terça-feira, 8 de janeiro de 2013


Comerciantes e população querem mais segurança

A violência no Brasil e, em especial, a criminalidade violenta, cresceu assustadoramente nos últimos anos, chegando a níveis inaceitáveis. A (in)segurança pública passou a se constituir um grande obstáculo ao exercício dos direitos de cidadania, não só nas grandes metrópoles brasileiras, como nas cidades com Erechim, por exemplo. Com medo da violência urbana e não confiando nas instituições do poder público encarregadas na implementação e execução das políticas de segurança, percebe-se uma evidente diminuição da coesão social, o que implica, entre outros problemas, na diminuição do acesso dos cidadãos aos espaços públicos. Portanto, pensar numa política pública de segurança que seja inclusiva e eficiente, tendo em vista o exercício pleno da cidadania, significa atender à maioria da população que, refém da criminalidade e sem recursos para mobilizar esquemas de segurança particular, necessita da ação do Estado. O argumento de melhorar as condições objetivas da segurança pública no futuro, em detrimento da segurança e do bem-estar dos próprios moradores, no presente, é questionável. Primeiramente, porque o poder público não tem efetivas garantias do êxito de suas ações (nem no presente, muito menos no futuro); segundo, porque geralmente políticas de segurança pública eficientes dependem de ações permanentes, envolvendo a participação efetiva da sociedade civil - que deve ser parceira e não simplesmente objeto da ação - e, finalmente, porque os fins (por melhores que sejam) nunca devem justificar os meios (principalmente quando se põe em risco a vida, muitas vezes de  pessoas inocentes). A implementação de políticas preventivas - para o incremento da inteligência e capacidade investigativa das polícias, de mecanismos de controle da ação policial e de participação e ações de autogestão para a resolução de conflitos em locais com altos índices de criminalidade - deveria se constituir como parte fundamental da agenda da maioria dos gestores da segurança pública. A segurança dos cidadãos é, em si mesma, uma questão que inclui os direitos e garantias fundamentais e não o limite delas. Portanto, ao tratarmos da segurança pública como direito do cidadão defendemos a centralidade das políticas sociais e o aprimoramento institucional das agências policiais e judiciárias. É fundamental, portanto, repensar o lugar e as condições em que as forças de segurança se inserem na nossa sociedade. Na resposta à questão do controle da violência está em jogo o tipo de contrato existente entre a sociedade e o Estado. Não podemos esperar uma solução mágica para o problema.

O cidadão erechinense como de resto do Estado e do País vive em insegurança, isto é, não consegue mais ter paz e tranquilidade pela ação cada vez maior da bandidagem solta pelo centro da cidade.

Além dos furtos á noite e pela madrugada a estabelecimentos comerciais, intensificaram-se os assaltos a pedestres, sem que os órgãos de segurança consigam  deitar mão ás quadrilhas e delinquentes individuais. A CDL, em boa hora, reuniu nesta terça-feira,8, autoridades e lideranças locais para discutir segurança pública e políticas a serem adotadas para minimizar a práxis delituosa dos ladrões contra o patrimônio alheio.

Evidentemente que essas ações não deveriam, como não devem ser divulgadas publicamente, até porque viria prevenir os ladrões sobre os meios a serem empregados para combatê-los na sua prática criminosa.

Várias sugestões foram apresentadas, todas elas objetivando melhorar e aumentar a prevenção, bem como, o serviço de inteligência dos órgãos de segurança, com a cooperação da sociedade.

O presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas, Zílio Sartori Júnior, revelou que durante a semana que antecedeu o Natal aconteceu uma cena fantástica no centro da cidade promovida por um jovem contra a vitrina de uma loja, na tentativa de praticar o furto. O ladrão portava um saco, e dentro dele, provavelmente, pedras. Desassombradamente, aos olhos dos transeuntes, o delinquente por diversas vezes arremessou o saco contra o vidro da vitrina, mas não logrou êxito fugindo em seguida em uma moto.

A joalheria Provin, em menos de uma semana foi vitima duas vezes de furto com praticamente o mesmo "modos operandi", que traduzido do latim significa "modo de operação", só que nessa ação o ladrão utilizou-se de uma marreta. O prejuízo foi de vários milhares de reais e até agora não há nem notícia do assaltante.

Na segunda-feira conforme registro na Delegacia de Pronto Atendimento, um homem foi atacado por outros dois que se aproximaram com um Chevette de cor amarela, renderam-lhe e tomaram uma pasta que continha R$ 6 mil, celular e as chaves de uma moto além de outros objetos de valor. A ocorrência verificou-se na Rua Euclides da Cunha. A polícia ainda investiga o caso. O fato é que não foi o crime que se organizou e vem atuando de forma desassombrada, foi a sociedade que se desorganizou. De qualquer sorte foi muito proveitosa a reunião da Câmara dos Dirigentes Lojistas que tratou do assunto Segurança para a comunidade.

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