Ontem assisti uma cena inusitada em um
grande supermercado em Porto Alegre. Era meio dia. O estabelecimento recebia
muita gente que, consequentemente, fazia filas enormes em apenas três caixas. A
irritação começa por causa da lerdeza do dos caixas. Teve cliente que abandonou
seu carinho e cestinha deixando de comprar. Como não tinha pressa fiquei na
fila esperando até chegar a minha vez. Mas, não deu outra, não é que por meu
azar, e de todos quantos estavam comigo na fila, um cidadão enguiçou no caixa
por causa do seu cartão?
Demorou cerca de uns vinte minutos até
ser liberado. Nesse meio tempo fez mais ou menos umas dez ligações pelo
telefone celular. Certamente para o seu banco que lhe cortara o crédito. Mas,
enfim, tudo se resolveu e a fila andou. Não faltaram os protestos e
reclamações. Outro momento insuportável, na medida em que se repete... e se repete... é o assovio do cobrador de
ônibus avisando o motorista que pode fechar a porta. Isso acontece a cada
parada. De onde moro até o meu local de trabalho são quinze paradas. Então, são
quinze insuportáveis assovios pela manhã e no retorno pela tarde mais quinze.
E o cobrador mandando os passageiros
darem mais um passinho para frente na entrada do coletivo, a fim de que o
ônibus não demore muito na parada. Mas, como dar um passo a mais se ele,
cobrador, não despacha com maior ligeireza os que devem passar pela borboleta?
Eu chamaria esse tipo de comportamento de fobia, que é aversão a alguma coisa
inexplicável. E todos os cobradores são iguais, agem da mesma forma. E tem, também, aquele ou aquela, que resolve puxar da
niqueleira, ou da bolsa o dinheiro, ou o cartão, para pagar a passagem quando
está a frente do cobrador naquele agito. Aí acontece a mesma coisa do que o
sujeito aquele do supermercado. Isso quando não deixa cair as moedas e elas
rolam por debaixo dos acentos. Gosto muito de observar o comportamento das
pessoas. Principalmente quando elas se irritam. Outro dia tive que ir ao centro
e o único ônibus que me deixa na frente da Assembleia Legislativa, onde
efetivamente precisava comparecer, é o Circular-3. É, seguramente, uma das piores linhas de todas exploradas
pela Carris em matéria de demora. O sujeito cansa de esperar, esbraveja, mas
não adianta. A própria empresa não tem interesse em colocar mais carros á
disposição dos usuários. E aí fui investigar por que é só com o C-3 que
acontece essa lerdice. Os passageiros na sua grande maioria (95%) são idosos, e
idosos não pagam passagem. Não pagando passagem a Carris não fatura e os restantes 5% que pagam não cobrem a
despesa dos ônibus que disponibiliza. Isso quem me disse foi o próprio
motorista quando certa feita indaguei dele o porquê tanto intervalo entre um
ônibus e outro. E disse mais: tem muito "velho" que para não ficar em
casa usa o ônibus para passear, pois a demora do C-3 a cada volta do ponto
do Mercado Público, até retornar novamente no
ponto de onde saiu leva aproximadamente 50 minutos, uma hora. Foi aí que
entendi a razão da longa espera na parada do ônibus da linha C-3. Tem dias que
dá vontade de andar a pé.
Renovo o apelo que fiz na semana
passada para o Mania Cães. O número do telefone publicado saiu incompleto, por
isso as pessoas, obviamente, não estão ligando para auxiliar com doações como: tijolos, areia, ração, material
de limpeza, desinfetantes. O Mania Cães não recebe subsídio de governo, não tem
funcionários, tudo é feito por voluntários, e realiza um bom trabalho
comunitário. O telefone para receber ajuda para melhorar o ambiente no canil
onde estão 60 cães vítimas de maus tratos e abandonados é 99089141. Desde já os 60 cachorros que lá estão sendo bem cuidados
agradecem.
Por fim, recebo e repasso para as
autoridades locais um pedido justo e
necessário. Pessoas que frequentam a Praça Daltro Filho alegam que não
conseguem usufruir daquela área de lazer pela inconveniência dos puxadores de
fumo e usuários de outras drogas. Tem gente que pejorativamente já está
chamando a praça de Cracolândia.
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