sexta-feira, 22 de julho de 2011

A NOVA CÂMARA
Eu não lembro bem quando foi construído o prédio onde funcionava a agência dos Correios em Erechim, na Av. Salgado Filho. Deve ter sido pela década de 50 ou 60, não sei. Depois de certo tempo, e também não sei, o prédio foi desativado e o Correio, hoje Empresa Brasileira de Correios, passou a conceder franquias desativando muitos prédios pelo Brasil a fora e o de Erechim, igualmente, como tal, está completamente abandonado. Ali proliferam ratos, e disseram-me, até cobras já foram vistas tomando sol em pleno inverno.   Nas minhas caminhadas matinais, passei ontem pela frente do antigo Correio. Que decepção!
Não dá para acreditar como uma empresa que tem participação do governo da União pode deixar aquele prédio se deteriorar! Incrível.
Melhor seria implodi-lo do que deixá-lo como está.
Fiquei sabendo que a Câmara de Vereadores, numa iniciativa do presidente Marcelinho Demoliner, esteve em Brasília recentemente com o propósito de conseguir (não sei se por comodato, doação) a ocupação da área para ampliar as instalações da Câmara de Vereadores. Uma boa idéia.
Caso venha a concretizar-se essa negociação com o Correio outra sugestão é que a Biblioteca Pública Gladstone Osório Mársico volte para o antigo prédio. Aliás, já foram feitas mais de cinco mudanças, e, diga-se de passagem, para locais inadequados com a perda e estrago de muitas obras.
Cada vez que ouço falar nessas questões lembro sempre do projeto da Associação Comercial e Industrial de Erechim, na gestão Romeu Madalozzo: a construção de um Centro Administrativo, na área que fica atrás da prefeitura e que abrigaria a própria Câmara, todas as secretarias municipais, algumas repartições estaduais e federais.
Os do contra na época não deixaram. Tivesse vingado a idéia, hoje o município não necessitaria gastar tanto em alugueres e instalar em pontos dispersos da cidade suas secretarias.
Por oportuno, é bom lembrar como está feia a nossa prefeitura! Houve época em que seu visual era mais bem cuidado.

POR QUE A IGREJA NÃO OS QUER COMO SANTOS

Está na revista Istoé desta semana por que a Igreja não quer como santos Santa Filomena, Santo Expedito, Santa Bárbara, São Félix de Valois, São Cristóvão e São Lázaro. Em 1969, durante o pontificado de Paulo VI, alguns santos foram retirados do calendário católico para que fosse celebrados apenas os de importância verdadeiramente universal.  A outros se permitiu que a memória fosse celebrada de forma facultativa e que seus nomes constassem em cultos de alguma igreja local, nação ou família religiosa.
A reportagem fala sobre a fama alcançada pelo padre da diocese de Soissons, na França, João Leão Dehon (1843-1925) por fundar a Congregação Sagrado Coração de Jesus e imprimiu um viés sociopolítico à sua atuação religiosa. Não demorou para que, após a sua morte, a comunidade francesa abrisse um processo de canonização em nome do religioso. Mas, pouco antes da data marcada para a cerimônia de beatificação, um passo antes da santificação, o Vaticano surpreendeu ao interromper os trâmites. Motivo: Dehon foi acusado de antissemita.
Frear uma canonização é um ato raríssimo de acontecer, pois o Vaticano breca o processo antes mesmo que ele comece ao menor sinal de problemas com o postulante. Mesmo assim, há outros candidatos a santo vagando no mesmo limbo onde se encontra Dehon. Como a freira concepcionista espanhola Maria de Jesus de Ágreda (1602-1665), que assumiu ter o dom da bilocação (estar em dois lugares ao mesmo tempo). Em 1635, a Santa Inquisição abriu uma investigação contra a religiosa, que confirmou ter se deslocado 500 vezes entre a Espanha e o Novo México para evangelizar tribos de índios, sem nunca ter saído de seu mosteiro. Amiga e conselheira do rei Felipe IV, Ágreda foi absolvida. Foi, porém, um de seus livros, “Mística Cidade de Deus”, em que a religiosa relata a vida de Nossa Senhora, que gerou um conflito em torno de sua trajetória à beatificação. Em uma das passagens, é atribuída a Nossa Senhora – e não a Pedro – o governo da Igreja.
A leitura da obra foi proibida pela Inquisição e um decreto foi abolido pelo papa Inocêncio XI três meses depois. Para quem gosta de assunto polêmico este é um deles.

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