sexta-feira, 1 de julho de 2011

DEPOIMENTO
Esta é a primeira vez que faço um depoimento público, a bem da justiça e da verdade. Na semana passada necessitei dos serviços do Hospital Santa Terezinha para internação de pessoa de minha família. E é interessante, sempre quando vamos a um hospital, nos apresentamos com um pé à frente e outro atrás, ou seja, munidos de boa dose preventiva que se chama desconfiança, ou precogitação, porque está no nosso subconsciente: vamos ser mal atendidos. É isto mesmo. Se não todos, a maioria pensa assim.
Pois, não foi o que ocorreu, como disse, quando precisei internar um familiar que é vítima de doença neurológica que se chama doença desmielinizante. É uma patologia do sistema nervoso na qual a bainha de mielina é afetada.
Para o leitor entender, é como se a capa de um fio de luz fosse raspada e esse condutor pela falta da cobertura isolante começa a provocar circuitos no sistema nervoso, causando prejuízos na sensação, nos movimentos, enformigamento, perda de equilíbrio, cognição e outras funções, dependendo dos nervos envolvidos.
Vim saber depois de estudar um pouco e investigar, que algumas doenças desmielinizantes têm causa genética, algumas são causadas por agentes infecciosos, outras por reações autoimunes e outras por fatores desconhecidos. Consequentemente é um problema neurológico sério.
Fiz este rápido enfoque para que o leitor compreenda a complexidade do problema. Dito isto, volto ao que afirmava no início. Manifesto meu reconhecimento aos bons serviços prestados desde a humilde servente, enfermeiros, Ouvidor Trentin, Direção e Administração, do Hospital Santa Terezinha, nas pessoas do Dr. Leonel Dario Lanius e Rafael Martins Ayub e ao médico neurologista Dr. Rafael Badalotti, atencioso e competente. A todos o meu muito obrigado. Esta manifestação de reconhecimento é o mínimo que posso fazer, pelo muiito que fizeram por minha esposa.
Por outro lado, não posso manifestar-me com a mesma intensidade de conforto e satisfação aos serviços prestados pelo SUS, que, aliás, tanta dor de cabeça causa a administração municipal, responsável pela execução do serviço. O SUS de Erechim, comprovadamente, está desalinhado e se tornou um serviço intolerável do ponto de vista atendimento.  As reclamações das pessoas são constantes e carecem de melhorias urgentes, sob pena de acontecer, como já ocorreu de doentes invadir e depredar o Pronto Socorro do Santa Terezinha atendido pelo SUS.
Num encontro eventual com a senhora vice-prefeita Ana de Oliveira, no próprio do hospital na terça-feira, tive o privilégio conversar sobre tais problemas indagando-lhe: qual, ou quais, as dificuldades do Município em sanar o deficiente atendimento do SUS em Erechim?
Ela respondeu-me: “este é o calcanhar de Aquiles do prefeito”. Com tal resposta lembrei-me do herói da Grécia e um dos participantes da Guerra de Tróia e o personagem principal e maior guerreiro da Ilíada, (poema épico grego) de Homero, que se chamava Aquiles.
Lendas posteriores afirmavam que Aquiles era invulnerável em todo o seu corpo, exceto em seu calcanhar; ainda segundo estas versões de seu mito, sua morte teria sido causada por uma flecha envenenada que o teria atingido exatamente nesta parte de seu corpo. Por isto a expressão "calcanhar de Aquiles", que indica a principal fraqueza de alguém, surgindo daí a sua origem.
Pois, entre tantas flechadas com veneno no calcanhar de Aquiles do prefeito Paulo Polis, uma delas chama-se SUS.
Diante disso, prescrevo-lhe, embora não sendo médico, um antídoto ao Chefe do Executivo: rompa, o contrtato de prestação de serviço como já rompeu com a Kopp, e  empresa coletora do lixo, por exemplo, incluindo a(s) empresa(s) que contrata(m) profissionais para atendimento do SUS. Eu não sabia, o serviço do SUS em Erechim é terceirizado. Prefeito, pior do que está não vai ficar.

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