quarta-feira, 10 de outubro de 2012

OS VÂNDALOS DE PORTO ALEGRE

Nada justifica o que grupos de jovens fizeram recentemente no Largo Glênio Peres, em frente a prefeitura da Capital, sob pretexto de manifestarem-se contra a privatização de locais públicos e fechamento de bares.
A Brigada Militar que foi chamada a intervir tamanho o furor dos manifestantes, usou, sim, dos meios necessários para acalmar os ânimos e acabar com a folia.
Segundo testemunhas, desde à tarde já havia grupos que se organizavam nas proximidades para a manifestação que ocorreu somente à noite.
Foi um péssimo exemplo demonstrado pelos baderneiros que compromete a imagem da capital dos gaúchos perante o Brasil inteiro que se prepara para a Copa do Mundo.
Nem mesmo o símbolo da copa, o tatu bola, que estava exposto no local, foi poupado. Os jovens destruíram tudo, ficou reduzido a frangalhos pelas pauladas e pedradas que levou.
Os prejuízos para o patrimônio público foi grande. Viaturas da policia militar também foram atingidas pelas pedradas e outros objetos jogados contra elas. Vários jovens ficaram feridos, além de brigadianos também. Foram cenas de altercação reprováveis por uma causa, que a rigor não se justifica, pois a administração municipal ao determinar o fechamento de bares onde prolifera a frequência de viciados em bebidas e drogas, o fez para proteger a própria segurança dos afreguesados.
Portanto, as queixas dos bagunceiros de que a Brigada Militar teria agido desproporcionalmente não prospera na medida em que o grupo foi quem iniciou a estúrdia, arrancando as grades que cercavam o tatu-bola, inclusive com o arremesso de pedras e paus contra o boneco inflável, que acabou estourando.
A indagação que se impõe é esta: quem vai restituir os prejuízos causados esses vândalos?
- Quem vai limpar a imagem de violência deixada e espalhada por esses jovens pelo país e mundo inteiro?


O STF condenou nesta quarta-feira, 10, oito réus, entre eles o ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, por 8 votos a 2; José Genuíno, ex-presidente do PT por 9 a 1 e o ex-tesoureiro do partido, Delúbio Soares, por 10 a 0.
Dirceu "chefe da quadrilha" do mensalão, esquema de compra de votos no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após a decisão do STF se declara inocente e afirma que o mensalão não existiu. Os únicos dois votos em favor da absolvição de Dirceu foram dados por Ricardo Lewandówski, eleito vice-presidente do STF, e José Dias Tóffoli. Para quem ouviu pela TV-Justiça o voto do ministro Lewandówski pareceu que ele agiu mais como advogado do que juiz. Se preocupou demasiadamente em desconstituir a prova dos autos
Ao votar, o presidente do Supremo, Ayres Britot destacou que um chefe do Executivo tem necessidade de assegurar a governabilidade, mas isso não pode ser feito de forma “dolosa” à sociedade.
“O que é estranhável, e creio que vossas excelências concordarão comigo, é formação argentária de alianças. Estilo de coalizão excomungado pela ordem jurídica brasileira. Quando alianças e acordos se fazem à base, pior ainda, de propina, de suborno, de corrupção, [o resultado é] doloso à sociedade.”
Britto também criticou a falta de autonomia dos partidos da base aliada. “O que é catastrófico é que partidos foram açambarcados por um deles, o partido que fez o chefe do Executivo, para uma aliança perene e incondicionada, no sentido de votar todo e qualquer projeto de interesse do partido hegemônico.”
Para ele, o político que vende o voto “trai o povo”. “O parlamentar subornado, corrompido, nessa medida, trai o povo inteiro, porque trai o mandato”, disse. Ele afirmou ser “catastrófico e profanador” esse estilo de fazer política, com “alianças argentárias”.
Britto argumentou que era “praticamente impossível não saber que lidar com ele, Marcos Valério, seria participar de um esquema de corrupção e lavagem de capitais.” O presidente citou que os autos mostram que houve um “golpe” na democracia.
"Me parece que os autos dão conta de que, sob inspiração da velha, matreira, renitente, inspiração patrimonialista, [...] um projeto de poder foi arquitetado. Não de governo, porque projeto de governo é lícito .[...] Mas um projeto de poder que vai muito além de um quadriênio quadruplicado. Um projeto de governo que, muito mais do que continuidade administrativa, é seca e rasamente continuísmo governamental. Golpe, portanto, nesse conteúdo da democracia, talvez o conteúdo mais eminente da democracia que é a República."
Ao falar sobre a atuação de Dirceu, o ministro Ayres Britto destacou depoimento dado pelo próprio Dirceu no qual ele afirma que coordenava toda a relação com os partidos.“Foi deixando claro que era, de fato, o primeiro-ministro. Ele deixa claro que tudo passava pelas mãos dele. Foi o coordenador da campanha, o comandante da transição."

Celso de Mello

Decano da corte, o ministro Celso de Mello votou nesta quarta-feira porque teve que se ausentar da sessão de terça devido a uma consulta médica em São Paulo. Ele também acompanhou o voto de Barbosa e condenou oito réus.
O ministro disse ver nos autos a prática de atos de “venalidade governamental” e “desvios éticos” por parte do ex-ministro da Casa Civil e do ex-presidente do PT. “[Houve um] Projeto criminoso de poder engendrado, concebido e implementado pelas mais altas instâncias, e praticados pelos réus nesse processo, em particular pelos réus Genoino e José Dirceu.

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