Os protestos
de grupos descontentes em Porto Alegre já estão passando os limites da
civilidade. Na noite de quinta-feira, 26, manifestantes depredaram o museu
Julio de Castilhos e quebraram vidros da catedral metropolitana. O grupo, cerca
de 200 pessoas, realizava manifestação contra o governo Tarso Genro na praça da
Igreja Matriz, e no deslocamento pela Rua Duque de Caxias jogou pedras nas ventanas da igreja e queimou ás bandeiras
hasteadas no Museu Julio de Castilhos. Sete pessoas foram presas, entre elas
dois adolescentes e três professores da rede pública. Vários dos manifestantes
usavam capuz, cobrindo o rosto. Foi uma
arruaça ainda não registrada nessa fase de protestos públicos em Porto Alegre.
Os manifestantes também queimaram um boneco em frente ao prédio onde reside o
prefeito José Fortunati, quebraram os vidros de duas agências bancárias e posto
da CEEE, no centro. A Brigada Militar interveio e como sempre, não conseguiu
evitar as depredações.
Entre os
detidos estavam três professores, que foram presos pela Brigada Militar sob
acusação de depredação e levados para à 3ª Delegacia de Polícia de Pronto
Atendimento. Segundo a presidente do Cpers, Rejane de Oliveira, os educadores
estariam caminhando pela Rua Lima e Silva, no bairro Cidade Baixa, quando foram
abordados pela polícia e que não haviam participado dos atos de vandalismo. Para
que fossem soltos foi estipulada uma fiança de R$ 4 mil para cada um
deles. O próprio Cpers pagou a fiança e
os professores foram liberados. O que custo a entender é por que depredar uma
igreja e um museu histórico, que não tem nada a ver com os desmandos de um
governo que até hoje não fez nada por merecer o voto da maioria dos gaúchos. Esses
atos extremados de violência são muito perigosos. De repente motivam a se
erguer os contra-violência e aí está formado (como diz o gaúcho) o rega-bofge. É
imprssionante o ódio desses grupos mascarados, manipulados por quem deveria
educar, mas que se infiltram no meio de jovens inocentes úteis, para alcançar
objetivos, nem sempre justos, claros e
convenientes. De onde
vem tanta grana? Em questão de minutos o Cpers liberou R$ 16 mil para soltar os
três professores imbutidos no movimento. A expectativa agora é saber quem vai
pagar os prejuízos, e que tipo de pena sofrerão os ruaceiros. No fim da tarde o
Secretário de Segurança, numa medida aclamada pela população anunciou que agora
quem participar de movimentos mascarados serão presos e o policiamento será
mais contundente. Muito bem!
Outro assunto.
O STJ – Superior Tribunal
Eleitoral aprovou semana passada a formação de mais dois partidos políticos: o
PRO – Partido Republicano da Ordem Social, que leva o número 90 e o
Solidariedade, número 77. O partido da ex-senadora Marina Silva, que deseja ser
candidata a presidência da República, ainda aguarda deferimento do TSE que pode
sair no decorrer desta semana. O Brasil passa a ter 32 partidos, o que é, em
minha opinião, um exagero, e, de certa forma, uma maneira de enfraquecer a
democracia. De que adianta aumentar o número de agremiações partidárias se
nenhum deles cumpre o seu programa? Sem
falar que as filiações, na maioria dos casos, são feitas por interesse. Um
exemplo recente é o que ocorreu com o PSB em Porto Alegre. O partido que até
então fazia parte do governo se desligou. Os que estão exercendo cargos de
confiança não querem se exonerar, entre eles o ex-secretário de Infraestrutura
Caleb de Oliveira que foi convidado por Tarso Genro, e aceitou, a Assessoria
Superior. Isso não é interesse?
Mas Beto Albuquerque, deputado federal e presidente regional do partido já deu o recado: ou deixam os cargos empregos ou o partido os expulsará. Aliás, não há medida mais acertada, afinal quando se ingressa num partido político há que se ter disciplina, obedecer os estatutos e as diretrizes, ou cai fora. Beto Albuquerque afirmou na imprensa que o convite de Tarso a Caleb foi uma "cooptação imoral".
Mas Beto Albuquerque, deputado federal e presidente regional do partido já deu o recado: ou deixam os cargos empregos ou o partido os expulsará. Aliás, não há medida mais acertada, afinal quando se ingressa num partido político há que se ter disciplina, obedecer os estatutos e as diretrizes, ou cai fora. Beto Albuquerque afirmou na imprensa que o convite de Tarso a Caleb foi uma "cooptação imoral".
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