domingo, 18 de novembro de 2012


O NEGRO NO STF

O negro vem sendo proclamado como nunca em nosso país. E isso é uma comprovação de que no Brasil a discriminação a cada pouco está desaparecendo definitivamente para exemplo de outras nações.

O negro, teve e tem fundamental importância na construção da história e na sociedade brasileira. É inegável as atrocidades que o regime escravocrata submeteu os negros, que arrancados de suas pátrias, famílias, seus costumes e crenças, sofreram pela construção e desenvolvimento deste país, na era do café, por exemplo. A mão de obra escrava dos negros, sem falar nas charqueadas no sul posteriormente e na construção civil após uma falsa abolição, a historiografia não dá voz à esses excluídos da história como à outros marginalizados também. Por isto, devemos levar em consideração que a história escrita pela elite dominante, era moldada conforme suas conveniências. Hoje já podemos ver uma história multi facetada, como a história da mulher, dos operários... e assim por diante. Isto é muito rico, e principalmente importante por mostrar que a história está em constante transformação.

Li um artigo de autoria de Maria Salete, era assim que ela se identifica, muito interessante sobre os negros e a sua influência política e social no Brasil. Segundo ela, a história do negro se mescla quase que por completo na própria formação da nação brasileira, através de sua evolução histórica e social. Considerado um objeto e, não raro, como uma força animal de trabalho, o negro contribuiu decisivamente para o desenvolvimento da economia em desenvolvimento, que entretanto, foram excluídos da divisão das riquezas acumuladas. Em quase todas as lutas ocorridas ou planejadas os negros estiveram presentes, desde o século XVI até a Inconfidência Mineira, na Inconfidência Baiana, para lembrarmos mais alguns, a sua presença é incontestável como elemento majoritário ou como participante menor. Após o fim da escravidão e do Império, o negro se incorpora aos movimentos da plebe, como em Canudos, na comunidade do Beato Lourenço,  nas lutas pela expulsão dos holandeses, na Independência e a sua consolidação; Revolução Farroupilha, nos movimentos radicais da plebe rebelde, como a Cabanagem, no Pará, no Movimento Cabano, em Alagoas e  na Revolta de João Cândido,.

Viajei um pouco na história para dizer que, felizmente no Brasil, a discriminação está acabando. E para gloria da nação negra do nosso país está assumindo o cargo mais importante do Judiciário brasileiro no Supremo Tribunal Federal, o Dr. Joaquim Benedito Barbosa Gomes nascido em Paracatu, Minas Gerais, a 7 de outubro de 1954. Ele  é advogado, professor, justista e magistrado. Primogênito de oito filhos. Pai pedreiro e mãe dona de casa, passou a ser arrimo de família quando estes se separaram. Aos 16 anos foi sozinho para Brasília, arranjou emprego na gráfica do Correioi Braziliense e terminou o segundo grau, sempre estudando em colégio público. Obteve seu bacharelado em Direito na Universidade de Brasília, onde, em seguida, conquistou seu mestrado em Direito do Estado.

Foi Oficial de Chancelaria tendo servido na Embaixada do Brasil em Helsinki, Finlândia e, após, foi advogado do Serpro. Prestou concurso público para Procurador da República, e foi aprovado. Licenciou-se do cargo e estudou na França, por quatro anos, tendo obtido seu mestrado e doutorado ambos em Direito Público, pela Univ ersidade de Paris-II (Panthéon-Assas) em 1990 e 1993. Retornou ao cargo de procurador no Rio de Janeiro e professor concursado da Universidade do Estado. Foi visiting scholar no Human Rights Institute da faculdade de direito da Universidade de Columbia,em Nova York e na Universidade da Califórnia, Los Angeles School of Law. Fez estudos complementares de idiomas estrangeiros no Brasil, na Infglaterra, nos Estados Unidos, na Áustria e na Alemanha. É fluente em francês, inglês, alemão e espanhol. Toca piano e violino e desde os 16 anos de idade. Joaquim Barbosa é o primeiro ministro reconhecidamente negro do STF, uma vez que anteriormente já compuseram a Corte um mulato escuro, Hermenegildo de Barros, e um mulato claro, Pedro Lessa.

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