Veja quem são os cardeais mais cotados
para ser o novo papa
Conheça os religiosos apontados como mais prováveis
sucessores de Bento 16, que renunciou nesta segunda-feira
A renúncia do papa Bento XVI , anunciada nesta segunda-feira, coloca em
andamento um completo processo para a escolha do novo líder da
Igreja Católica. Segundo a última lista do Vaticano, atualizada há duas semanas,
um total de 119 cardeais estão aptos a votar (aqueles com menos de 80 anos),
incluindo cinco brasileiros.
Peter Turkson, cardeal de Gana
Peter Turkson, cardeal de GanaTido como favorito em duas casas de aposta, é presidente do Pontifício
Conselho por Justiça e Paz e foi nomeado cardeal por João Paulo 2º após quase 30
anos de sua ordenação. Nascido em 1948 em Nsuta-Wassaw, uma região mineira na região oeste de Gana,
é filho de uma metodista e um católico. Estudou e lecionou em Nova York e Roma antes de se tornar padre, em 1975.
Poliglota, fala fante, uma das línguas de Gana, inglês, francês, italiano,
alemão, entre outras, além de entender latim e grego. Sua popularidade no oeste da África é impuldionada por participações
televisivas regulares, principalmente uma aparição semanal no canal estatal de
Gana.
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Angelo Scola, arcebispo de
Milão
Angelo Scola, arcebispo de MilãoPrincipal candidato italiano, é filho de um motorista de caminhão e nasceu em
1945 na Lombardia. Ordenado em 1970, é doutor em filosofia e teologia e foi
professor do Instituto João Paulo 2º para Estudos sobre Casamento e Família. Tornou-se bispo de Grosseto em 1991, patriarca de Veneza em 2002, arcebispo
de Milão em 2002 e cardeal um ano depois. Fundou uma revista em árabe, chamada
Oasis, para melhorar os contatos e o diálogo entre cristãos e muçulmanos.
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Marc Ouellet, cardeal do Canadá
Marc Ouellet, cardeal do CanadáPrefeito da Congregação de Bispos há trê anos, é um dos homens mais poderosos
do Vaticano. Poliglota, tem 68 anos e nasceu em Quebec, no Canadá. O cargo faz
de Ouellet um candidato natural a papa, mas em 2010 ele disse que não esperava
chegar a tal posição. Estudou na Universidade de Laval, no Grande Seminário de Montreal e na
Universidade de Montreal antes de ser ordenado, em 1968. Passou anos vivendo e
lecionando na Colômbia, o que pode torná-lo a opção defendida por religiosos
latino-americanos. Com fama de conservador, é tipo como próximo a Bento 16.
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Francis Arinze, cardeal da
Nigéria
Francis Arinze, cardeal da NigériaNascido em Eziowelle, na Nigéria, em 1932, foi enviado quando criança para
uma escola missionária irlandesa e logo decidiu virar padre. Foi ordenado em
1958 e começou a dar aulas de liturgia e filosofia no sudeste de seu país natal
e também na Inglaterra. Foi consagrado bispo em 1965 e se tornou arcebispo dois anos depois. Liderou
o órgão que hoje é conhecido como Pontifício Conselho pelo Diálogo
Inter-religioso, responsável pelo relacionamento do Vaticano com outras
religiões. Chance da América Latina Com dois africanos e um americano na lista dos mais cotados, há expectativa
de que esteja chegando o momento de a Igreja Católica Romana eleger seu primeiro
líder de fora da Europa. A América Latina que hoje representa 42%da população
católica mundial de 1,2 bilhão, é forte candidata a eleger o próximo líder da
religião. Depois dos papas João Paulo e Bento, um polonês e um alemão, o posto no
passado reservado para italianos está agora aberto a todos. Dois altos funcionários do Vaticano recentemente deram sugestões claras sobre
possíveis sucessores, indicando que o próximo papa poderia muito bem ser da
América Latina. "Eu conheço muitos bispos e cardeais da América Latina que
poderiam assumir a responsabilidade pela Igreja universal", afirmou o arcebispo
Gerhard Mueller, chefe da Congregação para a Doutrina da Fé. O cardeal suíço Kurt Koch, chefe do departamento do Vaticano para a unidade
dos cristãos, disse ao jornal Tagesanzeiger, em Zurique, que o futuro da Igreja
não estava na Europa. "Seria bom se houvesse candidatos da África ou América do Sul no próximo
conclave", declarou ele, referindo-se à eleição a portas fechadas na Capela
Sistina, no Vaticano. Se realmente for a vez da América Latina, os principais candidatos parecem
ser Dom Odilo Scherer, arcebispo da diocese de São Paulo, ou o ítalo-argentino
Leonardo Sandri, agora à frente do departamento do Vaticano para as Igrejas
Orientais.
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