segunda-feira, 23 de setembro de 2013

QUE DIFERENÇA



 O julgamento do mensalão serviu para que os brasileiros se sentissem atraídos pelas suas atividades e, igualmente, esmiuçassem a vida de seus ministros, por exemplo, como chegaram à alta corte.

Uns foram escolhidos pelo seu alto saber jurídico e outros pela simpatia e amizade do presidente da República, que é quem escolhe de uma listra tríplice um novo integrante, como aconteceu durante o governo do PT. Dos onze ministros, nove foram nomeados pelo governo petista.

E o que chama a atenção nessas escolhas é a diferença de currículo.

O presidente da corte, ministro Joaquim Barbosa é uma das mais respeitadas sabedorias jurídicas deste país. É natural da cidade de Paracatu, Minas Gerais, primogênito de oito filhos. Passou a ser arrimo de família depois que seus pais se separaram. Com apenas 16 anos resolveu seguir sua vida indo sozinho para Brasília. Seu primeiro emprego foi no Correio Braziliense, concluindo o segundo grau, sempre estudou em colégio público.

Todos sabem que Joaquim Babosa é negro, e isto nunca diminuiu sua personalidade como ser humano. Entrou para a Faculdade de Direito, sem necessitar de cotas. Após formado pela Universidade de Brasília, obteve seu mestrado.

No Ministério das Relações Exteriores, foi Oficial de Chancelaria, estudou na França na Universidade de Paris, foi procurador do Estado do Rio de Janeiro, professor e Visiting Scholar no Human Rights Institute da Faculdade de Direito da Universidade de Columbia, em Nova York (1999 a 2000) e na UCLA - Universidade da Califórnia - Los Angeles School of Law (2002 a 2003). - Fez estudos complementares de idiomas estrangeiros no Brasil, na Inglaterra, nos Estados Unidos, na Áustria e na Alemanha - é fluente em francês, inglês, alemão e espanhol. - Toca piano e violino desde os 16 anos de idade. Como se vê é um homem preparado.

Agora observe o contraste e como é bom e vantajoso ser amigo do Rei:

Ministro José Antonio Dias Toffoli - formado pela USP.

- Pós Graduação: nunca fez.

- Mestrado: nunca fez.

- Doutorado: também não.

- Concursos: em 1994 e 1995 foi reprovado em concursos para Juiz Estadual em São Paulo (note que é concurso para Juiz Estadual e não Federal).
- Depois disso , abriu um escritório e começou a atuar em movimentos populares. Nessa militância, aproximou-se do deputado federal Arlindo Chinaglia e deu o grande salto na carreira ao unir-se ao PT.

- Aproximou-se de Lula e Jose Dirceu , que o escolheram para ser advogado das campanhas eleitorais de 1998 , 2002 e 2006 .
- Com a vitória de Lula , foi nomeado sub chefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil , então comandada por José Dirceu .

- Com a queda do chefe , pediu demissão e voltou à banca privada .

- Longe do governo, trabalhou na campanha à reeleição de Lula, serviço que lhe rendeu 1 milhão de reais em honorários .

- No segundo mandato, voltou ao governo como chefe da Advocacia-Geral da União.

- José Antonio Dias Toffoli é duas vezes réu. Ele foi condenado pela Justiça, em dois processos que correm em primeira instância no Estado do Amapá.

- Em termos solenemente pesados, a sentença mais recente manda Toffoli devolver aos cofres públicos a quantia de setecentos mil reais, dinheiro recebido "indevidamente e imoralmente" por contratos ilegais, celebrados entre o seu escritório e o governo do Amapá.

- Um dos empecilhos mais incontornáveis para ele é a sua visceral ligação com o PT, especialmente com o ex-ministro José Dirceu.

- Sua carreira confunde-se com a trajetória de militante petista, sendo que essa simbiose é, ao fundo e ao cabo, a única justificativa para encaminhá-lo ao Supremo Tribunal Federal, onde tomou posse em uma das cadeiras no dia 23 de outubro de 2009, indicado pelo Presidente da República. É preciso dizer mais?

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