segunda-feira, 10 de setembro de 2012


AS AÇÕES CONTRA AS TELEFÔNICAS

Recebo E-mail de um fraterno amigo residente em Brasília que acompanha minhas colunas pela internet e com quem convivi durante quatro anos, durante nossa passagem pela capital da República como servidor da Câmara dos Deputados.

Nesse E-mail ele manda me dizer o seguinte: "Prezado Amigo!

Gostei do comentário a respeito do cancelamento de uma linha celular, é assim mesmo. Mas estou escrevendo para te passar uma ideia. Há muito tempo tenho pensado sobre ela. Vamos lá: Quem fica em aeroportos esperando avião, que tem problema com linha telefônica; quem tem problema com plano de saúde e outros, pergunto: Por que a multa quando aplicada o beneficiário é o governo? Somos nós que ficamos como náufragos ao mar esperando uma atitude de benevolência deste pessoal das companhias, telefonia e outras. Não acha que deveríamos ser nós os beneficiados com o ressarcimento através de valores arrecadados com ás multas? Um abração".

Pois eu acho que sim. Aliás, depois de um ano ganhei uma ação na Justiça de uma empresa de telefonia celular que me fez passar por um constrangimento desses que você fica "P" da vida. Fui parar no SPC e SERASA por uma conta que não devia e que já havia liquidado. A Justiça empilha centenas de processos, a maioria contra concessionárias de telefone tudo pelo péssimo atendimento oferecido ao usuário e a falta de respeito com o contratante do serviço. Para comprovar ao afirmado acima recolhi uma informação que bem espelha os problemas que levam as pessoas a procurar o Juizado Especial Civil porque não conseguem resolvê-los com os atendentes das empresas concessionárias.

Para se ter uma ideia do movimento da JEC abaixo transcrevo alguns números somente dos meses de novembro e dezembro de 2011 aos quais tive acesso.

Foram realizadas no período 497 audiências, sendo que desse total 278 (55%) eram contra empresas de telefonia.

Em apenas um dia, 7 de novembro do ano passado, foram atendidas 92 pessoas, 45 das quais (48%) com problemas com questões de telefone. E se formos verificar, ainda hoje, no cartório da JEC podemos constatar pilhas e pilhas de processos movidos contra Oi, Brasiltelecom, Claro, Tim, Vivo, GVT, todas. As ações são as mais diversas: cobranças indevidas, falta de prestação de serviços etc.

No mês passado, eu mesmo,  ao tentar contratar os serviços de telefonia fixa e tv a cabo da Oi, não consegui depois de esperar cerca de 30 dias. Nesse período compareci ao escritório local - sem exagero - uma dez vezes. Cansei! Desisti, tamanha a incompetência do setor comercial da empresa que não sei até hoje o porquê da não liberação da linha. Nada contra o atendimento local. O problema era em Porto Alegre, pois sempre que o pedido era encaminhado via sistema on-line, ao mesmo tempo rejeitava e constava como cancelado. Cheguei a falar até mesmo com o superintendente da companhia, mas de nada resolveu. A única explicação que me deu foi que havia um problema no sistema.

- Sim, mas era somente comigo? E as dezenas de pedidos que são encaminhados diariamente como não apresentavam problema? Não soube me responder!

Ainda fui tolerante, aguardei mais dois dias e acabei cancelando definitivamente o pedido. A impressão que fica é que as empresas não estão nem ai e que o faturamento que elas arrecadam já é o suficiente e não necessitam m ais ampliar sua clientela.

Eu recordo que no tempo da antiga CRT haviam problemas, sim, mas o assinante era muito mais bem tratado. Não se empilhavam processos na Justiça para que as questões fossem resolvidas.

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