domingo, 30 de junho de 2013

 
DILMA CAI NAS PESQUISAS
As pesquisas dos últimos dias apontam que se a atual presidenta Dilma Rousseff se candidatasse a reeleição não venceria no primeiro turno. Isto significa que a a preferência eleitoral que detinha até há pouco tempo vem decaindo. Muitos apoios de ontem já não são mais os de hoje.
Depois de três semanas de manifestações de rua em todo o país, a presidente Dilma é a pré-candidata que mais perdeu apoio na corrida pelo Planalto.
Sua taxa de intenção de votos cai até 21 pontos percentuais. Embora ainda lidere a disputa de 2014, a queda indica que hoje ela teria de enfrentar um segundo turno.
Para piorar a situação da presidente, seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, se mostrou bem mais flexível à insatisfação geral dos eleitores com os políticos. Além de ter perdido só dez pontos percentuais, o petista ainda ganharia no primeiro turno a eleição hoje em um dos cenários apresentados. Há um crescente movimento dentro do PT que pede a volta de Lula em 2014.
O Datafolha foi à ruas na quinta e na sexta-feira. Entrevistou 4.717 pessoas em 196 cidades. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
O cenário hoje mais provável para a sucessão inclui Dilma, Marina Silva (Rede), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Nessa simulação, a petista tinha 51% das intenções de voto nos dias 6 e 7 deste de junho. Agora, desceu para 30%. Esse é o mesmo percentual da aprovação de seu governo, apurada no mesmo levantamento e divulgada pela Folha.
Nesse mesmo cenário, Marina Silva subiu de 16% para 23%. Aécio Neves foi de 14% para 17%. Campos oscilou de 6% para 7%.
Os três adversários juntos pularam de 36% para 47%. Nessa hipótese, seria realizado um segundo turno entre a petista e Marina.
Impressiona o aumento de eleitores sem candidato --que dizem não saber quem escolher ou que afirmam votar em branco, nulo ou nenhum. No início do mês, eram 12%. Agora, são 24%.
No outro cenário no qual Dilma aparece como candidata é incluído também o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa --que tem negado intenção de disputar eleições.
Nessa hipótese, a petista tem 29% e há três nomes empatados em segundo lugar: Marina (18%), Aécio e Joaquim (15% cada um). Campos pontua 5%.
Lula é testado em duas simulações. Numa delas, vai a 45%. Nesse cenário, Marina, Joaquim, Aécio e Campos somam juntos 43% e ficam empatados tecnicamente com o ex-presidente. Haveria possibilidade de segundo turno.
Em outra cartela, quando o nome de Joaquim não é incluído, Lula tem 46% contra 37% de Marina, Aécio e Campos somados -aí o petista venceria no primeiro turno.
No geral, é possível dizer que os votos perdidos por Dilma foram, em parte, herdados por Marina e Joaquim. Um outro segmento de ex-dilmistas preferiu fazer um "pit stop" no grupo dos que não têm candidato. Aécio e Campos não se beneficiaram da desidratação de Dilma. Outro indicador duro com a atual presidente é na pesquisa espontânea, aquela na qual o entrevistado não é confrontado com uma lista de nomes. A petista já havia caído de 35% para 27% de março para o início de junho. Agora, bateu em 16%. Lula se manteve estável, com 6%. Joaquim Barbosa, que nunca aparecia na pesquisa espontânea, surge com 2%.
Por outro lado, pessoas próximas ao ex-presidente Lula informam que ele embarcou para a África. O Brasil pegando fogo, e Lula, coerente com sua fuga das ruas de quem sempre se achou o dono delas, sumiu para bem longe. A justificativa para esse novo sumiço — desde o caso Rosegate, sobre o qual não dá um pio há 217 dias, Lula não para de viajar para o exterior — é “participar de eventos sobre o combate à Aids e à fome”.

sábado, 29 de junho de 2013

Datafolha: Dilma tem queda de 21 pontos nas intenções de voto

Em pesquisa anterior, realizada no início do mês, presidente tinha 51% das intenções


Popularidade da presidente também teve queda Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / ABr
Popularidade da presidente também teve queda
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / ABr
 Pesquisa do Datafolha feita nesta semana divulgada parcialmente neste sábado indica que as intenções de voto na presidente Dilma Rousseff, caso ele se candidate à reeleição, caíram 21 pontos percentuais em relação a uma pesquisa similar realizada no início deste mês. Segundo o instituto, em um cenário com Dilma, Marina Silva (Rede), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), a presidente tinha 51% das intenções de voto nos dias 6 e 7 deste mês. Mas na nova pesquisa, o número caiu para 30%. Os dados foram divulgados pela Folha Online e serão publicados na edição de domingo da Folha de S.Paulo.

Segundo a pesquisa, Marina subiu de 16% para 23%, Aécio de 14% para 17% e Campos de 6% para 7%. O Datafolha entrevistou 4.717 pessoas em 196 cidades na quinta e sexta-feira. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Neste sábado, o instituto já havia divulgado que a popularidade da presidente havia caído 57% para 30%.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

 

Folha publica:

Dilma quer limitar questões de plebiscito para reforma política

 DE BRASÍLIA
País em protesto A presidente Dilma Rousseff definiu que enviará ao Congresso uma mensagem de no máximo cinco pontos sugerindo a realização de um plebiscito para nortear a elaboração de uma reforma política, mas seus aliados querem acrescentar mais questões, como o fim da reeleição.
Depois de três reuniões com presidentes de partidos e aliados da Câmara e do Senado, Dilma conseguiu o apoio da maioria de sua base para sua ideia de plebiscito, mas foi avisada de que a proposta de fazer poucas perguntas pode não vingar e que nem todas as regras podem valer para a eleição de 2014.
Ela se reuniu com políticos da 11h às 22h. "A situação é grave, se não fosse grave não estaríamos aqui", afirmou Gilberto Kassab (PSD).
O governo decidiu encaminhar sua mensagem ao Congresso na terça, listando pontos --não perguntas-- que deseja incluir no plebiscito. Entre eles, financiamento de campanha (público, privado ou misto) e sistema de votação --voto proporcional, distrital, distrital misto e se em lista aberta ou fechada.
Os pontos coincidem com aqueles que o PT defende. O partido quer financiamento público e voto em lista fechada, no qual os eleitores votam em uma relação de candidatos elaborada pelas legendas.
A inclusão do fim da reeleição é apoiada por congressistas aliados. O líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque, quer discutir ainda a unificação das eleições e mandatos de cinco anos, que valeriam a partir de 2018.
O governo é contra. E, como ameaça, insinua que se a população derrubar a reeleição, o candidato do PT será o ex-presidente Lula.
Nas reuniões de ontem, Dilma disse que algumas regras têm de valer em 2014. Segundo ela, a população tem expectativa de que algo "já mude na política" rapidamente.
Dilma recusou ainda sugestão de aliados de trocar o plebiscito por um referendo.
"Isso pode ser o pior dos mundos", retrucou a presidente, dizendo que a população poderia "rechaçar" uma reforma política aprovada pelo Congresso. "Ficaríamos sem mudanças, não é o que deseja a voz das ruas."
O ministro Alozio Mercadante (Educação) defendeu que o ideal é um plebiscito com poucas perguntas. "Nós vamos tratar daquilo que é essencial, das balizas. É isso que se espera do plebiscito."
Ao final da primeira reunião, com presidentes de partidos, o governador Eduardo Campos (PSB-PE), que pode disputar a eleição presidencial contra Dilma, alertou que nem todas as regras devem valer no ano que vem.
Presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) disse que essa pode ser uma das perguntas do plebiscito, que poderá questionar a população se as regras poderiam valer para o próximo ano mesmo que sejam aprovadas fora do prazo legal --um ano antes da eleição de 2014.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

PROTESTO EM PORTO ALEGRE TEM PRIMEIROS CHOQUES COM A POLÍCIA
Uma manifestação organizada em Porto Alegre na noite desta quinta-feira (27) por grupos que reivindicam a redução da tarifa de transporte público já registra confrontos com a polícia e atos de vandalismo.
Milhares de manifestantes --cerca de 5.000, segundo última estimativa da Brigada Militar-- se reuniram na praça da Matriz, que reúne vários órgãos de governo do Estado. A decisão era que não haveria passeata desta vez, apenas a concentração no local.
O problema começou quando um grupo não aceitou a proposta de "protesto parado" e passou a reivindicar uma passeata, aos gritos de "protesto não é festa".
Integrantes desse grupo jogaram rojões em direção a policiais da tropa de choque que faziam a guarda do Tribunal de Justiça, que reagiram com bombas de gás lacrimogêneo. Houve correria.
O grupo "dissidente" passou então a percorrer ruas das imediações, atacando carros estacionados, lojas e outros equipamentos.
Ao contrário das últimas duas grandes manifestações promovidas na cidade, o governo de Tarso Genro (PT) autorizou desta vez que os participantes do ato se aproximassem da praça em frente ao palácio.
Na última segunda-feira (24), a praça teve seus acessos totalmente bloqueados com grades. A polícia temia que extremistas atacassem os prédios públicos do local, que também abriga a Assembleia Legislativa e o Palácio da Justiça.
Hoje, as grades foram colocadas apenas nas proximidades dos três palácios. O Bloco de Luta pelo Transporte Público, grupo na linha de frente da organização das manifestações, divulgou a opção pelo ato apenas com concentração na praça.
Um trio elétrico foi posicionado na frente da sede do governo. Uma banda abriu a programação da noite tocando a música "Que País é Esse", da Legião Urbana.
As últimas quatro passeatas em Porto Alegre deixaram feridos e terminaram em confrontos com a polícia e depredações. A Polícia Civil diz que cresceu a infiltração de gangues que comparecem às manifestações apenas para cometer roubos e saques.
A segurança no centro da capital gaúcha foi reforçada. Lojistas novamente decidiram fechar as portas mais cedo para evitar a ação dos vândalos. Órgãos públicos também dispensaram os servidores no meio da tarde.
Nesta quinta-feira, o Tribunal de Justiça gaúcho confirmou a validade de uma liminar de primeira instância que reduziu em abril o preço da passagem de R$ 3,05 para R$ 2,85 na cidade.
Aqui onde estou, no Bairro Cidade Baixa, um helicóptero está sobrevoando a rergião.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

PRINCIPAIS FATOS DESTA QUARTA-FEIRA

-- Proposta que transforma a corrupção crime hediondo foi aprovada pelo Senado. Agora o projeto vai para a Câmara.

-- Deputado Natan Donadon (PMDB-RO) foi condenado e irá para a cadeia por determinação do STF. Donadon praticou crime de de peculato e formação de quadrilha por desviar mais de R$ 8 milhões da Assembleia Legislativa de Rondônia  quando exercia o cargo de financeiro do Legislativo.

-- Em Brasília manifestantes fazem caminhada exigindo Reforma Política e tributária já.

-- A Seleção Brasileira vai para a final da Copa das Confederações no Maracanã domingo, ao derrotar o Uruguai por 2 x 1.

-- Nelson Mandela vive com ajuda de aparelhos.

-- Médicos vão parar dia 3 de julho. Eles não aprovam contratação de colegas estrangeiros pelo governo.

--Câmara aprova redução de PIS/Pasep e Cofins para fazer cair tarifas do transporte coletivo.

-- Centrais Sindicais foram recebidas pela presidenta Dilma Rousseff. Manifestaram-se favoráveis a realização de consulta popular.


 
  ATENÇÃO ELEIOTORES!!!!!!
Abaixo a relação dos 9 deputados federais que votaram "Sim" ( favoráveis a Pec 37):

1 . Abelardo Lupion (DEM-PR)- RESPONDE POR SONEGAÇÃO FISCAL.
2. João Campos (PSDB-GO)- O MESMO AUTOR DA CURA GAY!
3. Eliene Lima (PSD-MT)- RESPONDE UMA AÇÃO PENAL E 2 INQUÉRITOS NO STF.
4. Valdemar Costa Neto (PR-SP) - CONDENADO NO MESALÃO!
5. Bernardo Santana de Vasconcellos (PR-MG) - 2/3 DA SUA CAMPANHA FOI FINANCIADA POR MINERADORAS.
6. João Lyra (PSD-AL) - ACUSADO DE EXPLORAR TRABALHO ESCRAVO!
7. Lourival Mendes (PTdoB-MA) - AUTOR DA PEC 37
8. Sérgio Guerra (PSDB-PE) - ACUSADO FORJAR ACESSORES, 8 FAMILARES DO SEU ACESSOR, CAIO OLIVEIRA, TRABALHAVAM NO SEU GABINETE, TODOS FANTASMAS"
9.Mendonça Prado (DEM-SE) - NÃO RESPONDE A PROCESSOS

- 2 Deputados Federais se abstiveram de votar:

1. Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) - NÃO RESPONDE A PROCESSOS.
2. Paulo Cesar Quartiero (DEM-RR) - RESPONDE DEZ PROCESSOS NO STF, UM DELES POR SEQUESTRO E CÁRCERE PRIVADO.

terça-feira, 25 de junho de 2013


AS ÚLTIMAS SOBRE A POLÍTICA NACIONAL

A presidenta Dilma Rousseff está mais perdida que cego em tiroteio.  Agora à noite o Governo convenceu-se que não é adequado convocar uma Constituinte para discutir a reforma política. Iria atrasar  demais a reforma e traria muita insatisfação da população.

Por outro lado os atuais deputados e senadores estão todos borrados, acuados e com  medo. Tanto é verdade, que agora à noite a Câmara está votando a Pec 37, e o resultado a ser proclamado leva a derrota da proposição.

No fim da tarde o ministro do STF, Joaquim Barbosa, tratou em audiência com a presidente Dilma Rousseff da proposta feita por ela da convocação de uma Constituinte. Ao final, revelou que é a favor de uma consulta popular.

O ministro Marco Aurélio Mello, do STF, rejeitou a proposta de Asembleia Constituinte exclusiva ou não.

Carlos Ayres Brito, ministro aposentado do STF afirmou que toda a comunidade jurídica defende o que reza a Constituição.

O líder das oposições Aécio Neves, falando da tribuna propôs a redução do número de ministérios e o número de CCs, conclusão das obras de metrôs no país, aeroportos e o arquivamento do projeto do Trem Bala  aplicando os recursos a ele destinados aos metrôs das grandes cidades.

Pediu mais: a aplicação de 10% do PIBE na educação e manifestou-se contra a convocação de uma Constituinte exclusiva por considerar desnecessária.

Na próxima semana o Congresso Nacional votará  para responder os reclamos da sociedade, a destinação de 100% dos royalties  do petróleo para educação.

O presidente do Senado Renan Calheiros está propondo passe livre para estudantes com recursos dos royalties e  defendeu ainda o número dos atuais ministérios.

Neste instante a Pec 37 está sendo discutida e votada em sessão extraordinária da Câmara. O plenário está lotado. Logo depois retomará votação dos roialtyes do petróleo para educação.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

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 Política

Nas cordas, Dilma quer plebiscito oportunista

Acuada pela onda de protestos no país, presidente usa um mecanismo contestável juridicamente e empurra a reforma política para o Congresso

Laryssa Borges e Aretha Yarak
Presidente Dilma Rousseff comanda reunião com governadores e prefeitos, nesta segunda-feira (24), em Brasília
  Presidente Dilma Rousseff comanda reunião com governadores e prefeitos, nesta segunda-feira (24), em Brasília (Pedro Ladeira/Folhapress)
Desde o início dos protestos que convulsionam o Brasil, há vinte dias, nenhuma iniciativa da presidente Dilma Rousseff foi tão lastimável na avaliação de especialistas ouvidos pelo site de VEJA quanto a menção a um plebiscito para promover uma reforma política no país.
A proposta lançada no momento mais crítico do governo Dilma é altamente contestada no aspecto técnico: a Constituição brasileira é explícita ao vetar a possibilidade de convocação de uma Constituinte com finalidade específica. A iniciativa esconde a incapacidade do PT, que administra o país há mais de uma década com a maior base parlamentar desde a redemocratização, em realizar uma reforma política às claras, pelo caminho do Legislativo – talvez, porque, aos petistas, os únicos interesses reais sejam o financiamento público de campanha e o voto em listas, que só beneficiariam à cúpula do partido no propósito de se perpetuar no poder. Também demonstra a inequívoca tentação bolivariana do PT de governar diretamente com o povo, passando por cima das instituições democráticas. Afinal, o plebiscito sempre foi visto com desconfiança pelo Direito justamente porque os governos que lançaram mão desse recurso resultaram em gestões populistas e autoritárias – não por acaso, a Constituição Federal reservou essa competência ao Congresso Nacional de maneira exclusiva.

Saiba mais

O que é um plebiscito?
O plebiscito significa uma consulta sobre uma questão geral. Você apresenta uma questão — a redução da maioridade penal, por exemplo — e a população deve dizer se é favor ou contra. Depois, o legislador, com base nesse resultado, faz uma lei detalhando como ela vai funcionar. Isso é diferente do referendo. Nele , a população aprova uma lei após ela ter sido definida pelo Legislativo. Sua eficácia fica condicionada ao resultado do referendo.
Quem pode chamar?
Não cabe ao presidente autorizar um plebiscito, isso é atribuição do Congresso. Mas é um problema meramente formal. A presidente pode fazer isso por meio de sua bancada no Congresso, que proporia um decreto legislativo.
FONTE: Elival da Silva Ramos, professor titular de direito constitucional da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo e atual Procurador Geral do Estado de São Paulo
No campo político, a proposta de Dilma permite dupla leitura: ao recorrer a um plebiscito, ela transfere parte da pressão que hoje bate à porta do Palácio do Planalto ao Congresso Nacional; e também joga com o calendário na expectativa que a crise nas ruas possa arrefecer no segundo semestre — o próprio ministro Aloizio Mercadante (Educação) disse que o governo trabalha com duas datas para o plebiscito, nos dias 7 de setembro e 15 de novembro.
Competência — A proposta de plebiscito para uma hipotética Constituinte tem de ser feita por meio de decreto legislativo apresentado unicamente por deputados ou senadores. Ou seja: é competência do Legislativo, o que demonstra a faceta oportunista da medida alardeada por Dilma. E a iniciativa esbarra em restrições da própria Constituição, que não prevê a possibilidade de convocação de uma Constituinte, nem mesmo para revisão da própria Carta. Quando foi discutido o marco constitucional de 1988, previu-se apenas uma revisão geral — que não incluiria as cláusulas pétreas — cinco anos após o texto. E isso já aconteceu.
Em tese, para que se valide a convocação de uma assembleia constituinte, seria preciso que Câmara e Senado aprovassem uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC). Mais uma vez, portanto, as promessas de Dilma esbarram na vontade política e no jogo de interesse do Congresso. Dentro do governo, o vice-presidente da República, Michel Temer, é uma das vozes de maior oposição à possibilidade de convocação de uma constituinte para a reforma política. “É inaceitável a instalação de uma constituinte exclusiva para propor a reforma política. Não vivemos um clima de exceção e não podemos banalizar a ideia da constituinte, seja exclusiva ou não”, disse ele, em artigo publicado em 2007. “Uma constituinte exclusiva para a reforma política significa a desmoralização absoluta da atual representação. É a prova da incapacidade de realizarmos a atualização do sistema político-partidário e eleitoral”, escreveu o peemedebista.
Leia também:
Dilma pede plebiscito pela reforma política
Tentativa de golpe bolivariano

Para o ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior, a menção de Dilma a um plebiscito foi “populista e irresponsável”. Populista, porque se a presidente quisesse, poderia encaminhar a reforma política por meio de proposta de emenda à Constituição e iniciar a discussão em termos mais concretos. Convocar um plebiscito “é um meio de jogar para as calendas uma reforma real”, diz Reale. “É uma proposta indefensável. Foi fazer a política do pão e circo”, resume o ex-ministro.
No primeiro plebiscito após a Constituição de 1988, ocorrido em 1993, porém previsto na Carta de 1988, o país foi instado a decidir se o regime de governo seria presidencialista, monarquista ou parlamentarista. “A Constituinte cedeu às pressões do então presidente José Sarney, que fazia pressão para obter cinco anos de mandato. Quando cedeu, entrou em depressão profunda e então instituiu esse plebiscito como forma de expiar seu próprio erro”, avalia Miguel Reale.
Para o ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello, a proposta é desnecessária. “A gente não precisa de um plebiscito para saber o que a sociedade quer. Não há necessidade de um plebiscito para saber o que a população quer”, criticou. “O caminho mais fácil [para a reforma] é a deliberação de uma PEC pelo Congresso. Isso está bem mais ao alcance do que um plebiscito, que primeiro ouve a vontade dos eleitores [que todo mundo já sabe quais são], e, só então, toma-se uma providência pelo Congresso”, pondera o magistrado.
Ao analisar a possibilidade de convocação de uma assembleia constituinte exclusiva, o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcos Vinicius Furtado, diz que “é muita energia gasta em algo que pode ser resolvido sem necessidade de mexer na Constituição”. “Basta alterar a Lei das Eleições e a Lei dos Partidos. É isso o que queremos com o projeto de lei de iniciativa popular, que já está pronto, de reforma política. É prático e direto”, comentou.

“Estaríamos agredindo a Constituição com uma constituinte exclusiva. Se isso acontecesse no Brasil, seria um retrocesso”, disse o ex-ministro do STF Carlos Velloso ao Jornal Nacional da TV Globo.
Para o professor de Direito da Faculdade Getúlio Vargas (FGV) Carlos Ari Sundfeld, a proposta de uma constituinte específica para a reforma política é “romper com a ordem vigente e apostar numa indefinição”. “Propor a convocação de uma constituinte é propor às pessoas que deem uma carta em branco para uma assembleia que provavelmente definirá por maioria”, avalia. “O que está por trás é o discurso de diminuir a importância dos partidos que hoje têm condições de impedir a reforma que o governo quer fazer.”


A CULPA É DA DIREITA
Três reais e vinte centavos, (R$3,20) deveria ser o salário do político!
Dentre tantas faixas e cartazes criativos e originais mostrados ao Brasil por manifestantes nas ruas de São Paulo, esta foi a mais perspicaz.
Por aí se observa, realmente, que a sociedade brasileira em geral não poupa críticas aos governantes e a atual situação política do Brasil.
A declaração do governador Tarso Genro aos órgãos de imprensa metropolitano na terça-feira referindo-se aos protestos no Estado não repercutiram bem. Ele disse que as pessoas que praticaram ações violentas durante os protestos em Porto Alegre, foram compradas.
Mas, compradas por quem?
Aliás, esta é uma cantilena tática do chefe do Executivo gaúcho para desviar o foco daqueles que deixaram de bater palmas a bastante tempo pelo desempenho de seu governo.
Antes de vir a público e fazer tal afirmação, melhor seria que explicasse por que não paga o que deve (mais de 200 milhões de reais) ao Fundo do IPE Saúde?
Antes de dizer que tudo é obra da direita, por que não cumpre a lei do Piso Nacional aos professores que ele mesmo assinou e continua sendo desobediente?
A propósito me dei o trabalho de fazer um levantamento para saber quanto percebe um professor em cada estado, ordenados do pior para o melhor salário.Em alguns estados a jornada não chega a 40 horas semanais, sendo que nesses casos foi aplicado o critério da proporcionalidade. Vamos começar pelo Rio Grande do Sul.
Um professor no nosso Estado recebe mensalmente R$ 977,05.
Sergipe – R$ 1.187,00
Alagoas – R$ 1.187,00
Bahia – R$ 1.451,00
Roraima – R$ 1.451,00
Piauí – R$ 1.451,00
Maranhão – R$ 725,50 (20 horas semanais)
Pernambuco – R$ 1.451,94
Goiás – R$ 1.460,00
Paraná – R$ 731,46 (20 horas semanais)
Santa Catarina – R$ 1.567,00
Ceará – R$ 1.567,00
Rio Grande do Norte – R$ 1.175,27(30 horas semanais)
Espírito Santo – R$ 980,00 (25 horas semanais)
Paraiba– R$ 1.204,15(30 HORAS SEMANAIS)
Tocantins – R$ 1.619,38
Mato Grosso do Sul – R$ 1.810,00
São Paulo – R$ 1.803,92
Distrito Federal – R$ 1.820,63
Rondônia – R$ 1.567,00
Amazonas – R$ 1.881,14
Minas Gerais – R$ 1.178,10 (24 horas semanais)
Mato Grosso – R$ 1.452,95 (30 horas semanais)
Acre – R$ 1.567,00 (30 horas semanais)
Roraima – R$ 1.462,62 (25)
Amapá – R$ 1.172,33 (20 horas semanais)
Rio de Janeiro – R$ 1.878,00 (30 horas semanais)
Por isto o povo resolveu também protestar nas ruas.
Aliás, no Brasil as disparidades salariais são tão gritantes que as comparações chegam às raias do absurdo.
Um jogador de futebol, R$ 500 mil; técnico de futebol R$ 600 mil (ou mais); deputado federal R$ 26 mil (o que eles dizem); deputado estadual R$ 18 mil (o que aparece); vereador R$ 10 mil (dependendo o município); governador, desembargador, juiz, promotor na média de R$ 30 mil; prefeito, dependendo do município, a média chega a cerca de R$ 20 mil, sem contar os de capitais de estado.
Salário do professor gaúcho: R$ 977,05.  Não pode. Alguma coisa está errada.

A FOLHA DE SÃO PAULO PUBLICA

Oposição acusa Dilma de atropelar o Congresso ao propor plebiscito da reforma política

GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA
A oposição acusou nesta segunda-feira a presidente Dilma Rousseff de atropelar o Congresso Nacional ao propor a realização de plebiscito sobre a reforma política. Com críticas ao discurso de Dilma sobre os protestos que se espalham pelo país, os presidentes do PSDB, DEM e MD (Mobilização Democrática) avaliam que a presidente não deu respostas suficientes aos brasileiros que protestam por melhores condições de vida.
"É uma competência exclusiva do Congresso convocar plebiscito. Para desviar atenção, ela transfere ao Congresso uma prerrogativa que já é do Legislativo e não responde aos anseios da população", disse o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG).
Em reunião com governadores e prefeitos, Dilma sugeriu hoje a realização de plebiscito para ouvir os brasileiros sobre a convocação de um Assembleia Constituinte exclusiva para discutir a reforma política. Como as consultas populares são de competência do Congresso, caberá ao Legislativo viabilizar a proposta da presidente.



DILMA PROPÕE PLEBISCITO PARA REFORMA POLÍTICA

PLEBISCITO JOGA PARTE DO PROBLEMA NO COLO DO CONGRESSO


A oposição diz ser favorável à consulta popular, mas discorda da convocação de Assembleia Constituinte específica para discutir a reforma política. "Nenhum de nós é contra consulta popular, mas fazer plebiscito sobre o que o Congresso precisa fazer? Não adianta querer entrar agora com manobra diversionista. A reforma é importante, mas vamos cuidá-la com o devido amparo legal", atacou o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN).
Os presidentes dos partidos de oposição avaliam que Dilma adotou um "discurso velho" ao dialogar com os manifestantes, que têm uma nova forma de protesto --além de ter "transferido" ao Congresso, governadores e prefeitos problemas que são de sua administração.
"A presidente esqueceu que seu partido governa o país há mais de 10 anos, mas parece alguém que acabou de assumir o mandato. Ela transfere ao Congresso essa responsabilidade e aos Estados e municípios a competência para desonerar transporte público", afirmou Aécio.
O presidente do MD, Roberto Freire (PE), disse que a presidente deveria orientar sua base de apoio no Congresso a aprovar propostas que são de interesse da população. "Por que o governo não orienta a sua maioria a derrotar a PEC 37? Por que não orientar a base a apoiar uma CPI para investigar as obras da Copa?", questionou.
Em defesa do plebiscito, aliados da presidente Dilma Rousseff afirmaram que a única maneira de o Congresso aprovar a reforma política é com a realização de Assembleia Constituinte específica para discussão do tema. "Se não tiver um Congresso específico, a gente debruçado em tantos temas não vai conseguir fazer isso", disse o líder do PT, senador Wellington Dias (PI).
Líder do governo, o senador Eduardo Braga (PMDB-AM) afirmou que uma decisão da população vai forçar o Congresso a modificar o sistema político brasileiro. "Eu sou a favor da ideia da Constituinte. Já fizemos várias votações sobre a reforma política, em diversos momentos, mas essa reforma não andou. Talvez um pacto com a população faça com que a reforma ganhe um outro ritmo."
Os presidentes da Câmara e do Senado, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e Renan Calheiros (PMDB-AL), não se manifestaram sobre a proposta de Dilma. Renan estava no Senado quando Dilma fez discurso a governadores e prefeitos com a proposta, mas deixou a Casa sem se manifestar. "Eu estava em outra reunião quando ela falou", desconversou o peemedebista.
MANIFESTO
A oposição divulgou um manifesto com propostas a serem adotadas pelo governo e pelo Congresso em resposta às reivindicações da população. Intitulado de "Os brasileiros querem um Brasil diferente", o manifesto assinado pelos presidentes do DEM, PSDB e MD diz que a "agenda" proposta pela oposição se contrapõe a "discursos vazios e reiteradas promessas não cumpridas pelo governo federal que comanda o país há mais de dez anos".
Uma das propostas é a instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito no Congresso para investigar os gastos com a Copa do Mundo de 2014, além da realização de auditoria nas despesas investidas pelo Executivo no mundial de futebol.
Os partidos dividiram a "agenda" em três áreas, com propostas de transparência e combate à corrupção, gestão e federação, e no campo ético e democrático.
Entre as propostas, estão a revogação imediata do decreto que proíbe a divulgação de gastos da Presidência da República em viagens internacionais, a liberação do acesso aos gastos do governo com cartões corporativos, a divulgação de valores e custos de financiamentos do BNDES, assim como a revelação dos negócios realizados pela Petrobras nos últimos dez anos.
Também há sugestões nas áreas de educação, saúde e segurança, a redução pela metade no número de ministérios e adoção de política de "tolerância zero" com a inflação.
"A presidente frustrou todos os brasileiros. Nossas propostas podem ser adotadas pelo governo e vamos ficar atentos para que não se reedite aqui a falta de respostas do Poder Executivo", afirmou Aécio.

 A ONDA DE PROTESTOS EM P.ALEGRE

O Correio do Povo publica em sua página na Internet:

Manifestantes entram em confronto com a polícia no Centro de Porto Alegre

Parte das pessoas que protestavam deixaram a região

Manifestantes e policiais entraram em confrontro nas proximidades da Esquina Democrárica, no Centro de Porto Alegre. A confusão começou na Borges de Medeiros, nas proximidades da rua Andrade Neves, quando manifestantes lançaram fogos de artifícios e rumavam em direção ao prédio da Prefeitura, às 20h15min.

A Brigada Militar (BM) usou bombas de efeito moral e gás lacrimogênio para dispersar o grupo na avenida. Além de um efetivo da corporação próximo ao Paço Municipal, os cruzamentos da Borges na área central estavam bloqueados pela Polícia, com o objetivo de proteger o Palácio Piratini e Assembleia Legislativa.

A cavalaria da BM e o pelotão de choque da BM tentou dispersar os ativistas, que seguiram pela Rua dos Andradas e Sete de Setembro em direção à Praça da Alfândega. Mais uma vez, vândalos investiram contra estabelecimentos comerciais do Centro, quebrando vitrives e janelas. Alguns partiram rumo à avenida Salgado Filho e deixaram o movimento.

Chefe do Estado Maior da BM, coronel Alfeu Freitas, confirmou saques e depredações no Centro. A agência do Banco do Brasil da rua Andrade Neves foi destruída e as lojas Multisom e Mc Donalds da Andradas pixadas. Também houve o registro de assaltos na região. O efetivo da polícia foi aumentado na Praça da Matriz.

Após o confronto com a polícia no Centro, cerca de 1,5 manifestantes tomaram as ruas da Cidade Baixa. Um grupo de policiais foi transferido da região central para a Azenha.

domingo, 23 de junho de 2013



ACABEM-SE OS PARTIDOS POLÍTICOS
Começam a pipocar na mídia brasileira inúmeras sugestões, após as manifestações contra o preço do transporte público e outras pautas que levaram mais de 1 milhão de pessoas às ruas de todo o Brasil, em protestos nos quais militantes de partidos políticos e movimentos sociais foram hostilizados, o próprio governo que aí está etc.
Ouvi na semana passada pela TV-Senado o pronunciamento do senador Cristovam Buarque (PDT-DF). Durante seu discurso ele defendeu,  no plenário do Senado, o fim dos partidos. Segundo o senador, essa seria uma boa resposta aos protestos ocorridos pelo país inteiro. “ Hoje, nada unifica mais todos os militantes e manifestantes do que a ojeriza, a desconfiança, a crítica aos partidos políticos. Talvez seja a hora de dizermos: estão abolidos todos os partidos. E vamos trabalhar para saber o que é que a gente põe no lugar”, disse o senador eleito por Brasília.
Quem sou eu para contestar a tese do senador por Brasília.
Uma democracia não funciona sem partidos. Não conheço nenhum país no mundo que viva em regime democrático que não tenha partido político. Que os partidos políticos no Brasil parecem  clubes eleitorais, isto sim, é verdade. Não existe nada ainda que substitua partidos. Mais, os atuais partidos não são partidos, são ajuntamentos de pessoas que se lançam para tirar benefícios próprios. Desses políticos que hoje nos representam tanto na Câmara como no Senado, são poucos, muito poucos os que não têm redes de televisão, de rádio, de jornal, ou ligação com banco, e muito mais, principalmente no Norte do Brasil.
A reforma política é algo que tem que esquentar já, aproveitando essa onde de protestos e descontentamentos. Ela teria que vir através da criação de uma Assembleia Constituinte exclusiva para fazer em um ano a reforma. Uma das soluções seria a criação de novas legendas com a reforma política. Podem até manter a mesma sigla, mas têm que se criar uma identidade ideológica.
Já que o artigo 17 da Carta Magna afirma ser “livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos”, desde que “resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo”, pois que assim seja. Outra ideia: acho até que deveríamos ter eleições avulsas, isto é, permitir que pessoas sem partido se candidatem.
Os atuais partidos estão falidos, o povo não quer mais saber deles. Você, hoje, só é candidato se aceitar os acordos internos dos partidos e só recebe apoio se dançar conforme a música da orquestra.
O Senador Buarque de Holanda tem toda razão. Os partidos existentes hoje são partidos de mentirinha. Aliás quem fez tal afirmação foi o Ministro Joaquim Barbosa, presidente do STF, concluindo que os atuais partidos que nada representam, servem apenas para aglomerar políticos interesseiros e fisiologistas. Existe partido mais fisiologista do que o PMDB? Não preciso nem argumentar. Com a reforma política, é claro que novos partidos serão criados, partidos que realmente representem uma ideia, uma filosofia, um pensamento patrocinado por parte dos cidadãos brasileiros no sentido de melhorar a vida da nação. É preciso urgentemente a convocação de uma Assembleia Constituinte exclusiva para modificar o Sistema Político Eleitoral. Não podemos deixar passar esta oportunidade de reivindicação do povo brasileiro.
Outra coisa que teria de acabar é a obrigatoriedade do cidadão votar, e que o voto em branco não privilegiasse a legenda partidária que estaria vencendo. Os votos, branco e nulos, deveriam ser considerados como tal. Nesse jogo de cartas marcadas, quem sai perdendo é sempre o povo.
O gigante acordou. Esta foi e continua sendo uma das frases mais  usadas em milhares de cartazes. Pois já que ele despertou não deixemos que durma novamente. Que continue esperto, cada vez mais esperto.