A VIDA É UMA PEÇA DE TEATRO
Antes de falecer há uma semana mais ou
menos, escrevia-me uma carta um dileto amigo de infância, preocupado com a
desorganização do trânsito em nossa cidade, ao mesmo tempo em que pedia que
escrevesse algo na minha coluna no Jornal Bom Dia mostrando a comunidade a falta de humanização
e tudo mais.
Hoje fiquei sabendo pelo seu irmão que
esse meu amigo veio a falecer, em consequência de complicações generalizadas
pela doença que o acometera.
Na carta Renato Corradi, (era seu nome)
dizia no seu introito, que era leitor das minhas crônicas e assinante do jornal
Bom Dia, o que muito me envaidecia.
Renato estava preocupado com o trânsito
de automóveis e motos, "que na hora
já quase escura, transitam de luzes apagadas, cujo procedimento por parte de
alguns motoristas podem ocasionar atropelamentos e/ou abalroamentos, ainda mais
no horário das 18h, aonde o movimento é intenso. Quanto as motos, sem
comentários: excesso de velocidade e passagem com semáforo no vermelho.
Infelizmente tenho lido no nosso "Bom Dia" quase que diariamente o
registro de acidentes de trânsito com vítimas fatais e grandes prejuízos
financeiros além, é claro inúmeros feridos que são internados nos hospitais
Santa Terezinha e Caridade".
No final da sua carta, Renato, lembra
que 90% dos acidentes são provocados por falhas humanas, 4% por falhas
mecânicas e 6% pelas mas condições das vias. Estes dados são uma realidade do
nosso trânsito.
"Precisamos humanizar o trânsito,
requerer mudanças de comportamento, antes que seja tarde demais. Com meu abraço,
Renato Corradi," conclui.
Como não pude estar presente a sua
despedida prestada pelos familiares e amigos, o faço através desta coluna com o
mesmo sentimento de quem perdeu alguém muito querido.
O Renato, no nosso tempo de estudante no
Medianeira, era muito aplicado e um dos que tirava sempre as melhores notas.
Muitas vezes me vali dele para melhor entender a lição do dia.
Dos que convivi na sala de aula daquele
tempo, vários já se despediram desta vida.
Charles Chaplin, tinha razão quando
afirmava: "A
vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore,
dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine
sem aplausos". E não é uma verdade?
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