terça-feira, 7 de janeiro de 2014

COMO FAZ FALTA OS VELHOS CAFÉS

Embora o prefeito de Erechim, Paulo Polis tenha oposição a certas medidas que toma, é um executivo dinâmico, bem intencionado e procura mais acertar do que errar. Nos últimos 15 dias que passei em Erechim por ocasião das festas de fim de ano, ouvi várias entrevistas por uma emissora de rádio local onde ele, prefeito, faz diariamente contato com a população dizendo da sua agenda, das suas realizações, uma prestação de contas de seu trabalho.
Quem ouve o prefeito falar dá a impressão que a cidade quase não tem problemas. Mas, tem. E muitos. Mesmo assim Paulo Polis trabalha para buscar soluções. Em artigo anterior disse que Erechim, uma cidade que se aproxima de comemorar seu centenário de emancipação, ainda não se conscientizou que não é mais aquela aldeia de 1918, governada por um intendente nomeado pelo presidente do Estado, Borges de Medeiros. Alguns aforismos da nossa cultura precisam ser revistos se quisermos ser chamados de cidade evoluída. 
Por exemplo: há que se incentivar os prestadores de serviços, como restaurantes e lancharias, principalmente no centro da cidade para que ofereçam à população seus préstimos de forma mais abrangente. Que o serviço de táxi (uma concessão pública) tenha, pelo menos, um motorista de plantão em cada ponto da cidade. Que nos fins de semana, aos domingos, os restaurantes, bares e congêneres fiquem á disposição, onde possamos passar algumas horas com a família para um lanche, um drink e o bate papo. Hoje não há opções. Ou você se serve dos carrinhos de Cachorro-Quente e várias sorveterias agrupadas na primeira e segunda quadras da Av. Mauricio Cardoso, ou senta nos disputados bancos das canteiros centrais da principal avenida e na Sete de Setembro. Está faltando alguém que  invista em uma casa padrão Café Grazziotin. Que saudade!
Lembro do sorvete inigualável da Dona Anita, fabricado nas máquinas antigas em tanques de salmoura. Figos com nata batida e o insuperável cafezinho. Como a cidade muda seus hábitos! Sinceramente, antigamente era muito melhor!
Recordo que na década de 60 existiam, só na Av. Maurício Cardoso, seis estabelecimentos do gênero café. Café Atlântico, onde hoje está instalada a Loja Colombo; Café e Hotel dos Ronchetti, logo mais acima; Café Elite, do Florenal e mais tarde do Marangoni; em frente, onde é a Casa Omega; o Bar e Restaurante Campana, Café Grazziotin e em frente a  Catedral o Café do Dilda. Hoje não tem nenhum. Em um domingo desses pela manhã, desejei tomar um café preto com pastel e só fui achar aberta a lancharia da Estação Rodoviária Interestadual. No centro da cidade todos os locais fechados.
Fiz esta lembrança histórica para dizer ao prefeito Polis que, de fato, Erechim cresceu, se desenvolveu, mas deixa muito a desejar nessa área de micro empreendedorismo denominado casa de chá, café colonial, para aqueles que gostam de desfrutar pequenos prazeres da vida e apreciam  as coisas simples que o mundo oferece, ou seja, onde o in divíduo possa ficar alguns momentos curtindo as amizades e colocando as fofocas em dia.
Hoje, pela terceira vez vou arriscar uma sugestão ao chefe do Executivo. Mande tirar das esquinas da Rua Ângelo Emilio Grando, com a Amintas Maciel e da Rua Rui Barbosa com a Pedro Pinto de Souza os troncos de velhas árvores que foram cortadas há muito tempo e lá permanecem, inclusive tirando espaço dos pedestres com sérios danos ao passeio. Uma retroescavadeira em poucas horas solucionaria o problema e os locais não enfeiariam tanto aquelas esquinas.
Quem sabe agora com a nomeação do novo Secretário de Obras e Habitação, Jorge Psidonik, que assume a pasta com metas bem definidas, entre elas a qualificação da malha asfáltica, melhorias nas condições e padronização dos passeios públicos, e outras, os entulhos que citei possam ser removidos dos locais que mencionei.



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