terça-feira, 20 de agosto de 2013

SÓ SE FALA NA TAL ÁRVORE


O corte de uma árvore da espécie Ligustre, no Bairro Menino Deus, em Porto Alegre, está causando a maior discussão na mídia, um verdadeiro absurdo por algo insignificante: uma árvore exótica que, segundo os entendidos, o pólen de suas flores causa alergia a pessoas sensíveis. Com tanto assunto para comentar e noticiar, os jornais, principalmente, dão grande centimetragem para o noticiário do corte da árvore. Há dois dias que só se fala na tal árvore. Tem coisas muito piores do que cortar uma árvore e não há o mínimo interesse em comentar ou noticiar. Por exemplo, a falta de uma ação mais efetiva dos órgãos de segurança contra as depredações ao patrimônio público e de pessoas por grupos principalmente no centro do País.

O que fez um grupo de torcedores do lado de fora do estádio em Brasília domingo último, no jogo Flamengo e São Paulo foi algo inacreditável. Um torcedor foi quase morto a ponta-pé e socos sob o olhar cândido de policiais que só passaram a agir depois que o miserável quase foi linchado. Isto é, ao em vez de prevenir o ato de selvageria deixou que ele se consumasse, passando depois reprimir a agressão.

Comentando com um amigo a cena mostrada na televisão, o argumento apresentado é que a Polícia procede assim por receio dos Direitos Humanos. Mas que Direitos Humanos são esses que só protege o agressor, o bandido?

Direitos humanos são direitos e liberdades básicos que devem gozar todos os seres humanos. Normalmente o conceito de direitos humanos pressupõe também a liberdade de pensamento e de expressão e a igualdade perante a lei. A Declaração Universal dos Direitos do Homem da Organização das Nações Unidas afirma: "Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos”. Ora, se assim é, então ele acaba onde começa o meu direito, por exemplo, de não ter minha propriedade invadida, não ter minha loja depredada, ou sofrer agressão como aquele torcedor, considerando que ele era um contra uns vinte. Proteger esse tipo de gente, pra mim não é ter direito humano coisa nenhuma.

Outro tipo de movimento que envolve os Direitos Humanos e não os humanos direitos é o bloqueio de estradas e ruas hoje um hábito revoltante. Qualquer movimento reivindicatório virou moda interromper rodovia, ruas urbanas...

Em Porto alegre, esta semana, uma manifestação de funcionários da EPTC – Empresa Porto-Alegrense de Transportes Coletivos do setor executivo, para reivindicar equiparação salarial com motoristas e cobradores, bloqueou a Av. Ipiranga de intenso movimento causando grande transtorno. Um cidadão que tinha cirurgia marcada no Hospital de Clínicas teve que adiá-la porque ficou preso ao trânsito. Onde está a ação dos Direitos Humanos nessa hora?

Cada vez mais estão tirando o direito do cidadão mais equilibrado e pacato o seu direito de ir e vir. Isto é Justo? Aliás, esse direito é uma falácia da nossa Constituição que só é válido para um lado, daqueles que promovem baderna, prejudicam o cidadão que, normalmente, nada tem a ver com uma categoria insatisfeita por causa de seus interesses particulares.

Por tudo isto, digam o que disserem, sou contra qualquer manifestação que implique em tirar o direito de ir e vir.

Já é hora dos nossos políticos criarem leis onde definitivamente fique proibido qualquer movimento que implique em não deixar que o cidadão transitar livremente por onde quiser

Afinal não vivemos numa democracia?

Assim como a Constituição garante que se faça greve, que haja reunião em praça pública, que permite o xingamento da mãe do juiz de futebol, pois que não tolha a vontade de qualquer pessoa andar por onde queira. Tenho dito.




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