quinta-feira, 1 de março de 2012


A coluna do jornalista Augusto Nunaes, da revista Veja, publicou matéria abaixo que vale a pena ler:


Depois de Marcos Valério, condenado em 14 de fevereiro a 9 anos de prisão, chegou a vez de Waldomiro Diniz. Nesta quinta-feira, a juíza Maria Tereza Donatti, da 20ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, sentenciou a 12 anos de cadeia o protagonista do escândalo que abriu o da Era Lula. É esse o título do post publicado na seção O País quer Saber em 30 de festival abril de 2009, exatamente sete dias depois do nascimento da coluna. Reproduzido agora na seção Vale Reprise, o texto é um retrato 3×4 do crápula que José Dirceu presenteou com um empregão na Casa Civil.

Waldomiro e Dirceu nasceram um para o outro, atesta a convivência mais que fraternal dos amigos que dividiram um apartamento em Brasília antes de se tornarem vizinhos de sala no 4° andar do Palácio do Planalto. Se a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal mirar-se no exemplo dos juízes que castigaram Marcos Valério e Waldomiro Diniz, e cumprir seu dever no julgamento dos mensaleiros, Dirceu poderá reencontrar o amigo num mesmo presídio. Nos banhos de sol no pátio, a dupla terá tempo de sobra para recordar os bons tempos em que o Brasil foi reduzido a um viveiro de criminosos impunes.

Enviado por Ricardo Noblat -

Política


O Planalto planeja tirar o Ministério do Trabalho do PDT e negocia com parte da sigla o apoio a um nome alternativo, revelaram à Reuters fontes do governo nesta quarta-feira.

A gota d'água, segundo as fontes, foi a votação do Funpresp, o fundo de previdência complementar dos servidores públicos, na noite de terça-feira, em que o PDT votou majoritariamente contra a orientação do Planalto, de aprovar a proposta.

A alternativa que vem sendo negociada pela área de articulação política com o aval da presidente Dilma Rousseff inclui indicar para a pasta dois nomes, os dos deputados Hugo Leal (PSC/RJ) e Alex Canziani (PTB/PR).

Leal, que já foi do PDT, é considerado pelo Planalto um nome com trânsito no partido que ocupou a pasta até a saída, em dezembro, de Carlos Lupi.

Presidente da sigla, Lupi deixou o ministério depois que denúncias de irregularidades levaram a Comissão de Ética Pública da Presidência recomendar sua demissão. A pasta do Trabalho é ocupada interinamente pelo ministro Paulo Roberto Pinto.

Segundo confirmaram fontes próximas a Dilma, ela simpatizava com dois nomes no PDT, o dos deputados Brizola Neto (RJ), vetado por Lupi, e de Vieira da Cunha (RS), vetado por parte da bancada na Câmara.


Chico de Gois e Chico Otávio, O Globo

Quando era garoto, Marcelo Crivella (foto acima) gostava de pegar ondas de peito e de prancha de isopor no Leblon, onde foi criado. E talvez tenha sido esse o único momento da vida em que o senador teve um contato mais direto com o mar, que agora passa a ser o centro de suas atenções como ministro da Pesca.

Conhecido pela fala mansa, gestos medidos e oratória pontuada de citações bíblicas, o futuro ministro admitiu que “tem muito a aprender” sobre pesca e aquicultura.

Crivella, que fez carreira política embalado pela força da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) criada pelo tio, o bispo Edir Macedo, chega ao primeiro escalão do governo Dilma sem se livrar da pecha de pescador de eleitores de fé.

Se o envolvimento com a religião lhe valeu duas vitórias na disputa da vaga no Senado (2002 e 2010), foi esse mesmo vínculo que custou a Crivella, bispo licenciado da Iurd, três derrotas consecutivas quando tentou um cargo executivo (governo do Estado do Rio, em 2006, e Prefeitura da capital, em 2004 e 2008).

Apesar do esforço para se mostrar um senador do Estado do Rio, e não da Igreja Universal, Crivella não esconde as convicções religiosas. Se diz criacionista e acredita que a explicação bíblica sobre a origem da humanidade é mais lógica do que a evolução. Nas eleições de 2008, enfrentou ira do movimento gay ao declarar em entrevista que divergia da união homoafetiva por achar que o homossexualismo era “o caminho da amargura”.



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