A educação no Brasil não vai bem. A
última pesquisa realizada pela ONU – Organização das Nações Unidas – mostra que
aumentou do ano passado para este em 3% os alunos que deixam de estudar quando
atingem o segundo grau.
O Brasil ficou em penúltimo lugar em ranking
global de educação que comparou 40 países levando em conta notas de testes e
qualidade de professores, dentre outros fatores.
Em primeiro lugar está a Finlândia,
seguida da Coréia do Sul e de Hong Kong.
Os 40 países foram divididos em cinco
grandes grupos de acordo com os resultados. Ao lado do Brasil, mais seis nações
foram incluídas na lista dos piores sistemas de educação do mundo: Turquia,
Argentina, Colômbia, Tailândia, México e Indonésia, país do sudeste asiático
que figura na última posição.
Critérios como a quantidade de alunos
que ingressam na universidade também foram empregados.
As nações que figuram no topo da lista
valorizam seus professores e colocam em prática uma cultura de boa educação.
A Alemanha, por exemplo, se viu muito
mais abaixo nos primeiros rankings do que esperava. O resultado propiciou profundo debate nacional sobre o sistema
educacional, sérias análises das falhas, e aí surgiram políticas novas em
resposta aos desafios. Uma década depois, o progresso da Alemanha rumo ao topo
dos rankings foi visível para todos.
Os alemães figuram em 15º lugar. Em
comparação, a Grã-Bretanha fica em 6º, seguida da Holanda, Nova Zelândia,
Suíça, Canadá, Irlanda, Dinamarca, Austrália e Polônia.
Tidas como "super potências"
da educação, a Finlândia e a Coreia do Sul dominam o ranking, e na sequência
figura uma lista de destaques asiáticos, como Hong Kong, Japão e Cingapura.
Alemanha, Estados Unidos e França estão
em grupo intermediário, e Brasil, México e Indonésia integram os mais baixos.
O levantamento é baseado em testes
efetuados em áreas como matemática, ciências e habilidades linguísticas a cada
três ou quatro anos, e por isso apresentam um cenário com um atraso estatístico
frente à realidade atual. Ao analisar os sistemas educacionais bem-sucedidos, o
estudo concluiu que investimentos são importantes, mas não tanto quanto manter
uma verdadeira "cultura" nacional de aprendizado, que valoriza
professores, escolas e a educação como um todo. Tudo o que não se faz aqui no
Brasil a começar pela desvalorização do professor, que ganha mal, e ainda é desconsiderado
pelo governo.
Comparando a Finlândia e a Coreia do
Sul, por exemplo, vê-se enormes diferenças entre os dois países, mas um
"valor moral" concedido à educação muito parecido.
O relatório destaca ainda a importância
de empregar professores de alta qualidade, a necessidade de encontrar maneiras
de recrutá-los e o pagamento de bons salários.
Há ainda menções às consequências
econômicas diretas dos sistemas educacionais de alto e baixo desempenho,
sobretudo em uma economia globalizada baseada em habilidades profissionais.
Alguns estudantes opinaram sobre o
estudo. Olha só o que alguns disseram: o primeiro afirmou que “se o ensino
puxasse um pouco para o lado do mercado do trabalho ajudaria muito”. O segundo afirmou
que “o professor sabe tudo, mas não consegue passar para o aluno e isso faz com
que ele se desinteresse, porque não sente confiança no professor, naquilo que
ensina e ele acaba não indo à escola”. Um terceiro opinou: “na realidade em que
a gente vive a grade curricular deve ser revista, porque muitas matérias que
são trabalhadas não vão ser usadas depois”.
Outro relatou que “as aulas são um pouco
desinteressantes porque o aluno não quer mesmo estudar e não adianta o
professor mostrar que o estudo é importante. Não adianta, eles são mesmo
desinteressados”.
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