terça-feira, 3 de dezembro de 2013

SÓ MESMO NO BRASIL


É difícil acreditar que alguém condenado pela prática de corrupção a sete anos e 11 meses em regime inicial semiaberto, seja contratado por um hotel de luxo em Brasília com um salário milionário de R$ 20 mil por mês. Esta inominável contratação foi conseguida pelo prisioneiro José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil no governo Lula e um dos mais inteligentes membros do grupo denominado mensalão. Dirceu é réu que se enquadra na pena “fatiada”. Ele foi condenado a 10 anos e 10 meses de prisão em regime fechado pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa, mas tem um recurso pendente pelo primeiro delito. Dessa forma, inicialmente foi condenado pela prática apenas da corrupção, o que configura uma condenação de sete anos e 11 meses, em regime inicial semiaberto. As redes sociais publicaram o Contrato de Trabalho na Carteira Profissional do mensaleiro, como gerente administrativo, pelo salário citado acima de R$ 20 mil mensais, a partir do dia 22 de novembro de 2013. Ele ainda não assumiu o cargo porque o pedido de Dirceu será encaminhado para a Seção Psicossocial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, formada por assistentes sociais e psicólogos, para avaliar a proposta de emprego e elaborar relatório que servirá de base para conceder autorização ou não para o trabalho externo. O Ministério Público também se manifestará sobre o parecer. Até aqui está tudo bem. Afinal, é um direito assegurado a pessoa mesmo estando presa, como é o caso do mensaleiro José Dirceu, pleitear emprego, já que terá tempo durante o período em que cumprirá a pena em regime semiaberto e exercer alguma atividade. O trabalho não pode ultrapassar o horário entre 8h e 17h, com uma hora de intervalo para o almoço. À noite o preso é obrigado a dormir na cadeia. O que mais chama a atenção é a facilidade com que arranjou esse emprego e o salário que irá perceber. Puxa vida, existe tanta gente que procura uma colocação para trabalhar e encontra uma série de dificuldades, até mesmo discriminação, ou por que é uma pessoa feia, deficiente, de cor etc. O José Dirceu não teve estes embaraços. Assim que lhe foi permitido pleitear trabalho externo para não ficar trancafiado entre as grades, pediu e parece que vai conseguir. Que coisa fantástica são nossas leis. Para o ladrão que lesou a todos nós, povo, ás facilidades da lei, para o que furta um pão para saciar a fome de um filho, os rigores desta mesma lei. Afora o tapa na cara que todos levamos por não nos macular com a nódoa da corrupção. O empregador do ex-ministro José Dirceu no hotel Saint Peter, em Brasília, afirmou que conheceu o petista em uma audiência no Palácio do Planalto e o contratou "pela qualificação". O empresário explicou que, descontados os impostos, o salário de R$ 20 mil que prometeu a Dirceu "chegará mais ou menos a R$ 14 mil". Só não explicou como, ou por que, há diferença de salários entre Dirceu e a gerente geral do hotel que será a chefe do ex-ministro. Na carteira de trabalho dela consta R$ 1.800. Fica difícil entender e dá margem a muitas insinuações. Uma delas é a seguinte: não será troca de favor? Não faz muito o proprietário do hotel onde Dirceu vai trabalhar teve problemas com o Ministério das Comunicações. Ele é proprietário de emissoras de rádio e TV.
Presente de Natal
Um bom presente de Natal foi dado pelo governo aos proprietários de veículos automotores: o aumento do preço dos combustíveis. O consumidor já est[á pagando em média mais caro  2,5%, em média, para a gasolina e 6% para o óleo combustível. Estes aumentos vão refletir na inflação e no preço das mercadorias, pois haverá repasse dos custos ao consumidor final. O Sindicarto das Empresas de Transporte de Cargas do R.G. do Sul - SETCERGS, se reúine esta semana para corrigir a planilha de custos do frete.

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