terça-feira, 24 de janeiro de 2012

UM MENSALEIRO NA PAREDE
Investigação secreta da Câmara dos Deputados, revelada em primeira mão por ISTOÉ, atesta a ilegalidade de contratos firmados pelo deputado João Paulo Cunha e deve comprometer as ambições políticas de um dos pivôs do caso do Mensalão.
O deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) transita pelos corredores do Congresso com uma desenvoltura que não revela o peso das acusações que ele carrega sobre os ombros. Prestigiado pelo PT, o parlamentar é homem das articulações e se acha em condições de traçar planos eleitorais ambiciosos. Conta até com o aval do ex-presidente Lula para realizar o antigo sonho de tornar-se prefeito de Osasco, seu berço político. A caminhada de João Paulo tem pela frente, porém, a sombra do processo do Mensalão, que será julgado este ano pelo Supremo Tribunal Federal. E isso não é pouco. Basta levar em conta o que conclui a própria Câmara dos Deputados, casa que abriga João Paulo. Segundo uma sindicância comandada por funcionários concursados da Câmara, há motivos concretos para que João Paulo figure como peça central do maior escândalo político dos últimos anos.
A sindicância interna da Câmara, à qual ISTOÉ teve acesso, atestou a ilegalidade do contrato assinado durante a gestão de João Paulo Cunha como presidente da Casa com a empresa SMP&B, do publicitário Marcos Valério. É exatamente essa acusação que arrasta Cunha para dentro do caso do Mensalão. Embora tenha sido concluída em dezembro de 2010, a investigação foi mantida em segredo e enviada com discrição à Procuradoria da República no início do ano passado. E até hoje não foi divulgada, contornando assim o desgaste de uma avaliação negativa de João Paulo feita por seus próprios pares. O sigilo em torno das conclusões da auditoria interna tem menos a ver com as consequências jurídicas e mais com o impacto político que a sindicância pode ter. O atestado de que houve ilegalidades nas negociações feitas pela Câmara com o pivô do Mensalão pode se tornar mais uma mancha na imagem do deputado.

OPERAÇÃO TAPA-BURACOS COM OS PÉS
O setor de obras da Prefeitura de Erechim encontrou uma nova forma de recuperar ruas asfaltadas com buracos, ou melhor, serviço de tapa-buracos.
Empregando apenas dois funcionários e uma viatura (Kombi) e um pouco de asfalto frio está deixando nossas ruas sem buracos.
O trabalho executado por dois dedicados funcionários é feito da seguinte maneira: ao constatar o buraco no asfalto, um deles leva o material em saco plástico e o outro com o uso das mãos enche as crateras com o material. Para compactar o asfalto em vez de usar um socador utilizando o próprio calcanhar, ou seja, compacta o asfalto com os pés.
É ou não é uma idéia genial que evita a utilização de máquinas, mais homens trabalhando e tudo mais? Como diz aquele  personagem da série da televisão: não contavam com minha astúcia!?
Eu vi a cena nesta segunda-feira, por volta de 20hs, na Rua Segipe, a 100 metros da Estação Rodoviária, dois homens da Secretaria de Obras do município, consertando os buracos no asfalto da forma descrita.
Evidentemente que com a primeira chuva e o movimento dos ônibus e outros veículos mais leves naquela movimentada rua, os buracos voltarão a aparecer. Com isso o trabalho torna-se inútil, o Município gasta duas ou mais vezes para tapar os buracos e, convenhamos, é até desumano permitir que trabalhadores utilizem ás mãos e os pés, em vez de ferramentas adequadas, para operação tapa-buraco na cidade.

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