domingo, 30 de setembro de 2012

FAÇA TODO BEM QUE VOCÊ PUDER

Uma prática utilizada há anos em Porto Alegre pela rede Zaffari Supermercados e que poderia ser imitada pelos nossos Supermercados locais, Sonda, Econômico e Caitá em benefício de instituições de caridade é a seguinte:
Quando o cliente vai fazer compras e tiver que receber de troco, por exemplo, um, dois ou três centavos, (esta moeda já nem existe mais) que estes sejam destinados para uma das instituições cadastradas e de livre vontade do consumidor.
Achei interessante a idéia. Estou repassando esta informação porque ao fazer uma compra no Záffari a moça do caixa não tendo três centavos para me dar de troco, perguntou-me:
- O senhor gostaria de doar estes três centavos para a Santa Casa, ou ao Azilo Padre Cacique?
Claro que fiz a doação!
Fiquei imaginando como no final do dia a contabilidade da arrecadação era feita. Conversei com o gerente do Supermercado e ele gentilmente me explicou.
Quando o caixa destina o auxílio, o funcionário tecla uma senha na registradora, que é um número, e a quantia é registrada para a instituição destinatária.
É a velha máxima, “de grão em grão a galinha enche o papo”.
Será que os nossos supermercados aceitariam uma idéia semelhante? Pois, fica ai esta modesta opinião.
É de John Wesley esta frase: "Faça todo o bem que você puder, com todos os recursos que você puder, por todos os meios que você puder, em todos os lugares que você puder, em todos os tempos que você puder, para todas as pessoas que você puder, sempre e quando você puder”.

A MORTE APROXIMA...

Por que será que a morte aproxima mais ás pessoas, ao contrário do que quando desfrutamos da vida?
A morte de alguém sempre traz a tona o sentimento de perda na gente. Faz a gente questionar nossos atos, nosso estilo de vida e penar na possibilidade da perda de alguém mais próximo.
Tem um texto da Helen Bee que comenta sobre o significado da morte para as pessoas em diferentes épocas da vida. Me lembro que o texto diz que quando estamos adultos a morte tem significado de organização do tempo. Que quando alguém morre olhamos para nossas conquistas, nosso futuro.
Foi exatamente o que aconteceu comigo hoje. Fiquei pensando no curso da minha vida, nas minhas escolhas, no meu futuro. Quando as televisões, rádios, internet, jornais de toda parte noticiaram a morte de Hébe Camargo, pensei em todas as vezes que não tenho paciência com meu filho, em todas as vezes que não tirei férias para ficar mais junto da família, em todos os abraços que deixei de dar. Eu sei que parece clichê, mas é assim que me senti.
Desde o ano passado tenho reencontrado muitos amigos e desde então tenho tentado manter contato com eles. Tenho também tentado ficar próxima das pessoas que gosto. Não são muitas, mas deixa assim...
Já reparou que quando vamos a um velório sempre há alguém que diz assim: só nessas ocasiões pra gente se encontrar né?
É! A morte aproxima as pessoas!
Que tal aprendermos com ela? E tentarmos estar mais próximos de quem amamos ainda em vida?

quinta-feira, 27 de setembro de 2012


A PRESIDENTA RESPONDE, O DEPUTADO NÃO
Semana passada escrevi sobre a falta de atenção e consideração do deputado estadual Gilmar Sossella (PDT) com este modesto colunista a respeito do encaminhamento de uma sugestão que lhe encaminhei sobre a reapresentação de um Projeto de Lei que dá nome a estação de passageiros do nosso aeroporto. Há cerca de dois anos, mais ou menos, e por duas vezes, a matéria acabou sendo arquivada e o motivo alegado foi a saída dos deputados autores do projeto do parlamento gaúcho.
No ofício encaminhado via correio e através de e-mail do próprio deputado, explicava eu a razão e a importância da reapresentação da referida propositura, já que se criara uma falsa expectativa no seio da comunidade pela mídia local na época.
Para que o leitor entenda o caso explico que o Regimento interno da Casa assinala que quando há o afastamento do parlamentar proponente, todo e qualquer requerimento ou proposição é arquivado automaticamente deixando, portanto de tramitar, a não ser que seja novamente reapresentado por um outro deputado. Até prova em contrário, acho uma anomalia do Regimento que precisaria ser revisto, uma vez que um Projeto de Lei mesmo que seja de significância para a sociedade acaba sendo prejudicado no seu trâmite pelo arquivamento.
Insisto no assunto porque a idéia de nomear a estação de passageiros do aeroporto Comandante Kramer local, além de justa, eterniza a memória de um conterrâneo, filho de tradicional família erechinense.
O ofício enviado ao deputado Sossella tem a data de 22 de agosto já tendo completado, consequentemente, mais de um mês, tempo suficiente para que o analisasse e pudesse encaminhar uma resposta positiva ou negativa à solicitação.
Faço este desabafo com certa dose de frustração porque há menos de dez dias enviei um Ofício a excelentíssima senhora presidenta da República, Dilma Rousseff, sugerindo o retorno do antigo Pecúlio para os aposentados do INSS, que os constituintes de 88 acabaram com ele. E ela me respondeu em uma semana. O deputado, certamente muito mais atarefado que a presidenta, há 35 dias não se manifesta sem dar nenhuma satisfação ao pedido que lhe encaminhei.
A presidenta Dilma me manda dizer que registrou o recebimento de minha mensagem e, ao mesmo tempo, agradece os comentários e sugestões que apresentei. Chega ser galhofa esta história, mas é verdade.
Augusto Nunes, da Revista Istoé, comenta: O cineasta José Carlos Barreto considera injusto o tratamento dispensado pela imprensa e noticiário ao seu amigo José Dirceu, um dos réus no processo do mensalão.  E articulou um manifesto em solidariedade a Dirceu que inclui o seguinte trecho: “não queremos que haja prejulgamento desse caso, pois já tem gente por ai dizendo quantos anos cada réu vai pegar de prisão. Não pode ser assim. Depois a gente reclama quando chega a ditadura”.
Pra quem não sabe, Barreto é o produtor do grande fracasso de bilheteria do filme “Lula o filho do Brasil”. Pelo visto este besteirol é parte de um segundo fracasso que vem por ai contando a história de José Dirceu, o pior dos filhotes do filho do Brasil.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012



OS SUPERSALÁRIOS NO CONGREESSO NACIONAL
Não tem como não classificar de vergonhosa a forma como continuam explorando os cofres públicos da Nação. Leio na Internet de fonte segura que num período de apenas 18 meses, a Câmara dos Deputados gastou R$ 4 milhões apenas com os salários de cinco dos seus funcionários. Trata-se de um seleto grupo de cinco servidores que, há mais de 20 anos, ocupa os principais cargos de direção da Casa. Entre janeiro de 2010 e junho do ano passado, esses servidores, atuais e antigos diretores e secretários da Casa, além do presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo (Sindilegis), receberam, cada um, ao menos R$ 728 mil. É o que revela levantamento exclusivo feito pelo Congresso em Foco, com base em registros da própria Câmara.
Em média, cada um dos integrantes desse seleto grupo recebeu R$ 44 mil brutos por mês no período, ou R$ 28 mil líquidos. Segundo a Constituição, nenhum funcionário público pode ganhar mais que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que recebem mensalmente R$ 26.723 brutos. Esse valor é o teto salarial do funcionalismo.
Procurada, a assessoria de imprensa da Câmara disse que, feitas as retenções para adaptar os vencimentos aos tetos, o chamado “abate-teto”, os valores pagos a cada um foram “consideravelmente menores”. Mas o que mostram os documentos obtidos pelo Congresso em Foco é que tais valores, mesmo considerando o abate-teto,continuaram extrapolando o teto. Por exemplo: em maio do ano passado, o presidente do Sindilegis, o consultor Nilton Paixão, ganhou R$ 33.396 brutos. Feito o abate-teto de R$ 1.473, o salário dele ficou ainda mais de R$ 5 mil acima do valor do limite constitucional. O rendimento líquido do chefe da instituição, que é contrária à divulgação nominal dos salários dos servidores na internet, foi de R$ 21.752.
Entre os integrantes da cúpula, o líder do grupo é o ex-diretor-geral da Câmara Adelmar Sabino, que dirigiu-a por 18 anos, até 2001. Nos 18 meses pesquisados pelo Congresso em Foco, Sabino recebeu R$ 1,03 milhão. Em resposta ao site, Sabino afirmou que os valores altos se devem a uma licença-prêmio que foi convertida em dinheiro. Segundo Sabino, ele só conseguiu receber os mais de R$ 250 mil com um recurso no Superior Tribunal de Justiça. “A Câmara pagou com má vontade. Acabou pagando juros e correção monetária”, contou.
Mesmo descontando-se o “abate-teto”, Sabino ainda recebeu R$ 931 mil brutos no período, média de quase R$ 52 mil por mês. Nenhum contracheque dele foi inferior ao teto entre janeiro de 2010 e junho do ano passado.
Ainda quando se ignoram as licenças e férias indenizadas do ex-diretor, os salários dele bateram na casa dos R$ 774 mil brutos. Sabino destacou que seus pagamentos foram todos legais. A reportagem não localizou no STJ a ação judicial informada pelo ex-diretor.
Sabino foi substituído no cargo por Sérgio Sampaio, que ocupa o segundo lugar na classificação. No ano passado, Sampaio virou secretário-geral da Mesa. Ele ganhou R$ 746 mil brutos no período ou pouco mais de meio milhão líquidos.
Mas Sampaio pode estar atrás de Mozart Vianna de Paiva, ex-secretário da Mesa. É que, embora tenha ganho R$ 728 mil da Câmara, uma parte como servidor aposentado, Mozart também ganhou R$ 80 mil como assessor do senador Aécio Neves (PSDB-MG). Uma auditoria do TCU considerou que o Congresso deveria considerar salários recebidos das duas Casas na hora de computar megacontracheques, porque se trata do mesmo Poder.
Em terceiro lugar na lista, o presidente do Sindilegis, Nilton Paixão, recebeu R$ 731 mil. O sindicato é contra a publicação dos salários dos funcionários do Congresso na internet. Sem decisões definitivas, a entidade já apelou ao Judiciário e ao Tribunal de Contas da União (TCU). Depois que duas liminares do sindicato foram derrubadas pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, a Câmara e o Senado passarão a divulgar os nomes dos servidores a partir do final desta semana.
Um pouco atrás de Nilton na lista, está o diretor-geral Rogério Ventura, com rendimentos semelhantes ao sindicalista. Ele foi diretor do Centro de Formação (Cefor) da Câmara. No início do ano, Ventura publicou artigo em jornal sobre gestão e transparência na Casa.
O ex-secretário da Mesa Mozart Vianna de Paiva recebeu R$ 728 mil no período. Mas, somando-se aos R$ 80 mil ganhos entre fevereiro e junho do ano passado como assessor do senador Aécio Neves (PSDB-MG), ele chega aos R$ 803 mil, ocupando a segunda posição.
Secretário na Câmara por 20 anos, Mozart sempre foi unanimidade dentro e fora do Congresso como exemplo de dedicação e eficiência. Hoje com 61 anos, é diretor das Organizações Globo. Ele disse ao Congresso em Foco que acredita que os pagamentos foram corretos.
“Seguramente foi pago de acordo com a lei. E aí o que a gente pode dizer disso tudo: VERGOOOOOOONHAAAAAAAAA nacional.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012


AINDA AS BICICLETAS

Escrevo de Porto Alegre, onde vou permanecer por 20 dias a convite da Fecam - Federação dos Caminhoneiros Autônomos dos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Como amigo de longa data do presidente Éder Dal'Lago e do vice-presidente, André Costa, aceitei o convite de ambos para implantar o jornal "O Caminhoneiro" e o "S.O.S Caminhoneiro" programa de rádio que passa a integrar o setor de comunicação da entidade e que é transmitido em 42 emissoras do interior do Estado,  há 16 anos, portanto,  desde a sua criação em 1996.
Com experiência na área rádiojornalistica, exercendo essa atividade há 60 anos, é um novo desafio.
A Fecam, para quem não sabe, desempenha importante papel como representação de uma categoria que reúne cerca de 180 mil caminhoneiros autônomos nos dois estados do extremo sul do país. E, o rádio, com suas múltiplas maneiras de comunicação, acompanha o caminhoneiro em suas viagens divertindo, informando e encurtando distâncias. O programa tem se notabilizado pela divulgação da notícias e assuntos de interesse da classe, que vê no S.O.S. Caminhoneiro um companheiro fiel de todas as manhãs cobrindo praticamente todas as regiões do Rio Grande do Sul pelas nossas rádios parceiras.

Leio no nosso Bom Dia deste fim de semana a coluna de um colaborador colunista como eu, que se manifesta contra a opinião que emiti a respeito do trânsito de bicicletas em nossas calçadas. É o contraponto do que escrevi. Diz ele a certa altura de seu artigo: “Cheguei a pensar da mesma forma e, até já me referi por escrito a respeito, mas mudei o meu modo de pensar e de agir desde os tempos que iniciei a usar a bicicleta como instrumento de exercício físico. Portanto, agora como ciclista eu não mais critico os aqueles que usam o passeio para trafegar, porque eu faço o mesmo...”
Belo exemplo, professor!
Fico a imaginar diante disso que o amigo é do tipo que pensa assim: para os ciclistas todas as facilidades da lei do trânsito, mesmo que transgrida; para os que não usam bicicleta (pedestre) o rigor e a proibição de se manifestar a favor da Lei.
Ocorre-me agora que por causa de uma bicicleta transitando no passeio em pleno centro da cidade o Inspetor de Polícia Felipe Gomes de Oliveira perdeu a vida. O ciclista o atropelou, ele caiu, fraturou o crânio, teve uma lesão e acabou morrendo.
Engana-se o articulista ao afirmar que se eu fizesse a experiência de andar de bicicleta mudaria os meus conceitos a respeito. Não professor, prefiro ficar do lado da Lei. Calçada, passeio público é pra pedestre e não para bicicleta.

Aproveitei o fim de semana para assistir o último dia do Acampamento Farroupilha, em Porto alegre. Reservadas as proporções é o nosso ai de Erechim. Só achei um pouco salgado o preço do almoço, para duas pessoas, com refrigerante, R$ 93,00. O churrasco era servido em um prato com um pãozinho cacetinho, uma porção de mandioca, tomate e cebola. No custo estava incluído os 10% do garçom, um absurdo. Sem contar que ao deixar o acampamento o sujeito saia defumado tamanha a nuvem de fumaça permanente na área.

terça-feira, 18 de setembro de 2012


UMA PIADA DE BOM GOSTO

Uma piada muito bem bolada que retrata nossa realidade e que merece ser do conhecimento, principalmente dos eleitores habilitados a votar nas eleições de 7 de outubro. Um deputado está andando tranquilamente quando é atropelado e morre. A alma dele chega ao Paraíso e dá de cara com São Pedro na entrada.

-'Bem-vindo ao Paraíso!' -  diz São Pedro.

-'Antes Que você entre, há um probleminha. Raramente vemos parlamentares por aqui, sabe, então não sabemos bem o que fazer com você.

-'Não vejo problema, é só me deixar entrar', diz o antigo deputado.
-'Eu bem que gostaria, mas tenho ordens superiores. Vamos fazer o seguinte:

Você passa um dia no Inferno e um dia no Paraíso Aí, pode escolher onde quer passar a eternidade.

-'Não precisa, já resolvi. Quero ficar no Paraíso diz o deputado.
-'Desculpe, mas temos as nossas regras. Assim, São Pedro o acompanha até o elevador e ele desce, desce, desce até o Inferno.  A porta se abre e ele se vê no meio de um lindo campo de golfe. Ao fundo o clube onde estão todos os seus amigos e outros políticos com os quais havia trabalhado. Todos muito felizes em traje social. Ele é cumprimentado, abraçado e eles começam a falar sobre os bons
tempos em que ficaram ricos às custas do povo. Jogam uma partida descontraída e depois comem lagosta e caviar. Quem também está presente é o diabo, um cara muito amigável que passa o tempo todo dançando e contando piadas. Eles se divertem tanto que, antes que ele perceba, já é hora de ir embora. Todos se despedem dele com abraços e acenam enquanto o elevador sobe.  Ele sobe, sobe, sobe e porta se abre outra vez. São Pedro está esperando por ele. Agora é a vez de visitar o Paraíso. Ele passa 24 horas junto a um grupo de almas contentes que andam de nuvem em nuvem, tocando harpas e cantando. Tudo vai muito bem e, antes que ele perceba, o dia se acaba e São Pedro retorna.

-'E aí ? Você passou um dia no Inferno e um dia no Paraíso.
Agora escolha a sua casa eterna.' Ele pensa um minuto e responde:
-'Olha, eu nunca pensei .. O Paraíso é muito bom, mas eu acho que vou ficar melhor no Inferno.' Então São Pedro o leva de volta ao elevador e ele desce, desce, desce até o Inferno. A porta abre e ele se vê no meio de um enorme terreno baldio cheio de lixo. Ele vê todos os amigos com as roupas rasgadas e sujas catando o entulho e colocando em sacos pretos. O diabo vai ao seu encontro e passa o braço pelo ombro do deputado.

-'Não estou entendendo', - gagueja o deputado - 'Ontem mesmo eu estive aqui e havia um campo de golfe, um clube, lagosta, caviar, e nós dançamos e nos divertimos o tempo todo. Agora só vejo esse fim de mundo cheio de lixo e meus amigos arrasados!!!' O diabo olha pra ele, sorri ironicamente e diz:

-'Ontem estávamos em campanha. Agora, já conseguimos o seu voto...'.

Sobre o mensalão o STF continua julgando os envolvidos na prática enosoja dos envolvidos com a compra de votos na Câmara dos Deputados. José Dirceu disse a imprensa de São Paulo que não vai fugir do país se for condenado. Vai cumprir a decisão do STF, mas advertiu que "se alguém pensa que vai derrubá-lo do cavalo está muito enganado".

E para quem depende de banco vamos enfrentar mais uma greve dos bancários. O Procom em todo o país está alertando que o consumidor não está desobrigado de pagar faturas, contas, boletos bancários ou outros tipos de cobrança. Com as agências bancárias fechadas, clientes podem usar os terminais de auto-atendimento, que continuam funcionando. Entretanto, as empresas credoras devem oferecer outras formas e locais para o pagamento. Outra orientação é que o consumidor entre em contato com as empresas para solicitar demais opções de pagamento. O pedido deve ser documentado, seja por e-mail ou número de protocolo de atendimento, para o caso de posterior reclamação. Caso o consumidor se sinta prejudicado pela greve dos bancários, pode fazer uma reclamação ao próprio Procon de sua cidade. A entidade orienta ainda que não sejam cobrados encargos do consumidor e nem que o nome do consumidor seja enviado aos serviços de proteção ao crédito. Os bancários reivindicam reajuste salarial de 10,25% - com 5% de aumento real - além de plano de carreira, maior participação nos lucros e resultados e mais segurança nas agências bancárias.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012


A HISTÓRIA NÃO É BEM ASSIM

O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS) esteve no último fim de semana fazendo um roteiro por 10 municípios da região e visitou o acampamento Farroupilha, que está a cada dia recebendo mais público, inclusive de muitos turistas, constituindo-se num dos maiores eventos tradicionalistas do interior do Rio Grande do Sul.
Na sua chegada em declarações a repórteres que estiveram no aeroporto Comte. Kraemer foi abordado rapidamente e uma das questões comentadas por ele, foi a última medida do governo Dilma que reduz o custo da energia elétrica em todo o país que vai "beneficiar" a indústria em uma faixa que vai desde 19% até 28% no valor da tarifa.
Para o menos esclarecido a impressão que fica é que o Governo estaria, realmente, proporcionando uma redução no custo da energia. Obviamente que a notícia veiculada pela mídia nacional causou aplausos e manifestações de apreço a presidenta Dilma. Só que é preciso examinar o que está por trás do anúncio de redução das tarifas de energia.
O governo não contou e estranhamente a mídia e a oposição fazem questão de omitir, é que por trás do anúncio de redução dos valores das tarifas de energia elétrica, está a decisão do Tribunal de Contas da União que mandou o governo e as empresas de energia devolverem R$ 7 bilhões tungados (que significa dizer, burlar ; enganar; lograr;) alguém dos consumidores. A redução compensará o logro, já que ninguém pensa devolver um só centavo para os clientes lesados.
Há pelo menos 10 anos os governos Lula e Dilma Roussef sabiam que as contas das concessionárias eram superfaturadas todos os meses e nada fizeram para frear a ganância lucrativa. E é também curioso que a redução de preços só valerá a partir do ano que vem.
Como se sabe, o anúncio do pacote de bondades do Governo foi feito antes das eleições deste ano – na semana passada.
Então a história não é bem assim como pinta o presidente da Câmara, que inequívoca e flagrantemente, não reflete a exatidão dos fatos. Acredite quem quiser.


Aniversário do Grupo de Escoteiros Tupinambás
O 44º Grupo de Escoteiros Tupinambás de Erechim comemorará a  03 de outubro 60 anos de fundação. Ele nasceu no ano de 1952, por iniciativa de Paulo Lima, Dirceu Franciosi, Ilson Almeida, Wilson Wornikow, Milton Aver e Paulo Franklin da Silva, que incentivados pelo chefe Eduardo Otto, do Grupo de Escoteiros Botucaris de Passo Fundo, implantam um grupo em Erechim. Entre várias tribos indígenas, escolhem o nome Tupinambás. Em 1967 é fundada a primeira Tropa Sênior e no mesmo ano é lançado o Jornal  "A Gralha", informativo produzido pela Executiva e chefias contendo as notícias dos trabalhos do grupo, como também temas variados, exatamente como até hoje.
No ano de 1968 forma-se o primeiro Clã Pioneiro e, finalmente em 1970, o Grupo é reconhecido oficialmente pela União de Escoteiros do Brasil. Anos depois, em 1990, é formada a primeira Alcatéia Mista e no ano seguinte a Tropa Escoteira Feminina. Em 1993, recebia a sua personalidade jurídica.
Atualmente, o grupo é formado pelo Grupo de Chefes que atuam na parte técnica com os ramos Lobo, Escoteiro, Sênior e Pioneiro. Também conta com a direção administrativa, conselho fiscal, conselho administrativo e Conselho de Pais.
Escotismo ou escutismo, foi fundado por Lord Robert Stephenson Smyth Baden-Powel, em 1907, é um movimento mundial, educacional, voluntariado, apartidário, sem fins lucrativos. A sua proposta é o desenvolvimento do jovem, por meio de um sistema de valores que prioriza a honra, baseado na Promessa e na  Lei escoteira, e através da prática do trabalho em equipe e da vida ao ar livre, fazer com que o jovem assuma seu próprio crescimento, tornar-se um exemplo de fraternidade, lealdade, altruísmo, responsabilidade, respeito e disciplina. Parabéns aos Escoteiros de Erechim.

sábado, 15 de setembro de 2012

 
 

15/09/2012

REVELADOS SEGREDOS EXPLOSIVOS DE VALÉRIO, QUE TEME SER ASSASSINADO: 1) Mensalão movimentou R$ 350 milhões; 2) Lula, com Dirceu de braço direito, era o chefe; 3) presidente recebia pessoalmente doadores clandestinos; 4) publicitário se encontrou no Palácio com Dirceu e Lula várias vezes; 5) Delúbio, o tesoureiro, dormia com frequência no Alvorada

Vocês já viram a capa da revista VEJA. A reportagem traz informações estarrecedoras. O publicitário Marcos Valério sabe que vai para a cadeia — e não será por pouco tempo. E está, obviamente, infeliz e revoltado. Acha que será o principal punido de uma cadeia criminosa que tinha, segundo ele, na chefia, ninguém menos do que Luiz Inácio Lula da Silva, então presidente da República — aquele mesmo que, ao encerrar o segundo mandato, assegurou que iria investigar quem havia inventado essa história de mensalão, “uma mentira”… Reportagem de capa de Policarpo Júnior, na VEJA desta semana, revela, agora, um Marcos Valério amargo e, como se vê, propenso a falar o que sabe — o que tem feito com alguns amigos. Só que ele está com medo de morrer. Tem certeza de que será assassinado se falar tudo o que sabe. Acho, no entanto, que ele deveria fazê-lo. Os que podem estar interessados na sua morte temem justamente o que ele não contou — e a melhor maneira de preservar o segredo é eliminando-o. Que peça proteção formal ao Estado e preste um serviço aos brasileiros.
Na sessão de quinta-feira do Supremo, num dia em que não temeu em nenhum momento o ridículo, o ministro Dias Toffoli — que vinha tendo uma boa atuação até o julgamento do mensalão (ele decida o que fazer de sua biografia!) — ensaiou uma distinção politicamente pornográfica entre “o valerioduto” (cuja existência ele admitiu, tanto que condenou o empresário) e o “mensalão como chama a imprensa”… Ficou claro que o ministro acha que são coisas distintas, como se o empresário tivesse delinquido, sei lá, apenas por interesse pessoal. A verdade, assegura Valério, é bem outra. Abaixo, seguem trechos da reportagem de VEJA. Reputo como o texto jornalístico mais explosivo publicado no Brasil desde a entrevista de Pedro Collor às Páginas Amarelas da VEJA. Abaixo, uma síntese das nove páginas.
“O CAIXA DO PT FOI DE R$ 350 MILHÕES”
A acusação do Ministério Público Federal sustenta que o mensalão foi abastecido com 55 milhões de reais tomados por empréstimo por Marcos Valério junto aos bancos Rural e BMG, que se somaram a 74 milhões desviados da Visanet, fundo abastecido com dinheiro público e controlado pelo Banco do Brasil. Segundo Marcos Valério, esse valor é subestimado. Ele conta que o caixa real do mensalão era o triplo do descoberto pela polícia e denunciado pelo MP. (…) “Da SM P&B vão achar só os 55 milhões, mas o caixa era muito maior. O caixa do PT foi de 350 milhões de reais, com dinheiro de outras empresas que nada tinham a ver com a SMP&B nem com a DNA”.
LULA ERA O CHEFE DO ESQUEMA, COM JOSÉ DIRCEU
Lula teria se empenhado pessoalmente na coleta de dinheiro para a engrenagem clandestina, cujos contribuintes tinham algum interesse no governo federal. Tudo corria por fora, sem registros formais, sem deixar nenhum rastro. Muitos empresários, relata Marcos Valério, se reuniam com o presidente, combinavam a contribuição e em seguida despejavam dinheiro no cofre secreto petista. O controle dessa contabilidade cabia ao então tesoureiro do partido, Delúbio Soares, que é réu no processo do mensalão e começa a ser julgado nos próximos dias pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa. O papel de Delúbio era, além de ajudar na administração da captação, definir o nome dos políticos que deveriam receber os pagamentos determinados pela cúpula do PT, com o aval do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, acusado no processo como o chefe da quadrilha do mensalão: “Dirceu era o braço direito do Lula, um braço que comandava”.
VALÉRIO SE ENCONTROU COM LULA NO PALÁCIO DO PLANALTO VÁRIAS VEZES
A narrativa de Valério coloca Lula não apenas como sabedor do que se passava, mas no comando da operação. Valério não esconde que se encontrou com Lula diversas vezes no Palácio do Planalto. Ele faz outra revelação: “Do Zé ao Lula era só descer a escada. Isso se faz sem marcar. Ele dizia vamos lá embaixo, vamos”. O Zé é o ex-ministro José Dirceu, cujo gabinete ficava no 4º andar do Palácio do Planalto, um andar acima do gabinete presidencial. (…) Marcos Valério reafirma que Dirceu não pode nem deve ser absolvido pelo Supremo Tribunal, mas faz uma sombria ressalva. “Não podem condenar apenas os mequetrefes. Só não sobrou para o Lula porque eu, o Delúbio e o Zé não falamos”, disse, na semana passada, em Belo Horizonte. Indagado, o ex-presidente não respondeu.
PAULO OKAMOTTO, ESCALADO PARA SILENCIAR VALÉRIO, TERIA AGREDIDO FISICAMENTE A MULHER DO PUBLICITÁRIO
“Eu não falo com todo mundo no PT. O meu contato com o PT era o Paulo Okamotto”, disse Valério em uma conversa reservada dias atrás. É o próprio Valério quem explica a missão de Okamotto: “O papel dele era tentar me acalmar”. O empresário conta que conheceu o Japonês, como o petista é chamado, no ápice do escândalo. Valério diz que, na véspera de seu primeiro depoimento à CPI que investigava o mensalão, Okamotto o procurou. “A conversa foi na casa de uma funcionária minha. Era para dizer o que eu não devia falar na CPI”, relembra. O pedido era óbvio. Okamotto queria evitar que Valério implicasse Lula no escândalo. Deu certo durante muito tempo. Em troca do silêncio de Valério, o PT, por intermédio de Okamotto, prometia dinheiro e proteção. A relação se tornaria duradoura, mas nunca foi pacífica. Em momentos de dificuldade, Okamotto era sempre procurado. Quando Valério foi preso pela primeira vez, sua mulher viajou a São Paulo com a filha para falar com Okamotto. Renilda Santiago queria que o assessor de Lula desse um jeito de tirar seu marido da cadeia. Disse que ele estava preso injustamente e que o PT precisava resolver a situação. A reação de Okamotto causa revolta em Valério até hoje. “Ele deu um safanão na minha esposa. Ela foi correndo para o banheiro, chorando.”
O PT PROMETEU A VALÉRIO QUE RETARDARIA AO MÁXIMO O JULGAMENTO NO STF
O empresário jura que nunca recebeu nada do PT. Já a promessa de proteção, segundo Valério, girava em torno de um esforço que o partido faria para retardar o julgamento do mensalão no Supremo e, em último caso, tentar amenizar a sua pena. “Prometeram não exatamente absolver, mas diziam: ‘Vamos segurar, vamos isso, vamos aquilo’… Amenizar”, conta. Por muito tempo, Marcos Valério acreditou que daria certo. Procurado, Okamotto não se pronunciou.
“O DELÚBIO DORMIA NO PALÁCIO DA ALVORADA”
Nos tempos em que gozava da intimidade do poder em Brasília, Marcos Valério diz guardar muitas lembranças. Algumas revelam a desenvoltura com que personagens centrais do mensalão transitavam no coração do governo Lula antes da eclosão do maior escândalo de corrupção da história política do país. Valério lembra das vezes em que Delúbio Soares, seu interlocutor frequente até a descoberta do esquema, participava de animados encontros à noite no Palácio da Alvorada, que não raro servia de pernoite para o ex-tesoureiro petista. “O Delúbio dormia no Alvorada. Ele e a mulher dele iam jogar baralho com Lula à noite. Alguma vez isso ficou registrado lá dentro? Quando você quer encontrar (alguém), você encontra, e sem registro.” O operador do mensalão deixa transparecer que ele próprio foi a uma dessas reuniões noturnas no Alvorada. Sobre sua aproximação com o PT, Valério conta que, diferentemente do que os petistas dizem há sete anos, ele conheceu Delúbio durante a campanha de 2002. Quem apresentou a ele o petista foi Cristiano Paz, seu ex-sócio, que intermediava uma doação à campanha de Lula.
EMPRÉSTIMOS DO RURAL FORAM FEITOS COM AVAL DE LULA E DIRCEU
“O banco ia emprestar dinheiro para uma agência quebrada?” Os ministros do STF já consideraram fraudulentos os empréstimos concedidos pelo Banco Rural às agências de publicidade que abasteceram o mensalão. Para Valério, a decisão do Rural de liberar o dinheiro — com garantias fajutas e José Genoino e Delúbio Soares como fiadores — não foi um favor a ele, mas ao governo Lula. “Você acha que chegou lá o Marcos Valério com duas agências quebradas e pediu: ‘Me empresta aí 30 milhões de reais pra eu dar pro PT’? O que um dono de banco ia responder?” Valério se lembra sempre de José Augusto Dumont, então presidente do Rural. “O Zé Augusto, que não era bobo, falou assim: ‘Pra você eu não empresto’. Eu respondi: ‘Vai lá e conversa com o Delúbio’. ”A partir daí a solução foi encaminhada. Os empréstimos, diz Valério, não existiriam sem o aval de Lula e Dirceu. “Se você é um banqueiro, você nega um pedido do presidente da República?”
Por Reinaldo Azevedo
15 de setembro de 2012
Mensalão movimentou R$ 350 milhões - Lula, com Dirceu de braço direito, era o chefe - presidente recebia pessoalmente doadores clandestinos - Publicitário se encontrou no Palácio com Dirceu e Lula várias vezes - Delúbio, o tesoureiro, dormia com frequência no Alvorada.
 * Clipping da revista Veja de hoje.
Marcos Valério envolve Lula no mensalão.
Rodrigo Rangel
 
Mensalão
Marcos Valério envolve Lula no mensalão
Diante da perspectiva de terminar seus dias na cadeia, o publicitário começa a revelar os segredos que guardava - entre eles, o fato de que o ex-presidente sabia do esquema de corrupção armado no coração do seu governo
Rodrigo Rangel
NO INFERNO - O empresário Marcos Valério, na porta da escola do filho, em Belo Horizonte, na última quarta-feira: revelações sobre o escândalo (Cristiano Mariz)
Dos 37 réus do mensalão, o empresário Marcos Valério é o único que não tem um átimo de dúvida sobre o seu futuro. Na semana passada, o publicitário foi condenado por lavagem de dinheiro, crime que acarreta pena mínima de três anos de prisão. Computadas punições pelos crimes de corrupção ativa e peculato, já decididas, mais evasão de divisas e formação de quadrilha, ainda por julgar a sentença de Marcos Valério pode passar de 100 anos de reclusão. Com todas as atenuantes da lei penal brasileira, não é totalmente improvável que ele termine seus dias na cadeia.
Apontado como responsável pela engenharia financeira que possibilitou ao PT montar o maior esquema de corrupção da história, Valério enfrenta um dilema. Nos últimos dias, ele confidenciou a pessoas próximas detalhes do pacto que havia firmado com o partido. Para proteger os figurões, conta que assumiu a responsabilidade por crimes que não praticou sozinho e manteve em segredo histórias comprometedoras que testemunhou quando era o "predileto" do poder. Em troca do silêncio, recebeu garantias. Primeiro, de impunidade. Depois, quando o esquema teve suas entranhas expostas pela Procuradoria-Geral da República, de penas mais brandas. Valério guarda segredos tão estarrecedores sobre o mensalão que ele não consegue mais guardar só para si - mesmo que agora, desiludido com a falsa promessa de ajuda dos poderosos a quem ajudou, tenha um crescente temor de que eles possam se vingar dele de forma ainda mais cruel.
Feita com base em revelações de parentes, amigos e associados, a reportagem de capa de VEJA desta semana reabre de forma incontornável a questão da participação do ex-presidente Lula no mensalão. "Lula era o chefe", vem repetindo Valério com mais frequência e amargura agora que já foi condenado pelo STF. Assinada pelo editor Rodrigo Rangel, da sucursal de Brasília, a reportagem tem cinco capítulos - e o primeiro deles pode ser lido abaixo:

"O caixa do PT foi de 350 milhões de reais"

Leandro Martins/Futura Pres
O CHEFE: Segredo guardados por Valério põem o ex-presidente Lula no centro do esquema do mensalão
A acusação do Ministério Público Federal sustenta que o mensalão foi abastecido com 55 milhões de reais tomados por empréstimo por Marcos Valério junto aos bancos Rural e BMG, que se somaram a 74 milhões desviados da Visanet, fundo abastecido com dinheiro público e controlado pelo Banco do Brasil. Segundo Marcos Valério, esse valor é subestimado. Ele conta que o caixa real do mensalão era o triplo do descoberto pela polícia e denunciado pelo MP. Valério diz que pelas arcas do esquema passaram pelo menos 350 milhões de reais. "Da SMP&B vão achar só os 55 milhões, mas o caixa era muito maior. O caixa do PT foi de 350 milhões de reais, com dinheiro de outras empresas que nada tinham a ver com a SMP&B nem com a DNA", afirma o empresário. Esse caixa paralelo, conta ele, era abastecido com dinheiro oriundo de operações tão heterodoxas quanto os empréstimos fictícios tomados por suas empresas para pagar políticos aliados do PT. Havia doações diretas diante da perspectiva de obter facilidades no governo. "Muitas empresas davam via empréstimos, outras não." O fiador dessas operações, garante Valério, era o próprio presidente da República.
Lula teria se empenhado pessoalmente na coleta de dinheiro para a engrenagem clandestina, cujos contribuintes tinham algum interesse no governo federal. Tudo corria por fora, sem registros formais, sem deixar nenhum rastro. Muitos empresários, relata Marcos Valério, se reuniam com o presidente, combinavam a contribuição e em seguida despejavam dinheiro no cofre secreto petista. O controle dessa contabilidade cabia ao então tesoureiro do partido, Delúbio Soares, que é réu no processo do mensalão e começa a ser julgado nos próximos dias pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa. O papel de Delúbio era, além de ajudar na administração da captação, definir o nome dos políticos que deveriam receber os pagamentos determinados pela cúpula do PT, com o aval do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, acusado no processo como o chefe da quadrilha do mensalão: "Dirceu era o braço direito do Lula, um braço que comandava". Valério diz que, graças a sua proximidade com a cúpula petista no auge do esquema, em 2003 e 2004, teve acesso à contabilidade real. Ele conta que a entrada e a saída de recursos foram registradas minuciosamente em um livro guardado a sete chaves por Delúbio. Pelo seu relato, o restante do dinheiro desse fundão teve destino semelhante ao dos 55 milhões de reais obtidos por meio dos empréstimos fraudulentos tomados pela DNA e pela SMP&B. Foram usados para remunerar correligionários e aliados. Os valores calculados por Valério delineiam um caixa clandestino sem paralelo na política. Ele fala em valores dez vezes maiores que a arrecadação declarada da campanha de Lula nas eleições presidenciais de 2002.