RESUMO
CRONOLÓGICO DA DEFESA DE ROBERTO
JEFFERSON NO TSF PELO ADVOGADO LUIZ CORRÊA
BARBOSA
15h10 - Agora
a palavra está com Luiz Francisco Corrêa Barbosa, advogado de Roberto
Jefferson, presidente nacional do PTB e delator do caso do mensalão.
15h11 - O
advogado de Roberto Jefferson relata como seu cliente, supostamente, chegou ao
ex-presidente Lula para contar-lhe sobre as "manobras no sentido de
cooptação dos parlamentares e pagamento". "O presidente, segundo
Roberto Jefferson, se disse surpreso e sentido-se traído chegou a lacrimejar. E
naturalmente prometeu providências. O tempo passou e ainda nada acontecia.
15h12 - "Voltou
Roberto Jefferson ao gabinete e, perante testemunhas, reiterou ao presidente as
providências que eram devidas no caso. Enquanto isso, uma manobra na Casa Civil
do governo, usando gente ligada a Abin, disfarçou pessoas e filmou uma proposta
de propina a um servidor dos Correios. Era para silenciar Roberto
Jefferson", diz em relação ao vídeo em que Maurício Marinho, supostamente
ligado ao presidente do PTB, recebe R$ 3 mil de propina.
15h15 - Segundo
o advogado, a acusação dos delitos de lavagem de dinheiro e corrupção passiva
decorre de um só fato, "do recebimento de R$ 4 milhões de parte do PT
entregue em espécie na sede do partido por Marcos Valério". "Só se
sabe disso (do recebimento dos R$ 4 milhões) pela palavra dele. Ele confirmou e
eu reafirmo", diz.
15h17 - O
defensor de Roberto Jefferson afirma que o dinheiro, entregue por Marcos
Valério, ocorreu em razão das eleições de 2004. Ele lê a Lei das Eleições,
dizendo que a partilha do caixa de campanha é prevista por lei.
15h18Segundo
Corrêa, não pode haver crime de lavagem de dinheiro sem a ciência prévia do
recebedor do dinheiro que se trata de dinheiro sujo. "O PT, por cuja
direção nacional, celebrou este ajuste com o PTB para a eleição municipal de
2004, que nada tem a ver com o governo federal, transferiu, dos R$ 20 milhões
ajustados, R$ 4 milhões", diz. "Era de supor que isso tivesse algum
tipo de ilícito? Não, é claro que não.
15h24Lula
- O advogado de Jefferson ressalta que Luiz Gushiken, José Dirceu e Anderson
Adauto, ex-ministros, eram auxiliares do ex-presidente, que não tinham
autonomia para propor projetos de lei e que isso era uma alçada que cabia ao
ex-presidente Lula. "Não é de interesse do governo. O governo é um
leviatã. Projeto de lei é outra coisa. Projeto de lei é de interesse e
legitimidade do presidente da República. Vamos parar com esse negócio de
governo."
15h29 - Corrupção
passiva - "Quando se diz que um parlamentar vota mediante pagamento em
dinheiro, e essa é a acusação, indaga-se: 'é possível, à luz da imunidade
material, segundo a qual, os deputados e senadores são invioláveis civil e
criminalmente por suas opiniões, palavras e votos, de ter sua conduta
escrutinada pelo Ministério Público? Ou por qualquer órgão da Justiça?"
15h30 - 'Lula
ordenou o mensalão' - O advogado afirma que "três ministros de Estado,
auxiliares do ex-presidente Lula, estariam pagando parlamentares para votar em
projetos de lei, propostos pelo mesmo presidente". Portanto, para a defesa
de Roberto Jefferson, Lula sabia e ordenou os pagamentos figurados pela
acusação como o mensalão. "O senhor (procurador) não poderia afirmar aqui
que o presidente fosse um pateta. Um deficiente", diz Corrêa sobre o fato
de o ex-presidente não figurar na denúncia do Ministério Público. "O
senhor (procurador) afirma que o presidente era safo. Mas é um pateta? Tudo
isso aconteceu sob suas barbas e nada? Claro que não. Não só sabia como ordenou
o desencadeamento de tudo isso. Sim, ele ordenou. Aqueles ministros eram apenas
executivos dele."
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