sábado, 23 de junho de 2012


CONDENADOS À MORTE
Até agora todos os esforços foram em vão para impedir que o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, morra por fuzilamento na Indonésia por tráfico de cocaína. Ele está preso desde 2004. A notícia foi publicada pelo jornal "Jakarta Post" na semana passada.
Moreira será fuzilado juntamente com outros dois  imigrantes no início de julho, não tendo sido fixado ainda o dia. Segundo o procurador Andi DJ Konggoasa os condenados "tomaram todas os tipos de medidas legais para reduzir a sentença", mas estas não tiveram sucesso.
Os outros dois imigrantes são um maluiano e um paquistanês,  presos em ocasiões separadas por tráfico de heroína em 2001, conforme o jornal.
De acordo com a publicação, os três prisioneiros escolheram seus pedido finais: Marco quis uma garrafa de whisky Chivas Label., e os outros dois escolheram um encontro com suas famílias.
O brasileiro foi preso ao tentar entrar com mais de 13 quilos de cocaína na Indonésia, Ele levava a droga na armação de um paraglider.
As ações do governo brasileiro até agora feitas pelo Itamaraty não lograram êxito. Em, 2005 o ex-presidente Lula enviou um pedido de clemência ao governo iondonésio alegando que o tráfico de drogas é considerado um crime grave no Brasil, mas que o país era contra a pena de morte em qualquer situação.
Três anos depois, 2008, o presidente Susilo Yudhoyono recusou o segundo pedido de clemência feito pelo governo brasileiro, o que significa que não há mais possibilidade de recurso.
Se Moreira for executado, Moreira será o primeiro brasileiro morto por condenação no mundo e o primeiro ocidental executado dessa forma na Indonésia. Na época de sua prisão, ele alegou que fez o transporte da droga para pagar as contas de um hospital em Bali, onde fez um tratamento após uma queda de parapente, em 1997.
Outros casos
Além de Moreira, outro brasileiro está no corredor da morte na Indonésia. O paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte, de 39 anos, foi condenado após ser pego com Aeroporto Internacional de Jacarta em 2005. Ele estaria transportando seis quilos de cocaína de São Paulo à Indonésia. A droga estava em sacos plásticos dentro de pranchas de surfe. A única forma de se livrar da pena, seria o perdão dado pelo presidente. Gularte já perdeu a ação em primeira instância.
Em agosto do ano passado, o mineiro Valdeir Gonçalves Santos foi julgado pela morte de uma família de catarinenses – pai, mãe e um filho de sete anos - nos Estados Unidos. Ele confessou o crime para se livrar da pena de morte.
O crime ocorreu no Estado de Nebraska. Ele e outros dois brasileiros teriam torturado o patrão e assassinado a família por supostas dívidas de trabalho. Um dos suspeitos foi deportado para o Brasil e outro ainda aguarda julgamento.

Condenação diferente

Em 2005, a australiana Schapelle Corby, na época com 27 anos, também chegou a ser condenada à pena de morte na Indonésia, mas conseguiu reduzir sua pena para prisão perpétua. Em abril deste ano a pena foi reduzida para dez anos de prisão, segundo o jornal "The Telegraph". Ela também foi condenada por tráfico de drogas. Schapelle teria sido pega ao tentar entrar com quatro quilos de maconha no país. Já imaginou  se no Brasil cada traficante preso e condenado à morte tivesse que enfrentar um pelotão de fuzilamento? O Exército não chegaria para cumprir as ordens de condenação!


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