terça-feira, 17 de setembro de 2013

OLHA O GOLPE AÍ GENTE


Nós, eleitores, temos que ficar de olho nos deputados estaduais. Há rumores de que as Assembleias Legislativas de todo o país, através de seu órgão representativo (Unale) querem restabelecer a aposentadoria para seus deputados.
O instituo da aposentadoria que chegou a existir no Rio Grande do Sul, foi extinto, depois de muitos protestos da sociedade civil organizada. No Rio Grande do Sul isto também aconteceu. Na Câmara e no Senado nada mudou.

Como disse, há comentários de bastidores que as Assembleias voltam a discutir o retorno da aposentadoria para os deputados. Por enquanto o caso estaria sendo discutido no âmbito da União Nacional dos Legislativos Estaduais.

Dizem que a proposta é criar uma espécie de previdência complementar, ou seja, não seria usado dinheiro público, mas exclusivamente dinheiro dos próprios parlamentares. Será?

As mesmas vozes de bastidores adiantam que na Assembleia gaúcha a proposta já conta com ampla adesão. Com um detalhe, a aposentadoria seria bancada pelos cofres públicos a com parte do dinheiro dos salários dos deputados. Dos 55 deputados, 37 já assinaram, mas o projeto está parado.

No Piauí, os parlamentares daquele estado gozam do privilégio da aposentadoria. Levantamento feito por um jornal da capital aponta que ex-parlamentares que recorreram à aposentadoria proporcional ao tempo de mandato estão recebendo salário mensal de até R$ 24,5 mil, remuneração maior que os deputados da ativa que ganham R$ 20 mil. Ao todo, 46 ex-parlamentares têm aposentadoria paga pela Assembleia do Piauí, com salário líquido que varia de R$ 6,8 mil a R$ 24,5 mil, somando uma despesa mensal de R$ 634,5 mil.

Os números estão no resumo da folha de pagamento divulgado sob exigência da nova Lei da Transparência. O relatório aponta cinco ex-deputados privilegiados que recebem, após os descontos, R$ 24,5 mil. 10 ex-parlamentares que recebem R$ 8,4 mil e outros seis com remuneração de R$ 12,1 mil.

Mais cinco que recebem R$ 14,7 mil e outros quatro com salário de R$ 19,9 mil.

Atualmente, e com muita razão, o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) quer obrigar as Assembleias Legislativas a regularizar o pagamento de aposentadorias a deputados estaduais. A ideia é que os ex-parlamentares sejam forçados a passar para a Previdência Social, como todo o trabalhador da iniciativa privada no Brasil. Na prática, a medida, que já deveria ter sido posta em prática desde o início desta década, deve reduzir em média pela metade o salário dos deputados que se aposentarem a partir de agora. Pela nova regra, o ex-deputado aposentado ganharia dez salários mínimos, ou perto de R$ 6,7 mil.

Vejam que absurdo. Enquanto isto o trabalhador aposentado permanece ainda na esperança e na ilusão de que tudo vai melhorar.

Não podemos esquecer que o ano que vem teremos eleições e muita gente se elegeu nas costas dos aposentados prometendo mundos e fundos. Uma das principais promessas era o fim do fator previdenciário uma criação do “inesquecível” Fernandoi Henrique Cardoso de saudosa memória.

Um político que sempre se identificou com os aposentados e é um dos que mais se expôs na defesa da categoria foi o senador Paulo Paim (PT). Promoveu reuniões, fez inúmeros pronunciamentos por mais justiça aos aposentados, foi sempre favorável ao fim do desprezível fator previdenciário, e o que conseguiu até hoje? Nada!

É só enganação!

Não é de agora que os aposentados deste país são massa de manobra dos políticos! Mas, como tudo no Brasil dorme em berço esplêndido, está chegando a hora de acordar.

Você aí, aposentado que reclama (mas só reclama) pela falta de atendimento à saúde; que recebe menos a cada ano; use melhor o seu voto na próxima eleição. Rompa, finalmente,  o pacto com aqueles só prometem e não cumprem.

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