terça-feira, 13 de dezembro de 2011

TRANSPORTE URBANO-ANTIGOS POLÍTICOS-EXEMPLO DE HUMILDADE
Por várias vezes tenho utilizado o transporte urbano para me deslocar de um lado a outro da cidade. E observei que não perde nada para a Carris, da Capital do Estado, tida e havida como a melhor empresa de transporte coletivo do Brasil. Possui mais de 30 prêmios, inclusive, Certificação ISO de qualidade; Recertificação ISO 9001/versão 2008 e Top of Mind 2010. Pois a Empresa Gaurama, concessionária do transporte urbano local, eu diria sem exagero, é a nossa Carris erechinense.  Além de possuir uma frota de bons ônibus, mantém uma equipe de motoristas e cobradores a altura de uma empresa modelo. Já testemunhei, por exemplo, a paciência dos motoristas ao apanharem um passageiro idoso ou deficiente; ao responderem uma informação, enfim, são verdadeiros “gentlemans”, ou seja, gentis, cavalheiros, educados, e isso é raridade hoje em dia.  Outro detalhe interessante que fiquei sabendo, todos os chassis novos dos ônibus são adquiridos de empresas concessionárias locais e as carroçarias dos ônibus é produto genuinamente Erechinense fornecido pela COMIL, outra grande indústria que orgulha a cidade. Por tudo isto, parabenizo a direção e funcionários da Empresa Gaurama. Se você desejar comprovar o que acima declaro, utilize os nossos ônibus da cidade.
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Estava lendo os jornais do dia em uma cafeteria da cidade e se aproximou um velho conhecido, empresário, líder político, (hoje um pouco afastado) que foi logo perguntando:
- O que achas: Erechim progrediu politicamente, ou não?
Demorei um pouco para responder, mas lasquei:
- Acho que sim, progrediu, mas mentalmente o eleitor ainda precisa amadurecer! A intenção de minha resposta era, provocá-lo para recordar o respeito que a população dedicava aos seus antigos políticos, na sua maioria já falecidos Giradello, Tacques, Testa, Mandelli, Caruso, Chico Pinto, Salin Farret, João Cabrera, Sidney Guerra; o corretíssimo Waldemiro Claudino Galli, João Buzatta... A lista seria interminável. Como diria o ex-vereador Hely Parenti, nos seus 82 anos “já não se fazem mais políticos como antigamente!”
À medida que se recordava àquela época, e um assunto puxava outro, chegamos à conclusão de que, de fato, os políticos de hoje são muito diferentes. Em tudo. Na rápida análise que fizemos não ficou de fora o eleitor regional. E acabamos concordando no mesmo ponto de vista: para acabar com alguns equívocos ocorridos ao longo da história política regional nas últimas três décadas, um dos remédios seria a implantação do Voto Distrital, bem como, o retorno do exercício da vereança exatamente como era antigamente: sem remuneração, sem salário. Claro que é uma afiguração, uma utopia exigir tanto assim, mas que seria bom, seria! Por exemplo, acabaria de vez com a corrupção e as maracutaias institucionalizadas nas Câmaras de Vereadores, nas Assembleias Legislativas e no Congresso Nacional como diárias, prestação de contas com notas frias, notas calçadas, funcionários contratados para assessoria com acordo prévio, de repassar parte do salário ao próprio vereador ou parente fantasma, obrigação de contribuir para a caixinha etc. Não me lembro de nenhuma trapalhada quando o mandato de vereador era gratuito! Depois que passaram a perceber salário, diárias e outras mordomias tudo ficou mais fácil, não só gastar o dinheiro do contribuinte, mas o que é pior, locupletar-se com ele.
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Um dos mais bonitos exemplos de humildade e educação assisti (não preciso dizer onde) demonstrado por um laureado professor da URI – Universidade Regional Integrada -  e dirigente empresarial, na sala de recepção de hotel do centro da cidade. Um erechinense que há anos mudou-se para Curitiba e se encontrava em visita aos seus, nas despedidas ao hoteleiro, seu velho amigo, de quase igual idade, à saída, já na porta, o cadarço do seu sapato estava desatado. O professor notou, e com receio de que o cidadão pudesse sofrer uma queda ao pisá-lo, pediu licença, abaixou-se e amarrou o cordão.
Olha! Não é comum ver-se semelhante cena.
 


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