quarta-feira, 10 de outubro de 2012


OBSERVAÇÕES EM  RODOVIÁRIA

A estação rodoviária local de grande movimentação humana é o melhor local para observarmos as pessoas, desde o modo de comportar-se até os biótipos humanos.
Circulam nas estações rodoviárias milhares de pessoas de todas as raças; pessoas gordas, magras, educadas, mal educadas; casais desiguais... Eu chamo casais desiguais aqueles quando a mulher é bonita e elegante, o homem é feio e deselegante.
Enquanto aguardava o horário da partida do meu ônibus para Erechim no fim de semana fiquei atento aos tipos de casais que desfilavam a minha frente. Entre os mais de 50 somente dois me pareceram fisicamente harmônicos no físico e na beleza. Anotei também a presença de vários casais em que a mulher era loura e o parceiro moreno, quase preto. Aliás, eu sempre quis saber por que as louras tem maior predileção pelos morenos?  Por que será, heim?
A quantidade de homens e mulheres obesos superou a expectativa. Agora mesmo acaba de passar por mim dois homens e uma mulher. Se colocar os três em uma balança o peso atingiria facilmente os 450Kg. A impressão que se tem é que o brasileiro está seguindo os mesmos hábitos dos americanos. Estão consumindo muita fritura, hamburger, cachorro quente, batata frita e outras iguarias.
Falta ainda uma hora para o embarque e acabam de sentar no mesmo banco onde estou, uma em cada lado, duas mulheres com seus celulares. Vejo com o canto do olho na tela do telefone de uma delas a foto de seu cachorro, creio, de estimação, me pareceu um rotweiller, preto. A mais jovem do lado oposto, conversa sobre a noitada anterior para sua amiga, “muita diversão e cervejinha”, dizia ela.
Ôba!!!  Nossa!!! Para a alegria e felicidade geral eis que passa a nossa frente uma morena jambo, mini saia verde abacate, salto alto, cabelos pretos longos, uma moça muito bonita que rouba a atenção de todos. Mais do que um arriscou uma olhada. Também pudera, era um monumento de mulher.
E para fechar minhas observações se aproxima uma dessas pedintes profissionais com a cantada de sempre:
- Senhor, vê se pode me ajudar!
Minha filha está no hospital onde sofreu uma cirurgia. Eu preciso voltar para minha cidade e estão me faltando R$ 5,00 para completar o valor da passagem. Será que poderia me ajudar – pediu a mulher.
Esquece-se a mendicante que esta já é a décima vez que me pede dinheiro. Ela faz ponto no local e a ladainha é sempre a mesma. Ela não se flagra que muitas das pessoas a quem ela se dirige para pedir auxílio, frequentam seguidamente a rodoviária.
A maior aconteceu já no interior do ônibus.
A viagem inicia e os celulares começam a funcionar. São as informações para os familiares que o ônibus está partindo e que a previsão de chegada é a tal hora.
Num desses contatos telefônicos a interlocutora dizia a que estava do ouro lado da linha:
- Fulana, nem te conto. Não sabes o que aconteceu antes de me deslocar para a rodoviária. Enquanto me distraí na arrumação dos últimos detalhes da viagem a Mégui (acredito ser sua cachorrinha) subiu na mesa e comeu a comida que havia preparado para o almoço. Vê se pode.
Quanto você estiver em uma estação rodoviária, de preferência de cidade grande, como a capital dos gaúchos, por exemplo, procure fazer como eu, observe e vai constatar que tudo isso que está descrito acima é verdade.



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