domingo, 29 de janeiro de 2012

BARBAS DE MOLHO
O cientista político gaúcho André Marenco, muito respeitado pelas suas posições e análises políticas fez uma afirmação em entrevista ao Jornal do Comércio a meses atrás, segundo a qual, o PT precisará renovar para ter chances em 2012. Falou mais especificamente a respeito das eleições em Porto Alegre. De acordo com sua análise, o Partido dos Trabalhadores envelheceu muito e as lideranças são as mesmas de 30 anos atrás, ou seja, a sigla ainda não deu mostras de que pode apresentar um discurso com propostas novas. Segundo ele, a tendência é repetir o que foi dito em 2004 e 2008. O PT não disse nada, ficou no vamos fazer o que já estamos fazendo, o Orçamento Participativo.
Modestamente eu penso diferentemente do cientista. Eu já acho que não só o PT deve renovar, mas todos os partidos.
Se fizermos uma análise da política local, a situação não é muito diferente da de Porto Alegre.
Em primeiro lugar sou contra a reeleição. Se no passado pode ter dado certo, hoje, com todas as mudanças e nuances da política brasileira não dá mais.
Paulo Polis (PT), por exemplo, apesar de ter cometido equívocos na sua administração, e persiste em alguns deles, comprometeu seu trabalho, desde que alguns secretários de seu governo se envolveram em escândalos (o das pedras), por exemplo. Houve também a depredação de um veículo do município na semana do Carnaval passado envolvendo uma funcionária, e o escândalo da revista subfaturada, denúncia feita pelo vereador Mantovani que resultou na abertura de inquérito pelo Ministério Público.
De positivo, solucionou o problema com a Corsan que se arrastava há anos, e deu ênfase, ao programa de moradia própria para famílias de baixa renda numa parceria com o Governo Federal, através da Caixa Federal. A revitalização do  centro da cidade anda a passos de tartaruga apesar das explicações e justificativas da vice Ana de Oliveira. As mudanças no sistema viário urbano andam muito lentas também, embora já tenha havido reunião com holofotes e a presença de um engenheiro da empresa contratada para o estudo do problema. Ora, uma administração que não consegue resolver o problema do lixo, de uma cidade como Erechim quer o que?
Por isso é que acho a pesquisa realizada, não faz muito, pelo ISPO/Instituto SL de Pesquisa & Opinião, a pedido do jornal local Boa Vista estar absolutamente correta. A ponta que tanto na opinião espontânea como na estimulada o nome de Elói Zanella (PP) como líder nas intenções de voto entre nove nomes analisados se a eleição fosse hoje. O progressista somou 25,6% das intenções de voto no quadro espontâneo e 35,20% no estimulado. Na segunda opção aparece o atual prefeito, Paulo Polis (PT-PMDB) – com 18,6% e 24,2% das intenções, respectivamente. No terceiro posto figura ex-prefeito, Luiz Francisco Schmidt (DEM), que tem 8% (espontâneo) e 12% (estimulado). A margem de erro da amostragem é de 3% para mais ou para menos. Evidentemente que ainda é cedo para um prognóstico mais apurado sobre as eleições deste ano, mas a pesquisa do Instituto SL dá sinal de que o quadro não mudará muito se for com provada a candidatura de Elói Zanella nos próximos meses. A coligação PT-PMDB que coloque as barbas de molho!

PARA DISCUTIR
Pesquisa sobre o sistema de saúde no Brasil, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) ao Ibope, mostra que 61% dos 2.002 entrevistados em todo o país consideram que ele é péssimo ou ruim. Somente 10% avaliaram a qualidade como boa ou ótima.
Segundo o levantamento, a avaliação mais positiva foi na Região Sul, onde 30% das pessoas ouvidas disseram que a qualidade do sistema de saúde de sua cidade é ótima ou boa. O Nordeste ficou com a pior avaliação: 62% qualificaram como ruim ou péssima.
Entre os entrevistados, 42% disseram que não perceberam mudanças para melhor no sistema nos últimos anos e 43% opinaram que ele piorou. Para o gerente executivo de Pesquisa da CNI, Renato Fonseca, os dados refletem a opinião do público e não o posicionamento do pesquisador sobre a questão.
Vinte e quatro por cento têm plano de saúde, contratado, em sua maior parte, pelo empregador. As campanhas de vacinação são a iniciativa mais visível, para o público, do sistema de saúde.

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