sexta-feira, 14 de outubro de 2011

A VIDA EM CONDOMÍNIO
As pessoas nos dias de hoje andam tão loucas, apressadas, comem mal, dormem mal... amam mal, que está ficando difícil até de viver em condomínio.
Brigas, barulhos do vizinho de cima ou debaixo, vizinho que não dá a mínima para a convenção do edifício; o sujeito que ocupa a garagem do outro e se acha com razão, e há os que fazem das sacadas ou janelas verdadeiros guarda-roupas, e os que mantêm num apartamento de 80m² um cachorro do tamanho de um elefante, sem contar com as escandalosas caturritas australianas, bonitinhas, mas ordinárias, barulhentas. Você já notou que tudo é problema nos dias de hoje?
É a greve dos bancários que já está enchendo a paciência da população; é a greve dos Correios que felizmente já acabou. Tem gente que está organizando um “bookmaker”, (bookmaker é uma aposta, aquele que recebe ou registra um jogo), para ver quem acerta a categoria que programará uma greve para o fim do ano, época em que a sociedade mais se movimenta para as festas de Natal e Ano Novo. Uns apostam que será dos aeroviários, dos transportes urbanos, outros dos lixeiros, dos metroviários; há... e tem a greve dos professores!!!
Eu me desviei um pouco do assunto, condomínio, para o qual volto novamente.
Às vezes os desentendimentos entre vizinhos são tão acirrados que a polícia é chamada a intervir.
Eu moro em apartamento de condomínio há mais de 30 anos e já vi de tudo. Certa ocasião num prédio aqui da cidade um condômino reclamou que seu vizinho estava recebendo em seu apartamento mulheres. Para ser mais claro, “camangas”. Uma denúncia, portanto, grave e que mereceria comprovação. Só que o referido morador, desconhecedor da convenção, que em outras palavras é a Constituição, a Lei que rege o comportamento e o bom uso do edifício, dirigiu-se a pessoa errada, imaginando que ela poderia oferecer solução ao problema.
Passaram-se vários dias, e novamente o morador “moralista” reitera a reclamação e recebe a resposta de que deveria procurar o síndico e lavrar o seu protesto. Imagina a cena: ambos encontram-se á porta do elevador e o reclamante dirige-se com certa dose de exaltação e ofende aquele que não tinha nenhuma autoridade para levar o caso adiante. A reação foi iminente, o ofendido mandou um direto na cara do sujeito, que saiu ele e porta do elevador para fora. Foi um escândalo! Até ocorrência policial foi registrada com exame de corpo de delito. No final não deu em nada. Ficou tão somente a marca da inimizade que os dois mantinham há muitos anos.
Contei-lhes esta história para comprovar que mesmo tendo passado cerca de mais de 20 anos deste fato, nada mudou para melhor a vida em condomínio.
Outra coisa que incomoda a vida de quem mora em apartamento é o tic-tac do salto das madames e o som do aparelho do garoto adolescente, mais ou menos semelhante, como se ouve nas nossas ruas e avenidas pela madrugada em seus denairosos veículos.
Morar em condomínio é complicado para quem não está preparado para conviver em sociedade. Graças a Deus não é o meu caso. Tive a sorte de, por onde passei, sempre deixei boas e inesquecíveis amizades.
O lema que me norteia e que nunca me trouxe problema é o seguinte: não fazer ao outro o que não gostaria que ele fizesse a vocêe  e usar sempre que possível o bom senso.

Para terminar, gostaria de recomendar ao prezado leitor procurar no Orkut a gravação feita pelo ator Reynaldo Gianecchini sobre a doença que o acometeu: câncer. Se você não assistiu procure ouvir o seu depoimento em vídeo. É por demais tocante. Ele gravou há duas semanas para a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia. Descontraído, sem nenhuma super produção, Gianecchini falou durante cerca de cinco minutos, mas que valem por uma eternidade. Não vou contar tudo se não perde a graça. Você deve ouvir. Só vou reproduzir um pequeno trecho da sua fala que ele diz: “ “Acredito que (o câncer) pode ser uma dádiva. Eu e minha família, ao longo do processo, fomos nos iluminando. Buscando uma força que a gente não sabia que tinha. Além disso, recebi do público um amor tão tocante.” Como se vê, todos estamos sujeitos ao câncer. Acontece com os velhos, com os moços, com os bebês. Com os ricos e com os pobres. Com os altos e magros e com os baixinhos e gordinhos. Com os sedentários e também com os atletas (ainda que em menor proporção). Com os feios e com os bonitos.
BOM FIM DE SEMANA

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