domingo, 10 de novembro de 2013

O QUE SOBRA PRA VOCÊ PODE AJUDAR O PRÓXIMO

Não era este o título da reportagem que li na semana passada através de um jornal de grande circulação no Rio Grande do Sul, mas o importante é o seu conteúdo, a ideia, os benefícios, a concepção de um pensamento que preencheria uma lacuna, principalmente para pessoas de baixa renda e que necessitam de remédios caros para seu tratamento de saúde.
Eu não sabia,  existe em Porto Alegre um Banco de Remédios que presta serviço gratuito, auxiliando a quem precisa, de medicamentos que muitas vezes o doente não tem condições de comprar. E justamente a sugestão da criação desse Banco de Remédios, nasceu da ideia de um transplantado, Dámaso MacMillan, que teve cirurgia de transplante de rim e sofreu na própria carne a dificuldade em conseguir remédios caros. Felizmente nos dias atuais ele não precisa mais tomar a medicação. O seu caso é considerado raro entre os transplantados no nosso Estado.
MacMillan, por não haver mais necessidade de tomar remédio, percebeu que inúmeros pacientes como ele deixavam sobrar cartelas, e muitas vezes caixas com comprimidos ainda em bom estado de uso. A partir daí, começou a reunir sobras como se fosse uma verdadeira farmácia informal, nascendo desta forma a ideia de formar um  Banco de Remédios. Já existe há oito anos. Hoje o banco mantém em estoque medicamentos que são colocados á disposição das pessoas que são antes cadastradas e que possuam receita médica, e o que é mais importante, ninguém paga nada. É de graça. O Banco de Remédios funciona no Mercado Público. A entidade já tem cadastradas cerca de mil e quinhentas pessoas. No estoque existe desde analgésicos, pílulas anticoncepcionais, até medicamentos para quem possui problemas mais graves. Para receber os remédios um dos requisitos é se cadastrar e pagar uma contribuição mensal de R$ 20 para ajudar a cobrir despesas de manutenção do local. O Banco de Remédios não recebe nenhum tipo de apoio do governo. Damáso Macmillan explica que os pedidos e doações são aceitos pessoalmente, por telefone e até via redes sociais.
Para se cadastrar basta a pessoa apresentar Carteira de Identidade, CPF, Comprovante de Residência, Cartão do SUS e Receita médica.
Quem sabe aí está uma boa ideia de se formar também no interior um organismo semelhante. Para tanto basta que pessoas como Macmillan se disponham a prestar esse tipo de serviço voluntário em benefício de pacientes carentes, que muitas vezes por falta de meios, não conseguem adquirir remédios para seus problemas.
Em Erechim existe a farmácia mantida pela Prefeitura, eu sei, mas nem sempre lá o paciente encontra certos tipos de medicamentos. A farmácia é mais para atender pessoas que tenham problemas mais comuns de saúde. É uma farmácia básica. Se você precisa de Interferon, por exemplo, lá não encontra, além de outros remédios mais caros. Agora estou lembrado que em Erechim já houve há muitos anos trabalho social semelhante. Era realizado pela Sociedade Beneficente José Bonifácio e recordo que quem se dedicava a esse trabalho era o coletor estadual, Santo Severo dos Santos, também ligado na época à Legião da Boa Vontade. Fica aqui a dica para formarmos, quem sabe,  em nossa cidade um Banco de Medicamentos para servir a coletividade menos favorecida. Afinal, tem tanta entidade filantrópica que só faz campanha de Natal e distribui roupas no inverno para carentes. Por que não auxiliar os doentes que necessitam de remédios e não podem comprar?
E o problema do leite, heim? Mesmo sujeito a cadeia de 4 a 8 anos, pessoas descerebradas continuam praticando crimes contra a saúde pública. Agora até água oxigenada misturam no leite. Não basta apenas cadeia, seria preciso castigar essas pessoas, por exemplo, com a perda do caminhão se for transportador e do registro de produtor de leite se assim for. Só cadeia não resolve. É preciso fazer o desumano cidadão que pratica tais crimes sentir no seu bolso, no seu patrimônio. 

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