quarta-feira, 17 de agosto de 2011


O CRIME NÃO COMPENSA
Continua repercutindo em todo o país o assassinato da jovem Ketlin Bortoloso, 18 anos de idade, pelo pistoleiro Jair Rivelino Sartonino, com a cooperação do próprio pai, Genoir Luiz Bortoloso, que usando arma de fogo, (revólver calibre 32) de propriedade de Genoir, desferiram na indefesa jovem seis tiros.
A execução da jovem aconteceu em uma estrada vicinal no município de Gaurama a menos de 20 quilômetros de Erechim e foi premeditada pelo próprio progenitor da jovem universitária da Faculdade de Educação Física da URI.
Segundo a confissão do pai, em 2009 já houvera a primeira tentativa, também sob encomenda. Naquela ocasião Ketlin  havia sido alvejada com um tiro no abdômen e seu irmão que lhe fazia companhia ao sair do colégio, na perna. Portanto, seu progenitor há dois anos alimentava o desejo de dar fim a vida da filha por desavenças com sua ex-mulher (falta de pagamento de pensão alimentícia). Nem mesmo os apelos de “não me mate paizinho” comoveram os dois assassinos.
Com base nos depoimentos dos assassinos o pistoleiro disparou dois tiros, e não conseguiu descarregar a arma porque ela teria enguiçado. Os outros quatro disparos teriam sido feitos pelo próprio pai. Um crime premeditado, violento, desproporcional e agravado ainda mais pela a falta de comiseração.
Nas explicações ao Delegado Fraga, ficou evidente que o ardil foi todo ele armado antecipadamente por Genoir, que na quarta-feira, buscou a filha em casa com o argumento de que iria ensiná-la a dirigir. Seguiram em direção a ERS 331 e entraram numa estrada vicinal entre os municípios de Erechim e Gaurama. O pai, alegando que um pneu havia furado parou o carro e pediu que a jovem descesse do automóvel para verificar o que tinha acontecido, foi quando ela recebeu os tiros.
A polícia trabalha nesse caso com duas hipóteses para a motivação do crime. A primeira é de que o pai queria se vingar da mãe da vítima. Ele chegou a ser detido quatro vezes por não pagar pensão alimentícia. A segunda é que o pai seria o beneficiário de um seguro de vida feito pela jovem. Mas, o estarrecedor é que comprova a frieza e covardia dos autores, foi à presença de ambos no velório e sepultamento da jovem. Diante disso, não há como isentar os dois assassinos da maior pena que possa existir em nosso Código Penal. Sinceramente, não há!
Em todos os locais por onde andei durante a semana era unânime a manifestação de revolta das pessoas, todos querendo se existisse a lei da pena de morte a execução de ambos.
Pai que contrata pistoleiro para matar seu próprio filho, não é digno de viver! – diziam.
A morte da jovem Katlin foi tão comovente, que a apresentadora do programa “Mais Você”, Ana Maria Braga, da TV-Globo, entrevistou nesta quarta-feira a mãe da vítima, Ana Ribeiro de Jesus, que relatou detalhes da crueldade do crime.
A apresentadora recebeu Ana Ribeiro com um abraço. A mulher contou que a filha era muito dedicada aos esportes, morava com o irmão, e sempre ligava, antes dela ir trabalhar, ou antes de almoçar. Havia uma forte ligação entre mãe e filha, relatou.
“A justiça pode estar sendo feita, o problema é a Lei. Daqui a cinco anos, dois anos, três anos, ele vai estar solto”, desabafou Ana Ribeiro. “Deus está sendo muito bom, Deus sim é justo. Deus iluminou o delegado, os anjos o iluminaram”, acreditou ela.
O que a dupla Genoir e Jair fez, não deixa de ser, conforme a  nomenclatura classificatória dessa espécie de crime, (conceituada como “hediondo”) que, do ponto de vista semântico, o ato foi profundamente repugnante, imundo, horrendo, sórdido, ou seja, um ato indiscutivelmente nojento, segundo os padrões da moral vigente.





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