Somos uma
sociedade anestesiada
Tem acontecido
tantos fatos no cotidiano político-administrativo no nosso amado Brasil que não
dá para se conformar com tanto desajuste e desserviço prestado à Pátria por
maus brasileiros.
Sei que estou
pregando no deserto, mas se não tiver alguém que coloque a boca no trombone,
essa maioria corrupta que se instalou e concentra-se em cargos e postos da
República continuará cada vez mais aumentando o seu exército devastador.
A impressão que
se tem é que a sociedade está anestesiada, cega, amorfa. Não há um movimento de
reação forte, corajoso contra os desmandos e a prática da concussão, do roubo,
presente em quase todas as áreas do governo. Há uma surdez política, como diz o
confrade Juremir Machado da Silva, colunista do Correio do Povo.
Vejam bem. Não
sou e nunca serei contra Copa do Mundo, desde que ela seja realizada em países
ricos como já aconteceu no passado, mas no Brasil? Estou me posicionando como
outros já fizeram na grande mídia nacional. Um país como o nosso que não oferece
assistência á saúde e segurança ao seu povo, não pode dar-se o luxo de bancar
uma Copa das Nações. Não pode!
Se tem dinheiro
para construir estádios, cujos gastos devem chegar aos R$ 300 bilhões, tem que
ter, também, para construir mais hospitais; melhorar o ganho dos aposentados e
pensionistas do INSS; se tem recursos para o futebol, deve haver também para melhorar
os presídios que estão superlotados, e não soltar presos para voltar a matar,
assaltar e roubar novamente, como se vê todos os dias nos jornais.
A vida humana
no Brasil vale muito pouco, tanto quanto na razão inversa se valoriza a
impunidade. Os governos e os nossos políticos só tentarão reverter essa
situação quando algum parente seu mais próximo for morto em passeio turístico,
como aconteceu recentemente com aquela moça de Passo Fundo, na Ponte da Amizade
em Foz do Iguaçu. Eles somente se darão conta quando um filho, pai, mãe for
assaltado em um semáforo ou na saída de um banco.
Quando a vítima
for um dos seus, quem sabe os nossos deputados e senadores se acordem.
Sabe o que está acontecendo conosco?
Somos uma maioria silenciosa; somos babacas mesmo. Não protestamos, não votamos em políticos sérios que representem o que nós pensamos e queremos.
É preciso mudar.
Para que tal aconteça não se omita e não tenha medo de protestar, afinal vivemos
numa democracia republicana.
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