domingo, 2 de setembro de 2012

AMOR A PÁTRIA
Há 190 anos, evocamos nessa época o nosso amor a Pátria, para lembrar o Grito do Ipiranga  de D.Pedro I quando declarou à Nação  a Independência do Brasil da sujeição portuguesa. Isto aconteceu no dia 7 de setembro de 1822.
A história revela que um cavaleiro partiu velozmente do Rio de Janeiro... Seu destino: encontra Dom Pedro e entregar-lhe a carta de sua esposa, dona Leopoldina, e de José Bonifácio. Ele era o "Correio da Independência. Paulo Bregaro seu nome.
Preocupada com a ausência do marido, dona Leopoldina presidiu o Conselho de Ministros, chefiado corpor José Bonifácio. Foi quando chegaram de Lisboa notícias e decretos que indicavam a disposição das cortes de obrigá-lo a retirar-se do Brasil. O príncipe devia conhecer imediatamente esses papeis, pensou dona Leopoldina. A princesa e José Bonifácio confiaram a correspondência ao reio especial Paulo Emílio Bregaro. Devia ir rapidamente ao encontro de D.Pedro. Naquele tempo o tratamento de cartas era feito por mensageiros a cavalo, através de longas estradas, que não eram boas como hoje, naturalmente. Pelo caminho o carteiro da Independência trocou de cavalo mais de sete vezes e entregou os papeis nas mãos do Príncipe as 16h, no Sítio do Ipiranga. Esses documentos fizeram D.Pedro decidir-se ali mesmo e proclamar a independência do Brasil. Depois de ler as cartas e decretos, D.Pedro resolveu separar o Brasil de Portugal.
A íntegra da carta de dona Leopoldina estava assim redigida:
29 de agosto de 1822
Meu querido e muito amado esposo!
Mando-lhe o Paulo; é preciso que volte com a maior brevidade, esteja persuadido que não é só amor, amizade que me faz desejar mais que nunca sua pronta presença, mas sim as críticas circunstanciais em que se acha o amado Brasil, só a sua presença, muita energia e rigor podem salvá-lo da ruína.
As notícias de Lisboa são péssimas: 14 batalhões vão embarcar nas três naus, mandou-se imprimir suas cartas, e o povo lisboense tem se permitido toda a qualidade de expressões indignas contra sua pessoa, na Bahia entraram 600 homens e duas ou três embarcações de guerra.
Os ministros de Estado lhe escrevem esta carta, aqui inclusa, e assentou-se não mandar os navios para o Sul porque o Lecor se desmascarou com Moratto e era capaz de embarcar a tropa para Santa Catarina; e sua vinda decidirá depois se quiser mandá-las.
Todos aqui estão bem e Maria já sai e Manoela Bernardes a curou muito bem. Receba mil abraços e saudades muito eternas.
Desta sua amante esposa.
a) Leopoldina
D.Pedro tinha apenas 23 anos quando proclamou a independência. Era um jovem inquieto, arrebatado e impulsivo. Mas também cheio de ideais  e um grande amor pelo Brasil.
No pronunciamento do patrono da Semana da Pátria em Erechim, Silvino Záffari, entre outras considerações feitas na abertura da Semana da Pátria na Praça da Bandeira, uma frase ficou marcada para a reflexão de cada brasileiro erechinense. Ele, mais ou menos disse que de nada adianta sermos patriotas se continuam as desigualdades, a falta de liberdade e a falta de segurança, educação, saúde etc.
Ele tocou exatamente na tecla que os políticos não gostam que toquem, mas que é preciso insistir. Embora o governo tenha se esforçado em diminuir as nossas desigualdades, elas continuam a existir.  
O que mais me impressiona nos dias em que estamos vivendo é o crescimento da corrupção e indiferentismo dos políticos para com a falta de reformas. O que amedronta é a míngua de ideal do brasileiro. Sem ideal, não há nobreza de alma; sem nobreza de alma, não há interesse; sem interesse, não há coesão; sem coesão, não há pátria. Uma onda de corrupção desmoralizadora avassala todas as camadas da nossa sociedade e ninguém vai para a cadeia. Hoje, a indiferença é a lei moral; o interesse próprio é o único incentivo.  Cada um quer viver e gozar sozinho, crescer prosperar, enriquecer depressa, seja como for, através de todas as traições por cima de todos os escrúpulos. Isso não pode continuar assim!

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