terça-feira, 31 de janeiro de 2012

HISTÓRIAS INESQUECÍVEIS
Nas minhas viagens ao passado tenho constatado muitas histórias que merecem ser lembradas. O Euclides Tramontini, uma das legendas do rádio local, proporcionou-me num desses fins de tarde, em encontro casual, recordar o início do rádio em Erechim em 1947 com a instalação da Rádio Erechim Z.Y.F-7. Nossa conversa durou seguramente cerca de uma hora, em plena Av. Maurício Cardoso.
O Tramontini, hoje com seus 81 anos de idade, mas completamente lúcido e bom papo, foi o terceiro gerente nomeado para dirigir a “Pioneira” quando tinha apenas 22 anos de idade, sem nunca ter sonhado com microfone, mesa de som, transmissor etc. Quem o encaminhou para o emprego foi seu tio que exercia na época a gerência do Banco do Estado do Rio Grande do Sul e era amigo do diretor da rede das Emissoras Reunidas Ltda., Arnaldo Balvée. Ele substituiu Olmes Leguizzamo, um bajeense que residiu entre nós por vários anos.
As lembranças da década de 50 e 60, por ele contadas até sua exoneração, foram inúmeras.
Uma delas, (e vale o registro) foi quando o clube verde rubro da baixada como era denominado o C.E.R. Atlântico, venceu por 2 x 1 o representante de Passo Fundo naquela cidade pelo campeonato estadual de amadores. O Tramontini auxiliado pelo Milton Doninelli, numa façanha incrível, transmitiu o jogo por meio de dublagem. Foi algo fantástico, do ponto de vista da criatividade, quando não se tinha na época, condições técnicas de uma transmissão via linha telefônica. Imaginem só: o telefone era de manivela (magneto) e a linha física (fio) sem contar o proibitivo custo para uma transmissão externa intermunicipal , além da burocracia existente até a liberação do serviço. Era muito complicado. Pois, ele e o Milton engenharam a irradiação do jogo através da dublagem. Talvez tenha sido a primeira vez que um radialista tivesse usado essa técnica áudio-vocal instantânea para transmissão de um jogo de futebol. Um rádio receptor foi instalado na casa do Milton, e com fones aos ouvidos, ambos narraram e comentaram, respectivamente, para os desportistas locais todo o desenrolar do jogo. Pela primeira vez na história do rádio local alguém se atreveu a realizar tamanha façanha. Hoje é comum o narrador de rádio transmitir jogo vendo pela TV, mas pelo rádio não era nada fácil.
Outro registro fenomenal. Euclides Tramontini lembrou também a transmissão feita por ele de um evento social realizado da sede do C.E.R. Atlântico que quase lhe custou à vida. O salão estava repleto de associados, aguardava apenas abertura do baile com uma orquestra especialmente contratada. Ao iniciar a transmissão pelo serviço interno de som e concomitantemente pela emissora, sem imaginar o perigo que lhe aguardava, apanhou ambos os pedestais dos microfones, o do som ambiente e o outro da emissora, fechando um curto circuito. O choque foi tão forte que o deixou preso, sem que pudesse se livrar da terrível situação, até que um dos presentes, Nilo Lorenzoni, teve a lucidez de correr até a tomada de luz e puxar o cabo de energia. Foi uma correria formidável! Atendido pelo médico Dr. Garramones e lhe dado um gole de Wiski, já refeito, lá foi o Tramontini para a apresentação inicial do baile.
- Quase morri!
Depois vieram outras histórias. Lembrou também os corridões que me dava quando era um guri de 15 anos e que, deslumbrado pelo rádio, substituía as escondidas o funcionário Wilson Cesar Moreira (Baixinho, ex-jogador do Ypiranga) na mesa de som. Talvez pela minha persistência e teimosia, mesmo expulso por ele, acabei mais tarde sendo seu funcionário de 1952 até 1962. Lá se vão 60 anos.
Como o tempo passa depressa!

domingo, 29 de janeiro de 2012

BARBAS DE MOLHO
O cientista político gaúcho André Marenco, muito respeitado pelas suas posições e análises políticas fez uma afirmação em entrevista ao Jornal do Comércio a meses atrás, segundo a qual, o PT precisará renovar para ter chances em 2012. Falou mais especificamente a respeito das eleições em Porto Alegre. De acordo com sua análise, o Partido dos Trabalhadores envelheceu muito e as lideranças são as mesmas de 30 anos atrás, ou seja, a sigla ainda não deu mostras de que pode apresentar um discurso com propostas novas. Segundo ele, a tendência é repetir o que foi dito em 2004 e 2008. O PT não disse nada, ficou no vamos fazer o que já estamos fazendo, o Orçamento Participativo.
Modestamente eu penso diferentemente do cientista. Eu já acho que não só o PT deve renovar, mas todos os partidos.
Se fizermos uma análise da política local, a situação não é muito diferente da de Porto Alegre.
Em primeiro lugar sou contra a reeleição. Se no passado pode ter dado certo, hoje, com todas as mudanças e nuances da política brasileira não dá mais.
Paulo Polis (PT), por exemplo, apesar de ter cometido equívocos na sua administração, e persiste em alguns deles, comprometeu seu trabalho, desde que alguns secretários de seu governo se envolveram em escândalos (o das pedras), por exemplo. Houve também a depredação de um veículo do município na semana do Carnaval passado envolvendo uma funcionária, e o escândalo da revista subfaturada, denúncia feita pelo vereador Mantovani que resultou na abertura de inquérito pelo Ministério Público.
De positivo, solucionou o problema com a Corsan que se arrastava há anos, e deu ênfase, ao programa de moradia própria para famílias de baixa renda numa parceria com o Governo Federal, através da Caixa Federal. A revitalização do  centro da cidade anda a passos de tartaruga apesar das explicações e justificativas da vice Ana de Oliveira. As mudanças no sistema viário urbano andam muito lentas também, embora já tenha havido reunião com holofotes e a presença de um engenheiro da empresa contratada para o estudo do problema. Ora, uma administração que não consegue resolver o problema do lixo, de uma cidade como Erechim quer o que?
Por isso é que acho a pesquisa realizada, não faz muito, pelo ISPO/Instituto SL de Pesquisa & Opinião, a pedido do jornal local Boa Vista estar absolutamente correta. A ponta que tanto na opinião espontânea como na estimulada o nome de Elói Zanella (PP) como líder nas intenções de voto entre nove nomes analisados se a eleição fosse hoje. O progressista somou 25,6% das intenções de voto no quadro espontâneo e 35,20% no estimulado. Na segunda opção aparece o atual prefeito, Paulo Polis (PT-PMDB) – com 18,6% e 24,2% das intenções, respectivamente. No terceiro posto figura ex-prefeito, Luiz Francisco Schmidt (DEM), que tem 8% (espontâneo) e 12% (estimulado). A margem de erro da amostragem é de 3% para mais ou para menos. Evidentemente que ainda é cedo para um prognóstico mais apurado sobre as eleições deste ano, mas a pesquisa do Instituto SL dá sinal de que o quadro não mudará muito se for com provada a candidatura de Elói Zanella nos próximos meses. A coligação PT-PMDB que coloque as barbas de molho!

PARA DISCUTIR
Pesquisa sobre o sistema de saúde no Brasil, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) ao Ibope, mostra que 61% dos 2.002 entrevistados em todo o país consideram que ele é péssimo ou ruim. Somente 10% avaliaram a qualidade como boa ou ótima.
Segundo o levantamento, a avaliação mais positiva foi na Região Sul, onde 30% das pessoas ouvidas disseram que a qualidade do sistema de saúde de sua cidade é ótima ou boa. O Nordeste ficou com a pior avaliação: 62% qualificaram como ruim ou péssima.
Entre os entrevistados, 42% disseram que não perceberam mudanças para melhor no sistema nos últimos anos e 43% opinaram que ele piorou. Para o gerente executivo de Pesquisa da CNI, Renato Fonseca, os dados refletem a opinião do público e não o posicionamento do pesquisador sobre a questão.
Vinte e quatro por cento têm plano de saúde, contratado, em sua maior parte, pelo empregador. As campanhas de vacinação são a iniciativa mais visível, para o público, do sistema de saúde.

sábado, 28 de janeiro de 2012

REVITALIZAÇÃO DO CENTRO
Os trabalhos de revitalização do centro da cidade começaram pela Praça da Bandeira, já estão no largo Boleslau Skorupski e devem seguir um cronograma previamente organizado pela empresa que venceu a concorrência pública para embelezar o centro da cidade. Uma iniciativa do Poder Público que este ano tem pela frente inúmeras tarefas para concluir, algumas promessas de campanha e outras que fazem parte do dia-a-dia da administração.
Para que o centro de Erechim fique nos “trinks” seria necessária uma campanha junto aos proprietários de imóveis da Av. Maurício Cardoso, Av. Sete de Setembro e transversais, para que, fizessem a sua parte, ou seja, consertassem o passeio. Mas, não um serviço tapeado, ou meia sola como se costuma dizer num linguajar mais popular. As lajotas soltas devem ser novamente cimentadas, e no lugar das que faltam não preencher com cimento e areia, pois aí, sim, fica pior a emenda do que o soneto; uma colcha de retalhos e enfearia o centro mais do que está.
Vale lembrar que de acordo com o Código de Posturas do Município, cabe ao dono do terreno confeccionar e cuidar da calçada. E há um dispositivo no Código que permite a administração após autuar o proprietário e conceder o prazo correspondente, fazer o serviço e cobrar posteriormente.
Como as administrações são sempre condescendentes para com os contribuintes a fiscalização fecha um olho e não há o cumprimento da lei.
De nada adianta o município investir no embelezamento das praças e jardins se as nossas calçadas permanecem feias, esburacadas, com lajotas frouxas e desniveladas.
Aproveito a ocasião para lembrar mais uma vez, já que se está procurando revitalizar o centro da cidade, o estado em que se encontra a esquina da Rua Rui Barbosa com a Cel. Pedro Pinto de Souza. Há bastante tempo foram retirados oito árvores do local e permaneceram os troncos rentes ao solo, cujas raízes levantaram as lajotas e causaram verdadeiras lombadas no local. Há o perigo à noite, para os menos avisados de tropeçar e cair.
Uma retro-escavadeira faria rapidamente a retirada daqueles troncos e o passeio voltaria a ser como antes.
Outra observação é quanto ao recolhimento do lixo que em alguns locais continua muito a desejar. Inúmeras explicações e justificativas já foram dadas a população. Mas, há que se tomar algumas medidas junto a empresa recolhedora para que sejam diminuídas as reclamações.
Por exemplo, na Av. Comte. Kraemer já se passou uma semana que do lado de fora de uma lixeira estão encostadas na parede do prédio, três lâmpadas fluorescentes.
Como esse tipo de “descartável” não pode ser misturado ao lixo, uma providência deve ser tomada, considerando que lâmpadas fluorescentes se por um lado trás benefícios, diminuindo o consumo de energia, por outro prejudica a saúde e o meio ambiente.



O que fazer com as lâmpadas econômicas - que é uma questão ambiental, pois contém mercúrio, um metal altamente prejudicial , à saúde e ao meio ambiente.
A preocupação maior a respeito da poluição mercurial é decorrente dos efeitos à saúde relacionados à exposição ao metilmercúrio encontrado na água e alimentos aquáticos. O sistema nervoso central é o alvo principal do metilmercúrio. Este metal também é reconhecidamente um agente teratogênico. No entanto, seus efeitos genotóxicos (ação no DNA) são de difícil interpretação e contraditórios.
Quebrou? Se cuide! Material perigoso. Todo cuidado é pouco na hora de manusear e usar as lâmpadas fluorescentes. Caso uma delas quebre, isso libera mercúrio. Recomenda-se:
Não use aspiradores de pó para limpar;
Logo após o acidente, ventile o ambiente – abra portas e janelas;
Saia do local por, no mínimo, 15 minutos;
Para limpar, use luvas e avental. Evite contato do material com a pele. Coloque tudo em um saco plástico;
Com um papel umedecido, retire os pequenos caquinhos que ainda restarem (não tire as luvas…);
Coloque o papel dentro daquele saco plástico e feche bem;
Coloque todo o material dentro de um segundo saco plástico. Lacre o saco plástico evitando a contínua evaporação do mercúrio liberado;
Logo após a limpeza, lave as mãos com água corrente e sabão.
Uma campanha de esclarecimento e conscientização deve ser urgentemente lançada.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

TSE – VAI CASSAR 12 GOVERNADORES
Finalmente os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vão decidir sobre o futuro de quase metade dos governadores de estados brasileiros. Estou sendo informado pelo Congresso em Foco. Dos 27 chefes estaduais do Executivo, 12 são alvos de ações na corte eleitoral e correm, em maior ou menor grau, o risco de perder o mandato. A maioria dos processos foi movida pelo Ministério Público Eleitoral dos respectivos estados e por candidatos derrotados que acusam os governadores de abuso de poder econômico e político, entre outras coisas.
Dois desses 12 governadores já foram julgados, mas ainda não se livraram completamente das acusações. Teotônio Vilela (PSDB), de Alagoas, José de Anchieta Junior (PSDB), de Roraima, foram absolvidos no ano passado, mas ainda enfrentam recursos contra expedição de diploma, peça processual característica do TSE. A situação de Anchieta é a mais delicada. O tucano foi cassado duas vezes. A primeira decisão ele conseguiu reverter no TSE. Porém, no fim do ano passado, a corte eleitoral de Roraima, mais uma vez, cassou seu mandato. Os juízes determinaram que ele ficasse no cargo até a análise de eventuais recursos apresentados pela sua defesa. Os outros dez governadores à espera de julgamento no TSE são: Tião Viana (PT-AC); Omar Aziz (PSD-AM); Cid Gomes (PSB-CE); André Puccinelli (PMDB-MS); Roseana Sarney (PMDB-MA); Antonio Anastasia (PSDB-MG); Wilson Martins (PSB-PI); Sérgio Cabral (PMDB-RJ); Marcelo Déda (PT-SE), e Siqueira Campos (PSDB-TO). Desses processos, o mais recente é o que corre contra o governador de Sergipe por uso da máquina pública em sua campanha à reeleição. Mesmo em um ritmo mais rápido do que a Justiça comum, o TSE tem levado, em média, entre um e dois anos para julgar um chefe de Executivo local. Outro fator que diminui a possibilidade de julgar com mais celeridade é a quantidade de processos que chegam ao TSE. Somente no plenário foram concedidas 4,6 mil decisões ano passado. Este número corresponde às posições tomadas pelo colegiado. Individualmente, os ministros decidiram 7,9 mil casos.
Enquanto isto, a quadrilha do mensalão de Lula ainda aguarda julgamento pelo STF. O ministro Joaquim Barbosa é o relator do processo que envolve  políticos de nome deste país e que há sete anos, depois da denúncia, deve ser finalmente julgado este ano pelo STF. O resultado pode representar um marco na luta contra a impunidade no País e mudar o sistema de financiamento das campanhas políticas
Nunca antes tantas autoridades de tão grosso calibre correram risco real de ser condenadas pelo Supremo Tribunal Federal. A sentença a ser proferida pelos ministros do STF também terá o poder de definir como será o sistema de financiamento das campanhas eleitorais daqui para a frente.
Do ponto de vista político, o desfecho do julgamento, qualquer que seja ele, certamente irá influir nas eleições municipais de outubro e nas presidenciais de 2014.
O ministro Barbosa continua a elaborar seu voto, no qual deverá apontar as responsabilidades de cada um dos réus no episódio e pedir as devidas punições. A partir da entrega do voto, caberá a Lewandowski, como revisor, avaliar se a tramitação do processo obedeceu a todas as etapas previstas na legislação e se está pronto para ir ao plenário da corte. Enquanto Barbosa acredita ser possível julgar o caso a partir de abril ou maio, Lewandowski considera difícil que isso ocorra no primeiro semestre, por causa do grande volume de informações a serem estudadas por todos os ministros. Ele mesmo só poderá se dedicar ao caso após deixar a Presidência do Tribunal Superior Eleitoral em abril. Ainda assim, a expectativa é de que o julgamento se estenda por várias semanas, invadindo o período eleitoral – tudo o que o PT mais temia. “Se houver uma grande quantidade de condenações de membros do PT, isso pode manchar um pouco a imagem da legenda e interferir no resultado eleitoral de outubro”, avaliam os cientistas políticos.
Todos os réus negaram em seus interrogatórios ter cometido algum crime. Delúbio foi o único que admitiu a prática de caixa 2 eleitoral, um crime menor que lhe daria no máximo cinco anos de prisão. E Viva o Brasil!

CAUSAS TRABALHISTAS RESPONSÁVEIS PELA QUEBRA DE PEQUENAS EMPRESAS
Estou recebendo do presidente da OBB, Ordem dos Bacharéis do Brasil, Willyan Johnes, o manifesto abaixo segundo o qual faz uma análise muito séria do que está ocorrendo na Justiça do Trabalho e que a sociedade não está se dando conta. Recebi hoje este e-mail. Leia por favor!

               ORDEM DOS BACHARÉIS DO BRASIL

lamentavelmente, em 21 de novembro passado, foi aprovada em caráter conclusivo pela CCJ da Câmara dos Deputados, a proposta que garante honorários de sucumbência aos advogados na justiça do trabalho e a obrigatoriedade da presença do advogado em reclamatória trabalhista. A proposta segue para o Senado caso não haja recurso, para votação no Plenário da Câmara.
É de se saber que as causas trabalhistas são responsáveis pela quebra de milhares de micros e pequenas empresas, causando assim, milhares de desempregos, principalmente devido aos maus advogados, que mentem nas reclamatórias para forçar um acordo entre as partes, onde, quase na totalidade das vezes, a reclamada se vê obrigada a pagar, mesmo que seja valores acima dos direitos do reclamante ou não devendo tais quantias devido o alto custo da justiça e honorários advocatícios para recorrer. Até mesmo pela descrença de ma possível vitória processual, que é muito difícil para a reclamada e sabemos disso.
É de conhecimento da sociedade, que os advogados cobram em média 30% dos valores recebidos pelos reclamantes e do outro lado, acordam um valor para a defesa da reclamada, sendo que na justiça trabalhista não há a obrigatoriedade da presença do advogado, podendo o próprio reclamante fazer sua reclamatória ou a reclamada fazer sua defesa, inclusive através de um terceiro com carta de preposto, no entanto, a população desconhece esse fato e o Estado não divulga esse direito.
Caso seja aprovada essa lei, os advogados passarão a receber em média 50%, ou seja, 30% dos direitos do trabalhador que é de praxe e 20% em média da sucumbência, em cada reclamatória e com isso, na certa, mais micros e pequenas empresas quebrarão, aumentando assim ainda mais o desemprego em nosso país. Afinal, os responsáveis pelo pagamento dessa sucumbência, caso essa lei passe no Senado, será dos empregadores.
Não podemos permitir que essa lei seja aprovada, não bastasse a reserva de mercado imposta pela OAB, com a aplicação do exame de ordem, que impede os bacharéis em direito de entrarem para o mercado de trabalho e promover a concorrência nessa área, agora querem encarecer ainda mais o serviço prestado pelo advogado.
É difícil saber o número de micro empresas que fecham mensalmente devido inúmeros problemas, mas não deve ficar longe das que abrem no mesmo período e entre as razões que encerram as atividades de muitas micros empresas, temos a trabalhista, pois, uma única reclamatória, não só pode quebrar a empresa, como também destruir a família daquele empregador que perderá até mesmo sua única propriedade, depois de tantos anos para adquiri-la honestamente. Isso sem contar o número expressivo de micros empresários que se tornam empregadores por não conseguirem empregos depois dos quarenta anos, onde muitos acabam diante de reclamatórias trabalhistas com inverdades e acabam perdendo uma vida de trabalho. Desespero que ocasionou a morte de muitos brasileiros honestos.
Não bastasse isso, depois da OBB Ordem dos Bacharéis do Brasil, divulgar para os bacharéis em direito que podem atuar nos juizados especiais até 20 salários mínimos e também na justiça do trabalho como prepostos amparados por lei, para que possam sustentar suas famílias, no intuito de impedi-los, a OAB, na mesma sessão que aprovou a sucumbência para os advogados na justiça do trabalho, infelizmente, conseguiu também a aprovação da obrigatoriedade da presença do advogado em reclamações trabalhistas e com isso, caso passe no Senado, não só os bacharéis em direito serão esmagados pela OAB, que os obrigam a pagar 200 reais a cada exame de ordem, três vezes ao ano (72 milhões de reais) pela esperança de poder trabalhar com dignidade, como também, mesmo os que possuem conhecimento técnico, bacharéis ou não, serão obrigados a partilhar seus direitos com os advogados, mesmo que conheça mais da matéria que o advogado constituído e não queiram tais serviços. Um absurdo.
É certo que os direitos trabalhistas devem ser respeitados e cumpridos, mas é certo também que o número de reclamatórias com valores não procedentes cobrados por intermédio de maus advogados, deve ser combatido e um dos caminhos para que isso ocorra é promovendo a concorrência no mercado na área jurídica. Isso sem contar que os bacharéis em direito são aptos para desenvolverem trabalhos jurídicos e mesmo formados, nas mesmas instituições que formaram os advogados, não passam de moedas que suprem os cofres da OAB e interesses de uma minoria, razão pela qual a Associação Ordem dos Bacharéis do Brasil, trabalha no intuito de regulamentar a profissão de bacharel em direito e alterar a lei 8906/94 nos artigos e incisos que impedem os formados em direito de exercerem tais atividades, conforme projetos apresentados ao Senador Cristovam Buarque, pela OBB, por intermédio de seu presidente.
É muito importante o reconhecimento da profissão de bacharel em direito e as devidas alterações necessárias na lei 8906/94, onde por seu intermédio, com certeza, não só serão geradas centenas de milhares de empregos aos bacharéis em direito, que somados aos seus familiares atingidos diretamente por essa injustiça são milhões de pessoas, que passam por necessidades, como também, proporcionará a livre concorrência nesse mercado, onde na certa, o Brasil sairá ganhando.
Com tudo, esses projetos de lei proposto pela OAB não devem prosperar e sim, os propostos pela OBB que são benéficos, pois, mesmo tendo o apoio de parlamentares através de seu lobby que é muito forte, no Senado, a OAB, com certeza encontrará resistência em prol da sociedade que clama por justiça, até porque, a educação não compactua com injustiças e temos Senadores que trabalham em prol da educação, que sabem dos propósitos da OAB e são contra males causados por interesses de minorias que atinge a sociedade.
Mandem emails para os senadores no intuito de impedir que esse mal aconteça. Afinal, o interesse é de todos, principalmente dos micros empresários que serão as maiores vítimas.
A OAB luta por dinheiro e poder.
A OBB luta por justiça.

Willyan Johnes
Ordem dos Bacharéis do Brasil
UM MENSALEIRO NA PAREDE
Investigação secreta da Câmara dos Deputados, revelada em primeira mão por ISTOÉ, atesta a ilegalidade de contratos firmados pelo deputado João Paulo Cunha e deve comprometer as ambições políticas de um dos pivôs do caso do Mensalão.
O deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) transita pelos corredores do Congresso com uma desenvoltura que não revela o peso das acusações que ele carrega sobre os ombros. Prestigiado pelo PT, o parlamentar é homem das articulações e se acha em condições de traçar planos eleitorais ambiciosos. Conta até com o aval do ex-presidente Lula para realizar o antigo sonho de tornar-se prefeito de Osasco, seu berço político. A caminhada de João Paulo tem pela frente, porém, a sombra do processo do Mensalão, que será julgado este ano pelo Supremo Tribunal Federal. E isso não é pouco. Basta levar em conta o que conclui a própria Câmara dos Deputados, casa que abriga João Paulo. Segundo uma sindicância comandada por funcionários concursados da Câmara, há motivos concretos para que João Paulo figure como peça central do maior escândalo político dos últimos anos.
A sindicância interna da Câmara, à qual ISTOÉ teve acesso, atestou a ilegalidade do contrato assinado durante a gestão de João Paulo Cunha como presidente da Casa com a empresa SMP&B, do publicitário Marcos Valério. É exatamente essa acusação que arrasta Cunha para dentro do caso do Mensalão. Embora tenha sido concluída em dezembro de 2010, a investigação foi mantida em segredo e enviada com discrição à Procuradoria da República no início do ano passado. E até hoje não foi divulgada, contornando assim o desgaste de uma avaliação negativa de João Paulo feita por seus próprios pares. O sigilo em torno das conclusões da auditoria interna tem menos a ver com as consequências jurídicas e mais com o impacto político que a sindicância pode ter. O atestado de que houve ilegalidades nas negociações feitas pela Câmara com o pivô do Mensalão pode se tornar mais uma mancha na imagem do deputado.

OPERAÇÃO TAPA-BURACOS COM OS PÉS
O setor de obras da Prefeitura de Erechim encontrou uma nova forma de recuperar ruas asfaltadas com buracos, ou melhor, serviço de tapa-buracos.
Empregando apenas dois funcionários e uma viatura (Kombi) e um pouco de asfalto frio está deixando nossas ruas sem buracos.
O trabalho executado por dois dedicados funcionários é feito da seguinte maneira: ao constatar o buraco no asfalto, um deles leva o material em saco plástico e o outro com o uso das mãos enche as crateras com o material. Para compactar o asfalto em vez de usar um socador utilizando o próprio calcanhar, ou seja, compacta o asfalto com os pés.
É ou não é uma idéia genial que evita a utilização de máquinas, mais homens trabalhando e tudo mais? Como diz aquele  personagem da série da televisão: não contavam com minha astúcia!?
Eu vi a cena nesta segunda-feira, por volta de 20hs, na Rua Segipe, a 100 metros da Estação Rodoviária, dois homens da Secretaria de Obras do município, consertando os buracos no asfalto da forma descrita.
Evidentemente que com a primeira chuva e o movimento dos ônibus e outros veículos mais leves naquela movimentada rua, os buracos voltarão a aparecer. Com isso o trabalho torna-se inútil, o Município gasta duas ou mais vezes para tapar os buracos e, convenhamos, é até desumano permitir que trabalhadores utilizem ás mãos e os pés, em vez de ferramentas adequadas, para operação tapa-buraco na cidade.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Quantos casais os amigos leitores conhecem que podem viajar 114,2 mil quilômetros (três voltas e meia ao redor da Terra) pelo mundo todo sem gastar um tostão do próprio bolso? Fora os que têm amigos muito ricos e magnânimos, com recursos próprios para convidar a família e a turma toda numa viagem de boca livre total, este milagre, certamente, só acontece com suas excelências do Congresso Nacional, os por nós eleitos senadores e deputados. Entre eles, o campeão é o casal Valdir Raupp, presidente nacional do PMDB, e Marinha Raupp, ambos de Rondônia, donos do recorde de milhagem citado na abertura desta matéria.
Das seis viagens internacionais que os Raupp fizeram nos últimos sete anos, cinco foram pagas por nós, os pródigos contribuintes.
"Qual é o problema?", perguntou o doutor Valdir Raupp à repórter Andrea Jubé Vianna, autora da reportagem publicada nesta segunda-feira, na página A6 do "Estadão".
Como se ninguém tivesse nada a ver com isso, o senador foi romântico ao explicar o motivo das coincidências que colocam o casal nas mesmas "missões oficiais" do Congresso Nacional: "É uma forma de ficarmos mais tempo juntos. Se ela é deputada e pode participar, qual é o problema?".
O problema é que nós, simples mortais contribuintes e eleitores, quando quisermos fazer viagens internacionais com as nossas mulheres precisamos enfiar a mão no bolso para comprar passagens, pagar hotéis, passeios, restaurantes, etc.
Para ir à Coréia do Sul, por exemplo, o senador Raupp recebeu 11 diárias pagas pelo Senado, no valor total de R$ 11.348, e sua esposa deputada mais 5 diárias por conta da Câmara, cada uma no módico valor de US$ 350.
Estas despesas não incluem os bilhetes aéreos gentilmente oferecidos ao casal. Como as excelências não costumam viajar em classes econômicas nem comer em restaurantes de comida a quilo dá para imaginar o custo total desta "missão oficial" conjugal.
Assim eles foram também para a Alemanha, África do Sul , China, Japão e Taiwan. Para ninguém pensar que eles foram só passear, a deputada Marinha apresentou um relatório à Câmara com os resultados da missão:
"Melhorar as relações de amizade, cooperação de intercâmbio dos deputados e a expansão do intercâmbio econômico entre Brasil e Coreia". É muito intercâmbio para justificar as despesas.
Para a viagem à China, Marinha encontrou outra explicação:
"As lições aprendidas na China deverão subsidiar a escolha do melhor modelo de trem de alta velocidade para o Brasil".
Ah, bom. Ninguém sabe ainda se e quando teremos um trem-bala, mas subsídios oferecidos pelo Congresso Nacional certamente não faltarão. Outros quatro deputados, além do senador Raupp, integraram a "missão oficial".
Como diz meu colega Paulo Henrique Amorim, viva o Brasil!”
Este tipo de comportamento parlamentar brasileiro não surpreende mais ninguém.
Reservadas as proporções deputados estaduais também agem da mesma forma, vereadores então nem se fala. São tais procedimentos que cada vez mais desacreditam o político brasileiro. Mas, o eleitor tem que ficar atento a estas notícias e quando chegar a hora, não se acovardar e tornar-se conivente. Não vote nessa gentalha! Pra isso existem eleições de quatro em quatro anos.

Para finalizar, foi um sucesso a 1ª. Feira da Agricultura Familiar e XI Festa di Bacco. A população prestigiou o evento, inclusive, o tempo colaborou para a sua realização.  Segundo informações o município aplicou de R$ 765.206,00, nesse evento cujos resultados deverão se reproduzir positivamente para o futuro. O presidente da Câmara, Marcos Maia, governador Tarso Genro, Secretário Ivar Pavan, deputados e outras autoridades ligadas ao setor da agricultura governamental estiveram presentes.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A revista Veja está publicando: Megagrávida de Taubaté admite que gestação era farsa.

De acordo com advogados da mulher, nem o marido dela sabia da fraude

A professora Maria Verônica Vieira no Parque Municipal das Nações, em Taubaté

A professora Maria Verônica Vieira no Parque Municipal das Nações, em Taubaté (Jorge Araújo/Folhapress)

A "gravidez" de quadrigêmeos de uma mulher de 25 anos de Taubaté, no interior de São Paulo, não passava de uma farsa. A revelação foi feita nesta sexta-feira pelos advogados de Maria Verônica Aparecida César Santos, a pretensa supermãe, e pelo delegado Ivahir Freitas Garcia Filho, que investiga o caso desde que surgiram as primeiras suspeitas de fraude.

Desde a semana passada, a pedagoga Maria Verônica vem concedendo entrevistas para falar sobre sua gestação e posando com uma gigantesca e redonda barriga. Ela dizia estar grávida de 35 semanas e pronta para uma cesariana marcada para esta sexta-feira. A suspeita da farsa surgiu quando um médico que atendeu Maria Verônica em outubro concedeu entrevista à Rede Record dizendo que ela nunca apresentou sinais de gravidez.

Depois disso, a mulher não foi mais localizada e a polícia passou a investigar o caso. Até que nessa sexta-feira, em Taubaté, o mistério teve fim. Os advogados de Maria Verônica, Marcos Antonio Leite e Enilson de Castro, confirmaram que ela nunca esteve grávida. A mulher usava uma barriga falsa, de silicone com enchimento de tecido, e teria enganado até mesmo o marido. "Nem o marido a tocava, ela dizia que estava com estrias e o marido acreditou na gravidez", disse Castro, que não explicou o motivo da farsa. Ele assumiu o caso nesta sexta-feira.

A família e os advogados da falsa grávida teriam ficado sabendo da verdade nesta madrugada, quando ela passou mal, recusou atendimento médico e acabou admitindo a farsa. O advogado Marcos Antonio Leite recebeu a informação por volta de 3h da manhã. Segundo ele, o marido, Kléber Eduardo Melo Vieira, entrou em estado de choque e teria chorado no momento em que viu que a barriga tinha apenas pedaços de tecidos e silicone. "Ela se mostrou bastante arrependida", disse o advogado.

Polícia - Com a maior dúvida respondida, a polícia agora deverá ouvir outros familiares. De acordo com o delegado Ivahir Freitas Garcia Filho, a mulher deverá prestar esclarecimentos na próxima semana e poderá ser ouvida em domicílio, a pedido da defesa que busca preservá-la do assédio das pessoas. A pena por falsidade ideológica e uma eventual vantagem sobre as doações recebidas podem levar a professora de um a quatro anos de prisão. Segundo o advogado Enilson de Castro, que agora defende Maria Verônica, ela se prontificou a devolver as doações que recebeu.

(Com Agência Estado)

ASSALTO E TRUCULÊNCIA

Já fui vítima de assalto e posso testemunhar quanto somos vulneráveis na mão desses bandidos que atacam inesperadamente, de surpresa. Eu estava na parada do ônibus em Porto Alegre, cedo da manhã. O ônibus era o meu meio de transporte para o local de trabalho. De repente eis que surge um casal jovem do moto, e pelas costas, de arma em punho anuncia o assalto. Da sua garupa salta uma jovem que calculo não possuía mais que 16 anos e passa-me em revista. O companheiro, de revolver em punho, próximo a minha cabeça deixa-me imóvel. Ela então se serve a vontade. A primeira ação foi apanhar o relógio, depois o celular que portava no bolso da camisa, a carteira com R$ 30, cartão de crédito e de identidade. Ante a limpa que me fazia, sem poder reagir, pois poderia levar um tiro, mesmo assim apelei ao rapaz que deixasse pelo menos os meus óculos, pois sem ele dificultaria minha visão no meu trabalho.
- Cala a boca!
Foi o que me disse sem atender o meu pedido e arrancou sua moto, desaparecendo pela Av. Ipiranga. O prejuízo material foi de pequena monta. O trabalho maior foi comparecer a uma Delegacia e Polícia, registra a ocorrência e recuperar novamente a documentação pessoal, ir ao médico oftalmologista para exame,  e mandar confeccionar um novo par de  óculos.
O que ainda não havia sido vítima era de agressão. Ela ocorreu nesta sexta-feira, e novamente por um motoqueiro, desses que fazem o serviço de tele-entrega. Ao reclamar pela demora da entrega de um medicamento adquirido em uma farmácia que leva o nome da cidade, já que se passavam cerca de duas horas do pedido, afrontosamente o despreparado e destemperado rapaz respondeu-me:
- O velho, fiquei sem gasolina e você tem toda a liberdade para comprar em outra farmácia!
Ao que retruquei: seu mal educado! Esta é a primeira e última vez que compro dessa farmácia. Duas horas sem gasolina?
Bastou para que investisse a socos e ponta-pé, só que encontrou resistência. Pensei em ir à Polícia registrar o fato, mas acabei desistindo porque não daria em nada. Mais incômodo do que já havia me causado o truculento motoqueiro irresponsável que atrasou em duas horas para chegar ao destino da entrega que dista menos de 500 metros do estabelecimento.
Fica um recado para a direção da Farmácia: quando da escolha de funcionários para lidar com o público a seleção deve ser mais bem avaliada e o serviço de tele-entrega melhor controlado para que não volte a se repetir fato desagradável que comigo aconteceu.
Felonia, ferocidade, truculência deve ter outro local menos no serviço de tele-entrega de uma Farmácia que lida com doentes, com vidas humanas, e que se o medicamento não chega a tempo, pode agravar a situação.


quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

GRÁVIDA E HOSPITAL
Não sei se vocês chegaram a assistir no programa da TV-Record transmitido à tarde, onde foi entrevistada a pedagoga Maria Verônica Aparecida César Santos, 25 anos, de Taubaté, interior de São Paulo.
Essa mulher, segundo mostrou o programa, está grávida de quadrigêmeos, fato não muito comum entre as mulheres. O seu estado (e isso eu pude ver, pois acompanhei a entrevista) de tão gorda quase não podia permanecer sentada. Está realmente com a barriga muito grande. Imagina, quatro crianças em seu ventre!
Pois, o marido da pedagoga, metalúrgico Kleber Eduardo Melo Vieira, 37, registrou queixa à Polícia contra a equipe da TV por perturbação de sossego.
Diante disso a Polícia Civil vai pedir exame médico para saber se a pedagoga Maria Verônica está, de fato, grávida de quadrigêmeos, ou é blefe. O teste será feito pelo Instituto Médico Legal.
A determinação partiu do delegado-geral da Polícia Civil, Marcos Carneiro Lima. Ele afirmou que a mulher está grávida e é vítima de perseguição. Segundo o delegado, como a queixa é um documento público, a veracidade da gravidez será investigada. Se não for comprovada, ele poderá responder criminalmente por falsidade ideológica. O marido passou por vasectomia há quatro anos.
Que problemão! Um policial foi até o apartamento do casal para intimá-la, mas nem ela e muito menos o marido foram encontrados. Há desconfiança de que a pedagoga estaria enganando, pois as pessoas que a viram pela rua caminhando estão impressionadas com sua desenvoltura.

Ouvi uma entrevista do presidente do Hospital de Caridade, Edson Dal Lago nesta quinta-feira e fiquei surpreso com os dados divulgados, o que comprova que apesar de ser um hospital filantrópico, (não é público), vai muito bem obrigado, e continua sendo uma das casas de saúde de referência e bom atendimento no interior do Rio Grande do Sul. O hospital conta com 429 funcionários e o seu corpo clínico é formado por 183 médicos de diversas especialidades. Dispõe de 122 leitos com uma taxa de ocupação de 70%.
O Hospital de Caridade atende sem ônus para as entidades, o Lar da Criança, o Lar dos Velhinhos e os internos do Patronato Agrícola São José.
Dal Lago afirmou que durante 2011 o Hospital gastou a soma de R$ 4.425.000,00 (quatro milhões, quatrocentos e vinte e cinco mil reais) só em atendimento a pessoas carentes que bateram às suas portas. São atendidas diariamente 15 pessoas em média pelo serviço de filantropia, sem contar as 30 internações mês.
O presidente Edson Dal Lago explicou que o que mantém o Caridade são os convênios com a UNIMED e IPE. Os particulares e outros representam 38% do seu faturamento.
Como novidade para 2012 anunciou a instalação do serviço de ecodinâmica – Laboratório Cardiovascular – que vai permitir, inclusive, cirurgias do coração. O pedido para operacionalizar o novo serviço já foi protocolado na Secretaria da Saúde, aguardando aprovação.
Dal Lago informou também a compra de mais um aparelho tomógrafo para exames de alta definição que vai melhorar ainda mais o atendimento do Hospital de Caridade. Ao final lamentou que das promessas feitas por políticos que andaram por aqui em época de eleição de auxiliar o hospital com emendas parlamentares, uma de R$ 400 mil e outra de R$ 150 mil, até hoje não foram pagas e muito menos empenhadas.
Como o exercício já findou certamente esses recursos que muito auxiliariam o Hospital de Caridade, não virão mais. Aliás, a sociedade precisaria saber quem são os políticos que prometeram e nos deram uma banana!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

COMEÇOU A REFORMA MINISTERIAL
A presidenta Dilma Rousseff já iniciou a reforma do seu ministério. Nesta quarta-feira, anunciou a troca do Ministro da Educação, Fernando Haddad por Aloísio Mercadante. Haddad é pré-candidato a prefeitura de São Paulo. Para a pasta da Integração Racial, por sugestão do ex-presidente Lula, deverá assumir o senador Paulo Paim (PT-RS). Ouros três gaúchos também deverão ser chamados pela presidenta para recompor o seu ministério:Vieira da Cunha ou Afonso Mota, Trabalho ,Miguel Rosseto, Desenvolvimento Agrário e Beto Albuquerque, Integração Nacional. No lugar de Mercadante foi convidado o cachoeirense Tônio Raupp na Ciência e Tecnologia. O RS já ocupa os Ministérios da Agricultura e dos Direitos Humanos.
Ouro ministério que deverá receber substituto nas próximas horas é o das Cidades, atualmente ocupado pelo deputado Mário Negromonte, PP da Bahia. O problema é apenas convencer o PP a endossar a operação. Parte da bancada do partido no Congresso estava mesmo disposta a apoiar a alternativa apresentada pelo governo: devolver o cargo ao também pepista Márcio Fortes, atual presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO). Outra parcela da legenda resiste. A presidente quer que mudança seja feita por consenso.
Chegou a se especular no final da tarde desta quarta-feira que Guido Mantega, da Fazenda, sairia do ministério, mas ele fica onde está. Ougro que será substituido será Iriny Lopes (Secretaria das Mulheres), que deixa a Pasta para concorrer à Prefeitura de Vitória.
A nota a seguir é do blog Polícia & Política, especializado em questões da Brigada Militar: Esse Deputado, mesmo antes de ser deputado, já deu mostras de aversão às norma, à lei, além de demonstrar profundo desprezo pela função policial. Por isto é evidente que se portou da forma prepotente e afrontosa como registrou a mídia. Isto sempre lhe foi peculiar. Que o policial seja apoiado pelos seus superiores, pois em contrário pode vir a ser surpreendido com a tradicional transferência por interesse da administração.
Continua a polêmica sobre o “estupro" no Big Brother. A Câmara dos Deputados pediu a emissora que envie material contendo as imagens da noite de amor entre dois brothers da casa. O Ministério das Comunicações, se for comprovado que houve estupro poderá mandar tirar do ar o programa.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

BIG BROTHER 12
Acho que está na hora das autoridades brasileiras colocarem um chega pra lá na TV-Globo. A família brasileira não merece continuar assistindo esse tipo de programa que passou a ser a legítima demonstração da sacanagem ao vivo. Só falta os casais participantes tirarem os edredons que cobrem seus corpos na hora de ir pra cama, para que o Brasil e o mundo assista como o brasileiro faz uma relação amorosa ao vivo.
Essa história de dizer, se não quiser ver muda de canal, não é bem assim.
Não queremos ser moralistas, mas a licenciosidade com que é apresentado o Big Brother está além dos limites. De que adianta campanhas contra pedofilia, exploração sexual de menores, campanha contra a violência, se a mesma TV incentiva e fomenta a promiscuidade sexual através do vídeo?
A libertinagem está tão à solta que o modelo Daniel Echaniz, 31, acobou expulso do programa após ter supostamente estuprado a estudante Monique Amin, de acordo com o blog da jornalista Patrícia Kogut, do jornal da própria rede, "O Globo".
Na madrugada de sábado para domingo (15), Daniel e Monique dormiram na mesma cama e foi possível observar uma movimentação intensa do modelo enquanto a estudante pouco se mexia. Centenas de pessoas pediam a saída do participante pelo Twitter, acusando o modelo de ter feito sexo com Monique enquanto ela dormia. Nesta segunda, a participante Monique foi chamada ao confessionário para esclarecer pela segunda vez - ela já havia feito isso poucas horas depois do ocorrido - o que aconteceu entre ela e Daniel. Poucos minutos depois do retorno de Monique, todos os participantes foram chamados para dentro da casa e recolheram algumas roupas do armário e colocaram em uma mala.
Os participantes escutaram com apreensão as ordens da produção, mas quando o áudio da casa foi aberto não se ouviu comentário sobre a saída de Daniel. Segundo a jornalista, a decisão foi tomada pela direção depois que a Polícia Civil esteve no Projac para investigar o caso. A eliminação de Daniel foi anunciada na mesma noite.
Após esse lamentável episódio que coloca a TV-Globo como a emissora mais pornô do Brasil, muitas pessoas começaram a se manifestar através de twiter e facebook, com severas críticas a direção da emissora.
Eis alguns comentários. “Depois de um evento destes, o programa deveria ser encerrado. O Ministério Público deveria tomar medidas para isso. Pouca vergonha”.
- “Esse programa deveria mudar de nome, ao invés de chamar B-B-B, deveria chamar L-I-X-O!”
- “A televisão é uma concessão pública. Deveria se prestar a instruir e divertir as pessoas com programas saudáveis, como diversos em TV fechada. Esse programa é um estímulo à prostituição, ao homossexualismo e ao que há de pior na natureza humana. Obviamente que deveria ser retirado do ar imediatamente, se o governo e o ministério público tiverem o mínimo de bom senso. Isto é uma vergonha para o país (minúsculo mesmo). Devemos zelar pelos nossos filhos”.
A ariz Deborah Secco, fou outra que reprovou a atitude de Daniel, depois da festa Fusion, na madrugada de domingo. Os dois participantes protagonizaram cenas quentes embaixo do edredon e há quem considere o ato como estupro, já que a moça estava desacordada por ter bebido muito. No Twitter, a atriz considerou covarde o que ele fez: "Na minha humilde opinião ela estava desacordada e sem condições de reagir. Achei a atitude dele covarde e errada! Homens não devem agir assim".
A mãe de Monique já declarou que vai tomar as devidas medidas sobre o ocorrido. A sister não se lembra do que aconteceu, mas afirmou para a direção que foi consensual.
Pois então, já que foi consensual, não é justo que Daniel seja expulso do programa e a “estuprada” continue. Tem de sair também.
TSE – VAI CASSAR 12 GOVERNADORES
Finalmente os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vão decidir sobre o futuro de quase metade dos governadores de estados brasileiros. Estou sendo informado pelo Congresso em Foco. Dos 27 chefes estaduais do Executivo, 12 são alvos de ações na corte eleitoral e correm, em maior ou menor grau, o risco de perder o mandato. A maioria dos processos foi movida pelo Ministério Público Eleitoral dos respectivos estados e por candidatos derrotados que acusam os governadores de abuso de poder econômico e político, entre outras coisas.
Dois desses 12 governadores já foram julgados, mas ainda não se livraram completamente das acusações. Teotônio Vilela (PSDB), de Alagoas, José de Anchieta Junior (PSDB), de Roraima, foram absolvidos no ano passado, mas ainda enfrentam recursos contra expedição de diploma, peça processual característica do TSE. A situação de Anchieta é a mais delicada. O tucano foi cassado duas vezes. A primeira decisão ele conseguiu reverter no TSE. Porém, no fim do ano passado, a corte eleitoral de Roraima, mais uma vez, cassou seu mandato. Os juízes determinaram que ele ficasse no cargo até a análise de eventuais recursos apresentados pela sua defesa. Os outros dez governadores à espera de julgamento no TSE são: Tião Viana (PT-AC); Omar Aziz (PSD-AM); Cid Gomes (PSB-CE); André Puccinelli (PMDB-MS); Roseana Sarney (PMDB-MA); Antonio Anastasia (PSDB-MG); Wilson Martins (PSB-PI); Sérgio Cabral (PMDB-RJ); Marcelo Déda (PT-SE), e Siqueira Campos (PSDB-TO). Desses processos, o mais recente é o que corre contra o governador de Sergipe por uso da máquina pública em sua campanha à reeleição. Mesmo em um ritmo mais rápido do que a Justiça comum, o TSE tem levado, em média, entre um e dois anos para julgar um chefe de Executivo local. Outro fator que diminui a possibilidade de julgar com mais celeridade é a quantidade de processos que chegam ao TSE. Somente no plenário foram concedidas 4,6 mil decisões ano passado. Este número corresponde às posições tomadas pelo colegiado. Individualmente, os ministros decidiram 7,9 mil casos.
Enquanto isto, a quadrilha do mensalão de Lula ainda aguarda julgamento pelo STF. O ministro Joaquim Barbosa é o relator do processo que envolve  políticos de nome deste país e que há sete anos, depois da denúncia, deve ser finalmente julgado este ano pelo STF. O resultado pode representar um marco na luta contra a impunidade no País e mudar o sistema de financiamento das campanhas políticas
Nunca antes tantas autoridades de tão grosso calibre correram risco real de ser condenadas pelo Supremo Tribunal Federal. A sentença a ser proferida pelos ministros do STF também terá o poder de definir como será o sistema de financiamento das campanhas eleitorais daqui para a frente.
Do ponto de vista político, o desfecho do julgamento, qualquer que seja ele, certamente irá influir nas eleições municipais de outubro e nas presidenciais de 2014.
O ministro Barbosa continua a elaborar seu voto, no qual deverá apontar as responsabilidades de cada um dos réus no episódio e pedir as devidas punições. A partir da entrega do voto, caberá a Lewandowski, como revisor, avaliar se a tramitação do processo obedeceu a todas as etapas previstas na legislação e se está pronto para ir ao plenário da corte. Enquanto Barbosa acredita ser possível julgar o caso a partir de abril ou maio, Lewandowski considera difícil que isso ocorra no primeiro semestre, por causa do grande volume de informações a serem estudadas por todos os ministros. Ele mesmo só poderá se dedicar ao caso após deixar a Presidência do Tribunal Superior Eleitoral em abril. Ainda assim, a expectativa é de que o julgamento se estenda por várias semanas, invadindo o período eleitoral – tudo o que o PT mais temia. “Se houver uma grande quantidade de condenações de membros do PT, isso pode manchar um pouco a imagem da legenda e interferir no resultado eleitoral de outubro”, avaliam os cientistas políticos.
Todos os réus negaram em seus interrogatórios ter cometido algum crime. Delúbio foi o único que admitiu a prática de caixa 2 eleitoral, um crime menor que lhe daria no máximo cinco anos de prisão.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

PARA OS INIMIGOS DO REI...
Tenho para mim como um candidato muito bem preparado para ás próximas eleições a prefeito de Erechim, Luiz Antônio Tirello (PTB). Ouvi sua entrevista em programa de rádio local que durou mais de uma hora, no sábado, (7), à noite, e fiquei atento as suas manifestações e questionamentos que lhe eram feitos. As respostas foram inteligentes, equilibradas, demonstrando estar a par de tudo o que aqui se passa, dos problemas que devem encontrar solução nas diferentes áreas administrativas, embora esteja afastado pelo cargo que ocupa na direção da Companhia Estadual de Energia Elétrica – CEEE.
Em nenhum momento foi vacilante, antiético e crítico exacerbado. Pelo contrário, elogiou seu ex-companheiro de administração por dois mandatos, Elói Zanella; lembrou os governos de José Mandelli Filho, de Irani Jayme Farina (criador do Distrito Industrial e URI); na CEEE apontou a passagem de Affonso dos Santos Taques e Ivan Taques, pai e filho, que deixaram marcas na empresa, e usou de comedimento para falar sobre a administração atual de Paulo Polis.
Tirello confessou que vive um momento de muita angústia pelo fato de ter sido condenado pela Justiça Eleitoral, por algo que não chega aos pés dos cometidos por um Jader Barbalho, por exemplo, e tantos outros corruptos deste país. Tudo por causa de uma carta distribuída durante a campanha eleitoral em que assegurava a continuidade do trabalho do ex-deputado Iradir Petróski, que deixava de concorrer para assumir uma vaga no Tribunal de Contas. Trabalho este de auxilio aos necessitados que se hospedam em albergues na capital do Estado.
Luiz Antônio Tirello nunca teve albergue em Porto Alegre.
Entenda o caso.
Conforme o Ministério Público Eleitoral, Tirello pediu votos, em 2010, prometendo em troca manter os serviços de um albergue no Centro da Capital e por causa disso o TER cassou por unanimidade, o seu mandato de primeiro suplente. De acordo com a denúncia do Ministério Público Eleitoral, o então candidato assumiu o comando de um albergue, antes administrado pelo ex-deputado e agora conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Iradir Pietroski, e pediu votos, no pleito de 2010, em troca da manutenção do trabalho assistencial.
Ao embasar o pedido, o MPE elencou relatos de testemunhas e uma carta, enviada por ele, Tirello, a eleitores, na qual relembrava os préstimos oferecidos pelo albergue, localizado na Av.Duque de Caxias, em Porto Alegre. O voto do relator do processo, Eduardo Kothe Werlang, destacou que ficou clara a "oferta e promessa a eleitores efetivada em meio à eleição", lembrando que a carta citada pelo MPE era dirigida não apenas a "eleitores, mas a clientes do albergue".
Além da cassação do diploma, Luiz Antônio Tirello foi condenado a pagar multa de R$ 10,6 mil. Como segundo suplente do PTB tornando-se o primeiro após Luís Augusto Lara ocupar a Secretaria do Trabalho no governo gaúcho, estaria na iminência de assumir uma cadeira, este ano no parlamento gaúcho diante de novas composições no governo previstas para 2012. O caso está subjudice no TSE, tendo o advogado Antonio Augusto Meyer dos Santos alegado que existe jurisprudência afirmando que pedir votos por meio do envio de cartas a eleitores não é ilegal.
Enquanto isto os deputados Gérson Burmann (PDT), Adroaldo Loureiro (PDT), Aloísio Classmann (PTB), Giovani Cherini (PDT), Pompeo de Mattos (PDT), deputado federal Vilson Covatti (PP) e a mulher, a deputada estadual Silvana Covatti (PP), o deputado federal Osvaldo Biolchi (PMDB) e filho, o deputado estadual Márcio Biolchi, ambos do PMDB, que mantinham esse mesmo serviço social, saíram ilesos, isto é, não sofreram nenhuma sanção e continuam exercendo seus mandatos.
Tudo isto é muito estranho e complicado. Como explicar ao leigo, ao eleitor menos esclarecido, por que Tirello foi cassado e os demais não?
A impressão que fica é o que diz a máxima: para os inimigos do rei os rigores da lei, mas para os amigos do rei, os benefícios da lei. É a impressão que fica!

sábado, 7 de janeiro de 2012

RIFA DO BURRO
Certa vez três meninos, foram ao campo e, por 100 reais, compraram o burro de um velho camponês. O homem combinou entregar-lhes o animal no dia seguinte. Mas quando eles voltaram para levar o burro, o camponês lhes disse: Sinto muito, amigos, mas tenho uma má notícia. O burro morreu. Então devolva-nos o dinheiro!
Não posso, já o gastei todo. Então, de qualquer forma, queremos o burro. E para que o querem? O que vão fazer com ele?
Nós vamos rifá-lo. Estão loucos? Como vão rifar um burro morto?
Obviamente não vamos dizer a ninguém que ele está morto. Um mês depois, o camponês se encontrou novamente com os três garotos e lhes perguntou: E então, o que aconteceu com o burro? Como lhe dissemos, o rifamos. Vendemos 500 números a 2 reais cada um e arrecadamos 1.000 reais.
E ninguém se queixou? Só o ganhador. Porém lhe devolvemos os 2 reais e ficou tudo resolvido.  Os meninos cresceram e fundaram um banco, uma igreja (que vocês sabem qual é) e o último tornou-se presidente de um importante tribunal. Só vou dar as iniciais: AA, EM e GM.
A imprensa publica que funcionários da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul ao retornarem as atividades, após o recesso, devem pressionar os deputados pelo fato de terem sido retirados de seus salários abonos e outros penduricalhos, por decisão da Mesa Diretora, obedecendo ao apontamento do Tribunal de Contas. Os funcionários querem que o TC aponte também todos os servidores que são contratados pelos parlamentares e não comparecem ao trabalho. Os cargos de gabinetes, denominados de confiança, são em número de sete. Os deputados para agradar seus nepotes, além desses, podem elevar o número até 20, obviamente, repartindo os salários que já são fixados. Eles chamam de desdobramento de cargos. Isto é, de um cargo fazem dois ou até mais. E nessa divisão, são nomeados aqueles chamados protegidos, que trabalharam na campanha e ficam mamando na teta, como pagamento pelo trabalho desempenhado. É assim que funciona. Quando não, há os chamados laranja, são os que apenas emprestam o nome, são nomeados, e no final do mês repassam o valor do salário ao próprio parlamentar. Isso é que o Tribunal de Contas deveria apontar também. É uma indecência tão grande que só não enxerga, quem não tem olhos para ver. Na Câmara dos Deputados existiu um parlamentar do Estado de Goiás que sustentava um time de futebol do interior, só com nomeações de jogadores, preparador físico, treina dor e supervisor utilizando verbas de gabinete. O supervisor tinha salário na época (1977) de R$ 1.800. Naquele tempo a soma dos gastos com jogadores e do supervisor atingiam R$ 6.100, cerca de mais de 20 mil hoje. Não sou eu que digo, é o jornalista Lucio Vaz, no seu livro “A Ética da Malandragem”. Se você conseguir em alguma livraria este livro compre-o e leia. É uma radiografia impecável dos subterrâneos do parlamento brasileiro, com seus detalhes hilariantes e sórdidos. Leitura obrigatória para quem nunca entrou no Congresso e para quem acha que o conhece como a palma da mão. O jornal Folha de São Paulo chegou a publicar em setembro de 97 uma reportagem sob título “Verba de gabinete paga time de futebol”. Nesse mesmo dia o assunto foi abertura da coluna política do Correio Braziliense. O presidente da Câmara, Michel Tamer (PMDB-SP) ao ler a notícia divulgou em seguida nota oficial informando que o corregedor da Casa, Severino Cavalcanti (outro pilantra), iria apurar os fatos relatados pela Folha, “tendo em vista a possível infringência das normas que definem a quebra de decoro parlamentar”. No dia seguinte a Mesa Diretora recomendou à Comissão de Constituição e Justiça a suspensão temporária e não remunerada do deputado por 30 dias. Passado pouco mais de um mês da suspensão o deputado encontrou-se com o repórter Marcelo autor da matéria na sala de cafezinho ao lado do plenário, dirigiu-se a ele e disse: preciso lhe agradecer. Você garantiu a minha reeleição. Fizeram uma enquete na rádio sobre sua matéria (contratação de jogadores pelo meu gabinete), e 90% dos entrevistados apoiaram a minha decisão. Só se fala nisso na cidade. O deputado foi realmente reeleito em 1998, com 55 mil votos, com mais de 20 mil votos a mais em relação à eleição anterior. Moral da história: quanto mais sem vergonha mais crédito tem!

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

O ACERVO DO CAVALEIRO DA ESPERANÇA
Leio na Folha de São Paulo que a viúva do líder comunista Luiz Carlos Prestes,  acaba de doar ao Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro, o acervo pessoal do ‘cavaleiro da esperança’. São dez álbuns contendo fotografias e 27 pastas de cartas, telegramas e documentos, incluindo correspondências trocadas com lideranças comunistas de diferentes países e com os filhos. A doação aconteceu no dia em que ele nasceu, em 03.01.1898, portanto, há 114 anos, em Porto Alegre. As fotos doadas incluem imagens do bebê Prestes, em 1898, junto com os pais, do exílio em Moscou, da filiação do pintor Cândido Portinari ao PCB e de uma visita com o ex-presidente Lula a Cuba. Prestes não era só político, era um ser humano. Um pai exemplar, que discutia, dialogava com os filhos. Prestes teve sete filhos com sua segunda esposa Maria, além de dois de um casamento anterior que foram criados como filho por ele, pai também de Anita Leocádia, sua filha com a dirigente comunista alemã Olga Benário.
Estou lembrando ao ler esta notícia da vez que o entrevistei na cidade de Descanso (SC), por ocasião de uma homenagem que a cidade prestou-lhe nas comemorações dos 30 anos de emancipação do município em 16.12.1986. Foi uma das mais bonitas homenagens que presenciei até hoje a um líder político. Na época Prestes tinha 88 anos e possuía uma memória e lucidez impressionante. Na entrevista lembrava com orgulho os feitos conquistados. Presenciaram esta entrevista durante o almoço o ex-prefeito Jayme Lago, convidado especial do prefeito catarinense, e o major Luiz Fagundes, um dos poucos companheiros do líder comunista vivo na época e integrante da Coluna. Minha conversa com Prestes durou cerca de uma hora. Foi uma rara oportunidade para um repórter interiorano conhecer pessoalmente o ‘cavaleiro da esperança’ como era denominado pelos seus companheiros e saber um pouco da sua história.
Ainda estou lembrado de uma pergunta que lhe fiz, se sentia saudades dos tempos da Coluna? Franziu a testa e respondeu; “pelo ideal sim, mas pela perda de amigos inesquecíveis, não”.
E lembrou com emoção nomes como Pedro Bins, que com ele iniciara o movimento em Santo Ângelo, os oficiais Aníbal Benévolo, Mário Portela, Santos Paiva, Ernesto Pinto e tantos outros.
Outra curiosidade revelada por Luiz Carlos Prestes durante a entrevista foi a de que dos 65 anos de maior idade, nove passou na cadeia, 21 no exílio, 27 na mais dura clandestinidade, dois na Coluna, no combate direto e seis de vida legal. É dele a frase: acho que cometi muitos erros, mas só não erra quem nada faz. É o pior dos erros.
Foi ele que também me disse na entrevista que o percurso percorrido de São Luís (RS) até São Mathias, na Bolívia, onde ocorreu a deposição das armas, tinham sido vencidas 3.742,5 léguas, ou seja, 24.947,5 quilômetros. Prestes e a Coluna são indissociáveis . O destino de um forjou o do outro. Morreu pobre, como pobre nasceu.
Prestes nasceu em Porto Alegre, na Rua Riachuelo, em 3 de janeiro de 1898, filho de Antônio Pereira Prestes e Leocádia Felizardo Prestes.
Jorge Amado, no clássico Cavaleiro da Esperança, conta que o avô materno de Prestes, José Joaquim Felizardo, fazia abolição dos escravos à sua maneira. Comparava escravos com o único fito de libertá-los, empregando fortunas nessa obra de fazer homens livres.
O contato pessoal que fiz com Luiz Carlos Prestes marcou minha vida profissional de jornalista e repórter, Os momentos que passei junto dele foram inesquecíveis.
Após o almoço para mais de duas mil pessoas, deixou-me uma lembrança que guardo com muito zelo e carinho. Ele escreveu no fundo de um prato de papelão antes de ser servido o churrasco o seguinte: Ao amigo Francisco B.Dias, nos 30 anos de Descanso (SC), a lembrança de Luiz Carlos Prestes. Descanso, 16/12/86. A cidade foi batizada com este nome porque o líder comunista ao passar por ela com sua coluna acampou e descansou.