sábado, 3 de março de 2012

BARBAS DE MOLHO
O cientista político gaúcho André Marenco, muito respeitado pelas suas posições e análises políticas fez uma afirmação em entrevista ao Jornal do Comércio a meses atrás, segundo a qual, o PT precisará renovar para ter chances em 2012. Falou especificamente a respeito das eleições em Porto Alegre. De acordo com sua análise, o Partido dos Trabalhadores envelheceu muito e as lideranças são as mesmas de 30 anos atrás, ou seja, a sigla ainda não deu mostras de que pode apresentar um discurso com propostas novas. Segundo ele, a tendência é repetir o que foi dito em 2004 e 2008. Ficou no vamos fazer o que já estamos fazendo, o Orçamento Participativo.
Se fizermos uma análise da política local, a situação não é muito diferente da de Porto Alegre.
O prefeito Paulo Polis, por exemplo, cometeu alguns equívocos, persiste em vários deles, e de uns trinta dias para cá, faz da propaganda institucional uma cortina de fumaça para despistar o que muitos classificam de “escândalos administrativos” e falta de cumprimento de promessas de campanha.
De positivo, podemos apontar a assinatura do convênio com a Corsan; deu ênfase ao programa de moradia própria para famílias de baixa renda em parceria com o Governo Federal, através da Caixa Econômica; construção de escolas e ampliação de instalações do Hospital Santa Terezinha, cujas obras andam a paço de tartaruga. As modificações no sistema viário urbano por uma empresa contratada, que tanta celeuma causou, com mudanças no trânsito, ainda não iniciaram. A pintura e recuperação do prédio da Prefeitura e Castelinho, nem pensar.
Tem um ditado que diz: quando a propaganda é demais, desconfia do produto. O     que o Executivo vem fazendo é a legítima propaganda enganosa, gastando um caminhão de dinheiro para satisfazer seu ego e despistar os desmandos do seu governo.
Dá para perceber pela mídia local a insistência propagandística, aliás, de muito bom gosto, mas já cansou, está se tornando um tanto cansativa passando a ter seu efeito negativo.
A propaganda é a alma do negócio quando bem utilizada. No caso do governo Polis passou a ser: entra por um ouvido e sai pelo outro. É hora de parar.

No final de 2011 uma pesquisa realizada pelo ISPO/Instituto SL de Pesquisa & Opinião, mostrou o retrato do acima exposto. Ou seja, a população não foi na onda.  Ela apontou que tanto na opinião espontânea como na estimulada, o nome de Elói Zanella (PP) aparece líder nas intenções de voto entre nove nomes analisados se a eleição fosse naquele momento. E se sabe que pesquisa é momento. A amostragem apontou que o ex-prefeito progressista somou 25,6% das intenções de voto no quadro espontâneo e 35,20% no estimulado. Na segunda opção aparece o atual prefeito, Paulo Polis (PT-PMDB) – com 18,6% e 24,2% das intenções, respectivamente. Diferenças de 7,0% e 11,0% pró Zanella. No terceiro posto figura outro ex-prefeito, Luiz Francisco Schmidt (DEM), 8% na espontânea e 12% estimulada. A margem de erro da pesquisa é de 3% para mais ou para menos. Evidentemente que ainda é cedo para um prognóstico mais acurado sobre as eleições deste ano, mas a amostragem do Instituto SL tem demonstrado que se o quadro não mudar e Elói Zanella aceitar o desafio de candidatar-se a mais uma eleição, a coligação PT-PMDB que coloque as barbas de molho. Como Schmidt não concorrerá resta saber para onde migrarão seus cerca de 12 mil eleitores cativos.

PARA DISCUTIR
Pesquisa sobre o sistema de saúde no Brasil, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) ao Ibope, mostra que 61% dos 2.002 entrevistados em todo o país consideram que ele é péssimo ou ruim. Somente 10% avaliaram a qualidade como boa ou ótima.
Segundo o levantamento, a avaliação mais positiva foi na Região Sul, onde 30% das pessoas ouvidas disseram que a qualidade do sistema de saúde de sua cidade é ótima ou boa. O Nordeste ficou com a pior avaliação: 62% qualificaram como ruim ou péssima.
Entre os entrevistados, 42% disseram que não perceberam mudanças para melhor no sistema nos últimos anos e 43% opinaram que ele piorou. Para o gerente executivo de Pesquisa da CNI, Renato Fonseca, os dados refletem a opinião do público e não o posicionamento do pesquisador sobre a questão.
Vinte e quatro por cento têm plano de saúde, contratado, em sua maior parte, pelo empregador. As campanhas de vacinação são a iniciativa mais visível, para o público, do sistema de saúde.
E tem gente achando que tudo está bem, maravilhoso!

Nenhum comentário:

Postar um comentário