quinta-feira, 16 de agosto de 2012


RESUMO CRONOLÓGICO DA DEFESA DE ROBERTO

JEFFERSON NO TSF PELO ADVOGADO LUIZ CORRÊA

BARBOSA

15h10 - Agora a palavra está com Luiz Francisco Corrêa Barbosa, advogado de Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB e delator do caso do mensalão.

15h11 - O advogado de Roberto Jefferson relata como seu cliente, supostamente, chegou ao ex-presidente Lula para contar-lhe sobre as "manobras no sentido de cooptação dos parlamentares e pagamento". "O presidente, segundo Roberto Jefferson, se disse surpreso e sentido-se traído chegou a lacrimejar. E naturalmente prometeu providências. O tempo passou e ainda nada acontecia.

15h12 - "Voltou Roberto Jefferson ao gabinete e, perante testemunhas, reiterou ao presidente as providências que eram devidas no caso. Enquanto isso, uma manobra na Casa Civil do governo, usando gente ligada a Abin, disfarçou pessoas e filmou uma proposta de propina a um servidor dos Correios. Era para silenciar Roberto Jefferson", diz em relação ao vídeo em que Maurício Marinho, supostamente ligado ao presidente do PTB, recebe R$ 3 mil de propina.    

15h15 - Segundo o advogado, a acusação dos delitos de lavagem de dinheiro e corrupção passiva decorre de um só fato, "do recebimento de R$ 4 milhões de parte do PT entregue em espécie na sede do partido por Marcos Valério". "Só se sabe disso (do recebimento dos R$ 4 milhões) pela palavra dele. Ele confirmou e eu reafirmo", diz.

15h17 - O defensor de Roberto Jefferson afirma que o dinheiro, entregue por Marcos Valério, ocorreu em razão das eleições de 2004. Ele lê a Lei das Eleições, dizendo que a partilha do caixa de campanha é prevista por lei.

15h18Segundo Corrêa, não pode haver crime de lavagem de dinheiro sem a ciência prévia do recebedor do dinheiro que se trata de dinheiro sujo. "O PT, por cuja direção nacional, celebrou este ajuste com o PTB para a eleição municipal de 2004, que nada tem a ver com o governo federal, transferiu, dos R$ 20 milhões ajustados, R$ 4 milhões", diz. "Era de supor que isso tivesse algum tipo de ilícito? Não, é claro que não.

15h24Lula - O advogado de Jefferson ressalta que Luiz Gushiken, José Dirceu e Anderson Adauto, ex-ministros, eram auxiliares do ex-presidente, que não tinham autonomia para propor projetos de lei e que isso era uma alçada que cabia ao ex-presidente Lula. "Não é de interesse do governo. O governo é um leviatã. Projeto de lei é outra coisa. Projeto de lei é de interesse e legitimidade do presidente da República. Vamos parar com esse negócio de governo."    

15h29 - Corrupção passiva - "Quando se diz que um parlamentar vota mediante pagamento em dinheiro, e essa é a acusação, indaga-se: 'é possível, à luz da imunidade material, segundo a qual, os deputados e senadores são invioláveis civil e criminalmente por suas opiniões, palavras e votos, de ter sua conduta escrutinada pelo Ministério Público? Ou por qualquer órgão da Justiça?"


15h30 - 'Lula ordenou o mensalão' - O advogado afirma que "três ministros de Estado, auxiliares do ex-presidente Lula, estariam pagando parlamentares para votar em projetos de lei, propostos pelo mesmo presidente". Portanto, para a defesa de Roberto Jefferson, Lula sabia e ordenou os pagamentos figurados pela acusação como o mensalão. "O senhor (procurador) não poderia afirmar aqui que o presidente fosse um pateta. Um deficiente", diz Corrêa sobre o fato de o ex-presidente não figurar na denúncia do Ministério Público. "O senhor (procurador) afirma que o presidente era safo. Mas é um pateta? Tudo isso aconteceu sob suas barbas e nada? Claro que não. Não só sabia como ordenou o desencadeamento de tudo isso. Sim, ele ordenou. Aqueles ministros eram apenas executivos dele."       

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