Como
falei na coluna anterior, passei o fim de semana em Erechim e, confesso, não
foi bom, na medida em que fiquei sabendo de notícias pesarosas ocasionadas
pelos falecimentos de pessoas queridas pertencentes a tradicionais famílias.
Refiro-me ao trespasse de Edmundo Duran Abal e Alderico Massignann. O primeiro
ex-diretor do antigo Frigorífico Boavistense, do bairro Três Vendas, antes de
ser adquirido pela Cotrel e o segundo, ex-diretor do Banrisul no governo
Perachi de Barcellos, pai do médico Túlio Massignann.
Sobre
o Alderico há muitas coisas para contar. Além de ter pertencido a clã dos
Massignann, um dos primeiros - se não o primeiro revendedor Ford no interior do
Brasil. Era um formidável cantor de música erudita. Tinha vocação para o
clássico. Sua voz era de tenor e inúmeras vezes se apresentou em espetáculos
locais cantando (lembro ainda) no antigo Cine Apolo, acompanhado da Orquestra
de Concertos de Erechim, inclusive na companhia de Lia Webber, também dona de
uma lindíssima voz de soprano.
O
Alderico também foi atleta do C.E.R. Atlântico de saudosa memória.
Relembrando
um pouco o passado, recordo as vezes que íamos fazer serenata na casa do amigo
falecido próxima a ex-Indústria de Balas Boavistense. Tanto ele como sua esposa,
recebiam sempre com cordialidade aqueles que como eu, mais
Osvaldinho Engel e outros, compareciam a porta de sua residência pela madrugada
para acordá-los ao som de bonitas músicas do nosso seresteiro. Que saudades
daqueles tempos que não voltam mais!
E
entre uma música e outra havia sempre o oferecimento de uma dose de Wisky. Ele
era bom apreciador da bebida escocesa. Alderico Massignan já era nonagenário,
passara dos 90 anos de idade, não sei precisamente quanto. Ele estava acamado
há bastante tempo com mal de Alzheimer.
E
para completar as más notícias do fim de semana em Erechim, também fiquei
sabendo da ida para Porto Alegre para tratamento de saúde do diretor da Unesul,
Silvino Záffari. Outra figura expressiva na nossa vida comunitária como
empresário e pessoa humana. Coincidentemente, na missa que assisti domingo, 3,
na Catedral São José lembrei-me do Silvino ao observar uma novidade na missa: a
volta da presença dos Coroinhas paramentados, dando uma nova e bonita conotação
com a celebração eucarística. Falo isso, porque Silvino quando jovem por muitos
anos serviu como Coroinha na antiga Igreja São José, no tempo do padre Benjamim
Busatto. Sempre foi um fervoroso católico, tanto que não perdia uma missa
dominical.
Que
mais posso dizer, além da tristeza que nos atinge estas notícias?
Que
a vida é assim mesmo, estamos aqui de passagem apenas. Um dia todos partiremos
também. Está escrito em Eclesiastes 9:5 e 6 - Porque os vivos sabem que hão de
morrer... Portanto, se cremos que um dia haveremos de nos reencontrar no juízo
final, é tudo uma questão de tempo.
Aos
familiares dos que partiram, minha consternação, e ao Silvino Záffari dirijo-me
em oração a Deus para que lhe dê muita coragem e fé, a fim de afrontar a doença
que lhe acometeu.
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