sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

MUNDO VIOLENTO E ASSUSTADOR

Há bastante tempo li um livro de Alejandro Bullón, onde ele afirmava que a humanidade vive em um mundo violento e assustador!
Pois, é exatamente esse o tipo de mundo em que vivemos. Um mundo em guerra. Não importa onde você viva: se em Buenos Aires ou Rio de Janeiro, São Paulo ou Porto Alegre, se nas alturas de La Paz ou no centro financeiro de Nova York. Vivemos em um mundo em guerra. Não se trata de uma guerra com tanques e canhões. Não é o Oriente contra o Ocidente, nem comunismo versus capitalismo. É uma batalha entre o bem e o mal; entre o que é certo e o que é errado; entre a verdade e a mentira. O lado assombroso de tudo é que essa guerra não acontece no ar, na terra, ou no mar. O campo de batalha é a mente e o coração do ser humano. Ontem estava dando uma passada no Facebook. Gosto de ler o que as pessoas escrevem umas as outras. Não faz o meu gênero participar, bem que poderia, mas não gosto. Observei em uma das mensagens a crítica de uma moça, que afirmava o atraso de certas pessoas ao difamar ou levantar falsos comentários sobre a vida de outras pessoas. E a queixosa dizia que Erechim é uma cidade que possui gente com mentalidade fértil em inventar histórias, com um único propósito: se não agredir, difamar, seja por ódio, vingança ou inveja. E aí, lembrei-me que algum tempo atrás, também fui vítima de comentários, segundo os quais eu havia contraído uma doença incurável e que me afastara da cidade, sem que minha família soubesse meu paradeiro. Ou seja, tinha abandonado a família e os amigos. Pois, a moça que escreveu no Facebook que Erechim é uma cidade de fofoqueiros e que existem pessoas que se intrometem indevida e maldosamente na vida do próximo, é verdade. Pena é que nunca se sabe quem nos hostiliza com esse tipo de comentário. Mas, como o que vem debaixo não nos atinge, não perco o sono e muito menos a alegria de viver. Aliás, informo que minha saúde é boa, pressão arterial normal, não sou diabetico, idade beirando os 78 e nem gripe pego. Com relação ao mesmo assunto, em novembro quando aí estive, no encontro casual  com um amigo, ex-vereador, em plena Av. Maurício Cardoso, ao saudar-me foi logo me dando uma triste notícia: (vou  omitir os nomes porque as pessoas são muito amigas e não devem ser expostas á opinião pública). Disse-me ele: Você ficou sabendo que o fulano morreu?
Foi um choque, pois a pessoa a que ele se referia era amissíssimo. Lamentei muito, e como estava de viagem marcada para retornar a P.Alegre horas depois, solicitei que nas exéquias desse amigo, apresentasse a esposa e demais familiares meus sentimentos, com as desculpas da minha não presença nos funerais em razão do compromisso da viagem. Passados alguns dias fiquei sabendo que a notícia não passava de boato. O amigo está vivo e faceiro recuperando-se satisfatoriamente da cirurgia a que foi submetido.
É ou não é espantoso tudo isso? A primeira impressão que tive foi de que o amigo estava brincando comigo. Depois percebi que estava falando sério. Obviamente que a notícia já havia sido corneteada por um malicioso e ele, como fazem muitas pessoas descuidadas, se prestava a ampliar o boato. Mas o boateiro é assim mesmo, não é uma pessoa diferente das demais. Não há quem, com maior ou menor convicção, tenha sido cúmplice da difusão de uma história, geralmente envolvendo gente famosa, sem ter a menor ideia se era verdadeira ou não. Ou, o que ainda é mais comum, sem se perguntar se o boato não teria sido plantado de propósito por alguém interessado em beneficiar-se da circulação da notícia falsa. Passar adiante um boato, em suma, parece parte da condição humana. Muitos boatos nascem de um mal-entendido. Alguém tira uma conclusão errada do que vê, lê ou escuta, confunde um gesto ou uma frase, e pronto - faz brotar uma inverdade que, levada às últimas consequências, pode envenenar a reputação de pessoas inocentes antes mesmo que fiquem sabendo dos rumores em que caíram. Por isso, antes de falar de alguém procure primeiro se informar melhor.

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