Este ano de
2013 que está prestes a findar levou de nosso convívio várias pessoas queridas
e que prestaram relevantes serviços à comunidade. A mais recente perda foi de
Silvino Záffari, cuja existência foi dedicada à família, ás entidades que
dirigiu e o seu profundo amor pela fé. Ele descendia de família católica e
nascera em São Valentim quando ainda era distrito de Erechim. Silvino marcou sua
passagem terrena como grande benfeitor da Diocese de Erechim, Seminário de
Fátima, fundador e presidente da Sociedade Jacinto Godoy - Lar dos Velinhos -
membro da ACIE, Sindiolojas, CDL, Frinape. Piscina do Clube do Comérecio,
Ypiranga F.C. enfim, era um homem ligado as ações de crescimento e progresso de
Erechim. Na Unesul, foi sucessor de seu pai chegando a exercer por muitos anos
uma das diretorias da empresa até se aposentar. Dentre as várias atividades
exercidas na sociedade local, Silvino Záffari na sua juventude exerceu na
década de 50 a função de coroinha da então Igreja Matriz São José. Juntamente
com ele dividia a responsabilidade dos serviços, como auxiliar do padre nas
missas, Mário Isoton. As missas era rezadas no antigo ritual em latim e o padre
de costas para o público. Falo isto porque certa ocasião quis seguir o exemplo
de ambos mas acabei desistindo. O coroinha naquele tempo, além de auxiliar o
sacerdote alcançando-lhe as galhetas com a água e o vinho, a água com o
recipiente para lavar ás mãos e a toalha, ainda na hora da comunhão colocava um
bandeja debaixo do queixo do comungante para, em caso de acidente, não deixar a
hóstia cair no chão. Mas, o mais difícil era responder em latim as orações que
eram feitas pelo padre durante a celebração. Tentei várias vezes decorar o
ritual mas não consegui. A única resposta a pergunta" Dóminus
vobiscum" feita pelo celebrante que nunca esqueci era: et com spiritu
tuum". Poucas são as pessoas como Silvino,
que mesmo sendo um empresário bem sucedido sempre esteve preocupado com a vida
do próximo, auxiliando, incentivando e dando o melhor de si para ver
transformada a vida das pessoas. Faço este registro porque Silvino era uma figura
desigual do ponto de vista do homem comum. Exemplo de chefe de família, caridoso
e profundamente religioso. A família de Silvino Záffari desejo associar-me a
dor da perda.
Santo Agostinho é que dizia em versos:
A morte não é nada. Eu somente passei para
o outro lado do Caminho.
Eu sou eu, vocês são vocês.
O que eu era para vocês,
Eu continuarei sendo.
Me dêem o nome que vocês sempre me deram,
Falem comigo como vocês sempre fizeram.
Vocês continuam vivendo no mundo das criaturas,
Eu estou vivendo no mundo do Criador.
Não utilizem um tom solene ou triste,
Continuem a rir daquilo que nos fazia rir juntos.
Rezem, sorriam, pensem em mim.
Rezem por mim.
Que meu nome seja pronunciado
como sempre foi,
Sem ênfase de nenhum tipo.
Sem nenhum traço de sombra ou tristeza.
A vida significa tudo o que ela sempre significou,
O fio não foi cortado.
Porque eu estaria fora de seus pensamentos,
Agora que estou apenas fora de suas vistas?
Eu não estou longe,
Apenas estou do outro lado do Caminho...
Você que aí ficou, siga em frente,
A vida continua, linda e bela como sempre foi.
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