sábado, 6 de agosto de 2011

FALTA DE PREPARO E PREVISÃO
Há dias que venho adiando o comentário sobre um fato que constatei várias vezes ao me dirigir a lojas de departamento em Erechim e observar o despreparo das atendentes, ou vendedores internos.
Na quarta-feira passada foi a gora d’àgua.
Antes de contar-lhes o que me aconteceu nesse dia preciso retroceder ao dias das mães, no mês de maio. É uma comemoração em que o comércio em geral se prepara para melhorar e/ou aumentar suas vendas. Não faltam promoções.
Iniciei meu périplo pelo lado esquerdo de quem sobe a Av. Maurício Cardoso e retornei pelo outro lado da avenida. O meu objetivo era comprar uma TV para dar de presente no dia das mães. Com exceção de uma loja, as demais não possuíam a TV que eu queria. Só existiam de 32 polegadas para cima. De 32 para baixo nem mais no estoque.
Teve um vendedor que tentou convencer-me que se aguardasse até a segunda-feira iria conseguir o aparelho, como era meu desejo e especificações.
Imaginem a resposta que lhe dei!
Como compraria um presente numa data simbólica como o Dia das Mães, para entregar depois da data? Ficaria muito sem graça, sem significado, não acham?
Seria preferível dizer-me que pela grande procura o estoque havia sido esgotado, e tudo bem.
Outra situação: até hoje não consegui entender porque quando se quer comprar determinado produto à vista, com dinheiro, o preço é o mesmo se adquirir em até 10 vezes ou mais. O normal seria á prazo com o acréscimo do juro, à vista deveria haver desconto.
Discuti esta questão em três lojas que entrei para comprar a dita TV, e por não conseguir persuadir o gerente, saí da loja como entrei, sem comprar. Se todos fizessem assim, acho que essa mania de vender à vista pelo mesmo preço a prazo, acabaria.
Como disse no início, a gota d’água foi na quarta-feira passada. Entrei em uma tradicional loja erechinense para fazer compra. Ao me aproximar do balcão, naquela seção havia apenas uma vendedora que na ocasião atendia um casal. Aguardei cerca de cinco minutos e a moça, além de estar ocupada com o referido casal, por duas vezes também atendeu ao telefone. Ao perceber que demoraria concluir a venda, dirigi-me a funcionária que atende o caixa e indaguei se não havia outra funcionária que pudesse me atender, pois desejava comprar. Sabem o que ela me respondeu?
- Não, é a vendedora que ali está!
Respondi-lhe: obrigado, vocês acabam de perder uma venda e um cliente.
Olhei para o outro lado da loja e lá estavam três vendedores de braços cruzados.
Não sei se tal situação vivida por mim já ocorreu com você, mas o que se deduz é que pessoas para lidar com o público em Erechim são mal preparadas. Isto sem contar com aqueles que ao receberem o cliente no interior da loja perguntam:
- O que, que tu precisa?

OS DESTAQUES DA SEMANA QUE PASSOU

A saída de Nelson Jobim do Ministério da Defesa, e a denúncia do STF por formação de quadrilha peculato e dispensa de licitação sem amparo legal, do deputado federal José Otávio Germano (PP) apontado pela Procuradoria-Geral da República como o comandante do esquema que teria desviado R$ 44 milhões do Detran. Nas 858 páginas do inquérito que embasou a denúncia, a Procuradoria Geral da República afirma que a ação do parlamentar foi de "fundamental importância para o sucesso da empreitada criminosa".
Conforme a denúncia, as fraudes tiveram início em 2003, tão logo o deputado assumiu a Secretaria de Segurança no governo Germano Rigotto.
Entre os indícios coletados na investigação, estão relatórios da Receita Federal sobre a movimentação financeira do deputado. De
2005 a
2007, ele teria movimentado R$ 2,59 milhões em suas contas bancárias, um montante quase quatro vezes superior aos rendimentos tributáveis obtidos por ele no mesmo período.
Segundo a denúncia, só em 2007, José Otávio teria movimentado R$ 1,2 milhão - valor cinco vezes maior do que o total recebido no ano em salários da Câmara. Para o procurador-geral Roberto Gurgel, o fluxo de dinheiro nas contas indica que José Otávio teria sido beneficiado pelas fraudes, "recebendo parte das verbas desviadas".


Contraponto


O que diz o advogado do deputado José Otávio Germano (PP), José Antônio Paganella Boschi: A denúncia ainda não foi admitida pelo STF. Só que o deputado foi investigado ilegalmente. Estou juntando à defesa um documento da Polícia Federal no qual o deputado é descrito como um dos alvos da Operação Rodin, sem que houvesse autorização do STF para que ele fosse investigado. Portanto, todas as provas são ilícitas.
                               
                                          Comandante do esquema criminoso

Não há evidências que possam caracterizar essa conduta. O MP tenta criar um grande esquema criminoso envolvendo José Otávio, como se ele fosse o grande responsável. Quando autorizou o contrato com a Fatec, o Estado teve ganho financeiro. Mais tarde, a transferência à outra fundação ocorreu quando ele não estava mais na secretaria.
Recebimento de propina por intermédio do irmão não há nenhuma prova material que demonstre o recebimento de propina. Se José Otávio quisesse se utilizar de um esquema fraudulento, teria colocado o irmão no escritório de advocacia em 2003, quando foi celebrado o contrato com a Fatec. O irmão só foi trabalhar lá em 2006. Não tem sentido imaginar que o irmão seja o elo com um esquema criminoso.

                                           Movimentação financeira

O MP quebrou o sigilo fiscal do deputado sem autorização do STF. Esse valor foi encontrado a partir de um cálculo sobre o pagamento de CPMF. Só que o deputado operava suas contas no vermelho há muito tempo, tendo déficits elevados. Vamos juntar uma perícia mostrando que esse valor não representa ganhos.

                                         Tentativa de manipulação da CPI

São conversas de alguém que exerce mandato político e tem toda a legitimidade para acompanhar a formação de uma CPI. Os políticos atuam assim e não significa que fosse para procurar qualquer tipo de benefício ilegal.
O jornal Zero Hora deste domingo dá amplo noticiário a respeito do assunto.


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