Uma
emissora da Capital do Estado promoveu nesta segunda-feira em Erechim um debate
com autoridades regionais, aproveitando a realização da Feira Industrial e
Comercial - Frinape, onde se revelou o
potencial econômico e social do Alto Uruguai e as dificuldades que região
enfrenta para se desenvolver ainda mais. Eu não estava presente, mas ouvi pela
emissora promotora do evento a entrevista concedida pelo prefeito Paulo Polis,
na tarde daquele dia, portanto, antes do encontro efetivado á noite. Um dos
principais problemas citado pelo edil para que o Alto Uruguai se alastre e
cresça mais econômica e socialmente, é a falta de estradas asfaltadas. Aliás,
essa falta de infraestrutura para ligar a região com outras não é de agora. A
Grande Erechim por se localizar geograficamente no fim do Estado, fronteira com
Santa Catarina, sempre sofreu o esquecimento dos governos, tanto federal como
estadual. Eu lembro quanto tempo levou para que Erechim tivesse a ligação para
o norte pela BR-153. Mais de 50 anos. Foi preciso o Estado construir a RS-135
passando por Getúlio Vargas até Passo Fundo, para unir esses municípios e com o
resto do Rio Grande do Sul e, igualmente, interligando com a BR-153. Não fosse
isso estaríamos, quem sabe até hoje, divorciados do resto do país. Sem falar na
falta de maior potencial de energia elétrica, telefone etc, na época. Pois, até
a ligação férrea que era um sistema de crescimento regional, foi desativado. Outra
questão lembrada pelo prefeito Polis diz respeito ao nosso aeroporto. É preciso
aumentar a pista de pouso para que aviões de maior porte possam levar e trazer
passageiros e cargas. Citou, inclusive, a implantação do Pronatec, que vai
melhorar a qualificação dos nossos técnicos de nível médio "onde a gente
conseguirá agregar maior produtividade para as empresas e valor ao salário dos
funcionários". Erechim, município quase centenário, polo de uma rica região
constituída por 32 municípios, não pode continuar sendo esquecida dos governos.
"A falta de infraestrutura é o maior gargalo que ainda enfrentamos" -
concluiu Paulo Polis. Um dado que me chamou à atenção foi a falta de maior
escolaridade dos nossos jovens, embora a cidade ofereça educação para todos,
inclusive Universidade. Num levantamento feito pela emissora organizadora do
debate, foi descoberto finalmente que um percentual considerável de jovens não
completou o segundo grau. A pergunta que logo vem: por que esses jovens estão
abandonando mais cedo à oportunidade de estudar? Que fenômeno é esse? É uma boa
oportunidade para os órgãos educacionais pesquisarem e buscar as respostas.
Este talvez seja um dos pontos negativos existentes atualmente - se é que poderíamos
classificar o momento de contraproducente - na vida comunitária. Pelo que me
mandam dizer os amigos que estiveram no debate, foi um evento importante e
bastante produtivo.
O
STF - Supremo Tribunal Federal - retoma hoje o julgamento dos segundos
embargos de declaração apresentado por 10 condenados que tentam apontar
contradições ou omissões de sentença que possam garantir redução das penas. A
tendência é de que os ministros rejeitem os recursos, sob o argumento de que
são protelatórios. O Procurador-Geral da República Rodrigo Jano pediu a prisão
de 23 dos 25 réus condenados no julgamento do mensalão. O procurador quer que os
condenados comecem a cumprir as penas dos crimes para os quais não cabe mais
nenhum recurso. Essa é a posição do Procurador-Geral que pode ser confirmada ou
rejeitada pelos ministros da Corte.
Estão
na lista: os ex-deputados Roberto Jefferson, e Bispo Rodrigues, o ex-diretor do
Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, Marcos Valério, José Dirceu, José Genoino,
Delúbio Soares Ramon Hollerbach, Cristiano Paz, Kátia Rabello e José Roberto
Salgado, João Paulo Cunha, João Cláudio Genu, Breno Fischberg, Rogério
Tolentino, Valdemar da Costa Neto, Vinicius Samarane, Pedro Henry, Pedro Corrêa
e Simone Vasconcellos.
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