, torcemos para que hajam mudanças com a chegada do novo ano. É uma vontade e desejo que pode se observar nas mensagens que são transmitidas pelos meios de comunicação e se renovam nesta época, que coincide, precedentemente, com o Natal, que apela aos sentimentos cristãos para que sejamos melhores e que amemos mais o próximo como a nós mesmos. São propósitos que formam enormes cadeias de boa vontade.
O problema maior é que o caráter das pessoas se transformam e mudam para pior, a violência cada vez mais se consolida na sociedade anestesiada em que vivemos e não reage. O mal parece estar vencendo o bem, afinal o que esperamos verdadeiramente de 2015?
Eu estava observando o esforço da Igreja Católica através do Papa Francisco, em promover continuamente a paz, o ingente trabalho de aproximação com a Igreja Ortodoxa, abertura a um maior diálogo com a comunidade gay e/ou homossexuais, o envolvimento de outros organismos não governamentais objetivando melhorar o mundo em que vivemos, o trabalho dos ambientalistas, em fim todo mundo voltado para melhorar a nossa vida no planeta. Mas, está difícil. As relações humanas são uma grande teia  multifocal, todos somos corresponsáveis pelo futuro da nossa sociedade, mas são poucos... muito poucos os que assumem verdadeiramente o compromisso e o dever de ajudar a modificar os nossos hábitos, costumes e obrigações.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

DUAS IMPORTANTES INFORMAÇÕES PUBLICADAS PELO JORNALISTA POLÍBIO BRAGA EM SEU BLOG.

SAIBA QUANTO GANHA CADA DIRETOR DA PETROBRÁS
A reclamação trabalhista protocolada pela ex-gerente Venina da Fonsêca (leia detalhes em nota abaixo), permite abrir ligeiramente a caixa preta da Folha de Pessoal da Petrobrás. São valores altíssimos. Os altos salários contemplam os empregados. Isto ajuda a explicar o silêncio obsequioso de todos eles diante das roubalheiras reveladas diariamente pelo Petrolão.
Aí vão quatro salários dos níveis mais altos de mando da Petrobrás, conforme consta na petição inicial protocolada por Venina da Fonsêca, revelada hoje (leia nota abaixo):
Presidente Graça Foster
R$ 158,3 mil mensais
Diretores
R$ 145,7 mil mensais
Gerentes
R$ 69,1 mil mensais
CEOs da Petrobrás no exterior
R$ 167,3 mil mensais
E ainda precisam roubar ?
A Petrobrás definitivamente é deles. 

COMEÇAM AS DENÚNCIAS DE CORRUPÇÃO NA ELETROBRÁS. VEM AÍ O ELETROBRÃO DO PT. GOVERNO AFUNDA NUM MAR DE LAMA.

O diretor da Toyo Setal, Augusto Mendonça Neto, o mesmo que delatou meio mundo no Petrolão e que foi beneficiado com delação premiada,  prometeu entregar à PF documentos que comprovem acordo que teria definido vencedores de licitação e preços para a construção da usina de Belo Monte, no Pará.
Uma das beneficiadas teria sido a própria Toyo Setal.

Com a acusação, feita pelo mesmo personagem que denunciou o suposto cartel de empreiteiras, crise pode chegar ao setor elétrico

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

QUE O SEU NATAL SEJA BRILHANTE DE ALEGRIA COMO AS LUZES INSPIRADORAS QUE ENFEITAM A FESTA EM HONRA A JESUS.
NOSSA EXPECTATIVA É QUE 2015 POSSA CHEGAR COM MAIS ENTENDIMENTO ENTRE OS HOMENS E QUE SEJAMOS INSTIGADOS A PROMOVER MAIS PAZ E AMOR NA SOCIEDADE EM QUE VIVEMOS.
POR FIM, QUE O ANO NOVO RENOVE NOSSAS ESPERANÇAS!
FELIZ NATAL!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

SAIBA COMO FICAM OS NOVOS SALÁRIOS DE PRESIDENTE, MINISTROS, DEPUTADOS, SENADORES E GOVERNADOR DO RS
Eis como ficarão a partir de hoje os salários de presidente, ministros do governo e do STF, deputados, governador e secretários estaduais presidente, vice-presidente e ministros de Estado, conforme decisões da Câmara, Senado e Assembléia do RS:

Presidente e vice
Como é: R$ 26.723,13
Como vai ficar: R$ 30.934,70
Aumento: 15,76%

Ministros do STF e procurador-geral da República
Como é: R$ 29.462,52
Como vai ficar: R$ 33.763,00
Aumento: 14,60%

Deputados federais e senadores
Como é: R$ 26.723,13
Como vai ficar: R$ 33.763,00
Aumento: 26,34%

No Rio Grande do Sul

Governador
Como é: R$ 17.347,14
Como vai ficar: R$ 25.322,25
Aumento: 45,97%
Inflação*: 47,47%

Vice-governador
Como é: R$ 11.564,76
Como vai ficar: R$ 18.991,69
Aumento: 64,22%
Inflação*: 47,47%

Secretários
Como é: R$ 11.564,76
Como vai ficar: R$ 18.991,69
Aumento: 64,22%
Inflação*: 47,47%

Deputados estaduais
Como é: R$ 20.042,34
Como vai ficar: R$ 25.322,25
Aumento: 26,34%
Inflação*: 26,05%



* Inflação desde o último reajuste medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

NO PT, ACREDITA QUEM QUER
Editorial do o Estado de S.Paulo
17 Dezembro 2014
O Partido dos Trabalhadores (PT), envolvido nos maiores escândalos de corrupção do Brasil na última década, está preocupado com sua imagem. Conforme dirigentes do partido discutiram em recente reunião da corrente majoritária da legenda "Partido que Muda o Brasil", o PT precisa agir para resgatar a aura "ética" que criou e cultivou nos primeiros anos de sua existência. Mais uma vez, os petistas apostam tudo na propaganda como forma de construção da realidade. No entanto, está cada vez mais claro que a imagem de partido que abriga corruptos não está associada ao PT à toa - e será preciso muito mais do que golpes de marketing para alterar essa percepção.
"É preciso passar o PT a limpo", disse Jorge Coelho, um dos vice-presidentes do partido, durante o encontro. A recomendação é pertinente, mas é difícil de acreditar que haverá qualquer esforço autêntico para que essa limpeza seja realmente realizada. Não se trata de ceticismo, mas de constatação: basta lembrar que os principais dirigentes do partido envolvidos no escândalo do mensalão, por exemplo, foram tratados pela militância e pelos líderes petistas como "presos políticos" e "guerreiros do povo brasileiro".
Agora, com a roubalheira na Petrobrás sendo exposta em detalhes sórdidos, para dar a impressão de que não tolera corrupção, o PT aprovou uma resolução segundo a qual os filiados envolvidos em falcatruas serão expulsos. Tal disposição para lidar com os malfeitores como se deve, dizem os dirigentes petistas, ficou comprovada pela posição adotada pelo partido no processo contra o deputado André Vargas na Câmara. A bancada do PT foi orientada a votar a favor da cassação do ex-petista, denunciado por sua ligação com o doleiro Alberto Youssef, pivô do escândalo da Petrobrás. "Quando o PT pede a cassação do André, dá um exemplo concreto", disse o presidente nacional do partido, Rui Falcão.
A singela narrativa petista, contudo, tem falhas de roteiro. A principal é que Vargas estava havia mais de 20 anos no partido, sendo uma de suas principais lideranças. Por essa razão, é preciso muito esforço para crer que, na cúpula petista, ninguém soubesse de suas traquinagens. O fato é que Vargas perdeu apoio no PT somente quando o escândalo que o envolvia começou a ameaçar os planos eleitorais do partido - e então ele foi pressionado a abandonar a legenda à qual prestou tantos serviços, entre os quais desqualificar os ministros do Supremo Tribunal Federal que condenaram os caciques petistas à prisão no caso do mensalão.
Como o resgate da imagem "ética" do PT não pode ter contradições como essa, o partido decidiu criar uma TV na internet para dar a sua versão dos fatos. O projeto se alinha à tese segundo a qual foi a imprensa que criou o mito da corrupção petista e que é necessário mostrar ao País que, ao contrário do que sugere o noticiário diário, o PT não é conivente com as fraudes e os desvios de dinheiro público. A esse propósito - e fica aqui a sugestão de pauta para a TV petista -, seria interessante conhecer a versão do partido para a manutenção de João Vaccari Neto como seu tesoureiro, a despeito das inúmeras denúncias de seu envolvimento com o escândalo da Petrobrás.
Toda essa mobilização marqueteira tem um único propósito: salvar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência em 2018. O recurso à nostalgia petista em relação a seu passado imaginário, no qual o partido se apresentava como uma forma de ruptura em relação a "tudo o que está aí", é articulado diretamente pelo ex-presidente. No 5.º Congresso do PT, por exemplo, Lula disse que os que não têm "compromisso ético" devem sair do partido.

Na mesma ocasião, o ex-presidente reconheceu que o PT "comete erros", mas isso é resultado de seu gigantismo, pois, segundo suas palavras, "não existe no mundo nenhuma experiência política mais bem-sucedida do que o PT". Foi esse portento, segundo o ex-presidente, que criou os instrumentos para acabar com a roubalheira no Brasil - até a delação premiada, que está na legislação desde 1990, foi citada por ele como obra petista. É assim, com esse nível de mistificação, que Lula e seus correligionários querem fazer o País acreditar que o PT, ao contrário das evidências, é um campeão da luta contra a corrupção.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

APAGAR A HISTÓRIA COM DERRUBADA DE MONUMENTO É RETROCESSO

O prefeito de Taquairi, Emanuel Hassen, do PT,  conhecido como Manéco, que mandou destruir o busto de bronze em homenagem ao ex-presidente Costa e Silva pode ser condenado a indenizar o Município e até perder o mandato, de acordo com a lei da desafetação. O que diz essa lei?
Baseado no que diz o Código Civil, os rios, mares, estradas, ruas e praças, incluindo os monumentos históricos, estátuas são considerados bens públicos de uso comum do povo. Para alterar a destinação, uso privado ou destruí-los é preciso Lei específica, chamada Lei  de Desafetação. No caso de Taquari se a estátua foi destruída sem autorização legal, o prefeito pode ser condenado a indenizar, e se agiu para satisfazer sentimento pessoal, violou o princípio da impessoalidade que é básico na administração pública, o que é motivo para processo por improbidade administrativa.
As informações que nos chegam de Taquari salientam que a Câmara Municipal não foi consultada, foi apanhada de surpresa, como toda a população, e agora vai buscar na Justiça a apuração das responsabilidades.
Após esse ato de insanidade da administração taquariense instalou-se na cidade um ambiente de revolta, indignação e falta de respeito com seu filho ilustre, mesmo que tenha sido um dos presidente da República no período da revolução de 64. Taquari se hoje tem acesso asfáltico com mais de 10 quilômetros de extensão, deve-se a Costa e Silva, sem contar com outras obras como a principal indústria local que mantém centenas de empregos. Foi com o aval e subsídios que ele garantiu durante seu governo, bem como, a própria estação rodoviária que foi possível essas importantes obras.
Para a derrubada do busto do ex-presidente construído em 1976 foi utilizada uma retro escavadeira do município. Foi uma cena deplorável, para quem assistiu pela televisão. Lembrou-me o momento em que, na Rússia, igualmente houve a derrubada da estátua de Josef Stalin, ditador dos soviéticos em sua cidade natal, Gori, na praça central em 1950. A cena foi igual. A justificativa foi baseada na divulgação do relatório da CNV - Comissão Nacional da Verdade, onde em certa altura diz que "as atrocidades" cometidas pelo ex-presidente não merecem homenagem".
Diante desse fato lamentável não se surpreendam se outro prefeito megalomaníaco não vier a praticar ato semelhante. Agora virou moda querer apagar a história com vandalismo dessa ordem. Em Porto Alegre, não faz muito, o vereador Pedro Ruas (PSol) teve aprovado projeto de lei que mudou o nome da av. Castelo Branco, para Av. da Legalidade, outra demência de alguém que deveria se preocupar mais com a segurança dos porto-alegrenses.
Errou o prefeito de Taquari? Se errou deve ser processado baseado na Lei da Desafetação.

Vale lembrar ainda, que Getúlio Vargas, considerado o maior estadista brasileiro, foi um ditador terrível. Foi ele que entregou Olga Benário, mulher de Luís Carlos Pestes para Hitler que mandou matá-la nas câmaras de gás, e nem por isso suas cartas testamento, bustos, monumentos e nomes de ruas e avenidas foram retirados ou apagados. Acho que atitudes como a do prefeito de Itaqui só servem para subverter e incentivar a desordem. Seja de quem for as estátuas elas devem permanecer. É um atraso quem quer apagar a história com atos de vandalismo como praticou o prefeito de Itaqui. Se é para fazer valer o que diz o relatório da Comissão da Verdade, pois que se limpem as praças e se substituam os nomes de ruas de todos aqueles que estiveram envolvidos com governos ditatoriais e/ou praticaram atos de violência contra os direitos humanos. Afinal, a geração atual e as futuras precisam conhecer quem fez história neste país.

domingo, 14 de dezembro de 2014

SERVIÇO MILITAR, É A SEGURANÇA DO BRASIL EM NOSSAS MÃOS!

Comemora-se neste dia 16 de dezembro, o Dia do Reservista, data do nascimento do poeta Olavo Braz Martins dos Guimarães Bilac, grande propugnador do Serviço Militar ao empreender campanha nacional para divulgar os valores morais e cívicos para a juventude brasileira, valendo-se de seus poemas, discursos e da letra do Hino à Bandeira.Todos os anos as Forças Armadas recebem milhares de jovens, para completarem seus quadros e, em um esforço conjunto, adestrarem-se para as diversas situações, levando em consideração as melhores aptidões e talentos dos cidadãos alistados para o Serviço Militar obrigatório.
De acordo com nossa Constituição e a Lei do Serviço Militar, nenhum brasileiro exercerá plenamente sua cidadania caso não esteja em dia com as obrigações militares.
Assim, todo cidadão, de dezenove a quarenta e cinco anos de idade, quite com essas obrigações, poderá requisitar passaporte ou carteira profissional, assumir cargo federal, estadual ou municipal, assim como se inscrever em concursos ou se matricular em qualquer escola.
O reservista, nos primeiros cinco anos, após o seu licenciamento, participa dos Exercícios de Apresentação da Reserva nas Juntas de Serviço Militar ou Repartições Consulares do Brasil, no período de 9 a 16 de dezembro.
Enquanto fazia o introito deste comentário, lembrava-me do meu tempo de quartel. Fui convocado para o serviço militar em 1955 para servir em Alegrete, na fronteira Oeste do nosso Estado e lá permaneci exatamente um ano. Realizei concurso para Cabo, fui promovido e licenciado (militarmente se diz excluído) por tempo de serviço apto a promoção a terceiro sargento. Poderia ter, se quisesse, engajado e seguido a carreira militar, mas a saudade de casa bateu mais forte.
        Guardo muitas lembranças dessa época do velho 6º RC (Regimento de Cavalaria). Era nosso comandante o coronel Homero Lydneir, sub-comandante major Carpena, Comandante do Esquadrão de Comando e Serviço, capitão Garcia, Comandavam o Pelotão, os primeiro tenentes Porto e Proença, aspirante à oficial, Prates, Sargenteante 1º Sgtº. Acosta, muito disciplinador; e instrutor do Pelotão de Comunicações, os 3ºs Sargentos Nercy e Carlos. Como companheiros lembro alguns: o Nini Gressana, Bruzamarello, Paulo de Moura, Meca, Orozimbo, Smaniotto, Marangoni, Darley Nora, Tiáça, Elmar, Rogóski, Capello, Kotliarenco, Argenta (motorista do comandante), e tantos outros bons amigos e camaradas. O tempo passou rápido. Talvez alguns dos que citei já tenham nos deixado, pois não os vejo a muitos anos. Meu preito de saudade a todos eles. Se me perguntassem qual a maior emoção sentida durante o período vivido na caserna diria: o juramento à Bandeira na praça central de Alegrete com todo o Regimento e minha promoção a cabo.  O quartel  é uma excelente escola.         

Todo homem deveria passar pela vida militar. Pergunte a qualquer pessoa que tenha servido e constatará que mais de 90% delas vão dizer que valeu cada minuto vivido no quartel. O ano que alguém passa no quartel é inesquecível na a vida da gente, pois as lembranças boas superam em muito as más recordações. O ano ali passado é investimento na vida e não tempo perdido! O jovem que serve as Forças Armadas adquire maior potencial e competência (física e moral) para enfrentar as dificuldades da vida adulta. Toda a disciplina, as regras, o internato e os exercícios duros servem para desafiar o jovem a superar os seus próprios limites; com isso adquire confiança em si mesmo e aprende que, sozinho, pode fazer muito mais do que imaginava. As coisas que ali se aprendem não se limitam aos assuntos puramente militares; aprende-se a viver e sobreviver com dignidade, a superar obstáculos, a encarar as pessoas e situações de peito erguido, a ter respeito e ser respeitado, ensinamentos que interessam a todos e que serão aplicados ao longo de nossas vidas, na profissão que for e em todo lugar. Se pudesse voltar hoje ao quartel, mesmo com meus quase 79 anos voltaria. 

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

COLLOR BATUQUEIRO

A ex-mulher do senador Fernando Collor de Melo, Rosane Malta, lançou na quinta-feira passada, seu livro "Tudo o que vi e vivi", pela Editora LeYa.
Certamente vai alcançar vendagem recorde, já que ela conta tudo da sua relação matrimonial, as brigas conjugais, a rotina da primeira dama e até rituais macabros com fotos de humanos celebrados pelo seu ex.
Semana passada Rosana deu uma entrevista ao jornal O Globo fazendo o anúncio do livro e declarações de alguns trechos considerados mais fortes.
Num trecho do livro Rosane narra que uma mãe de santo de confiança de Collor fez um trabalho envolvendo fetos humanos. Ela pegou filhas de santo grávidas, fez com que abortassem e sacrificou os fetos para dar às entidades. "Foi terrível. Quando eu soube disso chorei copiosamente", declara.  Está no livro uma passagem em que a mãe de santo Maria Cecília da Silva disse que fez um trabalho que consistia em colocar uma espécie de amuleto, que eles chamam de azougue, dentro da boca de sete defuntos recém-enterrados no cemitério. Tempos depois, a candidatura de Silvio Santos foi impugnada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Apesar das declarações bastante pesadas, Rosane afirma não guardar ódio do ex-marido. Disse que a decisão de escrever o livro foi uma luta para atingir seus direitos enquanto ex-mulher.
O casal conviveu durante 22 anos.
Agora, 24 anos depois de Collor ter sido eleito presidente, ela conta no livro "Tudo o que Vi e Vivi", em Maceió, detalhes da campanha e do envolvimento dele com magia negra.
Esta não é a primeira vez em que Rosane relata que Collor participava de rituais com matança de animais, como búfalos, bodes, macacos, galinhas, para ganhar as eleições.
Ela falou ainda que o preço que pagou por participar de rituais de magia negra foi com o término do casamento com Collor. "Eles me avisaram que se eu deixasse participar eu ia pagar um preço e esse preço foi o término do meu casamento."
Rosane disse ainda que foi branda no livro ao relatar rituais e ainda tem conteúdo para escrever um segundo livro.
Rosane ainda conta que, quando o casal se mudou para Miami, gastavam US$ 100 mil por mês, renda obtida com parte da participação de Collor nas empresas da família em Maceió, um conglomerado de emissoras de rádio, jornal e televisão. Lembra do início do seu casamento e relata: "No início nos hospedamos em um hotel. Depois, compramos e moramos nossa casa em Bay Harbor. Ficava em um terreno de mil metros quadrados, com um gramado que terminava no mar." A casa tinha piscina, sauna, academia e proteção contra furacões. Certa vez, o casal foi esquiar em Aspen, nos EUA, com os sobrinhos e o voo foi cancelado devido ao mau tempo, apenas aviões de pequeno porte estavam liberados. Como a bagagem era grande, Collor alugou dois jatinhos: um só para eles e outro para as bagagens. Por várias vezes no livro, Rosane descreve a relação conflituosa entre ela, ex-marido e o casal Pedro Collor e Thereza de Lyra Collor, que denunciou escândalos que fizeram seu ex-marido perder a Presidência em 1992. Olha só o que Rosane conta:  ele era um homem  que  mudava de humor com facilidade. "Além disso, os olhos dele ficavam muito vermelhos. Ela destaca que o "nervosismo" e "olhos vermelhos" ficaram frequentes. "Certa vez, no início do nosso casamento, em Maceió, eu saí e, quando voltei, a porta do nosso quarto estava quebrada. Fernando a tinha destruído com um pontapé."
Por meio da assessoria de imprensa, Collor disse que não vai comentar o teor do livro. Até hoje me arrependo de ter votado nesse megalomaníaco!


sábado, 6 de dezembro de 2014

AS FRAUDES E ESCÂNDALOS

Não bastasse a inflação que subiu este ano, os escândalos que não param de aumentar, já se tornou uma rotina na vida do brasileiro conviver com essa vergonhosa cultura moderna: quanto mais se rouba,  mais poder e mais prestígio se consegue.
Só nesses últimos dias aconteceram coisas incríveis e nunca dantes imagináveis. Primeiro, a roubalheira na Petrobras, depois a aprovação pelo Congresso Nacional da anistia à senhora Dilma Rousseff, constituindo-se na maior manobra fiscal que permite a presidenta da República descumprir a meta de economia para pagamento de juros da dívida, o chamado  superavit fiscal, estabelecido pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que permite, portanto, o governo fechar as contas deste ano. No rastro destes acontecimentos espantáveis, veio a aprovação pela Assembleia Legisltiva (em uma semana sem nenhuma discussão) a aposentadoria para os profissionais da política gaúcha, os deputados.
E para fechar a semana, a péssima repercussão da fraude do leite em Erechim e outros municípios da região, fato que ecoou  negativamente no momento em que se procura promover o município e o Alto Uruguai, uma das regiões mais produtivas do Norte do Estado. Tudo por culpa de comerciantes gananciosos para obterem o lucro fácil, mesmo que esse ganho coloque em jogo a saúde da população.
A COOTREL que desde sua fundação se constituía uma das mais prestigiadas instituições do gênero no país, de uns tempos para cá esqueceu-se da sua importância e tradição e tem se envolvido em situações delicadas, comprometendo diretores e associados que, por improbidade administrativa acabaram produzindo manchas inapagáveis na sua imagem, e com indesejados reflexos na economia regional. Mas, os crimes de fraude para ganhança fácil não é privilégio só de empresas e cooperativas. Agora são as prefeituras do interior que se locupletam com o crime de corrupção.
O Ministério Público gaúcho deflagrou semana passada a operação Boa-Fé para cumprir 12 mandados de busca e apreensão nas prefeituras de Iraí, Palmitinho, Palmeira das Missões, Saldanha Marinho e Vista Alegre, no Norte do Estado. Além disso, estão sob investigação sete empresas da construção civil, com sede em Palmitinho, cujos representantes são suspeitos de se associarem para fraudar licitações, especialmente nas regiões Norte e Noroeste do Estado. Também estão sendo cumpridos dois mandados de prisão temporária.
Segundo as investigações, as fraudes licitatórias vinham ocorrendo desde 2011, por meio de cartel organizado por empresários do setor, vários vinculados a uma mesma família, os quais participavam conjuntamente das licitações e combinavam previamente os preços das propostas, objetivando direcionar os resultados dos certames em favor de empresas do grupo e eliminar a concorrência. O esquema era mais ou menos parecido como da Petrobras.
De acordo com informações obtidas no Tribunal de Contas, somente no período de 2012 a 2014, empresas do grupo investigado teriam recebido aproximadamente R$ 76 milhões e em um dos municípios investigados. No ano de 2014, foram comprometidos mais de 12% da receita arrecada.
As investigações continuarão mediante a análise do material apreendido com a participação do Tribunal de Contas do Estado. O trabalho é coordenado pelos promotores de Justiça Marcos Eduardo Rauber e José Garibaldi Evangelho Simões Machado. O cumprimento das medidas é realizado com o apoio dos policiais do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), da Polícia Civil de Palmeira das Missões e da Brigada Militar de Frederico Westphalen, além de servidores do Ministério Público.

E para concluir, saiu no Diário Oficial o aumento do custo da energia elétrica para os consumidores da CEEE. O reajuste médio da tarifa  foi apenas de 23,51%. Para consumidores de baixa tensão – que inclui comércio, rural e iluminação pública – a luz ficará, em média, 22,39% mais cara. Para a indústria, o aumento será maior: 25,60%. A conta de luz das residências terá um aumento de 22,41%. Tudo isso significa que o ano novo já começa com inflação mais alta. É disso que o povo gosta.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

CPMF VAI VOLTAR

Como parte do ajuste fiscal, o Palácio do Planalto e a nova equipe econômica estudam a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o mau e velho “imposto do cheque”. A notícia é da Veja.
Colocando em perspectiva: os economistas estimam que o déficit primário recorrente do setor público esteja hoje em 0,5% do PIB. Além disso, o governo já tem novas despesas contratadas para 2015 da ordem de mais 0,5% do PIB. Ou seja, para produzir o superávit de 1,2% do PIB que a nova equipe econômica se propôs para o ano que vem, a “virada fiscal” é de cerca de 2,2% do PIB, mais de 100 bilhões de reais.
A possibilidade de taxar os dividendos foi aventada, mas “o imposto sobre dividendos e/ou juros sobre capital próprio fragiliza ainda mais os setores que já estão mais ressabiados com o governo, os empresários. Fazer isso fragilizaria ainda mais o ambiente de negócios, e o que o Governo precisa é atrair investimento, encorajar o setor privado a investir,” disse a fonte.
Neste contexto, a CPMF é vista como dos males o menor. “A CPMF divide a conta de maneira pulverizada — injustíssima, mas pulverizada.”
Já as chances de sucesso do Governo em trazer de volta a contribuição são outra história: a fragilidade da base aliada e a guerra que existe hoje no Congresso fazem desta uma missão quase impossível.
O Governo perdeu a arrecadação da CPMF em dezembro de 2007 — numa derrota histórica para o governo Lula — graças a uma bem-sucedida campanha arquitetada pela FIESP e executada pela oposição.
De lá pra cá, setores do Governo sempre sonharam com a volta do imposto, tido como “insonegável.”
De qualquer forma, a cama parece estar pronta para a tentativa de se trazer de volta os 0,38%. Durante a campanha eleitoral, a Presidente Dilma criticou Marina Silva por ter votado contra a CPMF. E, na segunda-feira, matéria de Cátia Seabra e Marina Dias na Folha de São Paulo mostrou que pelo menos três governadores petistas se articulam para pedir a volta da contribuição.  Um governador tucano, Beto Richa, do Paraná, também se manifestou a favor.

“A história mostra que no Brasil é mais fácil conseguir consenso para aumentar imposto do que para cortar gasto,” diz o economista Mansueto Almeida, lembrando que cada presidente depois da Constituição de 1988 terminou o mandato com uma despesa pública maior do que a deixada por seu antecessor – sem exceção.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

SEMANA DA CONCILIAÇÃO

Teve início nesta segunda-feira,24, a Semana Nacional da Conciliação. 
A iniciativa  promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em parceria com os tribunais brasileiros tem por objetivo é reduzir o estoque de processos judiciais em andamento no país. De cada dois brasileiros, um tem processo judicial. Só no Rio Grande do Sul existem hoje 9,4 mil audiências agendadas no Tribunal de Justiça e Foros da Capital e Interior. No País são 92,2 milhões.
De acordo com a desembargadora Vanderlei Teresinha Tremeia Kubiak, Coordenadora do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos do TJRS, a conciliação pode ser utilizada em quase todos os casos: pensão alimentícia, divórcio, desapropriação, inventário, partilha, guarda de menores, acidentes de trânsito, dívidas em bancos e financeiras, problemas de condomínio, seguros, cobranças, indenizações, despejos, entre vários outros.
Cada Tribunal (Federal, Estadual e Trabalhista) ficará responsável por selecionar os processos que têm condição de serem resolvidos pela conciliação.
 Segundo a Desembargadora As últimas oito edições da Semana foram responsáveis pela liquidação de 1 milhão de acordos, que movimentaram R$ 6,3 bilhões em valores absolutos homologados. O maior número de conciliações foi alcançado no ano passado: foram 376.518 audiências realizadas em todo o país, com acordos em 54% delas, totalizando 203.370 processos liquidados.
O Judiciário Estadual já tem cerca de 9.448 audiências agendadas para a semana. Elas serão realizadas nas unidades judiciárias de 1º e 2º Graus do Estado.
Aproximadamente 700 conciliadores atuarão nas audiências, com o objetivo de auxiliar as partes envolvidas a encontrarem uma solução que atenda aos interesses de todos.
Atualmente, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul conta com 15 Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania. Cada um deles tem sua própria programação para a semana.
Vá até o Fôro local e tenha maiores informações.
A conciliação é um método de autocomposição do litígio.
Conciliar supõe a harmonização entre duas ou mais pessoas com interesses contrapostos, podendo ocorrer com ou sem auxílio de uma terceira pessoa. A transação é uma espécie de conciliação que consiste em um acordo decorrente de mútuas concessões.
Para a Semana Nacional da Conciliação, os tribunais selecionam os processos que tenham possibilidade de acordo e intimam as partes envolvidas no conflito. Caso o cidadão ou instituição tenha interesse em incluir o processo na Semana, deve procurar, com antecedência, o tribunal em que o caso tramita.
Quando uma empresa ou órgão público está envolvido em muitos processos, normalmente, o tribunal faz uma audiência prévia pára sensibilizar a empresa/órgão a trazer ao mutirão boas propostas de acordo.
As conciliações pretendidas durante a Semana são chamadas de processuais, ou seja, quando o caso já está na Justiça.  No entanto, há outra forma de conciliação: a pré-processual ou informal, que ocorre antes do processo ser instaurado e o próprio interessado busca a solução do conflito com o auxílio de conciliadores e/ou juízes.
A Semana Nacional da Conciliação é um marco anual das ações do Conselho Nacional de Justiça e dos tribunais para fortalecer a cultura do diálogo.
Com a conciliação todo mundo ganha. Conciliar economiza tempo, dinheiro e contribui para a paz social.


sexta-feira, 21 de novembro de 2014

IDEIA LATÍFERA

Há alguns dias escrevi sobre o salário que eles mesmos aprovam, referindo-me ao Legislativo tanto federal como estadual e judiciário. Eles fazem as contas quanto deu a inflação, somam mais outros índices e aplicam sobre o que ganham hoje. É assim que eles procedem.
Pois bem, na quinta-feira saiu na imprensa uma formidável notícia, cujo ator principal é o presidente da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul que começa a esvaziar suas gavetas e armários para se despedir da sua apagada administração.
Antes, porém, deixa um despropositado projeto de lei para que o plenário examine e vote. Como o aumento percentual dos seus salários são equivalentes a 75% do que ganha um deputado federal, a Mesa Diretora da Casa presidida pelo deputado Gilmar Sossella, apresentou projeto de lei 249/2014 que altera o regime de aposentadoria dos parlamentares, ou seja, de contribuintes do INSS, para aposentadoria especial, paga com dinheiro do Tesouro do Estado, do contribuinte.
Nas explicações dadas a imprensa Sossella disse: "Deixei a carreira (Banco do Brasil) para ser deputado, ajudar a população, e vou ganhar R$ 6 mil. Isso não é justo!!!"
Para uma lamúria dessas, meu prezado leitor, que resposta você daria?
Quando li a notícia, sinceramente, fiquei com dó do parlamentar. "Não sei por que ficam só no nosso pé. Nossas famílias vão ficar desamparadas, disse, justificando artigo do projeto, que estende os benefícios aos dependentes em caso de morte do deputado.
Embora não seja simpatizante do PT, desta vez obrigo-me a aplaudir sua bancada que imediatamente se manifestou contrária a sua aprovação. O deputado Raul Pont (PT), após tomar conhecimento desse agro alcantilado projeto não escondeu a possibilidade de recorrer ao Ministério Público, sob a alegação de projeto imoral. Esclareceu mais, "é um evidente benefício pessoal às custas do dinheiro público."
O que a Mesa da Assembleia deveria fazer é espelhar-se no bonito exemplo deixado pelo deputado federal Inocêncio de Oliveiura, no seu último pronunciamento da tribuna da Câmara Federal nesta quinta-feira, ao anunciar sua aposentadoria. O parlamentar, depois de quatro mandatos consecutivos (40 anos) e tendo desempenhado os mais importantes cargos na Câmara desde secretário, por mais de uma vez, até a presidência e assumido a presidência da República no governo de Itamar Franco, salientou que considerava ter cumprido sua missão e que era hora de se aposentar, "pelo INSS" - afirmou.
Para Inocêncio de Oliveira é possível viver com R$ 6 mil por mês, para Sossella, não, considerando as diferenças entre ambos, sociais, intelectuais e éticas.

O projeto vai a plenário na próxima terça-feira,25. É preciso que as pessoas protestem junto aos parlamentares da nossa Assembleia Legislativa, enviando mensagens de protesto manifestando, inclusive, pelas redes sociais a sua perplexidade pelo infecto projeto de lei, uma verdadeira negação dos princípios da moralidade e da impessoalidade. Isso não é "pegar no pé", é, sim, consignar contrariedade a uma ideia latífera para benefício próprio.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

A PREVIDÊNCIA É SUPERAVITÁRIA

O governo esconde a verdade quando diz ao Brasil, que a Previdência é deficitária e que se terminar com o fator previdenciário, o dragão apocalíptico dos aposentados e pensionistas engoliria o sistema comprometendo-o de forma irreversível: quebraria. Não é verdade.
Acompanhei esta semana um debate na Rádio Bandeirantes com a participação do ex-ministro Jair Soares, onde mais uma vez ficou comprovado e sublinhado que há, sim, dinheiro para melhorar a vida dos aposentados e acabar com o fator previdenciário.
Jair Soares fez um resumo dos relatórios confeccionados pelos fiscais da instituição desde 2002 até o ano passado e, surpreendentemente, assegurou baseado nos dados oficiais, que nos últimos dez anos a Previdência Social teve um superávit de R$ 1 trilhão. É isto mesmo R$ 1 trilhão. Onde foi esse dinheiro?
É que o governo continua espertamente metendo a mão no caixa da Previdência para, obstinadamente, tapar furos do orçamento e financiar obras de infraestrutura. Então, esta conversa de que a Previdência é deficiente não é verdade.
Outra observação feita por Jair Soares é a injustiça que se pratica contra os idosos aposentados que continuam trabalhando. "Não é correto o aposentado prosseguir recolhendo para a Previdência já que ele não terá mais nenhum benefício a receber".
Com tudo, nenhum deputado, nenhum senador é capaz de enfrentar as mentiras do governo. Aliás, o senador Paulo Paim, (PT), que sempre se mostrou o "grande" defensor dos aposentados onde anda numa hora dessas? Sumiu, não se ouviu mais falar dele e muito menos da sua luta pelos aposentados. O senador está tão apagado que nem mesmo na campanha de sua companheira Dilma Rousseff foi visto nos comícios, carreatas e concentrações. Por que será?
Estava lendo o Jornal Correio do Estado desta terça-feira onde coincidentemente traz interessantes declarações do ex-ministro Jair onde ele enfatiza: "

Antes de mais nada, o governo federal  precisa, e deve, devolver à Previdência o que a ela está devendo. Em 2002, ao participar em Brasília(DF), do painel “ A Previdência Social no Setor  Público”,  Jair Soares já advertia, que a Previdência era credora da União em R$ 350 bilhões, sendo R$ 150 bilhões desviados para a construção de Brasília e os outros R$ 150 bilhões para a ponte Rio-Niterói e a implantação do complexo nuclear em Angra. Então, não era o momento do presidente Lula ter procedido a correção monetária desse valor e retorná-lo aos cofres do INSS? Acontece que as décadas vão se passando e, sempre, qualquer menção de propostas sobre a Previdência aparece rotulada de inconsistente, uma vez que não parte das devidas premissas, autuariais, mas de conjecturas absurdas e dados manipulados, que unicamente visam construir “conclusões” que atendam aos  imponderados desejos do Governo. Leitor(a) atente mais uma vez para esta: O Tribunal de Contas da União(TCU) desmascarou os manipuladores do governo Lula e de Dilma, que visavam a apenas construir “conclusões” sobre  o déficit da Previdência na ordem de R$ 60 bilhões. Acontece, que a partir de 2002, o TCU passou a elaborar, anualmente, Relatórios de Acompanhamento das Despesas e Receitas da Seguridade Social, que visa avaliar a situação das contas da seguridade. O relatório, por exemplo, de 08.04.2003 (cujo resumo foi publicado na página 90 do Diário Oficial da União, de 13.10.2003), demonstra que a Seguridade Social é superavitária. E é consabido que a Seguridade Social tem fontes de financiamentos diversificadas. O que se convencionou chamar, unapropriadamente, de déficit previdenciário que é a diferença entre os que contribuem, (empregadores) e empregados (receitas) e o que é pago em benefícios (despesas). Perguntar-me-ão vocês: onde então reside o “quid pro quo” dessa eterna afirmativa mentirosa, descabida de que a Previdência é deficitária? Na cristalina e boa verdade, reside no descumprimento deslavado e atrevido do mandamento constitucional, artigo (165, parágrafo 5°, III), que prevê a existência do OSS (Orçamento da Seguridade Social). E ai eu é que pergunto: alguém  já viu no âmbito constitucional desta continental federação, um orçamento específico para a Previdência Social do lado do Orçamento Fiscal da União? Nunca existiu. Se existisse, a coisa seria diferente? Seria, sim, pois, segundo cálculos da ANFIP (Associação Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil), em sua publicação “Análise da Seguridade Social em 2008”, caso funcionasse o Orçamento Específico da Seguridade Social, ter-se-ia um saldo positivo, para 2007, 2008 e seguintes. Portanto, patente fica, que a não-implementação do OSS é que acarreta a injustificável e errônea rubrica deficitária do setor previdenciário. Na verdade, a Seguridade Social é superavitária e historicamente usada pelos governos para fazer superávit primário (resultado da arrecadação menos as despesas), e abastecer a truculenta e acintosa DRU (Desvinculação de Receita da União), que desvincula 20% da arrecadação de impostos e contribuições sociais da Seguridade Social. Então, o governo utiliza o dinheiro como quiser, livre das obrigações impostas pela Constituição Federal. Exemplo disso, observamos na farra dos cartões de créditos do gabinete presidencial e de sua assessoria. Essa orgia que a DRU permite, resultou no escândalo que revelou o uso do cartão do governo para comprar tapiocas, pagar hotéis de luxo e uísque em free-shop de aeroportos. Como já passaram as eleições, urge que a bancada renovada dos políticos eleitos, lute pela defesa da Previdência Social e aposentados e que haja melhor distribuição de renda, inclusão social e cidadania.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

MOBILIDADE URBANA

Muito tem se falado sobre o inchaço dos automóveis nas ruas de cidades brasileiras. Não há praticamente mais espaços para estacionamento e o trânsito cada vez complicado.
Recentemente houve um seminário para tratar sobre demandas sociais em Brasília, e entre elas estava a reivindicação de melhoria no transporte público urbano, como única e talvez principal alternativa para desafogar o tráfego de veículos nos grandes centros urbanos.
Mas para isso seja implantado, é preciso que haja uma tarifa social justa de transporte público urbano não pode comprometer a renda nem deve onerar o trabalhador.
De outro lado, os principais atributos para um transporte de qualidade estão regularidade do serviço (cumprimento de horário), tempo total da viagem, incluindo o de espera, segurança, gentileza e educação dos funcionários, informações aos usuários nos terminais, limpeza e melhor iluminação interna dos ônibus.
De acordo com as últimas estatísticas das montadoras de veículos nacionais, mensalmente entram em circulação no país cerca de 5 milhões de veículos. Só a Volkswagem larga no seu pátio de estacionamento um carro a cada 25 segundos. É carro demais e o aumento de veículos em circulação além de causar inúmeros problemas à mobilidade urbana, provoca estresse de quem dirige e também de quem anda na rua.
A falta de educação e a agressividade no trânsito de várias cidades do Brasil,revela que o trânsito transtorna as pessoas porque produz igualdade numa sociedade que no fundo, no fundo, continua aristocrática e tem como modelo a ideia de que não seguir regras é sinal de superioridade. É a questão de você ver o outro como gostaria de ser visto e, portanto, tendo os mesmos direitos e deveres. As pessoas costumam esquecer os deveres. Esse é o ponto principal.
De outro lado não há investimento em rodovias. Em nossa cidade – por exemplo, mais de 50 carros novos entram em circulação todos os meses. No país, são milhares. Uma ameaça para 2/3 da população que anda a pé. Independente disso, o motorista, e a sociedade brasileira devem ser educadas. Os motoristas foram crianças e são hiperativas dentro do automóvel. O carro é uma extensão da personalidade de seu dono ou dona.
Obedecer no Brasil é um sintoma de subordinação e inferioridade. Quem é superior, não obedece. Quem faz as leis, não obedece. Apenas discute, não aplica. Somos péssimos aplicadores, executores de lei.
Os dados de acidentes de trânsito são cada vez mais alarmantes. A cada 24 horas quase 400 crianças são hospitalizadas por atropelamento no Brasil. Mais da metade das mortes de meninos e meninas de 14 anos são por atropelamento e não por acidentes no banco de trás do carro.

É preciso repensar a indústria automobilística no país, caso contrário não vai muito longe os automóveis e caminhões não terão ruas a estradas para se movimentar.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

CORREIO DO POVO PUBLICA NOTÍCIA ABAIXO:

Presidente da Assembleia gaúcha é indiciado pela PF

Gilmar Sossella está sob suspeita de formação de quadrilha, concussão e coação


Presidente da Assembleia gaúcha é indiciado pela PF<br /><b>Crédito: </b> Marcelo Betani / AL / Divulgação / CP
Presidente da Assembleia gaúcha é indiciado pela PF
Crédito: Marcelo Betani / AL / Divulgação / CP
Presidente da Assembleia gaúcha é indiciado pela PF
Crédito: Marcelo Betani / AL / Divulgação / CP

Por Flávia Bemfica

O presidente da Assembleia Legislativa (AL) do Rio Grande do Sul, Gilmar Sossella (PDT), foi indicado pela Polícia Federal (PF) por formação de quadrilha, concussão e coação. Além dele, o superintendente geral da AL, Artur Souto, e outras seis pessoas também foram indiciadas.

O inquérito foi finalizado e encaminhado nessa quinta-feira ao Ministério Público Eleitoral (MPE), mas corre em segredo de Justiça. Nesta sexta-feira, Sossella disse que as acusações são infundadas. “Eu já sabia desta questão dos indiciamentos desde a semana passada. Estas informações de sigilosas não têm nada”, declarou.

O indiciamento ocorreu após denúncias de que o gabinete da presidência pressionaria servidores da Assembleia a darem parte dos salários para ajudar a campanha de Sossella. Também existem denúncias de que estagiários do Legislativo seriam obrigados a desenvolver atividades como cabos eleitorais do deputado.

A Polícia Federal deu início às investigações no final de agosto. No início de setembro, um jantar de arrecadação de fundos para a campanha, com convites ao preço de R$ 2,5 mil, também passou a ser investigado. Servidores denunciaram que teriam sido coagidos a comprar convites.


quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Saiba quando é vantajoso pedir a desaposentação
Por Taís Laporta - iG São Paulo | 09/10/2014 06:00
Pode valer a pena trocar o benefício proporcional pelo integral, assim como reverter a aposentadoria pelo tempo de serviço
70 mil ações pedem a troca do benefício
Pelo menos 500 mil aposentados estão aptos a pedir a chamada troca deaposentadoria – ou desaposentação –, que consiste em trocar o benefício por outro mais vantajoso.
A discussão sobre esse direito, que se arrasta há quatro anos na Justiça, pode ser definida nesta quinta-feira (9) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que julgará um recurso do INSS.
A decisão tem repercussão geral. Ou seja, caso a Corte tenha um entendimento favorável aos aposentados, todas as cerca de 70 mil ações que pedem a desaposentação no Brasil serão beneficiadas pela sentença.
Na desaposentação, o trabalhador que se aposentou, mas continuou trabalhando e contribuindo para a Previdência Social, pode abrir mão do benefício para pedir uma nova aposentadoria e aumentar o valor de sua renda mensal.
A desaposentação deve ser pleiteada na Justiça, e não no INSS, uma vez que o órgão não reconhece este direito pela via administrativa, por considerar a aposentadoria irreversível e irrenunciável. Por isso, o segurado precisa provar em juízo que irá obter uma situação mais vantajosa com a desaposentação.
O especialista em direito previdenciário pela Escola Paulista de Direito (EPD), Sérgio Henrique Salvador, explica que é fácil descobrir se vale a pena pedir a desaposentação na Justiça. "O segurado pode procurar um contador ou advogado, ou fazer a simulação do benefício por conta própria no site da Previdência".
Há pelo menos três situações mais comuns que favorecem o pedido da desaposentação, de acordo com os advogados da Escola Paulista de Direito. São elas:
1. Quando o segurado é aposentado pelo setor privado e pretende ingressar como funcionário do setor público, por meio de concurso, o que permite a ele receber a aposentadoria integral . Ela tende a ser mais vantajosa que o benefício proporcional obtido pelo setor privado.
2. Quando o segurado pretende renunciar de sua aposentadoria proporcional para conseguir a aposentadoria integral. Neste caso, é obrigatório apresentar os cálculos ao juiz para comprovar a situação mais vantajosa. O cálculo deve ser feito pela metodologia nova. Até 1999, o período básico de cálculo considerava as 36 últimas contribuições. Após esse período, vale 80% de todo o período de contribuição, já que não é possível misturar regimes diferentes.
3.  Quando o segurado quer passar de aposentadoria por idade para aposentadoria por tempo de serviço. Esta situação visa reparar alguma injustiça, na medida em que o sistema de acumulação de aposentadorias no Brasil difere para quem se aposentou no serviço público, que pode cumular com o RGPS (Regime Geral de Previdência Social (RGPS). Porém, quem se aposentou no RGPS não pode cumular. A decisão do STF ficou para hoje, 9, quinta-feira.