domingo, 15 de julho de 2012

NÃO EXISTEM LÍGUAS UNIFORMES
Muitas vezes nos deparamos com diversas críticas feitas por parte da própria população no que diz respeito ao registro oral dos brasileiros. Isso ocorre sem se levar em conta a classe social, as oportunidades oferecidas pelas escolas, pelo ambiente habitacional, o modo de aprendizagem e até mesmo as diferentes influências culturais dos indivíduos. Esquecemo-nos que em cada extremo do nosso país, de norte a sul e de leste a oeste, todas as línguas variam, isto é, não existe nenhum país no mundo em que todos os seus habitantes falem de maneira igual, com o mesmo sotaque e até com as mesmas “gírias”. Esse fenômeno social e dinâmico é o que chamamos de variação linguística.

Um grande exemplo é a mudança do ambiente rural para o urbano, do campo para as grandes cidades. Os novos habitantes da cidade, conhecidos como “caipiras” ou "colonos", geralmente possuem um vocabulário bastante restrito em relação aos cidadãos "urbanizados". Este outro fenômeno, também dentro das variações que o idioma traz, é chamado de variação sociocultural. Assim, mesmo que diferentes, certas palavras são de fácil visualização no decorrer de uma "prosa" com uma pessoa que viveu toda a sua vida no campo como “arguma”, “pranta”, entre outras, já que não há tantas divergências entre os seus significantes e seus significados. Atualmente as críticas - podemos chamar até de “preconceito” - têm aumentado no decorrer dos anos, principalmente em casos de emigração, ou seja, quando uma quantidade de pessoas (ou, pelo menos, uma) muda de um estado para o outro, sofrendo modificações  no seu cotidiano e sendo influenciadas por outras crenças, costumes;  muitas vezes, nada parecidos com os vivenciados anteriormente. Como exemplo, na forma diversa de expressão na língua, podemos citar os gaúchos, acostumados a usarem o “tu” ao invés do uso do pronome de tratamento “você” utilizado pelos paulistas. Em alguns casos, as formas de uso acarretam em discussões acaloradas sobre qual forma seria a mais correta. A isso, damos o nome de variação regional ou simplesmente regionalismo. As variações de uso do léxico também ocorrem com frequência: o famoso “pão” paulista é conhecido como “cacetinho” para os gaúchos, sendo formas diferentes de se falar, mas que significam o mesmo alimento em ambos os estados. A variação linguística é uma das melhores invenções ou adaptações da humanidade, sendo considerada fonte de recursos alternativos, que em grande proporção geram uma maior expressividade, diferente da língua uniforme. Mas, tem uma influência cultural, que vem da origem italiana que é de doer o ouvido e irrita profundamente. Não é preconceito. Acho que é falta de querer corrigir-se. Por exemplo: em vez de pão, pronunciam "pom", coração "coraçom", som "são", "aérroporto", "TV-Cão" em vez de TV-Com, e assim por diante. Isto faz lembrar-me uma festa no interior. É comum a realização de rifas de bolos, galinhas assadas, pudins etc., sempre comandada por um dos festeiros. Numa destas festas o leiloeiro anunciou ao microfone o seguinte: "Atençóm... atençóm... agora vai corer (com um r só)  a rifa (com dois rr)  do perru...(com dois rr).
Mas o pior não é isto. O pior é quando ouvimos comunicadores de rádio usarem esta forma de falar. É a chamada variação sociocultural.
 
Para você meditar

 Cheguei a conclusão que aqueles que já morreram são mais felizes do que os que continuam vivos. Porém mais felizes do que todos são aqueles que ainda não nasceram e que ainda não viram as injustiças que há neste mundo. Dizem que só mesmo um louco chegaria ao ponto de cruzar os braços e passar fome até morrer. Pode ser. Mas é melhor ter pouco numa das mãos, com paz de espírito, do que estar sempre com as duas mãos cheias de trabalho, tentando pegar o vento. Descobri ainda que na vida existe mais uma coisa que não vale a pena: é o homem viver sozinho, sem amigos, sem filhos, sem irmãos, sempre trabalhando e nunca satisfeito com a riqueza que tem. É melhor haver dois do que um, porque duas pessoas trabalhando juntas podem ganhar muito mais. Se uma delas cai, a outra a ajuda a se levantar. Mas, se alguém está sozinho e cai, fica em má situação porque não tem ninguém que o ajude a se levantar”. (Eclesiastes 4 1-8)


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