Uma
manifestação organizada em Porto Alegre na noite desta quinta-feira (27) por
grupos que reivindicam a redução da tarifa de transporte público já registra
confrontos com a polícia e atos de vandalismo.
Milhares de manifestantes --cerca de 5.000, segundo última
estimativa da Brigada Militar-- se reuniram na praça da Matriz, que reúne vários
órgãos de governo do Estado. A decisão era que não haveria passeata desta vez,
apenas a concentração no local.
O problema começou quando um grupo não aceitou a proposta de
"protesto parado" e passou a reivindicar uma passeata, aos gritos de "protesto
não é festa".
Integrantes desse grupo jogaram rojões em direção a policiais
da tropa de choque que faziam a guarda do Tribunal de Justiça, que reagiram com
bombas de gás lacrimogêneo. Houve correria.
O grupo "dissidente" passou então a percorrer ruas das
imediações, atacando carros estacionados, lojas e outros equipamentos.
Ao contrário das últimas duas grandes manifestações promovidas
na cidade, o governo de Tarso Genro (PT) autorizou desta vez que os
participantes do ato se aproximassem da praça em frente ao palácio.
Na última segunda-feira (24), a praça teve seus acessos
totalmente bloqueados com grades. A polícia temia que extremistas atacassem os
prédios públicos do local, que também abriga a Assembleia Legislativa e o
Palácio da Justiça.
Hoje, as grades foram colocadas apenas nas proximidades dos
três palácios. O Bloco de Luta pelo Transporte Público, grupo na linha de frente
da organização das manifestações, divulgou a opção pelo ato apenas com
concentração na praça.
Um trio elétrico foi posicionado na frente da sede do governo.
Uma banda abriu a programação da noite tocando a música "Que País é Esse", da
Legião Urbana.
As últimas quatro passeatas em Porto Alegre deixaram feridos e
terminaram em confrontos com a polícia e depredações. A Polícia Civil diz que
cresceu a infiltração de gangues que comparecem às manifestações apenas para
cometer roubos e saques.
A segurança no centro da capital gaúcha foi reforçada.
Lojistas novamente decidiram fechar as portas mais cedo para evitar a ação dos
vândalos. Órgãos públicos também dispensaram os servidores no meio da tarde.
Nesta quinta-feira, o Tribunal de Justiça gaúcho confirmou a
validade de uma liminar de primeira instância que reduziu em abril o preço da
passagem de R$ 3,05 para R$ 2,85 na cidade.
Aqui onde estou, no Bairro Cidade Baixa, um helicóptero está sobrevoando a rergião.
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