CONDENADOS
À MORTE
Até agora todos os esforços foram em vão
para impedir que o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, morra por
fuzilamento na Indonésia por tráfico de cocaína. Ele está preso desde 2004. A
notícia foi publicada pelo jornal "Jakarta Post" na semana passada.
Moreira será fuzilado juntamente com
outros dois imigrantes no início de
julho, não tendo sido fixado ainda o dia. Segundo o procurador Andi DJ
Konggoasa os condenados "tomaram todas os tipos de medidas legais para reduzir
a sentença", mas estas não tiveram sucesso.
Os outros dois imigrantes são um maluiano e um
paquistanês, presos em ocasiões
separadas por tráfico de heroína em 2001, conforme o jornal.
De acordo com a publicação, os três
prisioneiros escolheram seus pedido finais: Marco quis uma garrafa de whisky Chivas Label., e os outros dois escolheram um
encontro com suas famílias.
O brasileiro foi preso ao tentar entrar
com mais de 13 quilos de cocaína na Indonésia, Ele
levava a droga na armação de um paraglider.
As ações do governo
brasileiro até agora feitas pelo Itamaraty não lograram êxito. Em, 2005 o
ex-presidente Lula enviou um pedido de clemência ao governo iondonésio alegando
que o tráfico de drogas é considerado um crime grave no Brasil, mas que o país
era contra a pena de morte em qualquer situação.
Três anos depois, 2008, o
presidente Susilo Yudhoyono recusou o segundo pedido de clemência feito pelo
governo brasileiro, o que significa que não há mais possibilidade de recurso.
Se Moreira for executado,
Moreira será o primeiro brasileiro morto por condenação no mundo e o primeiro
ocidental executado dessa forma na Indonésia. Na época de sua prisão, ele
alegou que fez o transporte da droga para pagar as contas de um hospital em
Bali, onde fez um tratamento após uma queda de parapente, em 1997.
Outros casos
Além de Moreira, outro
brasileiro está no corredor da morte na Indonésia. O paranaense Rodrigo
Muxfeldt Gularte, de 39 anos, foi condenado após ser pego com Aeroporto
Internacional de Jacarta em 2005. Ele estaria transportando seis quilos de
cocaína de São Paulo à Indonésia. A droga estava em sacos plásticos dentro de
pranchas de surfe. A única forma de se livrar da pena, seria o perdão dado pelo
presidente. Gularte já perdeu a ação em primeira instância.
Em agosto do ano
passado, o mineiro Valdeir Gonçalves Santos foi julgado pela morte de uma
família de catarinenses – pai, mãe e um filho de sete anos - nos Estados
Unidos. Ele confessou o crime para se livrar da pena de morte.
O crime ocorreu no
Estado de Nebraska. Ele e outros dois brasileiros teriam torturado o patrão e
assassinado a família por supostas dívidas de trabalho. Um dos suspeitos foi
deportado para o Brasil e outro ainda aguarda julgamento.
Condenação diferente
Em
2005, a australiana Schapelle Corby, na época com 27 anos, também chegou a ser
condenada à pena de morte na Indonésia, mas conseguiu reduzir sua pena para
prisão perpétua. Em abril deste ano a pena foi reduzida para dez anos de
prisão, segundo o jornal "The Telegraph". Ela também foi condenada
por tráfico de drogas. Schapelle teria sido pega ao tentar entrar com quatro
quilos de maconha no país. Já imaginou
se no Brasil cada traficante preso e condenado à morte tivesse que
enfrentar um pelotão de fuzilamento? O Exército não chegaria para cumprir as
ordens de condenação!
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