terça-feira, 5 de novembro de 2013

NOTICIAS RUINS

Como falei na coluna anterior, passei o fim de semana em Erechim e, confesso, não foi bom, na medida em que fiquei sabendo de notícias pesarosas ocasionadas pelos falecimentos de pessoas queridas pertencentes a tradicionais famílias. Refiro-me ao trespasse de Edmundo Duran Abal e Alderico Massignann. O primeiro ex-diretor do antigo Frigorífico Boavistense, do bairro Três Vendas, antes de ser adquirido pela Cotrel e o segundo, ex-diretor do Banrisul no governo Perachi de Barcellos, pai do médico Túlio Massignann.
Sobre o Alderico há muitas coisas para contar. Além de ter pertencido a clã dos Massignann, um dos primeiros - se não o primeiro revendedor Ford no interior do Brasil. Era um formidável cantor de música erudita. Tinha vocação para o clássico. Sua voz era de tenor e inúmeras vezes se apresentou em espetáculos locais cantando (lembro ainda) no antigo Cine Apolo, acompanhado da Orquestra de Concertos de Erechim, inclusive na companhia de Lia Webber, também dona de uma lindíssima voz de soprano.
O Alderico também foi atleta do C.E.R. Atlântico de saudosa memória.
Relembrando um pouco o passado, recordo as vezes que íamos fazer serenata na casa do amigo falecido próxima a ex-Indústria de Balas Boavistense. Tanto ele como sua esposa, recebiam sempre com cordialidade aqueles que como eu, mais Osvaldinho Engel e outros, compareciam a porta de sua residência pela madrugada para acordá-los ao som de bonitas músicas do nosso seresteiro. Que saudades daqueles tempos que não voltam  mais!
E entre uma música e outra havia sempre o oferecimento de uma dose de Wisky. Ele era bom apreciador da bebida escocesa. Alderico Massignan já era nonagenário, passara dos 90 anos de idade, não sei precisamente quanto. Ele estava acamado há bastante tempo com mal de Alzheimer.
E para completar as más notícias do fim de semana em Erechim, também fiquei sabendo da ida para Porto Alegre para tratamento de saúde do diretor da Unesul, Silvino Záffari. Outra figura expressiva na nossa vida comunitária como empresário e pessoa humana. Coincidentemente, na missa que assisti domingo, 3, na Catedral São José lembrei-me do Silvino ao observar uma novidade na missa: a volta da presença dos Coroinhas paramentados, dando uma nova e bonita conotação com a celebração eucarística. Falo isso, porque Silvino quando jovem por muitos anos serviu como Coroinha na antiga Igreja São José, no tempo do padre Benjamim Busatto. Sempre foi um fervoroso católico, tanto que não perdia uma missa dominical.
Que mais posso dizer, além da tristeza que nos atinge estas notícias?
Que a vida é assim mesmo, estamos aqui de passagem apenas. Um dia todos partiremos também. Está escrito em Eclesiastes 9:5 e 6 - Porque os vivos sabem que hão de morrer... Portanto, se cremos que um dia haveremos de nos reencontrar no juízo final, é tudo uma questão de tempo.
Aos familiares dos que partiram, minha consternação, e ao Silvino Záffari dirijo-me em oração a Deus para que lhe dê muita coragem e fé, a fim de afrontar a doença que lhe acometeu.

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