segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O ESVAZIAMENTO DAS IGREJAS E SEMINÁRIOS
Não é de hoje que a Igreja Católica vem sofrente defecções. Os jovens já não mais se interessa tanto em ingressar na vida sacerdotal como antigamente. Basta ver o vazio existente nos seminários. Embora haja esforços contínuos das dioceses, o chamado permamente de jovens através das paróquias e das próprias visitas pastorais, os jovens n~çao estão correspondendo a esses apelos. O que estaria acontecendo. Não sei!?
Leio em um jornal de Caxias do Sul que a Diocese local está buscando voluntários para suprir a falta de padres na Serra. Homens solteiros ou mesmo casados desempenhariam funções como sacerdotes, obviamente com algumas restrições.
A iniciativa ousada é do bispo Dom Alessandro Ruffinoni. A proposta é escolher na comunidade homens solteiros ou casados que se dispunham a celebrar cultos, abençoar casamentos e organizar a formação de comunidades católicas.
Nos últimos anos, houve uma diminuição drástica no interesse dos jovens em ingressar na vida sacerdotal. Se a tendência continuar nesse ritmo, o resultado mais provável em um futuro próximo é o retrocesso na igreja por falta de lideranças.
A função a ser desempenhada é chamada de diácono permanente. O voluntário recebe a permissão do bispado para exercer atividades parecidas com a de um padre, porém, com alguns limites.
Ele pode, por exemplo, conduzir a liturgia, pregar o evangelho (homilia) e a oração junto ao altar. Paralelamente, presta serviços de caridade, animar e apoiar as pastorais.
Esta proposta precisa ser aprovada pelos sacerdotes de 29 municípios que integram a Diocese de Caxias do Sul.
A idéia revolucionária de Dom Alessandro Ruffinoni tende a evoluir, porque vai permitir aqueles que têm alguma vocação para o sacerdócio mesmo sendo adultos e maduros poderão perfeitamente preencher as lacunas existentes pela falta de novos sacerdotes.
Aliás, com algumas exceções, as missas nas nossas igrejas não sofrem maior interesse e freqüência de fiéis porque se observa a falta de preparo daqueles que auxiliam o padre, como por exemplo, os leitores. As leituras são feitas sem muito entusiasmo e dicção, ou seja, não empolga, não atrai a atenção. Por outro lado, a figura do Coroinha na missa deixou de existir, e ele, o Coroinha, tem papel importante na missa. Ele é o verdadeiro auxiliar do sacerdote no altar durante a celebração e não, salvo prova em contrário, os ministros ou acólitos, cujo papel além de outros é distribuir a comunhão.
Por tudo isso caberia, de fato, um reexame por parte de nossas lideranças religiosas para que as missas e outras funções litúrgicas fossem mais participativas e oferecessem oportunidades, exatamente de acordo com as propostas por Dom Alessandro Ruffinoni, bispo de Caxias do Sul.
Lembro que no ano passado o papa Bento XVI denunciava a crescente perda de fiéis pela Igreja Católica brasileira e a rápida expansão no país das comunidades evangélicas  e neopetencostais.
- Se observa uma crescente influência de novos elementos na sociedade, que até poucos anos não existiam. Isto provoca um crescente abandono por parte de muitos católicos, ao mesmo tempo em que se observa no panorama religioso do Brasil a rápida expansão das comunidades evangélicas e neopentecostais - disse o Papa.
- Às vezes os batizados não são suficientemente evangelizados, e as pessoas se tornam facilmente influenciáveis, possuem uma fé frágil, baseada em uma ingênua devoção - disse.
Bento XVI pediu à Igreja Católica que se empenhe na hora da evangelização e que não poupe esforços na busca por católicos que tenham se afastado da igreja e por pessoas que conhecem pouco ou nada da mensagem evangélica. Também assinalou que é necessário reforçar o "diálogo ecumênico" diante da multiplicação incessante de novos grupos, que às vezes fazem uso de um proselitismo agressivo.
Se de fato houver unanimidade na proposta do bispo de Caxias, com certeza, haverá uma nova conscientização dos católicos para com a sua Igreja.

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