quarta-feira, 19 de junho de 2013



IRMÃ CELESTE
A Congregação das Irmãs Franciscanas, perdeu na semana passa sua quase centenária, Irmã Maria Celeste Hamester, Missionária de Maria Auxiliadora, cuja existência dedicou grande parte dela a vida religiosa e a educação. Conheci a veneranda freira quando ainda criança durante os anos de 1945 e 1946 ao cursar o primeiro e segundo anos do ensino fundamental. Além de professora exercia também o cargo de diretora. Vinda de Santa Clara, Município de Lajeado, em 1928 para estudar no Colégio São José, sete anos após sua chegada, ingressou na congregação onde permaneceu até falecer. Com 98 anos de idade e completamente lúcida, Irmã Celeste deixou à comunidade de Erechim inúmeros exemplos de fidelidade a Deus, a congregação Franciscana que servia com esmero e dedicação incontida, bem como, a comunidade educacional de Erechim.  Foi uma perda irreparável. Uma das características personalistas da Irmã Celeste era a austeridade com que cuidava e administrava o Colégio São José não admitindo dos alunos a indisciplina. Era inflexível no cumprimento do regimento interno do colégio. Certa vez, um colega no primeiro ano, filho de um carroceiro (naquele tempo havia, como eram denominadas, as carroças de praça, ou seja, veículo de aluguel puxado por cavalos, para transporte de cargas), durante o recreio pulou a cerca que dividia o pátio com uma pequena horta cuidada pelas freiras. Nessa pequena horta existia um pé de limas, e esse meu colega furtou algumas frutas.
Horas depois foi descoberta a traquinice cometida e veio a decretação do castigo: a palmatória. Ainda guardo na lembrança a execução da pena: a Irmã professora em sua banca em pé com todos os alunos da classe, ao lado a Irmã Celeste com uma régua de mais ou menos 50cm de comprimento por 5cm de largura e o infrator. Imagina o que aconteceu!
Foi uma cena humilhante, mas exemplar!
Naquela época, para quem praticasse falta grave a correição era executada na base da palmatória. Hoje, os tempos são outros. Rendo minha modesta homenagem a Irmã Celeste agradecido pelos primeiros ensinamentos que recebi, sob sua orientação. Pelo menos, nenhum dos meus colegas daquele tempo saiu ladrão ou corrupto. A falecida veneranda freira franciscana deixa ás gerações futuras uma das conquistas mais bonitas da sua vida religiosa: a beatificação e canonização da fundadora da congregação, Santa Maria Bernarda Butler. Foram 20 anos de muito trabalho, desvelo e dedicação a essa causa. Mas, ela conseguiu. Ao manifestar meu pesar a Irmã Cassilda Prigol, atual Diretora do São José e demais Irmãs da Congregação, professores e servidores do colégio, expresso o sentimento de saudade daquela que me ensinou amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a mim mesmo. Ao saber na notícia rezei por ela. Se for verdade que o céu é o limite e que Deus acolhe seus filhos amados, a Irmã Celeste está com Ele.

Protestos
O Brasil assistiu nesta segunda-feira as barbaridades cometidas por grupos extremados infiltrados na grande massa humana que realizou em várias capitais do país um movimento contra “o aumento de passagens de ônibus”. Na verdade, não foi somente o custo das passagens, foi, sim, contra a orgia gasta com a construção de estádios de futebol para a Copa do Mundo, a corrupção desenfreada e o comportamento de alguns políticos deste país. Vejo essas manifestações como um aviso. A população está cansada, exaurida de pedir mais saúde, segurança, educação, punição para os corruptos e reformas. A manifestação popular foi legítima, porém jamais se pode dizer a mesma coisa do vandalismo cometido. Esses exageros de quebra-quebra me fazem lembrar a estória do síndico do edifício. Certo dia ele resolveu protestar e começou a depredar o prédio onde morava. O cara estava tão cego que não se deu conta que aquilo que estava vandalizando era a sua própria casa. Pois, foi o que ocorreu com os ônibus da Carris, em Porto Alegre.



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