segunda-feira, 28 de novembro de 2011

ESSE TAL DE SAMU É OU NÃO UM DISPARATE?
A TV-Alto Uruguai mostrou no Jornal do Almoço desta segunda-feira, cenas do acidente em que foram protagonistas um veículo Fiat Uno e uma moto, no asfalto da rodovia RST-480 que liga Erechim a Barão de Cotegipe. O choque entre os dois veículos foi frontal por volta de 14h.
A moto ficou completamente destruída. Do acidente resultou ferimentos graves no motoqueiro, que está hospitalizado no Hospital Santa Terezinha, e a morte da bonita jovem de apenas 19 anos, Taís Veronese.
A Polícia Rodoviária que atendeu a ocorrência constatou através do exame do bafômetro que o condutor do Uno estaria com sinais de álcool acima do permitido no sangue.
Como o motorista foi enquadrado pelo Delegado de Polícia na condição de autor de crime doloso, portanto, inafiançável, depois de prestar depoimento foi levado ao presídio estadual.
Até aqui o relato do fato.
A grande polêmica que se estabelece depois de mais um acidente com morte é a demora do atendimento por parte do serviço de urgência, ou socorro, pelo SAMU. Não é a primeira vez que vozes se levantam contra esse serviço, que não pode ser com fundido com o que é prestado pelo Corpo de Bombeiros. A testemunha Valdir Silva, disse ao repórter da televisão que o SAMU teria demorado cerca de meia hora para se deslocar até o lugar da ocorrência, e que a jovem antes de expirar apelava por socorro. Outra pessoa (Paulo F.Rosa) foi mais longe, afirmou que “ligamos para todos os serviços de emergência da cidade, mas o socorro demorou”.
A serem verdadeiros os fatos relatados pelas testemunhas, não há como deixar de recriminar a demora no atendimento ás vítimas, por mais que queira justificar o setor responsável pela movimentação da(s) ambulância(s) do SAMU.
As testemunhas afirmaram, inclusive, que passaram cerca 30 minutos telefonando pedindo socorro; o SAMU diz que nos seus registros de chamadas não levou mais que 5 minutos para chegar ao acidente. E aí se estabelece o famoso jogo pingue-pongue: ás testemunhas declaram que a ambulância demorou 30 minutos; a controladoria do serviço, alega ter ocorrido problemas com a o sistema telefônico, e enquanto isto uma jovem morreu no asfalto esperando por socorro que, tivesse sido mais ágil, poderia tê-la salvado. Não sei! Quem terá que explicar a causa mórtis da jovem é o exame de necropsia. O perito certamente dirá se o violento impacto ocasionou hemorragia interna, se houve dilaceração de órgãos etc., para que fique comprovado o tempo que uma pessoa nas condições em que se encontrava poderia ou não sobreviver, mesmo que tivesse chegado em menos tempo da ambulância do SAMU.
De outra parte, alguém me assoprou ao ouvido que as causas de atraso no atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência em casos idênticos de extrema urgência teriam como responsável a centralização do serviço de atendimento, cuja base é Porto Alegre. Simplificando a explicação: se o leitor necessita do SAMU, onde houver situações risco de vida iminente: urgências clínicas agudas (parada cárdio-respiratória, dificuldade respiratória severa, convulsões, etc); urgências traumáticas (atropelamentos, acidentes de trânsito, quedas, queimaduras graves, afogamentos, agressões por armas de fogo ou brancas, choques elétricos, e outras, deve ligar para o número 192 – Gratuito atendimento 24 horas, com gravação completa das conversações.
Uma telefonista Auxiliar de Regulação Médica acolhe a solicitação e registra: nome do solicitante, telefone, endereço, pontos de referência, nome do paciente, sexo, idade, queixa, fator causador. A ligação é transferida ao médico regulador. Aí o Médico Regulador presume a gravidade da situação, a partir das informações dadas pelo solicitante. Importante responder com objetividade as perguntas feitas pelo Médico, como por exemplo: respira? Está consciente? Tem ferimentos visíveis? Só depois é que o Médico Regulador decide pelo envio do recurso (Ambulância de Suporte Básico ou Avançado – UTI), se for necessário o atendimento do SAMU no local, considerando necessidade e ofertas disponíveis, dentro do território de abrangência da ocorrência. Em situações não caracterizadas como risco iminente de vida, o médico orienta outras medidas a serem efetuadas pelo solicitante. Feitos todos estes procedimentos a ambulância é liberada.
Agora me responda: é ou não é um disparate esse serviço?

domingo, 27 de novembro de 2011

NEM SEMPRE O QUE DIZEM É A VERDADE
Neste final de semana estava navegando pela Internet e deparei-me com o Blog “Eu Escrevo Assim” assinado por Marco Geib, Consultor em Projetos e Sistemas de Saúde Pública e Privada, Administrador Hospitalar, Jornalista Profissional e Escritor, portanto profundo conhecedor da área da saúde. Chamou-me atenção a explicação dada por ele baseada em uma notícia divulgada com grandes manchetes pela mídia local. “SANTA RECEBERÁ VERBA EXTRA DE R$ 15 MILHÕES”.
Para quem leu os jornais, ficou a nítida impressão de que esse recurso teria sido conseguido por influência do nosso alcaide municipal com o apoio político de deputado da região e a simpatia do Secretário Estadual da Saúde por Erechim. A versão é outra, segundo o bloguista. Inicialmente para que o leitor entenda, os R$ 15 milhões não provêm de recurso aprovado no Orçamento. Os R$ 15 milhões, (R$ 2 milhões a fundo pedido), se originam do aumento de percentuais financeiros previstos para a Saúde (29%) em 2012 por serviços prestados pelo hospital aos recorrentes do SUS. Isto é, disseram uma coisa, mas é outra. Aliás, é o que afirma também o jornal Zero Hora, edição de 23/11: “Orçamento favorece saúde e ensino, mas não garante verbas”. Outra manchete: “Aprovado orçamento que conta com receitas incertas” (pág. 6). Continua o texto: “Peça prevê percentuais maiores para saúde e educação, mas projeta arrecadação acima da expectativa”.
Acontece que o Governo do Estado na elaboração do Orçamento para o próximo ano utilizou um percentual de crescimento do PIP (produto Interno Bruto) em torno de 5,5%, e o Governo Federal estima esse mesmo crescimento, em até 3,8%.
Na mesma reportagem de ZH, o conceituado economista, Darcy Francisco Carvalho dos Santos, projeta para o Orçamento do Estado no próximo ano, um déficit de pelo menos R$ 1,3 bilhão, e termina afirmando que “o papel aceita tudo”. Por quê? Porque é um plano financeiro estratégico de uma administração para determinado exercício, que se aplica tanto ao setor governamental quanto ao privado. É, em outras palavras, um processo de planejamento de gestão. Não sei se ficou claro. Mas, vamos adiante. A administração seja pública ou privada, com ou sem fins lucrativos, quando monta o Orçamento estabelece objetivos e metas para um período determinado, materializados em um plano financeiro, isto é, contendo valores em moeda, para o devido acompanhamento e avaliação da gestão. Pois foi o que fez o Governo do Estado, no seu Orçamento que prevê para a Saúde no próximo ano os 29%. E nesse percentual não está incluído o dinheiro anunciado para o nosso hospital.
A indagação que se faz é a seguinte: de onde virão R$ 15 milhões? O recurso virá, pelo denominado contrato chamado de “pactuação” com o SUS, estimado em R$ 11 milhões que serão destinados para pagamento dos serviços prestados aos usuários do SUS – Sistema Único de Saúde, coisa muito diferente. Deu para notar a malandragem na informação? Portanto, nem o Governo do Estado através da Secretaria da Saúde, e muito menos o prefeito, vereador, deputado, ou senador, podem se arvorar o direito de dizer à sociedade que são eles os “pais da criança”.
Este valor virá, sim, utomaticamente, por meio do reajuste anual calculado mediante os serviços prestados pelo Hospital Santa Terezinha, independentemente de qualquer participação de políticos ou de quem quer que seja. É um direito contratual, “inter pares”, (entre as partes), Hospital Santa Terezinha e SUS. Ponto final. Qualquer especulação em cima desse fato é lorotar e subestimar a inteligência da sociedade.
E se você não ficou convencido, antes de falar em saúde pública leia o livrinho “SUS é Legal”, á disposição, sem custo, para quem assim o desejar. Esta propaganda enganosa me fez lembrar o alemão Paul Joseph Goebbels o chefe da propaganda do regime imposto por Hitler, e a sua fabulosa capacidade de organizar movimentos e de exprimir as idéias Nazistas. Era o segundo homem mais importante da era Nazi e dono da célebre frase "uma mentira cem vezes dita, torna-se verdade".
E o povo acaba acreditando!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

IMAGEM DO PARLAMENTO
Os jornais locais registraram, não faz muito tempo, a posse de suplente de vereador na Câmara Municipal de Erechim. Não conheço o Regimento Interno do nosso Legislativo Municipal, mas se não contêm deveria atender um requisito protocolar em que no mínimo, o vereador estivesse trajado adequadamente, ou seja, bem-posto de terno e gravata. Ficou muito feio o ato solene do juramento do vereador, onde se observava o empossado, trajando camisa de manga curta, calça jeans e boné cobrindo a cabeça; os componentes da mesa da mesma forma, porém sem boné, e os que estavam no plenário com exceção de um deles, os demais trajando camisa manga curta e outros manga arregaçada. O espanhol chama isso de “desaliño, desarreglo”.
Lembro que houve um tempo em que um vereador local comparecia às sessões plenárias da Câmara Municipal de chinelo de dedo, jeans e camisa desabotoada, barriga de fora, até que lhe foi chamada atenção passando após a vestir-se condignamente para as sessões.
A propósito deste assunto (terno e gravata nas sessões legislativas), no início deste ano chegou a ser apresentada proposta à Mesa Diretora do Senado para acabar com a obrigatoriedade do uso da vestimenta social nas dependências do Congresso Nacional. A Mesa rejeitou a proposta por considerá-la “inadequada” a adoção de outra vestimenta no Legislativo.
O único voto contra a decisão foi de seu autor, senador Gerson Camata (PMDB-ES).
Para os que não sabem, especialmente os órgãos públicos, é bom anotar o que diz o protocolo oficial das cerimônias oficiais quanto a vestimenta a ser usada.
A casaca, por exemplo, é o traje de gala por excelência. É a veste de maior cerimônia, sendo recomendado para eventos, com a presença de Chefes de Estados e que são conduzidos dentro de um rígido protocolo. O traje feminino correspondente à casaca é o vestido longo.
O fraque, também, é um traje de gala, porém de uso mais restrito. É costume adotá-lo em bodas e casamentos pelos padrinhos e pelo noivo.
O "smoking" é o traje clássico de eventos formais em que se impõe uma uniformidade no trajar dos convidados. Ele não se constitui em um traje de gala, costuma ser adotado em festas à noite com baile e em jantares formais.
O traje feminino correspondente ao "smoking" é geralmente o vestido longo, atualmente têm sido aceitas variações, como o "demi-longue" ou outros modelos confeccionados em tecidos nobres.
O traje passeio completo é adequado a reuniões ou recepções oficiais ou formais, festas à noite, jantares e solenidades oficiais. O terno (sempre com gravata) em cor escura, com sapatos sociais é a sua composição mais clássica.
Não existe uma correspondência rigorosa entre o traje passeio completo e o traje feminino. Por analogia, porém, as mulheres não devem usar roupas esportivas ou em tecido tipo "jeans".
O traje passeio ou esporte fino é constituído de terno (podendo ser claro quando de dia) ou "blazer" com gravata. No traje esporte fino usa-se o "blazer" sem gravata ou somente a camisa de mangas compridas. Ambos são de uso recomendado em eventos sociais sem formalidade (casamentos matinais, almoço e jantares informais).
Para as mulheres não há grandes restrições quanto aos seus trajes para eventos em que se exige dos homens o passeio ou esporte fino. Elas devem ajustar o seu traje ao local e à ocasião, evitando os modelos em "jeans".
O traje esporte é indicado para eventos que envolvam lazer, reuniões matinais, festas ao ar livre, churrascos e confraternizações diversas.
O uso da bermuda é aceito se o evento for ao ar livre e for sugerido pelo anfitrião. O agasalho para o traje esporte é livre, podendo ser um suéter, um pulôver ou qualquer complemento esportivo.
Por favor, para as próximas sessões da Câmara consideradas solenes, que os senhores vereadores estejam adequadamente trajados, ao menos por respeito ao parlamento.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

A GREVE DOS PROFESSORES
Nossas crianças viraram massa de manobra dos professores. Aliás, dos professores não, do SEPERGS. Temos que dar um jeito de não se usar à sociedade como massa de manobra para uma categoria atingir seus objetivos. Não faz muito os bancários fizeram sua greve causando muitos prejuízos à população, e não aos banqueiros. Esses não perdem nunca. Não se usa à sociedade como massa de manobra.
No caso da greve dos professores têm estudantes que precisam estar em dia com a conclusão do segundo grau para fazer o vestibular, e como ficam?
Podem me xingar,  não tem problema, mas a greve para serviços essenciais como: saúde, educação, transporte de passageiros e urbano, correio, bancos, enfim, os serviços indispensáveis à população deveriam ser proibidos. Em comentário anterior sugeri aos políticos que revisem a Lei de Greve no país.
Ninguém é contra que o professor reivindique melhores salários. São mal pagos; são. Recebem um salário indigno; recebem. Precisam ganhar mais; precisam. O governo Tarso Genro não cumpre a Lei do piso; não cumpre. E a sociedade tem que pagar por tudo isso? Não tem!
Mas, é preciso, por outro lado, entender a situação em que vive o cofre do Estado.  Ouvi a explicação do secretário da Educação, Prof. Dr. Jose Clovis de Azevedo, numa entrevista a Rádio Gaúcha nesta sexta-feira pela manhã, e ele convenceu-me, até prova em contrário, de uma coisa: Quem não quer negociar com o governo é o SEPERGS. Explicou que o governo entregou uma proposta ao Sindicato com validade de até um ano, ainda em fevereiro e cientificou o Sindicato que “o orçamento não é nosso” tendo sido firmado na ocasião  o compromisso de que o Governo criaria condições para pagar o piso. O orçamento recebido não prevê nenhuma reposição aos professores, “mas vocês não sairão de mãos vazias nessa negociação”, palavras de Tarso Genro. Azevedo também declarou que o governo chegou a 10,9% de reposição, o dobro da inflação do ano passado e o dobro que todo o governo anterior deu aos professores além de atender 16 integralmente pontos, e ficou certado que em abril do ano quem vem, o Governo retomaria a negociação para aprofundar a integração do piso como salário básico dos professores.
Para o secretário quem rompeu unilateralmente ao acordo foi o SEPERGS que passou de uma situação de negociar o ano que vem, para o piso já.
Em início de outubro o Governo entregou uma proposta ao Sindicato dos Professores, e antes mesmo da discussão já se mostrou contrário. “Inclusive prorrogamos o prazo até dezembro e só tivemos até agora a denúncia da proposta sob o argumento de que ela estaria ferindo o plano de carreira, quando na realidade o plano é uma lei que temos o compromisso de não mexer com ele”, afirmou Azevedo.
No frigir dos ovos, a verdade é que a greve dos professores compromete não só os estudantes que vivem a euforia da conclusão de mais um ano e os pais, que por via de consequência, ficam amarrados com a indefinição se acaba ou não o ano letivo, não podendo programar suas viagens, férias e festas de fim de ano.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

VALE A PENA SER POLITICO
Quando trocou há um mês o PR pelo PMDB, de olho nas eleições municipais, o deputado Sandro Mabel (GO) não alterou apenas a composição de duas bancadas. Provocou a inversão de posições no ranking dos partidos que reúnem os congressistas mais ricos da atual legislatura: o PMDB tomou a liderança do PR, que caiu para a terceira colocação, antes ocupada pelos peemedebistas. Entre eles, aparece o estreante PSD, dono da segunda representação mais endinheirada no Congresso. O PMDB, agora de Mabel, é também o partido que reúne o maior número de parlamentares com mais de R$ 1 milhão. Dos 110 peemedebistas que passaram pelo Congresso nesta legislatura, 49 acumulam bens avaliados em mais de seis dígitos. Os representantes do partido concentram R$ 408 milhões. O mais rico deles é o mineiro Newton Cardoso, com fortuna declarada de R$ 77,9 milhões. Os valores se referem aos bens declarados pelos parlamentares à Justiça eleitoral no momento de registrar suas respectivas candidaturas. O PSD, criado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, acumula R$ 367,2 milhões, distribuídos entre seus 58 deputados e senadores. Boa parte dessa fortuna, R$ 240 milhões, está nas mãos de um único deputado, o usineiro João Lyra (PSD-AL), dono da maior fortuna na atual legislatura. O Grupo João Lyra é formado por dez empresas dos ramos da agroindústria sucroalcooleira e de fertilizantes e adubos. Possui também concessionária de automóvel, empresa de táxi aéreo e um hospital. A mais valiosa de suas empresas é a Laginha Agroindustrial, avaliada em R$ 196 milhões. Ao todo, 34 parlamentares do PSD têm mais de R$ 1 milhão em bens móveis ou imóveis. Os 46 deputados e senadores do Partido da República que exerceram mandato na atual legislatura acumulam R$ 383,5 milhões em patrimônio. O PR abriga o segundo parlamentar mais rico, o senador Blairo Maggi (PR-MT). Um dos maiores produtores de soja do mundo, Blairo informou possuir uma fortuna avaliada em R$ 152 milhões, menos apenas que João Lyra. Dos 46 parlamentares do PR, 25 dizem ter mais de R$ 1 milhão. Os oposicionistas do PSDB compõem o segundo maior grupo de “milionários”. Dos 74 tucanos que pousaram no Parlamento entre fevereiro e outubro, 38 declararam possuir mais de R$ 1 milhão em patrimônio. É a quarta bancada mais rica, com bens estimados em R$ 275,4 milhões. É do PSDB o terceiro parlamentar mais rico: o deputado paranaense e industrial Alfredo Kaefer. Quinta bancada mais endinheirada, o PP é a quarta em número de parlamentares com patrimônio superior a seis dígitos: 29 de seus 46 representantes nas duas Casas. O ex-prefeito paulistano Paulo Maluf (SP) é o mais rico deles. Maluf informou possuir R$ 39,5 milhões. Desidratado com a criação do PSD, o Democratas acumula R$ 131 milhões. De seus 36 nomes, 22 têm mais de R$ 1 milhão. Esse valor é alcançado por 14 dos 111 petistas, que constituem a sétima representação mais rica. No DEM, a maior fortuna está nas mãos do senador Jayme Campos (MT), dono de R$ 14,1 milhões. Entre os petistas, o destaque é a senadora Marta Suplicy (PT), com R$ 11,9 milhões em bens declarados.  Os dados fazem parte de levantamento feito pelo Congresso em Foco com base nas declarações prestadas à Justiça eleitoral pelos 667 deputados e senadores que exerceram mandato na atual legislatura, entre titulares, suplentes e licenciados. A lista inclui ainda parlamentares que renunciaram ao mandato, como Marisa Serrano (PSDB-MS) e Ana Arraes (PSB-PE), e que faleceram, como Itamar Franco (PPS-MG) e Luciano Moreira (PMDB-MA). No caso dos senadores em meio de mandato, foram levados em conta os valores declarados por eles em 2006, no momento do registro da candidatura.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A PRONÚCIA DO “R” E “RR”
Não se trata de preconceito linguistico e nenhuma crítica aqueles que têm dificuldades de pronúncia, ou falam de forma diferente do normal, acentuando dois “rr” quando se exige apenas um, e, ao contrário, quanto a pronunciação é mais leve, carrega-se, como por exemplo: escritórrio, porrisso, frróta,  etc.
A língua portuguesa é um traço cultural comum a todos que falam, e muitas pessoas às vezes pronunciam certas palavras e acabam trocando um “r” por o dois “rr” como demonstramos acima. Nos encontros consonantais têm levado a muitos acharem que essas pessoas não tem instrução escolar nenhuma ou mesmo, são pessoas com “atraso mental”. Claro que esse tipo de pensamento não deve ser aceito. Cientificamente esse vício fonético eu diria,  não é sinônimo de atraso mental e sim um fenômeno que até mesmo contribuiu para a formação da língua portuguesa padrão. Trata-se de pessoas que falam na verdade uma variedade não-padrão. São aqueles que, repetindo,  colocam dois “rr” quando a pronúncia é de um só, ou vice-versa, ou, ainda, “ão” no lugar do “om”. Tem gente que diz “são” ao em vez de “som”; caroça em lugar de carroça. O "r" brando (que é pronunciado através da vibração da ponta da língua atrás dos dentes incisivos superiores) em muitos dos casos costuma ser omitido ou pronunciado guturalmente (como se fosse um francês ou um alemão falando português).
Os fonoaudiólogos chamam esta anormalidade de dislalia, ou seja, é um distúrbio da fala, caracterizado pela dificuldade em articular as palavras. Basicamente consiste na má pronúncia das palavras, seja omitindo ou acrescentando fonemas, trocando um fonema por outro, ou ainda distorcendo-os ordenadamente. Os sintomas da dislalia consistem em omissão, substituição ou deformação dos fonemas. Embora soe mal a nossos ouvidos, essa pronúncia deve ser aceita como uma fala não-padrão.  E isto se observa mais nas pessoas de origem italiana, interiorana.
E o famoso “talibitati”, então?
É outro defeito fonético que na maioria das vezes os pais das crianças – principalmente pequenas - não se dão conta e o filho acaba adquirindo o hábito de falar errado.
Sabe-se que por volta dos dois anos, a criança tem um vocabulário próprio. Água, por exemplo, pode ser "agu"; e colo, às vezes, é "tóio". Esse jeito de falar encanta os adultos, que, muitas vezes, repetem o que a criança diz do modo como ela fala. Isso provoca uma conversa tatibitate, prejudicial à criança. Se seu filho diz "telo bintá" e você entende que ele quer dizer "quero brincar", ótimo: você está se comunicando. Mas, ao repetir "bintá" em lugar de dizer "brincar", estará diminuindo a oportunidade de seu filho aprender a falar corretamente. Chamando o cachorro de "catolo", você não vai ajudá-lo na comunicação com outras pessoas.
Volto a citar o caso da maioria das pessoas criadas em ambientes interioranos e de origem italiana. É o mesmo caso citado acima: o exemplo vem de casa, do seio da família.
Me contaram esta e achei fenomenal: Certa vez em uma festa de interior, os festeiros organizaram uma rifa de um peru.  Vendidos todos os números, o líder da comunidade foi ao microfone e fez o seguinte anúncio para chamar a atenção dos presentes: “Atençóm... atençóm! Dentro de pocos momentos vai corê a (pronúncia branda) rifa do (pronúncia acentuada) perrrrrú.
Se você solicitar para um descendente de italiano a leitura da frase, “o rato roeu a roupa do rei de Roma e de raiva a rainha rasgou o resto”, ele vai dizer todas as palavras pronunciando o “r” de forma branda. E isto é um defeito lingüístico que precisa ser corrigido para não ser vítima de chacota quando se dirigir  a uma platéia – por exemplo – ou conceder uma entrevista a uma emissora de rádio e TV. Fiz este comentário não no sentido de criticar, mas com o propósito de chamar a atenção de quem possui este defeito e não se dá conta. Os fonoaudiólogos existem para auxiliar estas pessoas.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

MÃE TENTA ALIVIAR PENA DO LADRÃO DE SEU FILHO
A história que vou lhes contar é inacreditável. Primeiro uma pergunta: responda-me sinceramente, você defenderia um ladrão que tivesse assaltado seu filho e roubado sua bicicleta?
Outra: Você procuraria o Ministério Público para acusar os policiais militares que recuperaram o bem roubado, acusando-os de ter influenciado o menor para dizer à Polícia que não fora roubo, mas, sim, furto?
Quando me relataram o fato custei a acreditar! Mas ele é real.
Um menor adolescente estava dirigindo sua bicicleta quando, de repente, aparece-lhe à sua frente um sujeito mal intencionado, e rouba-lhe o veículo. Acionada a Brigada Militar, em questão de poucos instantes o marginal é pego em poder do veículo roubado. Levado à Delegacia de Polícia para a lavratura da ocorrência, o Delegado enquadra o indivíduo como autor de roubo e é levado ao presídio.
Coloque-se no lugar do pai ou da mãe desse garoto. Você – volto a perguntar – seria capaz de ir ao Ministério Público e dizer que os policiais induziram o menor a dizer à Polícia que não foi roubo e, sim, furto, só para aliviar a pena do marginal?
Eu deixaria o sem-vergonha e atrevido mofar na cadeia!
Embora em ambos os conceitos (roubo e furto) esteja subjacente a idéia de tirar de alguém, indevidamente, os seus haveres, no caso do furto essa ação não implica violência (ou ameaça), enquanto o roubo já pressupõe a idéia de que a vítima é forçada, sob ameaça ou mesmo violência, a entregar os seus bens. No caso acima, foi roubo porque o meliante forçou a entrega da bicicleta. A rigor, portanto, quando descrevemos uma situação de qualquer um dos dois tipos, apenas uma das palavras se aplica, e não ambas. Por exemplo: se um estranho entra em sua casa e leva objetos de valor enquanto o dono dorme, há furto. Se alguém na rua é forçado a entregar o dinheiro que tem na carteira, sob a ameaça, trata-se de roubo. Pois foi o que ocorreu com o garoto da bicicleta. Ele foi forçado a entregar o bem. Todavia, o que acontece é que – sobretudo quando se usa o verbo correspondente – existe uma marcada tendência para escolher roubar, haja ou não violência inerente ao ato. Talvez porque o verbo furtar tenha vindo a ser preterido, na linguagem corrente, e cada vez mais associado a um registro formal e antiquado. E é preciso admitir que os dicionários atuais apresentam os termos roubar e furtar como sinônimos, portanto, dando razão a quem os usa indiferenciadamente. Na linguagem jurídica, porém, não há confusões. Roubo não é furto e furto não é roubo
É por isto que fica difícil ser policial. Sinceramente não sei qual o interesse dessa mãe que teve seu filho vítima de roubo, comparecer ante o Ministério Público para tentar aliviar a pena do ladrão, e ainda acusar os policiais militares de induzidores do filho no momento de seu depoimento à Polícia. Isto é incrível. Nunca vi coisa igual!

DOIS PEDIDOS

O professor Poletto, do Instituto Anglicano Barão do Rio Branco pede-me para publicar um aviso de interesse dos que trabalham em ambientes confinados. O IABRB está promovendo de hoje, sábado, 12, 19 e 26 e dias 3 e 10 de dezembro, Treinamento Para Supervisores de Espaço Confinado. O treinamento é para profissionais da área de segurança do trabalho, e trabalhadores envolvidos nas autorizações de trabalho em espaço confinado. Horáriuos: manhã das 8h às 12h e das 13h às 17h. Os participantes receberão material didático e apostila, e no final avaliação e certificado.

- O amigo Chaves, líder religioso da Igreja São Pedro, também me envia pedido para divulgar a realização da tradicional Novena em Honra a Nª. Sª. das Graças, da Medalha Milagrosa, de 16 a 24 próximo, às 19h. Durante a novena serão recordadas as aparições da Virgem Imaculada.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

PRESÍDIO MUNICIPAL
A construção de um novo presídio em Erechim, para desativar definitivamente o atual onde se acha há mais de 50, é um tema que merece constante discussão.
E aqui saio em defesa do prefeito Paulo Polis, que já fez a sua parte, quando adquiriu e deu ao Estado uma área de 15 hectares, localizado na ERS 477, rodovia que liga Erechim à Áurea, no valor de R$ 497.099, 92. Portanto o município investiu sem que até a presente data o governo do Estado cumprisse sua palavra.
Encontrei no site da Prefeitura uma notícia postada em 27/08/2010, portanto já se passou um ano,  segundo a qual o Município teria sido incluído entre seis outros, cujas obras para a construção de novos presídios em regime emergencial seriam iniciadas dentro de 60 dias, conforme o divulgado pelo governo estadual em seu site, (www.estado.rs.gov.br), na mesma data (27/08/2010). A construção das casas prisionais no interior vai  3,6 mil novas vagas no RS, dizia a notícia. E prossegue: “As unidades serão localizadas nos municípios de Alegrete, Camaquã, Venâncio Aires, Lajeado, Erechim e São Francisco de Paula. Nestas cidades, as comunidades se organizaram e aceitaram o investimento em estabelecimentos prisionais.
Dentro de 30 dias, as empresas serão selecionas, e as obras começam no mês seguinte, com prazo de seis meses para conclusão. Serão criadas 3,6 mil vagas com R$ 150 milhões de investimentos. As penitenciárias seguirão os critérios estabelecidos pelo governo para o novo paradigma do sistema prisional, com a valorização do trabalho e do estudo. As celas abrigarão, no máximo, seis presos.
O governo municipal é parceiro em mais este investimento em Erechim, já tendo adquirido a área, um terreno tem 15 hectares que está localizado na ERS 477 rodovia que liga Erechim à Áurea, no valor de R$ 497.099, 92.
O terreno fica cerca de 14 quilômetros distante de Erechim, adiante dois quilômetros do Rio do Campo. Profissionais da Secretaria Estadual de Segurança Pública e da Susepe já fizeram todo o levantamento técnico e indicaram a área para a construção do presídio. Eu e o prefeito Polis ficamos muito felizes com esta informação, agora esperamos ser chamados a Porto Alegre para ver quais os passos seguintes deste projeto, de vital importância para o nosso município e que estamos empenhados em fazer acontecer”, comemorou a vice-prefeita Ana de Oliveira”.
São essas coisas de prometer e não cumprir que decepcionam, e fazem com que a sociedade aumente o seu descrédito nos seus governantes. Aliás, o governo Tarso Genro não disse ainda a que veio. Erechim não viu ainda nada de significativo que merecesse um aplauso sequer!
Os moradores ao redor do Presídio Estadual já não suportam mais conviver com a insegurança na área, mesmo tendo a defendê-la a Brigada Militar que é vizinha da casa prisional.
Quando há fuga de detentos, até tiros muitas vezes são deflagrados com o perigo de alvejar quem não tem nada a ver com o problema. Como só é acontecer, é bem provável que para o próximo ano (ano eleitoral) o governo do Estado lance os editais para a construção da nova casa prisional. Caso contrário, o agricultor que está explorando a terra com plantio de soja pode dispor da área por mais uma safra ou mais.

MINISTRO DO TRABALHO NA BERLINDA

A permanência do Ministro Carlos Lupi, do Trabalho, à frente da pasta desde 2007, perde força a medida que aumentam ás denúncias não só do Tribunal de Contas da União como, também, pela falta de apoio irrestrito do seu partido, o PDT.
O ministro está sendo acusado de falta de fiscalização nos convênios realizados pelo seu ministério, cobrados pelo TCU e mostrados pelo jornal O Globo, e também sobre as denúncias de cobrança de propina, revelados pela revista Veja. Diferentemente de outros ministros que já estiveram em sua posição — como os ex-titulares da Casa Civil, Transportes, Agricultura e Esporte — Lupi não obteve de imediato o apoio explícito de seu partido. Nem o Palácio do Planalto demonstrou solidariedade.
Acho que Carlos Lupi terá o mesmo destino de Orlando Silva, ex-ministro do Esporte fritado a menos de 15 dias.

sábado, 5 de novembro de 2011

O FIM DO FATOR PREVIDENCIÁRIO
Uma das piores medidas contra os aposentados e pensionistas deste país de iniciativa do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, foi o desprezível Fator Previdenciário.
Fui assistir na sexta-feira à noite, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Erechim, a convite do vereador Basso, a palestra do senador Paulo Paim sobre este tema e outros de interesse dos trabalhadores e aposentados.
A quadra poliesportiva do Sindicato recebeu bom público, que contou também com a presença do prefeito Paulo Polis, lideranças sindicais e estudantes.
O senador gaúcho mais uma vez foi enfático ao afirmar que não medirá esforços para que “essa injustiça contra o trabalhador e o aposentado brasileiro tenha fim”. Disse que no Senado conseguiu aprovar o Projeto, que é de sua autoria, por unanimidade. Cabe agora à Câmara dos Deputados analisar e votar.
Concitou ás lideranças dos trabalhadores e aposentados a que pressionem os deputados da situação e da oposição, para que votem favoravelmente pelo fim do Fator Previdenciário, “a maior injustiça cometida contra toda a classe trabalhadora deste país”.
O senador revelou um dado que deixou a platéia estarrecida: dos 26 milhões de aposentados, cerca de 16 milhões ganham um salário mínimo, e que o Fator Previdenciário se não for eliminado, ao longo de aproximadamente dez anos fará com que todos estejam ganhando um salário mínimo. “É uma tremenda injustiça!” disse.
Se de um lado o precito Fator Previdenciário foi, e continua sendo, uma tragédia para o trabalhador aposentado, de outro, segundo o senador Paim, o projeto que ele está elaborando virá compensar a herança maldita deixada por FHC.
Basicamente o projeto corrige as distorções que se originaram após a Constituição de 1988 que modificou – também de forma injusta – o cálculo das aposentadorias.
Lembrou que antes de 88, o trabalhador se aposentava por importâncias calculadas em números de salários mínimos, e descontava para a Previdência sobre aqueles valores. Outro projeto do senador é quanto ao reajuste anual. Ele luta também pela isonomia, ou seja, se o salário mínimo aumentar 15%, que o mesmo percentual seja concedido aos aposentados e pensionistas.
Ao final, o senador gaúcho do PT autografou seu primeiro livro de memórias que tem o título de “O Rufar dos Tambores”. A obra é baseada em reminiscências, pronunciamentos, depoimentos, artigos, notícias, cartas e entrevistas. A linha do tempo inicia em 1954 e vai até 2002. O livro fala também um pouco da sua infância, juventude e militâncias estudantil e sindical. Também discorre sobre homens públicos que foram fundamentais na sua formação pessoal e política.
O fecho final é o texto “Assim Eu Creio” onde ele diz o seguinte:
“Confesso que de uns anos para cá venho sofrendo como os poetas que morrem cedo. Sei que vocês devem estar se perguntando: Mas, por quê?
Durante toda a minha existência fui embalado pelos sons das ruas, dos portões das fábricas, dos colégios, dos campos, das paradas de ônibus, das florestas, das cascatas, pelo lamento dos oprimidos e discriminados, do povo inquieto a tocar seus tambores e a exigir um país melhor para todos.
Será que estou perdendo a condição de entender o presente? Ou será que o coletivo inconsciente da indignação se esfumaçou pelos tempos?
Onde está a batida dos tambores que outrora escutávamos a exigir o fim da ditadura, as Diretas Já, a cassação de corruptos, a reforma agrária, os direitos da cidadania, mais empregos, um salário-mínimo descente, a valorização dos benefícios dos aposentados e pensionistas...
A grande virtude do homem público é a fidelidade para com a sua história, mas, sendo assim, o que dizer daqueles que a aviltam? Que a corrompem? Que a esmagam? Que a esquecem? Que a assaltam? Serão eles saqueadores da dignidade de toda uma Nação?
Fico ao lado dos meus: se tiver de começar tudo outra vez, faço com a mesma paixão. A minha mensagem é a minha vida... embalada caudalosamente pelo rufar dos tambores.”

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

DOENÇA DE ALZHEIMER
Estava lento outro dia uma entrevista do antropólogo Roberto DaMatta, 75 anos, na Revista Veja sobre o dinheiro que o governo arrecada e a falta de vigilância. Mas o que me chamou a atenção foi quando ele falou sobre a doença de Alzheimer e como lidar com ela. Não sabia que era tão devastadora assim. Aliás, sabia um pouco, mas não tanto.
Na concepção de DaMatta, a Alzheimer é terrível porque rouba a alma do doente, ou seja, subtrai dele o que nos torna, afinal, humanos: a capacidade de expressar de forma elaborada nossas idéias e emoções.
Ele conta com naturalidade e franqueza que sua mulher teve a doença diagnosticada há sete anos, e hoje ela já não fala. Foi perdendo a capacidade motora e cognitiva aos poucos. “No princípio até pensei, não deve ser tão complicado. Mas com o tempo a doença mostrou seu lado mais perverso. É doloroso demais perceber que da pessoa que conheci há 48 anos, por quem me apaixonei perdidamente e com quem formei uma família, só ficou o corpo, como uma lembrança do que já foi. Ela ainda está aí, mas não dá para traduzir em palavras a falta que me faz”.
É muito comovente tudo isto, só quem tem um quadro assim na família sabe avaliar.
Segundo a medicina a doença de Alzheimer é a causa mais comum de demência degenerativa em idosos. O estabelecimento da doença é insidioso e geralmente ocorre após os 55 anos de idade, aumentando em freqüência com o avanço da idade. O seu curso é marcado por uma deterioração gradual da função intelectual, declínio na capacidade de realizar atividades de rotina da vida cotidiana e de lidar com as alterações na personalidade e no comportamento.
Os aspectos neurocomportamentais da demência clássica do tipo Alzheimer incluem o comprometimento da memória, distúrbios de linguagem, déficits visuais e espaciais e comprometimento da capacidade de fazer cálculos e abstrações. Os distúrbios de outras funções do córtex cerebral como a incapacidade de realizar uma tarefa motora na ausência de perda sensorial, hemiparesia ou dificuldade de compreensão, podem ser observados.
Os pacientes dessa doença se tornam cada vez mais passivos, mais agressivos na demonstração de emoções e menos espontâneos. Alguns destes sintomas podem imitar uma depressão, mas ocorrem com mais freqüência na ausência de um estado de humor depressivo óbvio, ou pensamentos de invalidez, incompetência ou culpa. Em 40 a 50% dos pacientes, o estado de humor depressivo pode ser evidente em algum momento durante o curso da doença. Outras anormalidades de comportamento observadas incluem inquietação motora, agitação, o paciente segue a pessoa que cuida dele a todos os lugares, e insônia.
O antropólogo Roberto Da Matta que contou sem constrangimento a tristeza que vive em ver sua mulher acometida da doença de Alzheimer, foi professor da Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos, e depois de sete anos voltou a viver em sua cidade natal, Niterói. É casado há 48 anos do dona Celeste, com quem teve três filhos.
É um anti-petista. A frase é dele: “O PT enterrou o ideal da pureza e aderiu às piores práticas do velho clientelismo”.
Alguém tem dúvida?

terça-feira, 1 de novembro de 2011

DEVEM TIRAR O CRUCIFIXO DAS REPARTIÇÕES PÚBLICAS
Não é de hoje que se discute sobre a presença de símbolos religiosos em repartições públicas, no caso o crucifixo com Jesus morto. O assunto havia sido esquecido, mas acaba de ser requentado e começa a servir de motivo para polemizar novamente. Em 2009 por solicitação do grupo Brasil para Todos, a Procuradoria dos Direitos do Cidadão, do Ministério Público de São Paulo, ajuizou ação civil pública pedindo à Justiça para que mande a União retirar das instituições públicas os símbolos religiosos, como crucifixos e Bíblias. A ação tramitou na 3ª Vara Federal de São Paulo, a cargo da juíza Maria Lúcia Lencastre que negou o pedido e a questão havia sido superada. Agora volta à tona novamente.
Como cristão tenho o direito de também dar minha opinião, e, vou dá-la. Sei que não agradará a maioria, mas me atrevo a oferecer meu entendimento.
É preciso lembrar ante de tudo, que o Brasil assinou um Acordo Oficial com a Igreja Católica a respeito de uma série de questões que afetam ambos os lados, como cidadãos e homens de fé. Este acordo tem a força de um tratado internacional. Reconhece a competência e autonomia de cada entidade no seu respectivo campo. A Igreja, de um lado, tem sua personalidade jurídica, oficialmente, e em termos claros, reconhecida e resguardada no Brasil. A Igreja quer, com este acordo, garantir o direito à liberdade religiosa, com tudo o que ela representa num regime democrático, com uma autonomia que lhe é própria nos assuntos internos de sua vida e organização.
Um dos quinze temas do acordo diz respeito também ao ensino religioso nas escolas públicas e por aí segue.
O acordo com o Estado Brasileiro, idêntico com outros países, em que marca sua presença efetiva, facultativa, para os católicos, será aquele que eles professam. As demais confissões religiosas estão livres de fazer acordos semelhantes ou se unirem para uma convivência que poderiam chamar de intercofessional, se julgarem oportuno. A Igreja Católica, porém, julgou necessário que seus fiéis recebam, nas escolas públicas, por exemplo, aquele ensino religioso que seja consentâneo com sua fé. Quer com isso ligar mais profundamente, família, comunidade e escola. Em casa e na Igreja se professa uma fé específica, baseada no batismo. Não seria conveniente que na escola se lhes ministrassem rudimentos de outra fé, que não tomassem  em consideração a fé que marca sua vida e toda a realidade comunitária que o acerca.
O ensino religioso, a partir do Acordo Brasil-Santa Sé, ratificado pelo Congresso Nacional, é, pois, concreto. É óbvio que não se poderia proporcionar uma formação adequada aos alunos, no contexto de nossa sociedade, cujas marcas católicas são evidentes, sem falar do Natal, da Páscoa, das festas religiosas; sem aderir às campanhas da CNBB, da Fraternidade, na Quaresma, e da Evangelização, no Advento; sem uma orientação bíblica e litúrgica...
Agora chegamos aos extremos da dessacralização da sociedade ao se tentar retirar os crucifixos das escolas e das repartições públicas. Faltaria somente tentar eliminar as festas de Natal, da Páscoa, da Semana Santa e eliminar os demais resquícios da fé cristã, presentes nas expressões de nosso povo. Seria a criação de uma sociedade ateia, certamente desumana e cruel, como já foi tentada, com péssimos frutos, pela Revolução Francesa, 1789 e pela Revolução Russa de 1917 que, nos 70 anos de sua hegemonia, não só eliminou os sinais da fé em Deus mas também fez perecer 110 milhões de pessoas que discordavam de sua ideologia ateia. O Papa Paulo VI garantia, baseado nestas experiências, que é possível organizar uma sociedade sem Deus, mas que ela será necessariamente desumana.
O Estado é e deve ser mantido como laico. É a condição da liberdade religiosa dos fiéis. Mas a sociedade é profundamente religiosa. E o Estado deve respeitar esta religiosidade. Santo Agostinho chegou a exclamar: Fizestes-nos para Vós, Senhor, e o nosso coração está irrequieto enquanto não repousar em Vós.
Fiz todo este intróito para afirmar finalmente que concordo plenamente com o Ministério Público de São Paulo, em querer retirar os símbolos religiosos das repartições públicas… Nosso Estado é laico e não deve favorecer esta ou aquela religião. A Cruz deve ser retirada! Aliás, nunca gostei de ver a Cruz em Tribunais, onde os pobres têm menos direitos que os ricos e onde sentenças são barganhadas, vendidas e compradas. Não quero mais ver a Cruz nas Câmaras legislativas, onde a corrupção é a moeda mais forte. É a moeda de troca. Não quero ver também a Cruz em delegacias, cadeias e quartéis, onde os pequenos são constrangidos e torturados. Não quero ver, muito menos, a Cruz em prontos-socorros e hospitais, onde pessoas pobres morrem sem atendimento. É preciso retirar a Cruz das repartições públicas, porque Cristo não abençoa a sórdida política brasileira, causa das desgraças; das misérias e sofrimentos dos pequenos; dos pobres e dos menos favorecidos.