CÍRIO DE NAZARÉ
Todos os anos na segunda semana de outubro realiza-se em Belém do Pará, a tradicional e comovente festa de Nazaré em
devoção a Nossa Senhora, é a maior manifestação religiosa
Católica do Brasil e maior evento religioso do mundo, reunindo cerca de
seis milhões de pessoas em todas os cultos e procissões.
O
termo "Círio" tem origem na palavra latina "Cereus", que significa vela
grande. No Brasil, no início era uma romaria vespertina, e até mesmo
noturna, daí o uso de velas. O Círio foi instituído em 1793 em Belém do
Pará, e até 1882, saía do Palácio do Governo. Depois, o bispo Dom Macedo
Costa, naquele mesmo ano, em acordo com o Presidente da Província, instituiu que a partida do Círio seria da Catedral da Sé, em Belém e é até hoje.
Alguns
estudiosos estão considerando o Círio de Nazaré em Belém do Pará, como
sendo a maior manifestação religiosa do Planeta. Consegue congregar dois
milhões de pessoas em uma só manhã.
A imagem da Virgem teve origem em Nazaré, na Galiléia, e representa a Virgem
Maria sentada, de cor escura, tendo no seu colo o Menino Jesus, o qual
amamenta. A estátua, entalhada em madeira e identificada como original
dos primeiros séculos do Cristianismo, percorreu a cristandade desde
Nazaré (Israel) passando pela Espanha até surgir no ano de 711 em
Portugal.
A
introdução da devoção à Senhora da Nazaré, no Pará, foi feita pelos
padres jesuítas, no século XVII. A tradição mais conhecida relata que,
em 1700, um caboclo, descendente de portugueses e
de índios, encontrou em um terreno lodoso uma pequena estátua de
Nossa Senhora de Nazaré. Essa imagem, réplica de outra que se encontra
em Portugal, entalhada em madeira com aproximadamente 28 cm de altura,
encontrava-se entre pedras lodosas e bastante deteriorada pelo tempo e
pelos elementos. O caboclo levou a imagem consigo para casa, onde
tendo-a limpado, improvisou um altar.
O significado da corda
A corda,
que sustenta a fé na padroeira dos paraenses, possui cerca de 400
metros de comprimento e pesa aproximadamente 700 quilos, de puro sisal
torcido, que requer maior sacrifício físico e emocional. Incorporada à
celebração em 1868, originalmente substituía a junta de bois que até
então puxava a berlinda da imagem; posteriormente passou a ser utilizada
para separar a berlinda e o carro dos milagres juntamente com os
políticos e signatários, da multidão que a acompanha e assim conservar
um equilíbrio perfeito característico da fé aliada a obediência. No ano
de 2005 a direção do Círio, modificou o formato da corda, que ao invés
de contornar a berlinda como normalmente era feito, a corda ainda do
mesmo tamanho, veio na forma de um rosário, na tentativa de que não ocorressem atrasos no traslado, como já havia ocorrido anos antes.
Isto
que está acima me foi passado por um amigo que esteve em Belém para
pagar uma promessa. Na sua opinião a festa de Nazaré em Belém é um
“absurdo”. “Ele quis dizer ”absurdo” no sentido lato da palavra. É tudo
tão grandioso que não achou outro termo para classificar a magnitude
daquela comemoração. Sem falar em outras coisas que difrem muito da
nossa cultura sulina.
Mas,
o lamentável da viagem é que em plena procissão do Círio de Nazaré ele
foi furtado por um batedor de carteira. Naquele mar de gente e
empurra-empurra, um espertalhão colocou a mão no seu bolso e lá se foi
sua carteira com documentos, cartão de crédito e os poucos reais que
levava. Não sobrou nem para uma água mineral.
O
meu amigo que fez mais de três mil quilômetros para agradecer uma graça
alcançada, acabou ficando desafortunado. São coisas que a acontecem na
vida de cada um.
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