domingo, 7 de julho de 2013

CONVITE AO RECALL



O Brasil foi convocado para o recall. Recall em inglês quer dizer fazer voltar à memória, lembrar, rever. Por exemplo, as políticas de saúde, segurança; as leis dos partidos; as leis fiscais etc. precisam ser revistas, passar pelo recall.
Mas, para que isso aconteça foi preciso o povo saísse ás ruas para protestar, promover (lamentavelmente) quebra-quebra, saquear, roubar  tudo por conta de uma histeria coletiva que se espalhou por todo o país e que poderia ter sido evitado se os políticos, efetivamente, cumprissem com o seu verdadeiro papel.
Sobre tantas mudanças que precisam ser feitas, duas delas seria o fim do voto obrigatório o voto avulso.
O voto imposto, exigido, é idêntico ao casamento.
Quando contraímos compromisso matrimonial juramos até a morte que não nos separaremos do cônjuge. Mas, em determinado momento da vida a lei nos permite a separação. Por que através do voto precisamos “casar” com um deputado e suportá-lo por quatro anos, ou com um senador por oito anos e só nos livrar dele numa próxima eleição? Mesmo porque a multa para quem não vota é ridícula.
Sobre a candidatura avulsa seria outra boa novidade, pois permitiria ás pessoas que não tem partido; que não gostam de partido; que odeiam partido político anunciar-se como candidato, sem estar compromissado com filosofias partidárias, programa, grupo... O único compromisso seria jurar cumprir e defender a Constituição, promovendo o bem estar da sociedade.
Por mais que muita gente não goste do governador Sérgio Cabral (PMDB) do Rio de Janeiro, comungo com ele sobre a idéia do voto facultativo e a realização de um plebiscito sobre reforma política em que a população decida sobre pontos específicos a serem definidos pelo Congresso Nacional, em vez de uma consulta sobre a convocação de uma constituinte exclusiva.
A candidatura avulsa não compromete os partidos como andam dizendo por aí sob o argumento de que os aventureiros poderiam lançar candidaturas avulsas.
Mas há também aventureiros nos partidos! Então é um argumento que não convence, pois os aventureiros estão em toda parte. Esse tema vale uma consulta pública, assim como o voto obrigatório. O voto facultativo melhoraria demais a política brasileira.
Estamos vivendo um aprendizado e temos que estar mais juntos para discutir o pacto federativo. Não dá para um jogar a responsabilidade para o outro. Questões como reforma política, combate à corrupção, saúde, educação têm envolvimento direto de todos os entes federativos.

Depois de assistir o Globo Repórter da última sexta-feira, fiquei com inveja dos irmãos uruguaios.
Um país praticamente do tamanho do Rio Grande do Sul onde não há congestionamento de trânsito, tem uma população cem por cento alfabetizada, é onde se produz a melhor carne bovina da América do Sul, doces de leite, o próprio leite, azeite da melhor qualidade e o que é mais importante, o aposentado uruguaio ganha bem.
Exatamente o que lá tem de bom, aqui tem de pior. O nosso leite até produtos químicos colocam para se obter mais lucro; a carne nem se compara e o aposentado é considerado  pelo governo um reles da sociedade.
O Uruguai é o pais do bem viver, como é conhecido. Não há corrupção, a internet é de graça; na escola cada aluno tem um computador; pescado fresquíssimos, vinhos deliciosos, tudo produzido na própria terra. Ruas sem engarrafamentos. Não há violência.
Enquanto no país vizinho e amigo os idosos recebem uma justa aposentadoria, no Brasil o famigerado fator previdenciário deixa-os a cada ano que passa mais pobre. Por isso o Uruguai é um país tranquilo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário