AS AÇÕES CONTRA AS
TELEFÔNICAS
Recebo E-mail de um
fraterno amigo residente em Brasília que acompanha minhas colunas pela internet
e com quem convivi durante quatro anos, durante nossa passagem pela capital da
República como servidor da Câmara dos Deputados.
Nesse E-mail ele manda
me dizer o seguinte: "Prezado Amigo!
Gostei do comentário a
respeito do cancelamento de uma linha celular, é assim mesmo. Mas estou
escrevendo para te passar uma ideia. Há muito tempo tenho pensado sobre ela.
Vamos lá: Quem fica em aeroportos esperando avião, que tem problema com linha
telefônica; quem tem problema com plano de saúde e outros, pergunto: Por que a
multa quando aplicada o beneficiário é o governo? Somos nós que ficamos como
náufragos ao mar esperando uma atitude de benevolência deste pessoal das
companhias, telefonia e outras. Não acha que deveríamos ser nós os beneficiados
com o ressarcimento através de valores arrecadados com ás multas? Um
abração".
Pois eu acho que sim.
Aliás, depois de um ano ganhei uma ação na Justiça de uma empresa de telefonia
celular que me fez passar por um constrangimento desses que você fica
"P" da vida. Fui parar no SPC e SERASA por uma conta que não devia e
que já havia liquidado. A Justiça empilha centenas de processos, a maioria
contra concessionárias de telefone tudo pelo péssimo atendimento oferecido ao
usuário e a falta de respeito com o contratante do serviço. Para comprovar ao
afirmado acima recolhi uma informação que bem espelha os problemas que levam as
pessoas a procurar o Juizado Especial Civil porque não conseguem resolvê-los
com os atendentes das empresas concessionárias.
Para se ter uma ideia
do movimento da JEC abaixo transcrevo alguns números somente dos meses de
novembro e dezembro de 2011 aos quais tive acesso.
Foram realizadas no
período 497 audiências, sendo que desse total 278 (55%) eram contra empresas de
telefonia.
Em apenas um dia, 7 de
novembro do ano passado, foram atendidas 92 pessoas, 45 das quais (48%) com
problemas com questões de telefone. E se formos verificar, ainda hoje, no
cartório da JEC podemos constatar pilhas e pilhas de processos movidos contra
Oi, Brasiltelecom, Claro, Tim, Vivo, GVT, todas. As ações são as mais diversas:
cobranças indevidas, falta de prestação de serviços etc.
No mês passado, eu
mesmo, ao tentar contratar os serviços
de telefonia fixa e tv a cabo da Oi, não consegui depois de esperar cerca de 30
dias. Nesse período compareci ao escritório local - sem exagero - uma dez
vezes. Cansei! Desisti, tamanha a incompetência do setor comercial da empresa
que não sei até hoje o porquê da não liberação da linha. Nada contra o
atendimento local. O problema era em Porto Alegre, pois sempre que o pedido era
encaminhado via sistema on-line, ao mesmo tempo rejeitava e constava como cancelado.
Cheguei a falar até mesmo com o superintendente da companhia, mas de nada
resolveu. A única explicação que me deu foi que havia um problema no sistema.
- Sim, mas era somente
comigo? E as dezenas de pedidos que são encaminhados diariamente como não
apresentavam problema? Não soube me responder!
Ainda fui tolerante,
aguardei mais dois dias e acabei cancelando definitivamente o pedido. A
impressão que fica é que as empresas não estão nem ai e que o faturamento que
elas arrecadam já é o suficiente e não necessitam m ais ampliar sua clientela.
Eu recordo que no tempo
da antiga CRT haviam problemas, sim, mas o assinante era muito mais bem
tratado. Não se empilhavam processos na Justiça para que as questões fossem
resolvidas.
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