segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

A VIOLÊNCIA NOS ESTÁDIOS DE FUTEBOL

O que está acontecendo nos estádios de futebol em termos de violência é o reflexo da sociedade. Os fatos ocorridos no último fim  de semana em Joinville-SC, nas arquibancadas do jogo entre Atlético e Vasco da Gama é mais uma constatação de que a impunidade germina como erva daninha em todos os estádios. Que péssimo exemplo estamos dando ao mundo que assistiu as imagens pela televisão do comportamento brasileiro nos estádios de futebol. Sem falar que estamos já na antevéspera de uma Copa o maior evento esportivo do planeta.
Quatro pessoas ficaram gravemente feridas com as agressões. Até um helicóptero teve que ser usado para remover os feridos. A notícia foi estampada em jornais e sites estrangeiros.
O  jornal britânico “The Guadian” mostrou preocupação com a violência dos estádios no país que sediará a Copa do Mundo em 2014.
“A violência entre torcidas tem tido uma escala no Brasil este ano, aumentando as preocupações com as finais da Copa do Mundo, em junho”, diz um trecho da reportagem do “The Guardian”, que ainda sublinha que a polícia não estava dentro do estádio quando a briga começou na arquibancada. “A briga ressaltou o problema da violência no futebol no Brasil, onde é geralmente ligada à gangues armadas. Estima-se que mais de 150 pessoas foram mortas em brigas nos estádios nos últimos 25 anos. (...) Embora a luta costume ser associada com times da liga, não com a seleção brasileira, os organizadores da Copa do Mundo se preocupam com questões de policiamento, justiça, crimes a mão armada e desigualdade social que contribuem para essa violência”.
A violência num dos jogos mais importantes da última rodada do Campeonato Brasileiro interrompeu a partida por uma hora e 10 minutos e ganhou o rótulo de “selvageria mundial” no noticiário esportivo argentino “Ole”. O site usa a expressão “imagens de terror no Brasil” ao informar que torcedores pisaram na cabeça de um rival. “Foi violência pura”, diz o texto.
“Violência brutal no Atlético-PR e Vasco” é o título da reportagem do jornal esportivo “Marca”, da Espanha. No entanto, o veículo espanhol é um dos poucos que se lembra de apresentar o resultado do jogo (5 a 1 para o time paranaense) no texto que ressalta o estado grave de saúde em que se encontram três torcedores envolvidos na briga.
O jornal americano “Washington Post” diz que balas de borracha foram disparadas pela polícia para conter a pancadaria na arquibancada em uma matéria intitulada “Jogo de futebol do Campeonato Brasileiro assombrado por violência entre torcedores”. Assim como a reportagem do britânico “The Guardian”, o veículo americano também destaca que a “violência entre torcedores tem se escalado no Brasil este ano, aumentando as preocupações com a Copa do Mundo”, em texto assinado pela agência Associated Press.
Não sei porque a polícia demorou tanto a intervir. Ela só passou a agir depois que tudo havia acontecido.
Essa história de que policiais não podem ficar (!?) no interior dos estádios é uma medida caturra de quem sugeriu ou determinou. Se com policiais dentro dos estádios torcedores entram em guerra, imagina sem!!!!
Outra coisa que tem de acabar é o tal de crime fiançável, ou seja, sob fiança.  Eu cometo uma transgressão da Lei, o inquérito é lavrado, pago o valor que o Delegado de Polícia arbitra, e saio livre, não vou para a cadeia. Em outras palavras, eu pago para não ser preso. Tem muitos que defendem que não se deva aumentar as penas porque elas não resolvem. É discutível, há controvérsias. O individuo que pratica violência em qualquer lugar, especialmente em estádios de futebol, como o que ocorreu em Joinville, tem sim que ir direto para a jaula (cadeia) e ver o sol nascer quadrado, pelo mínimo 30 dias. Depois, se for apurado que mereça cumprir mais pena que a Justiça determine.
Foi muito triste e lamentável o que milhares de telespectadores viram pela televisão no domingo que passou.

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