sábado, 28 de setembro de 2013

DAI PÃO E CIRCO PARA O POVO

Recebi de uma Loja Maçônica de Santa Catarina uma carta, que está circulando em todos os templos da instituição milenar. Seu teor diz muito dos dias que vivemos, e que a população não tem conhecimento, já que a Maçonaria não divulga publicamente a ação que silenciosamente desenvolve.
"Vivemos um dos momentos mais difíceis de nossa história pátria. O povo está sendo mantido na ignorância e sustentado por um esquema que alimenta com migalhas a miséria gerada por essa mesma ignorância. A tirania mudou sua face. Já não encontramos os tiranos do passado, que com sua brutalidade aniquilavam as cabeças pensantes, cortando o pescoço. Os tiranos de hoje saqueiem a Pátria e degolam as cabeças de outra forma. A tirania se mostra pela corrupção que impera em todos os níveis. Encontramos mais viva do nunca as palavras do Imperador Romano Vespasiano que na construção do Grande Coliseu disse: “DAI PÃO E CIRCO PARA POVO”.
Esse grande circo acontece todos os dias diante de nossos olhos, especialmente sob a influência da televisão, que dá ao povo essa fartura de “pão” e de “circo”. Quando pensamos que a fartura acaba, surgem mais opções. Agora vemos a Pátria sendo saqueada para a construção de monumentais estádios de futebol, atualmente chamados de arenas, nos moldes do que era o Coliseu, uma arena. Enquanto isso os hospitais estão falidos, arruinados, caindo aos pedaços. Brasileiros morrem nas filas e nos corredores desses hospitais; já, outros filhos da Pátria morrem pelas mãos de bandidos inescrupulosos que se sentem impunes diante de um Estado inoperoso, ineficiente e absolutamente corrompido. Saúde não existe, educação não há, segurança, muito menos. Porém, a construção dos “circos”, continua !
Mas o pão e o circo também vem dos “Big Brothers” das “Fazendas”, das novelas que de tudo mostram, menos verdadeiros valores e virtudes pessoais. E o mais triste é que o povo mantido na ignorância, é disso que mais gosta. O Coliseu está entre nós. O circo está entre nós. Já o pão, esse vem do bolsa isto, do bolsa aquilo, mantendo o povo dependente do esquema, subtraindo-lhe a dignidade e a capacidade de conquistar melhores condições de vida com base em suas qualidades, em seus méritos, em suas virtudes. Agora, o circo se arma em torno do absurdo que se coloca à população de que o problema de saúde é culpa dos médicos. Iludem e enganam o povo, pois fazem cair no esquecimento o fato de que o problema de saúde no Brasil é estrutural, pois o cidadão peregrina sem encontrar um lugar digno, nem mesmo parar morrer". A carta critica "absurdamente em desrespeito aos filhos da Pátria, a abertura das portas para profissionais médicos estrangeiros, alguns poucos, não cubanos e o repasse de R$ 40 milhões mensais para sustentar um governo falido e tirano, o cubano; um dinheiro sem controle e sem fiscalização. Os profissionais que de lá vêm, não têm culpa, já que é um povo sem liberdade, sem direito de expressão, escravo da tirania". Pois é, a Maçonaria que foi a grande responsável por movimentos históricos e por gritos de liberdade em defesa da dignidade do homem por que não ajuda a enfrentar,  como no passado, o arbítrio despótico e cruel do poder central dominador? Pelo menos a história registra que foi por mãos de Maçons que se deu o grito de Independência do Brasil, da Proclamação da República, da Abolição da Escravatura. Foi pelas mãos de Maçons que se deu o brado da Revolução Farroupilha. E o que está fazendo a Maçonaria de hoje ao ver o circo armado, com a distribuição de um pão arruinado pelo vício que sustenta essa miséria intelectual! A Maçonaria, guardiã da liberdade, da igualdade e da fraternidade, valores que devem imperar entre todos os povos, precisa reagir, precisa revitalizar seu grito, seu brado para a libertação do povo. Esse é o seu dever, pois do contrário não passará de semente estéril, jogada na terra apenas para apodrecer e não para germinar. Desencadeemos um movimento de mudança, de inconformismo, fazendo ecoar de forma organizada, democrática e sem violência dever, segundo os próprios preceitos da Maçonaria: levantar Templos à virtude e de cavar masmorras aos vícios!

ÓDIO EXACERBADO

Os protestos de grupos descontentes em Porto Alegre já estão passando os limites da civilidade. Na noite de quinta-feira, 26, manifestantes depredaram o museu Julio de Castilhos e quebraram vidros da catedral metropolitana. O grupo, cerca de 200 pessoas, realizava manifestação contra o governo Tarso Genro na praça da Igreja Matriz, e no deslocamento pela Rua Duque de Caxias jogou pedras  nas ventanas da igreja e queimou ás bandeiras hasteadas no Museu Julio de Castilhos. Sete pessoas foram presas, entre elas dois adolescentes e três professores da rede pública. Vários dos manifestantes usavam capuz, cobrindo o rosto.  Foi uma arruaça ainda não registrada nessa fase de protestos públicos em Porto Alegre. Os manifestantes também queimaram um boneco em frente ao prédio onde reside o prefeito José Fortunati, quebraram os vidros de duas agências bancárias e posto da CEEE, no centro. A Brigada Militar interveio e como sempre, não conseguiu evitar as depredações.
Entre os detidos estavam três professores, que foram presos pela Brigada Militar sob acusação de depredação e levados para à 3ª Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento. Segundo a presidente do Cpers, Rejane de Oliveira, os educadores estariam caminhando pela Rua Lima e Silva, no bairro Cidade Baixa, quando foram abordados pela polícia e que não haviam participado dos atos de vandalismo. Para que fossem soltos foi estipulada uma fiança de R$ 4 mil para cada um deles.  O próprio Cpers pagou a fiança e os professores foram liberados. O que custo a entender é por que depredar uma igreja e um museu histórico, que não tem nada a ver com os desmandos de um governo que até hoje não fez nada por merecer o voto da maioria dos gaúchos. Esses atos extremados de violência são muito perigosos. De repente motivam a se erguer os contra-violência e aí está formado (como diz o gaúcho) o rega-bofge. É imprssionante o ódio desses grupos mascarados, manipulados por quem deveria educar, mas que se infiltram no meio de jovens inocentes úteis, para alcançar objetivos, nem sempre justos, claros  e convenientes. De onde vem tanta grana? Em questão de minutos o Cpers liberou R$ 16 mil para soltar os três professores imbutidos no movimento. A expectativa agora é saber quem vai pagar os prejuízos, e que tipo de pena sofrerão os ruaceiros. No fim da tarde o Secretário de Segurança, numa medida aclamada pela população anunciou que agora quem participar de movimentos mascarados serão presos e o policiamento será mais contundente. Muito bem!
Outro assunto.
O STJ – Superior Tribunal Eleitoral aprovou semana passada a formação de mais dois partidos políticos: o PRO – Partido Republicano da Ordem Social, que leva o número 90 e o Solidariedade, número 77. O partido da ex-senadora Marina Silva, que deseja ser candidata a presidência da República, ainda aguarda deferimento do TSE que pode sair no decorrer desta semana. O Brasil passa a ter 32 partidos, o que é, em minha opinião, um exagero, e, de certa forma, uma maneira de enfraquecer a democracia. De que adianta aumentar o número de agremiações partidárias se nenhum deles cumpre o seu  programa? Sem falar que as filiações, na maioria dos casos, são feitas por interesse. Um exemplo recente é o que ocorreu com o PSB em Porto Alegre. O partido que até então fazia parte do governo se desligou. Os que estão exercendo cargos de confiança não querem se exonerar, entre eles o ex-secretário de Infraestrutura Caleb de Oliveira que foi convidado por Tarso Genro, e aceitou, a Assessoria Superior. Isso não é interesse?
Mas Beto Albuquerque, deputado federal e presidente regional do partido já deu o recado: ou deixam os cargos empregos ou o partido os expulsará. Aliás, não há medida mais acertada, afinal quando se ingressa num partido político há que se ter disciplina, obedecer os estatutos e as diretrizes, ou cai fora. Beto Albuquerque afirmou na imprensa que o convite de Tarso a Caleb foi uma "cooptação imoral".

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

ESTRADAS...ESTRADAS.... BENDITAS ESTRADAS




O site da Rádio Gaúcha publicou reportagem abaixo que bem demonstra a falta de estrutura nas nossas rodovias e os altos prejuízos causados pela inexistência de recursos para melhorar e recuperar as nossas estradas.

Segundo estudo da Agenda 2020, a cada ano, o Rio Grande do Sul deixa de faturar R$ 13,8 bilhões por falta de investimentos em setores como infra-estrutura. O custo anual de apenas uma hora de engarrafamento na BR-116 entre NH e POA chega a R$ 624 milhões. O objetivo deste blog, editado por Jocimar Farina, é acompanhar o andamento das principais obras de mobilidade do Estado que trarão mais desenvolvimento aos gaúchos.



Recuperação de rodovias da Serra não irá começar no prazo previsto


Na RS-470, a restauração da pista vai começar em Vila Flores, em direção a Nova Bassano – Foto: Maicon Damasceno / Agencia RBS (Arquivo)

Esperada com ansiedade pelos moradores da Serra Gaúcha, as obras do Crema Serra, que tratam da recuperação de três rodovias estaduais da região não vão começar no mês de setembro. A previsão do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) era que os trabalhos começariam na segunda quinzena deste mês. Porém, faltando três dias para o fim do prazo estipulado, a autarquia ainda não sabe informar a data do começo desses trabalhos.

A documentação já está em análise pelos técnicos do da Diretoria de Gestão de Projetos do Daer. A expectativa é que os trabalhos possam começar em breve, ou questão de dias, como informa a assessoria de imprensa.

Na RSC-453, o reparo terá início por Caxias do Sul. Na RS-122, o começo se dará no entroncamento com a BR-116. Já na RSC-470, a restauração começa em Vila Flores, em direção a Nova Bassano.

Já foram realizadas atividades de limpeza e conservação nas rodovias como roçada, pintura da pista (lote 2 foi todo pintado e no 1 foram necessários pintar 18 quilômetros).

A obra foi dividida em dois lotes, cada um com dois trechos:

Lote 1: RS-324 e RSC-470
Empresa: CSL – Construtora Sacchi S.A.
Trecho 1: RS-324: Entroncamento da RS-129 (Guaporé) ao entroncamento da RSC-470 (Nova Prata). São 43,32 km.
Trecho 2: Entroncamento da RS-324 (Nova Prata) ao Entroncamento da RS-431 (São Valentim, do Sul). São 57,18 km.

Lote 2: RS-122 e RSC-453
Empresa: Traçado Construções e Serviços Ltda.
Trecho 1: Entroncamento da RS-437 (Antônio Prado) ao entroncamento com BR-116 (Campestre da Serra). São 42,24 km.
Trecho 2: Entroncamento da BR-116 ao entroncamento da RS-476 (Lajeado Grande). São 95,16 km.

Idas e vindas do processo licitatório:
18/01 – Processo novo encaminhado para a Celic;
21/01 – Processo retorna para o Daer;
22/01 – Processo retorna para a Celic;
23/01 – Reunião entre Celic e Daer e processo encaminhado para PGE;
08/02 – Processo retorna ao Daer;
15/02 – Processo encaminhado para a Cage;
22/02 – Cage devolve para Celic;
25/02 – Publicação da abertura de licitação;
27/03 – Abertura das propostas;
18/04 – Análise das propostas de preço;
20/05 – Resultado da licitação é homologado;
02/07 – Assinatura da ordem de início das obras;
24/07 – Começo das obras de limpeza das rodovias.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

FIM DOS EMBARGOS INFRINGENTES



Depois da porta arrombada, tranca de ferro. O adágio cai bem no momento em que está confirmada a apresentação de projeto de lei do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) para proibir os embargos infringentes em ações penais no Supremo Tribunal Federal (STF).
O senador paranaense justifica com a citação do voto do ministro Celso de Mello que avalizou os embargos infringentes e confirmou a análise nos crimes de 12 condenados no processo mensalão, que receberam quatro votos favoráveis a absolvição. Para entrar em vigor PL precisa ser aprovado no Senado e na Câmara dos Deputados.
Acho que não só os embargos infringentes  devem ser revogados do rol dos artifícios do Código, outros recursos abjetos também deveriam ser suprimidos. Eles só servem para atrasar os julgamentos de ações, prorrogarem prazos, e, inclusive, nem serem julgados por decurso de prazo. Para citar apenas um processo, lembro o caso do acidente com um micro-ônibus, na barragem da Corsan, e onde faleceram vários adolescentes uma professora que tramita há nove anos no Fórum de Erechim. Nem mesmo o movimento de protesto que familiares das vítimas fizeram em frente ao prédio da Justiça, faz com que o processo ande mais celeremente, pois é preciso aguardar a decisão do STJ, onde tramita a ação. E agora estou ouvindo pelo rádio que a ex-governadora Yeda Crussius acusada por improbidade administrativa, e que havia sido excluída  do processo da Operação Rodam da Polícia Federal em 2007, por decisão monocrática em primeira instância, juntamente com os deputados José Otávio Germano (federal) e Frederico Antunes (estadual); João Luiz Vargas, ex-presidente do Tribunal de Contas e Luiz Fernando Zachia, entre outros, volta a ser ré numa decisão do Superior Tribunal de Justiça. Aguarda-se, todavia, como o Ministério Público vai pleitear a condenação ao fim e ao cabo, pela improbidade administrativa. O processo volta a andar, com esse viés, mas ainda não há ninguém condenado nem absolvido.
Faço estas duas referências para comprovar que a nossa Justiça não anda, é vagarosa, e quanto mais embargos e recursos, torna-se tão, ou mais lenta, que um cágado. Verdadeiramente o Brasil precisa de reformas, muitas reformas. Reforma política, reforma administrativa, reforma do judiciário, reforma do Congresso, reforma de tudo. Quem sabe uma vassourada geral na Câmara e Senado nas eleições do ano que vem, os brasileiros possam ter mais esperanças no futuro desta Nação. Do contrário o roubo, a corrupção e a falta de ética, tomarão conta definitiva do gigante que acordou e voltou a dormir.

Cheguei a comentar em artigo anterior sobre a falta de projetos de mobilidade urbana na grande maioria dos municípios gaúchos, e que se os prefeitos não se enquadrarem na lei que está para ser aprovada na Câmara, não poderão receber verbas federais do Ministério das Cidades. Significa dizer que os executivos municipais devem ficar antenados e podem, desde já, acionar suas assessorias para antecipar estudos da lei, para não serem surpreendidos quando recorrerem ao Ministério das Cidades e solicitarem recursos.
A preocupação do governo federal com a edição da lei de mobilidade urbana é justamente fazer com que os centros urbanos se ajustem a uma nova realidade diante do crescimento absurdo do número de veículos que transitam por toda a parte. Agora mesmo, acaba de ser revelado que a cada dia, 79 veículos entram em circulação em Porto Alegre. Nas cidades do interior, reservadas as proporções, a situação é idêntica. Os dados atualizados até 31 de agosto último, baseado no registro da frota em circulação por município do Detram, apontam para cidades com cada vez menos espaço livre nas ruas e avenidas. Hoje, o número da frota do Rio Grande do Sul é de 5,5 mil veículos. Destes, 768.105 circulam na capital, representando 13,73% da frota.  É nesta hora que entra o transporte coletivo urbano que precisa ser aumentado, melhorado e com tarifas mais econômicas.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013




ERECHIM NA VEJA

Brasil
O pequeno grande herói
No acidente que matou 17 pessoas,
um menino de 14 anos morreu salvando
colegas do afogamento

Diogo Schelp
Lucas Vezzaro, de 14 anos, era conhecido pela boa vontade para ajudar os outros. Na semana passada, em Erechim, no Rio Grande do Sul, o menino morreu como herói. Na quarta-feira 22, um ônibus escolar que transportava trinta crianças e adolescentes da zona rural para escolas na cidade caiu em uma represa com quase 8 metros de profundidade. Dezesseis estudantes e a funcionária de uma escola morreram no acidente. O motorista perdeu a direção por razões não esclarecidas até o fim da semana. Logo que o veículo caiu na água, de frente, muitas crianças começaram a sair pelas janelas. Lucas, que viajava na parte traseira, estava entre os que primeiro conseguiram atirar-se para fora. Bom nadador, começou a ajudar os colegas, em vez de procurar a segurança da margem do lago.
Primeiro, agarrou e arrastou para a beirada da represa sua prima Daiane Vezzaro e a amiga Márcia Bai. Em seguida, voltou até o ônibus, àquela altura já completamente encoberto pela água. Dessa vez, conseguiu salvar Angélica Mokfa, de 14 anos. "Eu não sei nadar e estava me afogando", lembra a menina. "Quando vi o Lucas, agarrei na jaqueta dele e ele conseguiu me puxar para cima, para que eu pudesse respirar." Lucas a arrastou até a margem e nadou outra vez para o ônibus, atrás de uma quarta colega. Dessa incursão não voltaria mais. A garota e outras crianças que se debatiam embaixo d'água o agarraram, puxaram-no para o fundo. Lucas morreu junto com elas. Seu corpo foi resgatado minutos depois, pelo operador de máquinas Valdeci dos Santos, que estava perto da barragem no momento do acidente. "Tentaram fazer respiração boca-a-boca nele, mas não conseguiram salvá-lo", diz Valdeci.
A tragédia aconteceu às 7 horas da manhã. A pouca distância, no quilômetro 7 da mesma estrada, fica a casa onde vivia Lucas, no quintal da empresa de erva-mate para a qual trabalham sua mãe, Cleci, e seu pai, Sérgio. O caminhoneiro Sérgio preparava-se para iniciar mais uma viagem quando chegou a notícia do acidente. "Lucas era um menino que nunca conseguiu ver alguém em dificuldade sem oferecer ajuda", recorda a mãe. No ano passado, quando o avô materno esteve doente, o menino varou dias no hospital. Em casa, filho único, comportava-se de modo bem diferente do da maioria dos garotos de sua idade. À tarde, depois de almoçar com a mãe, lavava a louça, passava aspirador de pó na casa, varria o quintal, cuidava da horta e fazia a lição de casa. Mesmo com tantos afazeres, ainda achava tempo para o futebol com os amigos, para pequenas caçadas e para partidas de bocha. Uma de suas maiores diversões era pescar e se orgulhava de nadar bem. Estava na 8ª série e ainda não tinha definido o que estudaria mais adiante.
O motorista do ônibus, Juliano dos Santos, disse à polícia que houve uma falha mecânica. O tacógrafo do veículo mostra que ele estava acima da velocidade admitida no local, uma estrada de terra, com muitos buracos, estreita, margeada pela represa em ambos os lados. A pista estava enlameada devido à chuva.
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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

QUE DIFERENÇA



 O julgamento do mensalão serviu para que os brasileiros se sentissem atraídos pelas suas atividades e, igualmente, esmiuçassem a vida de seus ministros, por exemplo, como chegaram à alta corte.

Uns foram escolhidos pelo seu alto saber jurídico e outros pela simpatia e amizade do presidente da República, que é quem escolhe de uma listra tríplice um novo integrante, como aconteceu durante o governo do PT. Dos onze ministros, nove foram nomeados pelo governo petista.

E o que chama a atenção nessas escolhas é a diferença de currículo.

O presidente da corte, ministro Joaquim Barbosa é uma das mais respeitadas sabedorias jurídicas deste país. É natural da cidade de Paracatu, Minas Gerais, primogênito de oito filhos. Passou a ser arrimo de família depois que seus pais se separaram. Com apenas 16 anos resolveu seguir sua vida indo sozinho para Brasília. Seu primeiro emprego foi no Correio Braziliense, concluindo o segundo grau, sempre estudou em colégio público.

Todos sabem que Joaquim Babosa é negro, e isto nunca diminuiu sua personalidade como ser humano. Entrou para a Faculdade de Direito, sem necessitar de cotas. Após formado pela Universidade de Brasília, obteve seu mestrado.

No Ministério das Relações Exteriores, foi Oficial de Chancelaria, estudou na França na Universidade de Paris, foi procurador do Estado do Rio de Janeiro, professor e Visiting Scholar no Human Rights Institute da Faculdade de Direito da Universidade de Columbia, em Nova York (1999 a 2000) e na UCLA - Universidade da Califórnia - Los Angeles School of Law (2002 a 2003). - Fez estudos complementares de idiomas estrangeiros no Brasil, na Inglaterra, nos Estados Unidos, na Áustria e na Alemanha - é fluente em francês, inglês, alemão e espanhol. - Toca piano e violino desde os 16 anos de idade. Como se vê é um homem preparado.

Agora observe o contraste e como é bom e vantajoso ser amigo do Rei:

Ministro José Antonio Dias Toffoli - formado pela USP.

- Pós Graduação: nunca fez.

- Mestrado: nunca fez.

- Doutorado: também não.

- Concursos: em 1994 e 1995 foi reprovado em concursos para Juiz Estadual em São Paulo (note que é concurso para Juiz Estadual e não Federal).
- Depois disso , abriu um escritório e começou a atuar em movimentos populares. Nessa militância, aproximou-se do deputado federal Arlindo Chinaglia e deu o grande salto na carreira ao unir-se ao PT.

- Aproximou-se de Lula e Jose Dirceu , que o escolheram para ser advogado das campanhas eleitorais de 1998 , 2002 e 2006 .
- Com a vitória de Lula , foi nomeado sub chefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil , então comandada por José Dirceu .

- Com a queda do chefe , pediu demissão e voltou à banca privada .

- Longe do governo, trabalhou na campanha à reeleição de Lula, serviço que lhe rendeu 1 milhão de reais em honorários .

- No segundo mandato, voltou ao governo como chefe da Advocacia-Geral da União.

- José Antonio Dias Toffoli é duas vezes réu. Ele foi condenado pela Justiça, em dois processos que correm em primeira instância no Estado do Amapá.

- Em termos solenemente pesados, a sentença mais recente manda Toffoli devolver aos cofres públicos a quantia de setecentos mil reais, dinheiro recebido "indevidamente e imoralmente" por contratos ilegais, celebrados entre o seu escritório e o governo do Amapá.

- Um dos empecilhos mais incontornáveis para ele é a sua visceral ligação com o PT, especialmente com o ex-ministro José Dirceu.

- Sua carreira confunde-se com a trajetória de militante petista, sendo que essa simbiose é, ao fundo e ao cabo, a única justificativa para encaminhá-lo ao Supremo Tribunal Federal, onde tomou posse em uma das cadeiras no dia 23 de outubro de 2009, indicado pelo Presidente da República. É preciso dizer mais?