sábado, 2 de julho de 2011


MORREU O HOMEM DO PLANO REAL
Foi-se Itamar Franco, como todos irão um dia. Depois de 41 dias de internação no Hospital Albert Stein, em São Paulo para tratamento de leucemia, Itamar Franco morreu neste sábado na Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Hospital Albert Einstein. Tinha 81 anos, era senador da República, ex-governador de Minas Gerais e ex-presidente do Brasil, tendo assumido o cargo quando Fernando Collor foi cassado.
Itamar pode-se dizer foi o pai do novo sistema monetário nacional, tendo criado o plano Real. Itamar teve papel central na implantação do Real
O ex-presidente da República e senador sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) durante a madrugada de sábado e veio a falecer às 10h15. Ele estava internando na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital, em decorrência de uma pneumonia, contraída durante tratamento contra leucemia.
O corpo de Itamar foi trasladado para Juiz de Fora, onde depois de velado e, atendendo a um pedido seu, foi cremado em Belo Horizonte.
Vale lembrar que Itamar Franco, então presidente da República ressuscitou o Fusca. Queria que a expressão “carro popular” fosse literal. Se era para o povo ter carro, que ele fosse barato. E, claro, que tivesse apelo com o público. Parecia jogo ganho: o Fusca, carro mais popular do País, mesmo após a interrupção de sua produção nacional, em 1986, estava de volta às linhas de montagem por iniciativa da Volkswagen, que acatou pedido do presidente Itamar.
O Fusca renascido passaria a ser o Fusca Itamar. Aos críticos de um carro já fora do mercado havia muito, a Wolksvagen argumentava que o Fusca Itamar era bem mais silencioso que a versão fabricada em 1986 e tabém de desempenho muito mais vitorioso: fazia de 0 a 100Km/hora em 14,5 segundos e atingia velocidade máxima de 140 km/hoha.
Mas o jogo não se mostrou tão favas contadas. O Fusca era popular, mas custava praticamente a mesma coisa que os populares da vez, o Uno Mille, da Fiat, e o Corsa, da GM, dois modelos mais confortáveis e bem acabados. E, assim, a popularização que se pretendia com o renascimento de um modelo tão querido acabou ficando pelo caminho. Entre 1993 e 1996, quando a montagem nacional do Fusca foi abortada de vez – e no último ano ele saiu em uma edição especial, a Série Ouro –, foram produzidas em torno de 47 mil unidades.
O Fusca saiu da vida, mas já tinha entrado na história. Pioneiro entre os carros nacionais a serem exportados, ele começou a ser montado em 1953 em um barracão alugado no bairro do Ipiranga, em São Paulo, com 100% das peças importadas da Alemanha. Depois, em 1959, passou a ter uma casa para chamar de sua: naquele ano, com pompa e circunstância, a Volkswagen recebeu o presidente Juscelino Kubitschek para inaugurar a fábrica. O ato permanece como um marco no processo de industrialização do Brasil.
O Fusca é, ainda hoje, um dos dez carros usados mais vendidos do País, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) – foram 16 mil unidades em 2010. E, com o renascimento estimulado por Itamar Franco, o Fusquinha – ou, ao menos, a última roupagem do modelo – tornou-se também uma das marcas registradas do presidente que viria a ter um epíteto de respeito: o Plano Real. E que já tinha outro: o imaculado topete.
A verdade é que o ex-presidente Itamar Franco mudou os rumos do Brasil com o Plano Real, controlou a inflação e restabeleceu a normalidade das atividades econômicas.
Com a morte do ex-presidente o País perdeu um dos políticos mais honrados de sua história.
Itamar sempre primou pela ética na política e sua história é um exemplo para todos os brasileiros. O Brasil deve muito a esse grande homem.

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