terça-feira, 16 de julho de 2013

NOSSA EDUCAÇÃO VAI MAL


A educação no Brasil não vai bem. A última pesquisa realizada pela ONU – Organização das Nações Unidas – mostra que aumentou do ano passado para este em 3% os alunos que deixam de estudar quando atingem o segundo grau.

O Brasil ficou em penúltimo lugar em ranking global de educação que comparou 40 países levando em conta notas de testes e qualidade de professores, dentre outros fatores.

Em primeiro lugar está a Finlândia, seguida da Coréia do Sul e de Hong Kong.

Os 40 países foram divididos em cinco grandes grupos de acordo com os resultados. Ao lado do Brasil, mais seis nações foram incluídas na lista dos piores sistemas de educação do mundo: Turquia, Argentina, Colômbia, Tailândia, México e Indonésia, país do sudeste asiático que figura na última posição.

Critérios como a quantidade de alunos que ingressam na universidade também foram empregados.

As nações que figuram no topo da lista valorizam seus professores e colocam em prática uma cultura de boa educação.

A Alemanha, por exemplo, se viu muito mais abaixo nos primeiros rankings do que esperava. O resultado propiciou  profundo debate nacional sobre o sistema educacional, sérias análises das falhas, e aí surgiram políticas novas em resposta aos desafios. Uma década depois, o progresso da Alemanha rumo ao topo dos rankings foi visível para todos.

Os alemães figuram em 15º lugar. Em comparação, a Grã-Bretanha fica em 6º, seguida da Holanda, Nova Zelândia, Suíça, Canadá, Irlanda, Dinamarca, Austrália e Polônia.

Tidas como "super potências" da educação, a Finlândia e a Coreia do Sul dominam o ranking, e na sequência figura uma lista de destaques asiáticos, como Hong Kong, Japão e Cingapura.

Alemanha, Estados Unidos e França estão em grupo intermediário, e Brasil, México e Indonésia integram os mais baixos.

O levantamento é baseado em testes efetuados em áreas como matemática, ciências e habilidades linguísticas a cada três ou quatro anos, e por isso apresentam um cenário com um atraso estatístico frente à realidade atual. Ao analisar os sistemas educacionais bem-sucedidos, o estudo concluiu que investimentos são importantes, mas não tanto quanto manter uma verdadeira "cultura" nacional de aprendizado, que valoriza professores, escolas e a educação como um todo. Tudo o que não se faz aqui no Brasil a começar pela desvalorização do professor, que ganha mal, e ainda é desconsiderado pelo governo.

Comparando a Finlândia e a Coreia do Sul, por exemplo, vê-se enormes diferenças entre os dois países, mas um "valor moral" concedido à educação muito parecido.

O relatório destaca ainda a importância de empregar professores de alta qualidade, a necessidade de encontrar maneiras de recrutá-los e o pagamento de bons salários.

Há ainda menções às consequências econômicas diretas dos sistemas educacionais de alto e baixo desempenho, sobretudo em uma economia globalizada baseada em habilidades profissionais.

Alguns estudantes opinaram sobre o estudo. Olha só o que alguns disseram: o primeiro afirmou que “se o ensino puxasse um pouco para o lado do mercado do trabalho ajudaria muito”. O segundo afirmou que “o professor sabe tudo, mas não consegue passar para o aluno e isso faz com que ele se desinteresse, porque não sente confiança no professor, naquilo que ensina e ele acaba não indo à escola”. Um terceiro opinou: “na realidade em que a gente vive a grade curricular deve ser revista, porque muitas matérias que são trabalhadas não vão ser usadas depois”.

Outro relatou que “as aulas são um pouco desinteressantes porque o aluno não quer mesmo estudar e não adianta o professor mostrar que o estudo é importante. Não adianta, eles são mesmo desinteressados”.

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